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Mário Rosa conta como influenciou Delcídio do Amaral a se filiar ao PT
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Fernando Rodrigues

PMDB, PSDB e DEM também disputavam ex-senador

Eduardo Cunha: “Estamos todos aqui sendo monitorados”

Conselhos a acusados de narcotráfico, pedofilia e sonegação

Delcidio do Amaral chegou a ser líder do governo de Dilma Rousseff no Senado

Delcidio do Amaral chegou a ser líder do governo de Dilma Rousseff no Senado

O consultor de crises Mário Rosa teve papel importante na decisão do ex-senador Delcídio do Amaral em se filiar ao Partido dos Trabalhadores, em 2001. Não poderia imaginar que, 14 anos depois, Delcídio (agora um ex-petista) seria um dos algozes do partido nas investigações da Lava Jato.

Em dúvida sobre por qual partido disputar as eleições de 2002 ao governo do Mato Grosso do Sul, Delcídio pediu a opinião do consultor e amigo em um jantar no Rio. Mário defendeu a filiação ao PT.

“Vá pelo PT, pelo menos não vão persegui-lo por ter sido diretor da Petrobras tucana”. Em 2001, no governo de FHC, Delcídio ainda ocupava o cargo de diretor de Gás e Energia da estatal.

O caso é relatado pelo próprio Mário Rosa em seu livro “Glória e Vergonha: memórias de um consultor de crises”. A obra está sendo publicada em capítulos no UOL. A 4ª parte foi ao ar nesta 5ª feira (24.nov).

Esta resenha é do Poder360 e foi preparada pelo jornalista Mateus Netzel.

Outros 3 partidos disputavam a filiação de Delcídio: PSDB, DEM e PMDB. A opção pelo PT desencadearia uma série de fatos que resultaram na prisão preventiva do senador por tentativa de obstrução à Lava Jato e à assinatura de acordo de delação premiada com a força-tarefa. Hoje, o ex-senador cumpre prisão domiciliar.

Delcídio não foi o único preso pela Lava Jato com quem Mário Rosa teve proximidade. Também foi amigo de José Dirceu, embora não tenha trabalhado para o ex-ministro.

Com Eduardo Cunha, o consultor não teve o mesmo contato, mas guarda uma história que ilustra o efeito da investigação na elite política em Brasília. No casamento do senador Romero Jucá, em outubro de 2015, Cunha já estava sob a mira da Lava Jato, mas seguia intocado no cargo de presidente da Câmara. Logo no cumprimento, com a mão em concha para abafar a fala, o deputado deu o tom: “Mário, estamos todos aqui sendo monitorados”.

A lista de “relações perigosas” que Mário Rosa manteve ao longo dos anos é extensa. Inclui o ex-presidente Fernando Collor, o ex-governador José Roberto Arruda, o senador Ciro Nogueira (PP-PI), o ex-presidente da Câmara Severino Cavalcanti. Todos no mínimo investigados em casos de corrupção.

PEQUENAS GRANDES CRISES
Sem a mesma repercussão política dos investigados pela Lava Jato, mas com possíveis consequências devastadoras para os envolvidos, alguns casos delinearam com maior efeito a carreira profissional do consultor.

Uma acusação de envolvimento com narcotráfico feita a um empresário do ramo de medicamentos exigiu como parte da solução o aluguel de um helicóptero para fotografar uma pista de aterrissagem no Piauí.  Uma acusação de pedofilia teve como pano de fundo uma disputa econômica no mercado de postos de combustíveis em São Paulo. Um depoimento na CPI dos medicamentos (na Câmara, em 2000) que necessitou de um roadshow pelos veículos de comunicação do Brasil para ter seus efeitos remediados.

Todas essas experiências serviram de prévia para a pequena grande crise pessoal do consultor. Confrontado com a imprensa após as investigações da Operação Acrônimo em sua casa, Mário recorreu a outro gestor de crise para auxiliá-lo, da mesma forma que tantas vezes ele havia sido acionado. Como ele mesmo diz: “Casa de ferreiro… espeto de aço”.

