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Aécio Neves: “já não se trata mais apenas do ajuste fiscal necessário”
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Fernando Rodrigues

O Blog traz artigo do ex-governador de Minas Gerais

Belo Horizonte- MG- Brasil- 01/07/2016- Centenas de pré-candidatos do PSDB de Minas Gerais a prefeito, vice-prefeito e vereador de todas as regiões do Estado participaram nesta sexta-feira (1º/07), em Belo Horizonte de um curso de preparação com vistas às eleições municipais deste ano. O curso foi conduzido pelo presidente do PSDB-MG, deputado federal Domingos Sávio, e contou também com a presença do presidente nacional do Instituto Teotônio Vilela (ITV), senador José Aníbal (PSDB-SP). O treinamento foi ministrado por especialistas do ITV nacional, que proferiram palestras sobre Social Democracia, Comunicação e Marketing Político na Campanha Municipal, Redes Sociais e Legislação Eleitoral. Ao final do curso, foi realizado um ato político, que contou com as participações também dos senadores Aécio Neves e Antonio Anatasia e de vários deputados estaduais e federais do PSDB-MG. O deputado estadual João Leite foi apresentado como pré-candidato do PSDB à prefeitura de Belo Horizonte. Foto: Marcus Desimoni/Nitro

Aécio Neves em entrevista na capital mineira

PONTE PARA O FUTURO
O ano que caminha para o fim foi um dos mais difíceis de toda a história política brasileira. Em nenhum outro fomos atingidos tão duramente por tantas crises graves, deletérias e simultâneas.

Este artigo de opinião foi originalmente publicado no Poder360

O desastre econômico tantas vezes denunciado pelas oposições e pelos especialistas independentes foi elevado à enésima potência pela crise ética, depois política e, por fim, de governança.

O Brasil, então, desceu ao fundo do poço, arrastado por uma tempestade perfeita: recessão, desemprego em escala; inflação alta, juros na estratosfera, alta inadimplência da população e quase nenhum investimento, resultado de um país sem governo.

Um final melancólico para uma verdadeira epopeia trágica. Em poucos anos, a Nação mais promissora entre as economias emergentes acabou decaída à posição de lanterna, engolfada pela corrupção endêmica, pela incompetência, desconfiança e pelo descrédito.

Com o impedimento da presidente da República, em razão de um crime de responsabilidade, descortinou-se um cenário ainda mais severo do que o imaginado e o esperado.

Os rombos são superlativos, quase inacreditáveis. E como a crise é sistêmica, replica o desastre para outras esferas executivas, alcançando agora os estados e prefeituras. Amplia-se, assim, ainda mais, a crise de governabilidade e a precarização das grandes políticas públicas nacionais.

Neste cenário de perdas importantes e riscos ainda maiores, já não se trata mais apenas de realizar o ajuste fiscal necessário, adiado pela leniência dos que estavam à frente do governo. Mas de enfrentar com coragem a tarefa de recolocar em curso as reformas constitucionais, descontinuadas não por acaso assim que se instalou o já vencido ciclo de poder.

Apesar de não estar à frente do comando do novo governo, o PSDB não fugiu ao seu dever, assim como jamais o fez em outros momentos críticos de nossa história recente. Por isso oferece apoio político e sua visão de país, ciente das suas responsabilidades e da sua vocação histórica.

O Brasil não pode mais ignorar a necessidade de rigorosa austeridade fiscal. Sem o ajuste nos gastos públicos, não há caminho à frente. Passo seguinte, e complementar, é o combate efetivo ao gigantismo e ao modelo de Estado ineficiente e perdulário.

Não há como postergar as mudanças urgentes e profundas no sistema de previdência, na estrutura tributária e mesmo nas relações trabalhistas. E repactuar responsabilidades administrativas entre as esferas de governo para racionalizar e garantir alguma qualidade e efetividade ao gasto público.

O maior desafio colocado à frente para os brasileiros é compreender com exatidão a gravidade da hora. A esta altura, não cabe mais o arrivismo divisionista ou arbitrar a defesa do que fizeram ou deixaram de fazer os diferentes governos.

Nada é mais urgente do que canalizar a energia da indignação e dos legítimos protestos do inconformismo para a formação de um novo diálogo nacional – matéria prima para uma inédita convergência em torno do mais importante, do principal. Primeiro: salvar o país da ruína. Em seguida, construir novas pontes para o futuro, recuperando o sonho brasileiro sobre o país que queremos, podemos e merecemos ser.

Nunca foi tão atual a ideia-força de que em cada grande crise há sempre preciosas lições e oportunidades. Que não percamos as nossas, aprendendo com nossos erros.

