Blog do Fernando Rodrigues

Arquivo : Palácio da Alvorada

Dilma deve receber ator de Hollywood e filha de Che Guevara no Alvorada
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Fernando Rodrigues

Encontros foram pré-agendados pela petista para este mês

Agenda inclui Danny Glover (20.jun) e Aleida Guevara (23)

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O ator Danny Glover e o ex-presidente Lula, num evento da CUT, em abril de 2015

A presidente afastada Dilma Rousseff deve receber o ator de Hollywood Danny Glover e a médica cubana Aleida Guevara (filha de Che Guevara) no Palácio da Alvorada neste mês.

As informações são do repórter do UOL André Shalders.

As visitas fazem parte de uma pré-agenda da petista para o mês de junho. Pelo cronograma, o ator virá a Brasília em 20.jun e será recebido no Alvorada, residência oficial de Dilma.

O encontro com Aleida está marcado para 23.jun. No mesmo dia, a presidente afastada receberá a física e ativista indiana Vandana Shiva, também no Alvorada.

Antes mesmo da votação na Câmara que a afastou do mandato (em 17.abr), Dilma e o PT vêm trabalhando para que artistas e intelectuais se manifestem publicamente contra o impeachment.

No dia 31.mar, por exemplo, Dilma recebeu diversos artistas contrários ao impeachment. O encontro ocorreu ainda no Palácio do Planalto, então ocupado pela petista. Na ocasião, Danny Glover enviou um vídeo contra o afastamento dela.

Casado com uma professora universitária brasileira, Glover é presença frequente em eventos do PT. O ator participou das franquias Máquina Mortífera (Lethal Weapon, no original), Jogos Mortais (Saw) e do filme Manderlay, entre outros.

Para esta semana, Dilma planeja um encontro com historiadores em Brasília (hoje, 7.jun) e outro com pesquisadores, em Campinas (SP), na 5ª feira (9.jun).

A equipe de Dilma ainda não sabe se ela conseguirá participar desse último compromisso. A Casa Civil emitiu parecer proibindo-a de usar aeronaves oficiais, exceto no trajeto entre Brasília e Porto Alegre (RS), onde vivem a filha e os netos da presidente.

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Se afastada, Dilma pode ficar no Alvorada, mas deixa o Planalto
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Fernando Rodrigues

Presidente não é obrigada a desocupar residências oficiais

Mas salário cai pela metade: de R$ 30.934 para R$ 15.467

O gabinete presidencial no Planalto fica a disposição do vice

Collor foi proibido de usar imóveis da União em 1992

A presidenta Dilma Rousseff e o vice, Michel Temer, durante cerimônia de posse no Palácio do Planalto

A presidente Dilma Rousseff não é obrigada a desocupar o Palácio da Alvorada caso seja afastada pela eventual abertura do processo de impeachment no Senado. A petista, no entanto, deve deixar o gabinete presidencial no 3º andar do Palácio do Planalto.

A apuração é do repórter do UOL, Luiz Felipe Barbiéri.

Se o Senado aprovar a abertura do processo de impeachment, a presidente é automaticamente afastada por até 180 dias. A medida não configura perda de mandato, apenas distanciamento de exercício do poder enquanto o Senado julga o processo. Ao final desse período de 6 meses (ou antes), a depender do resultado da análise dos senadores, a presidente volta ao cargo ou será definitivamente cassada.

Enquanto não for julgada, Dilma poderá continuar a usar as residências funcionais, como a Granja do Torto e o Palácio da Alvorada.

Nesse período de espera pela decisão do Senado, se houver o impeachment, a presidente terá uma perda financeira. Por determinação da lei 1.079 (de 1950) a petista receberá metade de seu salário. Esse dispositivo está no artigo 5º da lei de 1950: “São efeitos imediatos ao decreto da acusação do Presidente da República, ou de Ministro de Estado, a suspensão do exercício das funções do acusado e da metade do subsídio ou do vencimento, até sentença final”.

Dilma recebe hoje R$ 30.934, segundo dados do Portal da Transparência do governo federal. Em caso de impeachment, o valor cai para R$ 15.467.

Já Michel Temer deverá continuar a morar no Palácio do Jaburu. Mas migrará do anexo 2 do Palácio do Planalto, onde está seu gabinete, para o 3º andar: é ali que está a sala usada no momento por Dilma Rousseff.

Se houver instauração do processo de impeachment, Temer continuará morando no Palácio do Jaburu pelo menos até a definição do julgamento.

PARALELO
Fernando Collor foi afastado da presidência em 2.out.1992. No mesmo dia, esvaziou seu gabinete no 3º andar do Planalto. O vice-presidente Itamar Franco foi empossado e passou a despachar da sala do 3º andar em 5.out.

Após deixar o Planalto, Collor cogitou montar um gabinete de trabalho na Granja do Torto. Fez uma série de reivindicações ao governo para o período em que ficaria impossibilitado de governar, como motocicletas com batedores e passagens aéreas para o exterior.

Collor acabou tendo seus planos frustrados. Uma decisão judicial proferida por uma juíza da 7ª Vara Federal do Rio de Janeiro proibiu o então presidente afastado de utilizar qualquer imóvel da união enquanto estivesse fora da função, esperando a definição do impeachment.

Como perdeu o direito ao uso de residências funcionais, helicóptero, carros e avião oficiais, Collor recolheu-se à Casa da Dinda, residência de sua família no Lago Norte, bairro nobre de Brasília.

Itamar Franco mudou-se para o Alvorada apenas em maio de 1993, por questões de segurança. Vivia até então em uma mansão na antiga península dos ministros, no Lago Sul.

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Dilma fará megajantar para líderes governistas e partidos aliados 2ª feira
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Fernando Rodrigues

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Palácio da Alvorada, onde Dilma receberá políticos governistas em jantar, na 2ª feira

Presidente quer melhorar clima político no começo do semestre legislativo

Com ministros e presidentes de legendas, convidados devem chegar a 80

Depois de receber os governadores de Estado nesta 5a feira (30.jul.2015), a presidente Dilma Rousseff continua sua ofensiva para tentar debelar a crise política no início da semana que vem.

A petista abrirá as portas do Palácio da Alvorada às 20h de 2ª feira (3.ago.2015) para oferecer um jantar para todos os líderes de partidos aliados ao governo na Câmara e no Senado.

Há hoje 28 partidos representados no Congresso. Na contabilidade do Planalto, 19 siglas são consideradas governistas. O problema é que quase nunca os deputados e os senadores dessas agremiações votam a favor de propostas defendidas por Dilma Rousseff.

A ideia é chamar os deputados e senadores que ocupam os cargos de líderes dos partidos governistas para demonstrar boa vontade em ouvir o que todos terão a dizer no início dos trabalhos legislativos do segundo semestre.

O governo acredita que pode enfrentar menos resistência agora por conta da distribuição de cargos federais nos Estados –serão nomeados cerca de 200 pessoas nos próximos dias por indicação de deputados e de senadores.

O PT abriu mão da articulação política. Entregou a missão para o PMDB, por meio do vice-presidente da República, Michel Temer, e do ministro da Aviação Civil, Eliseu Padilha.

Também estão sendo convidados para o jantar de 2ª feira (3.ago.2015) no Alvorada todos os presidentes dos 19 partidos governistas. Cerca de 20 ministros estarão presentes.

O número total de comensais ficará próximo a 80. Esse tipo de evento tem sido raro no Alvorada desde Dilma se tornou presidente. Por causa da atual crise, a petista pretende dar um clima de “conversa em casa” para o jantar. Ela deverá circular entre as mesas para socializar e ouvir os congressistas.

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