Eis os PDFs já publicados do livro:
1ª parte
2ª parte
3ª parte
4ª parte

A última parte vai ao ar nesta 6ª feira (25.nov).

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Se afastada, Dilma pode ficar no Alvorada, mas deixa o Planalto
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Fernando Rodrigues

Presidente não é obrigada a desocupar residências oficiais

Mas salário cai pela metade: de R$ 30.934 para R$ 15.467

O gabinete presidencial no Planalto fica a disposição do vice

Collor foi proibido de usar imóveis da União em 1992

A presidenta Dilma Rousseff e o vice, Michel Temer, durante cerimônia de posse no Palácio do Planalto

A presidente Dilma Rousseff não é obrigada a desocupar o Palácio da Alvorada caso seja afastada pela eventual abertura do processo de impeachment no Senado. A petista, no entanto, deve deixar o gabinete presidencial no 3º andar do Palácio do Planalto.

A apuração é do repórter do UOL, Luiz Felipe Barbiéri.

Se o Senado aprovar a abertura do processo de impeachment, a presidente é automaticamente afastada por até 180 dias. A medida não configura perda de mandato, apenas distanciamento de exercício do poder enquanto o Senado julga o processo. Ao final desse período de 6 meses (ou antes), a depender do resultado da análise dos senadores, a presidente volta ao cargo ou será definitivamente cassada.

Enquanto não for julgada, Dilma poderá continuar a usar as residências funcionais, como a Granja do Torto e o Palácio da Alvorada.

Nesse período de espera pela decisão do Senado, se houver o impeachment, a presidente terá uma perda financeira. Por determinação da lei 1.079 (de 1950) a petista receberá metade de seu salário. Esse dispositivo está no artigo 5º da lei de 1950: “São efeitos imediatos ao decreto da acusação do Presidente da República, ou de Ministro de Estado, a suspensão do exercício das funções do acusado e da metade do subsídio ou do vencimento, até sentença final”.

Dilma recebe hoje R$ 30.934, segundo dados do Portal da Transparência do governo federal. Em caso de impeachment, o valor cai para R$ 15.467.

Já Michel Temer deverá continuar a morar no Palácio do Jaburu. Mas migrará do anexo 2 do Palácio do Planalto, onde está seu gabinete, para o 3º andar: é ali que está a sala usada no momento por Dilma Rousseff.

Se houver instauração do processo de impeachment, Temer continuará morando no Palácio do Jaburu pelo menos até a definição do julgamento.

PARALELO
Fernando Collor foi afastado da presidência em 2.out.1992. No mesmo dia, esvaziou seu gabinete no 3º andar do Planalto. O vice-presidente Itamar Franco foi empossado e passou a despachar da sala do 3º andar em 5.out.

Após deixar o Planalto, Collor cogitou montar um gabinete de trabalho na Granja do Torto. Fez uma série de reivindicações ao governo para o período em que ficaria impossibilitado de governar, como motocicletas com batedores e passagens aéreas para o exterior.

Collor acabou tendo seus planos frustrados. Uma decisão judicial proferida por uma juíza da 7ª Vara Federal do Rio de Janeiro proibiu o então presidente afastado de utilizar qualquer imóvel da união enquanto estivesse fora da função, esperando a definição do impeachment.

Como perdeu o direito ao uso de residências funcionais, helicóptero, carros e avião oficiais, Collor recolheu-se à Casa da Dinda, residência de sua família no Lago Norte, bairro nobre de Brasília.

Itamar Franco mudou-se para o Alvorada apenas em maio de 1993, por questões de segurança. Vivia até então em uma mansão na antiga península dos ministros, no Lago Sul.