Ninguém fará por nós o que é nosso dever.

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Em Minas, Pimentel tem 33,2% e Pimenta, 20,7%, diz DataTempo
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Fernando Rodrigues

Pesquisa realizada em 31.jul a 4.ago; margem de erro de 2,29 pontos percentuais

O ex-ministro Fernando Pimentel (PT) lidera a disputa pelo governo de Minas Gerais com 33,2% das intenções de voto, segundo pesquisa DataTempo/CP2 divulgada nesta 6ª feira (8.ago.2014).

Pimenta da Veiga (PSDB) está em segundo lugar, com 20,7%. Tarcísio Delgado (PSB) pontua 2,8%.

Entre os nanicos, Eduardo Ferreira (PSDC) tem 1,1%, Prof. Túlio Lopes (PCB), 1%, André Alves (PHS), 0,8%, Fidélis (PSOL), 0,7%, e Cleide Donária (PCO), 0,6%.

Votos em branco e nulo são 13,7% e indecisos, 25,3%. A margem de erro é de 2,29 pontos percentuais, para mais ou para menos.

A pesquisa DataTempo/CP2 Veritá foi custeada pela Sempre Editora e entrevistou 1.827 pessoas nos dias 31 de julho a 6 de agosto de 2014. Está registrada na Justiça Eleitoral sob o protocolo MG-00059/2014.

Este Blog mantém a mais completa página de pesquisas eleitorais da internet brasileira, com levantamentos de todos os institutos desde o ano 2000. É possível consultar os cenários do 1º turno de 2014 para as disputas de presidente, governador e senador e do 2° turno de 2014 para presidente e governador.

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Alckmin omite Aécio em seu jingle de campanha em São Paulo
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Fernando Rodrigues

No Rio, Lindberg, Crivella e Pezão também não citam Dilma; presidente só aparece na música de Garotinho

Campanha de 2014 está cheia de pequenas traições e omissões que ficam explícitas para quem ouve os jingles

Apu Gomes/Folhapress - 26.jul.2014

O jingle da campanha à reeleição do governador de São Paulo, o tucano Geraldo Alckmin, não menciona o nome do candidato de seu partido à Presidência da República, Aécio Neves.

A música tem 2 minutos e 20 segundos e define o paulista Alckmin como um “cara decente” que “sabe fazer”, sem nenhuma referência ao tucano mineiro que tenta chegar ao Planalto. Ouça abaixo:

A ausência de Aécio na música de Alckmin não é despropositada. O governador paulista dividiu seu palanque com Eduardo Campos, candidato do PSB a presidente, e já disse que terá “muita alegria” em fazer eventos de campanha ao lado do pessebista.

Há comitês compartilhados de Alckmin e Campos sendo inaugurados pelo Estado. O material de campanha defende o voto “Edualdo” –Eduardo presidente, Geraldo governador–, o que irrita o time de Aécio.

Já o petista Alexandre Padilha, também candidato em SP, hoje com apenas 4% das intenções de voto, afirma em seu jingle que “é de Lula e Dilma”. O ex-ministro da Saúde depende de seus padrinhos para conquistar pelo menos os eleitores fiéis ao PT no Estado. Paulo Skaf, candidato do PMDB ao Palácio dos Bandeirantes, com quem Dilma gostaria muito de compartilhar o palanque, não menciona a presidente na música-tema de sua campanha.

Minas Gerais
O caso paulista não é único. A campanha eleitoral de 2014 está cheia de pequenas traições e omissões que ficam explícitas para quem ouve os jingles de campanha pelos Estados.

Em Minas Gerais, 2º maior colégio eleitoral do país, Fernando Pimentel, candidato petista ao governo, também ignora Dilma em seu jingle. É que Aécio tem ampla vantagem sobre a presidente em seu Estado natal. Colar a imagem de Pimentel à da petista é pouco estratégico em termos eleitorais.

Já Pimenta da Veiga, nome tucano na disputa mineira, não esconde que está na mesma chapa que Aécio. Seu jingle diz: “Com Aécio e [Antonio] Anastasia [candidato do PSDB ao Senado], Minas dá o seu recado”.

Rio de Janeiro
Dilma também foi “esquecida” na música do candidato de seu partido ao governo do Rio, Lindberg Farias. O senador petista não é o nome preferido da presidente no Estado –ela prioriza o apoio à reeleição do governador Luiz Fernando Pezão, do PMDB, que compõe sua base aliada. Só que Pezão tampouco se lembrou de incluir o nome de Dilma em sua música de campanha no Rio, que é o 3º maior colégio eleitoral do país.