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3 integrantes da comissão do impeachment de Dilma julgaram Collor em 1992
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Fernando Rodrigues

Os 3 deputados votaram a favor do afastamento do presidente

Benito Gama (PTB-BA) foi presidente da CPI que investigou Collor

Jandira Feghali (PC do B-RJ) estava em seu 1º mandato na Casa

Jutahy Júnior (PSDB-BA) já cumpria seu 3º mandato na Câmara

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Benedito Gama foi presidente da CPI que investigou Fernando Collor

A Câmara dos Deputados instalou na última 5ª feira (17.mar.2016) a Comissão Especial do Impeachment da presidente Dilma Rousseff. Dos 65 deputados que fazem parte da atual composição, apenas 3 estiveram no colegiado semelhante quando Fernando Collor foi processado. Na época, os 3 votaram a favor da cassação do então presidente.

Jutahy Júnior (PSDB-BA) é o que está na Casa há mais tempo. O tucano entrou na Câmara em 1983 e só ficou fora de uma legislatura –de 1995 a 1999. Ele diz que a base social que o PT tem hoje não pode ser desconsiderada. “O [Fernando] Collor não tinha uma organização como o PT tem. É um partido enraizado no Brasil que instrumentaliza organizações sindicais, como a CUT”, afirma.

Em 1992, Jandira Feghali (PC do B-RJ) estava em seu 1º mandato na Câmara dos Deputados. Ela diz que não há semelhanças entre os processo de impeachment de Collor e de Dilma. “A grande diferença é que o impeachment do Collor surgiu de uma CPI que mostrou provas que incriminavam diretamente o presidente”, afirma.

Benito Gama (PTB-BA) foi o presidente dessa CPI que investigou as denúncias contra Fernando Collor. O deputado foi eleito em 1986 pelo PFL e já estava em seu 2º mandato na Casa.

A apuração é do repórter do UOL Gabriel Hirabahasi.

A comissão foi instaurada após as denúncias de Pedro Collor de Mello, irmão do presidente, sobre corrupção no governo com o empresário PC Farias como centro do esquema. “Hoje, as denúncias estão muito fortes, envolve a Petrobras. Naquela época era mais concentrado no PC Farias. Hoje, está muito difundido. Há um conjunto de deterioração ética muito mais forte”, diz Gama.

Jutahy diz que “hoje, há uma corrupção sistêmica, encorpada em todas as ações do governo. Há uma centralização política e da corrupção”. Tanto o tucano quanto Gama afirmam que as ações da Lava Jato enfraquecem o governo petista.

“Na teoria, [as denúncias de hoje] são as pedaladas. Mas é a formalização”, diz Gama. O tucano afirma que, “na prática, o que a comissão vai analisar é se vai votar pela manutenção do sistema. Se vai pro lado da sociedade, que pede o impeachment, ou se amarra a vida ao PT”.

Jandira afirma o contrário: “A comissão tem que analisar a denúncia, que são as pedaladas, não o [juiz Sérgio] Moro ou a Lava Jato”.

A deputada diz que não pode haver uso político da investigação da Polícia Federal. Ela defende que a operação aconteça, mas afirma que não como instrumento da luta política no País.

Como o Blog divulgou, Dilma tem 31 votos contrários na comissão do impeachment. O governo faz as contas para ter 34 votos favoráveis no colegiado. Jutahy afirma que, ao longo do processo, esse número deve cair. “A pressão da sociedade é muito forte”.

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Se instalado, impeachment de Dilma é irreversível, diz Collor
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Fernando Rodrigues

“Me angustio porque esse filme eu já vi”

Dilma não tem instrumentos para sair da crise

Governo é sapo que não pula quando a água ferve

Cortar 10 ministros terá efeito “catastrófico”

Collor-agenda-1992

A agenda pessoal do ano de 1992, aberta no dia do impeachment

Fernando Rodrigues
Do UOL, em Brasília

O ex-presidente da República Fernando Collor de Mello (PTB-AL) avalia que o Brasil passa por uma “crise política sem precedentes”. Se um eventual processo de impeachment contra Dilma Rousseff começar a tramitar, o afastamento da petista será “irreversível”.

Em entrevista ao UOL para fazer um paralelo entre o momento atual e o que ele próprio enfrentou, em 1992, quando sofreu um processo de impeachment, Collor demostrou ceticismo sobre as possibilidades de recuperação do governo de Dilma Rousseff.

“Esse filme eu já vi”, diz Collor para descrever a “angústia” que sente ao assistir à deterioração do apoio político ao Palácio do Planalto. “A presidente está privada de instrumentos essenciais de coordenação, de concertação política para sair da crise em que ela colocou seu governo”.

Aos 66 anos e hoje senador pelo PTB de Alagoas, Collor demonstra desencanto ao analisar a conjuntura criada por Dilma e o apoio que deu à petista no último processo eleitoral. “Eu errei na minha avaliação. Ela realmente não estava preparada [para ser presidente]”.

Ele usa uma alegoria para descrever como enxerga a administração dilmista. “É mais ou menos como aquela figura do sapo que se coloca numa tigela de água em cima de uma fonte de energia de fogo. A água vai esquentando. O sapo aguenta. Até que a água ferve e o sapo não sai”.

Na avaliação de Collor, Dilma erra de maneira continuada. Um dos equívocos mais recentes é a decisão de cortar 10 ministros nesta semana, no meio da “borrasca”. É uma ação “tardia”, sem o efeito simbólico positivo, mas cuja consequência será “catastrófica”. Produzirá “uma ebulição política na base, algumas centenas de graus centígrados acima do que já está”.

Será como o sapo que morre na panela com água fervendo? “É a consequência natural”.

Apesar da acidez de sua análise, Collor não demonstra torcer contra Dilma: “Talvez em função de um desejo íntimo meu: que não ocorra com nenhum presidente o que ocorreu comigo”. Mas seria necessário “acreditar em milagres para achar que ainda não chegamos a um ponto de não retorno”.

Uma vez iniciada a tramitação do processo de impeachment, a chance de interrompê-lo, “para não dizer que é zero, é muito próximo disso”. Por quê? “É algo que começa a ter vida própria. Ninguém mais tem racionalidade (…) Há que se evitar que se chegue a esse ponto”. O ex-presidente então faz uma ressalva: “Que estamos na rota, estamos”.

O senador faz poucas recomendações para Dilma, exceto que atue nos bastidores para tentar construir uma aliança política ampla. Acha que a investida da presidente para se aproximar de políticos pode ter o efeito oposto do desejado. Até porque a petista “não nutre prazer” pelo convívio com deputados e senadores. Os interlocutores sempre percebem.

Collor conta uma conversa entre ele e Dilma, em março de 2015, num momento agudo de manifestações de rua contra o governo:

“Sugeri a ela pedir desculpas. Ela perguntou: ‘Desculpas por quê?’. E eu disse: porque há 3 meses ou 4 meses nós estávamos nas ruas dizendo que a energia elétrica não ia subir nem o custo da energia elétrica para as famílias, que a inflação estava sob controle, que os juros não iam subir, que a gasolina não ia subir. E o que nós estávamos vendo era completamente diferente”.

Segundo Collor, Dilma ficou “rabiscando num papel”. A conversa terminou só com um “muito obrigado” e nada mais? “Não. Nem muito obrigado. Ela ouviu. Ouviu, mas não escutou”.

Citado pelo Ministério Público como um dos envolvidos na Operação Lava Jato, Collor disse que não queria falar a respeito.

A seguir, trechos da entrevista do ex-presidente e hoje senador Fernando Collor de Mello, gravada na terça-feira (22.set.2015), no estúdio do UOL, em Brasília:

UOL – O Brasil passa por um momento de crise política. O que levou a essa conjuntura?
Fernando Collor – O país vive hoje uma crise política sem precedentes.

Sem precedentes?
É o que me parece. É o meu sentimento. E uma crise econômica também de extrema gravidade. Portanto, deslindar esse cruzamento de duas crises que afetam a nação como um todo, com essa abrangência e profundidade, é algo extremamente difícil. Acho que é necessário muita habilidade política, muito senso de responsabilidade para com o presente, para com o futuro que se avizinha.