O jingle de Lindberg tem 1 minuto e 30 segundos. Lembra que o senador foi “cara pintada” na época do impeachment do ex-presidente Fernando Collor, “cresceu junto com a nação”, e hoje é um “homem de ideias” que “traz a solução”. Sem nenhuma referência a Dilma.

A presença de Romário, do PSB, como candidato ao Senado na chapa de Lindberg contribui para o estranhamento entre o petista e a presidente. Romário não tem poupado Dilma de suas críticas.

Outro candidato ao governo fluminense filiado a um partido que apoia Dilma é Marcelo Crivella, do PRB. Mas ele também prefere omitir a petista de sua música de campanha. No Rio, apenas Anthony Garotinho, candidato do PR, cita Dilma em sua música: “O meu voto é consciente, 22 governador [número do PR na urna], e Dilma para presidente”.

Bahia
Na Bahia, o petista Rui Costa, hoje com 8% das intenções de voto nas pesquisas, explora em seu jingle que está com “Dilma presidente”. Entre os principais candidatos no 4º maior colégio eleitoral do país, é o único que menciona o seu nome ao Planalto.

Paulo Souto (DEM), que integra a coligação de Aécio Neves, não cita o tucano. Lídice da Mata (PSB) também ignora Eduardo Campos em sua música.

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Pimenta da Veiga de 2014 “copia” jingle de Anastasia de 2010
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Fernando Rodrigues

“Minas eu sou, Minas eu vou”, diz o refrão. Tom e melodia são quase iguais.

O candidato do PSDB ao governo de Minas Gerais, Pimenta da Veiga, lançou nesta 3ª feira (15.jul.2014) o seu jingle de campanha. É praticamente idêntico ao usado por Antonio Anastasia, tucano que venceu a mesma disputa em 2010.

“Minas eu sou, Minas eu vou”, diz o refrão repetido. O tom e a melodia dos dois jingles são quase iguais. Só a letra muda em alguns trechos, pois é necessário incluir o nome do candidato atual –Pimenta da Veiga e não Anastasia.

Eis os vídeos com os jingles do PSDB de Minas Gerais nas campanhas de 2014 e de 2010:

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PT, PSDB e PSB na frente em grandes cidades mineiras
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Fernando Rodrigues

Os mesmos partidos que protagonizam a disputa pela prefeitura da capital mineira –PT, PSB e PSDB– começaram o período eleitoral na frente das pesquisas de grandes cidades do interior do Estado.

Além de Belo Horizonte, Minas tem outras 6 cidades com mais de 200 mil eleitores: Betim, Contagem, Juiz de Fora, Montes Claros, Uberaba e Uberlândia. São esses municípios que podem ter 2º turno caso nenhum candidato tenha mais da metade dos votos válidos no 1º turno (são válidos os votos dados a candidatos; brancos e nulos não são válidos). Essas cidades, juntas, tem 3,8 milhões de eleitores (2,7% do total brasileiro).

Quando se consideram as pesquisas mais recentes sobre as eleições para prefeito, PT e PSDB têm candidatos favoritos (isolados na frente) em 2 das grandes cidades de Minas: Betim e Contagem para os tucanos e Juiz de Fora e Uberlândia para os petistas.

Já o PSB tem o favorito em Belo Horizonte –que é o candidato à reeleição, Márcio Lacerda– e mais um candidato em Uberaba que está empatado com outros do PMDB e do PSDB. O empate ocorre porque os percentuais obtidos pelos candidatos mais bem posicionados são muito próximos e a margem de erro da pesquisa (4,17 pontos percentuais para mais ou para menos) faz com que não haja ninguém isolado em 1º lugar.

Abaixo, quadro com resultados das pesquisas mais recentes divulgadas sobre as eleições em Minas de acordo com os critérios da lei –é exigido que sejam divulgados com os resultados das sondagens os períodos de realização, margem de erro, número de entrevistados e nº do registro na Justiça Eleitoral.

Os dados das pesquisas ainda indicam que apenas Uberaba e Juiz de Fora não tem chance de terminar no 1º turno. Para BH, Betim, Contagem, e Uberlândia essa hipótese é real.

Acesse aqui os dados das pesquisas sobre a eleição em Minas Gerais em 2012. Este Blog é o site de política mais antigo do Brasil. Desde o ano 2000 compila pesquisas eleitorais e as arquiva nesta página, que também disponibiliza levantamentos de avaliação de popularidade de todos os presidentes brasileiros desde José Sarney.

 

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