Em que medida a situação atual do Brasil guarda similitudes com a de 1992, quando o sr. enfrentou um processo de impeachment?
Há uma diferença fundamental entre os eventos que culminaram com o meu afastamento da Presidência em 1992 e com os eventos que hoje nos circundam. Em 1992, no campo econômico, nós tínhamos uma situação extremamente sólida. (…) Diferentemente de hoje, em que a economia não está exatamente algo que nós pudéssemos sequer dizer controlada.

Mas em 1992 a inflação ainda não estava controlada…
Sim. Mas nós tínhamos passado de uma patamar de uma inflação de 86% ao mês para uma inflação de 20%, 23% ao mês. Mas isso não implicava, apesar da inflação ainda estar alta, em nenhum desajuste orgânico da economia. A economia estava bem. Estava caminhando bem. (…)

Mas o processo de hoje é parecido com o da sua época?
Não. Na minha época… No final do processo, o PMDB, por exemplo, representado pelo dr. Ulysses Guimarães, pressionado por São Paulo, pelo governador de saudosa memória, Orestes Quércia, mudou de posição. Decidiu apoiar o movimento que estava já nas ruas pedindo a minha saída da Presidência da República.

Mas isso foi no final. Já chegando muito próximo das eleições. Mas a relação era muito boa. A relação era, com os partidos, muito fluida. O problema que nós vivenciamos hoje é fundamentalmente um problema desse presidencialismo de coalizão que, no meu entender, não funciona.

O presidencialismo de coalizão é um sistema de governo gerador de crises semestrais. Não há nenhuma possibilidade de se manter um governo estável no sistema presidencialista com um presidencialismo de coalizão. Como se construir uma maioria dentro do presidencialismo de coalizão, vamos dizer, na Câmara dos Deputados, onde existem 27 ou 26 partidos ali representados? Como? É melhor dar o poder ao parlamento. Daí a questão do parlamentarismo. Que é uma ideia que eu venho defendendo. Uma proposta que eu venho defendendo há muito tempo juntamente com outros parlamentares para que seja instituído no Brasil.

Um presidente da República que enfrenta uma situação difícil passa a ter uma atitude mais ensimesmada?
Sim. Tem.

Como o sr. sentiu isso?
A diferença fundamental é que a presidenta é uma pessoa que nunca vivenciou a política partidária. Nunca militou na política partidária. Quer dizer, nunca exerceu nenhum cargo público.

Não tinha experiência. Não tinha o conhecimento exatamente. E, mais do que não ter conhecimento do que era a política, do que seria o Congresso, ela não gostava disso.

O sr. acha que ela não nutre prazer?
Não nutre prazer. E num momento de crise –e eu enfrentei vários momentos de crise durante o meu governo –a primeira reação do governante é se isolar. É se isolar e tomar as decisões de forma solitária e achar que aqueles que estão ao seu redor não estão ajudando de forma conveniente ao momento.

Isso aconteceu com o sr.?
Aconteceu. Aconteceu comigo, mas em seguida eu reagi.

Mas nessas horas o próprio governante talvez não seja o seu melhor conselheiro…
Exatamente isso. Uma vez, contrariando o meu desejo, cedi aos apelos que foram feitos numa solenidade de taxistas no Palácio do Planalto. Estavam todos lá. Eu disse ao cerimonial que não falaria, como não falei. Terminou a cerimônia e eu saí. Não falei. Mas aí, em coro, pediram: “Fala, Collor”. Os ministros foram lá me buscar para que eu falasse. Aí saiu aquele grande equívoco, aquela grande “pixotada” que foi a de conclamar o povo a sair nas ruas no domingo vestido de verde e amarelo. Entreguei de bandeja um prato para aqueles que se opunham a mim saírem de preto e mostrarem que não era esse o sentimento da população, o que eu imaginava ser.

É muito difícil o presidente da República fugir do erro de se isolar, de não escutar, de não ouvir. Acredito que esse seja o erro primordial do governo atual.

O governo é mais ou menos como aquela figura que contam do sapo. O sapo que se coloca numa tigela de água em cima de uma fonte de energia de fogo. O sapo está dentro da água. E a água vai esquentando, esquentando. O sapo fica aguentando tudo. Até que a água ferve e o sapo não sai.

Quando você coloca o sapo dentro da água fervendo, o sapo pula imediatamente. Mas quando ele está dentro da água e a água vai esquentando aos poucos, ele não se apercebe do perigo que está correndo. Esse é mais ou menos o problema que esse governo vem passando. Não está escutando.

No seu caso, havia algo possível para evitar o desfecho que houve?
Havia. Várias medidas que poderiam ter sido tomadas para evitar o desfecho. A primeira delas teria sido evitar a constituição da CPI [do PC Farias]. Seria extremamente simples para mim naquele momento evitar que a CPI fosse instalada. Ela foi instalada com o meu apoio e o apoio da minha base. Por sugestão de algumas pessoas próximas, dentro do governo, a mim.

A crise atual já está num “ponto de não retorno”?
Tenho receio de fazer a conclusão deste diagnóstico. É uma situação de extrema gravidade. Aí ainda estamos discutindo a questão desse rombo, desse déficit no Orçamento da União da ordem de R$ 30 bilhões.

No meu entender será o dobro disso. Nunca vi isso na minha vida. Não tenho leitura, registro, de que algo parecido tenha acontecido nem durante a minha existência. Isso é algo de uma temeridade absoluta.

O governo pretende consertar o Orçamento de 2016 por meio de medidas que dependem em grande parte do Congresso. Vai dar certo?
Do ponto de vista técnico, a melhor saída é a volta da CPMF [Contribuição Provisória sobre Movimentação Financeira]. É algo que imediatamente pode ser recebido. Mas se esta é uma saída técnica, é por outro lado politicamente inviável.

Inviável?
É inviável. Não há como passar.

O Congresso não aprovará?
Nenhuma medida. Não estou fazendo nenhum vaticínio. Apenas dando a minha impressão, fruto da minha vivência. Não há nenhuma possibilidade de o Congresso Nacional aprovar o ajuste orçamentário para 2016 com essas medidas que estão sendo encaminhadas. Não vejo nenhuma possibilidade.

A crise então se agrava mais?
É o que eu disse há pouco.

O seu diagnóstico então é que já se chegou a este ponto de não retorno?
Nós precisamos acreditar em milagres para achar que nós ainda não chegamos a um ponto de não retorno.

A presidente anunciou uma reforma ministerial que reduz de 39 para 29 o número de ministérios. Foi uma decisão acertada?
É tardia.

Acertada, porém tardia?
Exato. Essa decisão ela deveria ter tomado logo no início do ano. Eu próprio sugeri a ela depois de um panelaço, fruto de uma intervenção dela na televisão. Tive a oportunidade de dar a minha opinião.

Como foi a sugestão?
Sugeri que a primeira palavra dela numa aparição de rádio e televisão, numa rede nacional, seria pedir desculpas. E ela perguntou: “Desculpas por quê?”. E eu disse: porque há 3 meses ou 4 meses nós estávamos nas ruas dizendo que a energia elétrica não ia subir nem o custo da energia elétrica para as famílias, que a inflação estava sob controle, que os juros não iam subir, que a gasolina não ia subir. E o que nós estávamos vendo era completamente diferente.

E ela?
E ela… Rabiscando num papel. Eu disse a ela também que deveria falar com humildade e falar diretamente para o coração da mãe de família, da dona de casa, do chefe de família. Dizer que houve equívoco na avaliação que foi levada a ela sobre como seria o ano de 2015. Mas que ela, como presidente da República, embora não tivesse sido responsável pelo desenho desses cenários, tinha de assumir a sua responsabilidade diante disso. E pedir desculpas, fazer um chamamento para novamente estarmos todos juntos e, ato contínuo, anunciar que iria cortar uns 15 ministérios e metade dos cargos em comissão na Esplanada dos Ministérios.

O sr. disse a ela em meados de março?
Começo de março.

E ela reagiu ao final como?
Não fazendo nada disso.

Mas ela disse algo ao sr. no final da conversa?
Nada. Nada.

Apenas “muito obrigado”?
Não. Nem muito obrigado. Ela ouviu.

Nem “muito obrigado”?
Não. Ouviu, mas não escutou.

Naquele momento, se ela tivesse feito essa redução dos ministérios e de cargos, acho que teria um impacto. Se ela tivesse falado diretamente com a população…

Mas agora, se fosse ela, não mexeria em nada. Deixaria a composição de ministérios como está. Neste momento de crise, de borrasca, não é o momento ideal para se mudar de barco.

Se ela insistir em cortar 10 ministros, qual será a consequência?
Catastrófica.

Descreva.
Uma ebulição política na base, algumas centenas de graus centígrados acima do que já está.

Como o sapo que morre na panela?
É a consequência natural.

O que ela poderia fazer a esta altura então?
Esse é que é o drama. Essa que é a dificuldade que sinto cada dia quando me levanto e olho a situação e vejo… Meu Deus, será que não tem nenhuma forma de resolver esse assunto?

O bê-á-bá da cartilha política é que ninguém pode governar sem o apoio do Congresso. Ninguém. Ninguém governa sem o apoio do Congresso dentro de um sistema democrático. Ela antes não tinha a simpatia do Congresso, mas tinha o apoio do Congresso. Hoje, ela não tem a simpatia e não tem, o que ainda é mais grave, a solidariedade do Congresso.

O sr. acredita então que é inevitável, dada a conjuntura atual e sem o milagre que o sr. mencionou, que em algum momento será instalado esse processo de impeachment contra a presidente?
Não acho que o processo de impeachment seja o melhor caminho.

E a inevitabilidade do processo?
Embora eu considere isso nas minhas projeções, sempre coloco essa possibilidade como a mais remota. Talvez em função de um desejo íntimo meu: que não ocorra com nenhum presidente o que ocorreu comigo.

Mas…
Mas, sim. É uma possibilidade. É uma possibilidade.

Essa possibilidade hoje é real?
É. Mas aí eu me permitiria voltar a uma outra conversa que mantive com a presidenta Dilma na presença de líderes do Senado e do vice-presidente Michel Temer. Isso foi recente, há 2 meses.

Um jantar no Alvorada?
Um jantar no Alvorada. Na reunião discutia-se a pauta de votação no Congresso –medidas provisórias, o que votar, o que não votar. E ninguém falava de um assunto que estava, está, presente em nosso dia a dia, que é o impeachment. Então eu disse: “Presidenta, me desculpe, mas eu não ouvi aqui ninguém se referir a algo que politicamente eu acredito que nós tenhamos de discutir para saber como evitar, que é a questão do impeachment. É o que se comenta no Senado, na Câmara dos Deputados, nas ruas, nos meios acadêmicos, por pessoas formadoras de opinião. Nós temos de enfrentar isso”. Do mesmo modo, não houve nenhuma resposta dela. Ela não fez nenhum tipo de comentário.

Em seguida, falou o vice-presidente Michel Temer. Ele disse que achava que minha a exposição estava bem colocada e que teria que merecer, por parte do governo, a atenção devida para tomar medidas que fossem possíveis para evitar que isso [impeachment] se consumasse.

Então fico analisando, vendo essa tentativa até comovente que ela vem fazendo de se reaproximar da classe política, de se reaproximar dos partidos políticos…

Comovente por quê?
Porque…

Ela já foi abandonada na sua opinião?
A classe política está infensa a esse tipo de demanda por parte da presidente da República.

Todas as suas análises indicam que a presidente está sem saída no momento…
Vejo a presidente numa situação muito difícil.

O sr. tem uma recomendação sobre o que ela possa fazer a esta altura?
Bom, as recomendações que fiz nessas duas oportunidades ela não seguiu. Está tentando fazer agora, mas o “timing” se perdeu. O momento para que fossem tomadas certas decisões passou.

Tudo o que ela fizer então não surtirá o efeito desejado?
Não [surtirá].

Não surtirá?
Lamentavelmente, no meu entender, não surtirá.

Acho que precisamos juntar todos, a classe política, os principais partidos políticos. Todos entenderem que essa crise não se restringe ao perímetro da praça dos Três Poderes, mas que se estende ao país todo. Atinge a todos.

Mas o sr. vê esse tipo de união acontecendo?
Pois é… Vejo o contrário. Eu vejo o contrário.

Mas falo de um esforço da própria classe política. Não em função da demanda dela [Dilma], que não surte efeito. No momento em que a classe política entender que a solução desse problema passa inexoravelmente pelo Congresso Nacional e pela união de forças, independentemente de serem simpáticas ao governo, encontra-se uma saída.

Mas… não seria quase ingênuo acreditar que isso se materialize no curto prazo?
Nós temos que acreditar em alguma coisa.

Independe da presidente?
Independe dela.

Dilma não pode mais fazer nada?
Qualquer ação dela no sentido de se reaproximar da classe política é uma ação que gera um efeito talvez contrário ao que ela esteja desejando.

Ou seja, ela acelera o processo de impeachment e não o contrário?
Não digo que acelere o processo. Digo que essa ação dela não contribui para amenizar a grave crise que estamos atravessando.

Mas presidente, se o governante tende a ficar isolado em um momento de crise…
Agora não está mais. Ela já partiu para a ação.

Mas se ação não surte o efeito que seria benéfico, como o sr. diz, a presidente teria que voltar para a estratégia anterior e se resguardar?
Não. Ela tem que começar, nos bastidores, a tentar organizar o que culminaria nessa possível união das forças políticas que entendam que é necessário haver um união em torno de uma saída.

E a reforma ministerial…
Isso agrava.

Agrava porque, se fosse feito naquele momento, lá atrás, seria entendido. Os partidos apoiariam. Todos entenderiam que precisava esse movimento. Teria sido uma demonstração que o Executivo estaria dando de cortar na própria carne, de mostrar um desejo de resolver os problemas fiscais do país. Mas esse momento passou. Hoje, qualquer mudança no ministério significa agravar a relação com um contingente de partidos e de pessoas. Quer dizer, não tem mais nem o efeito simbólico e o efeito político é desastroso.

Na eventualidade do início da tramitação de um processo de impeachment na Câmara, na conjuntura atual, o desfecho é irreversível?
Num processo de impeachment, quem o guia é o imponderável. Não há regra fixa, não há matriz, um padrão.

Mas dentro dessa teoria do caos que se instaura quando começa a tramitar o impeachment, o sr. acha que para a presidente Dilma Rousseff se o processo é instalado…
Vai ser péssimo.

Uma vez andando o processo na Câmara, a chance de ela conseguir detê-lo é zero?
Para não dizer que é zero, é muito próximo disso. É algo que se transforma, que começa a ter vida própria. É um processo sobre o qual ninguém mais tem racionalidade ao conduzi-lo. Porque a paixão desenfreada, desencadeada dentro de um processo político, com a população de alguma forma insuflando e apoiando…

…Torna-se irreversível.
É irreversível. Se for instalado, é irreversível. É irreversível até porque, instalado o processo na Câmara, automaticamente o presidente é afastado.

Não. O processo demora uns 45 dias até a presidente ser afastada…
Depende. No meu caso foi muito mais rápido [risos]. Os prazos foram todos ultrapassados, de modo a adequar a votação do meu afastamento às vésperas de uma eleição municipal em que todos estavam com os ânimos muito exaltados.

Essa questão de prazos, num processo político como é o impeachment, é vencida de maneira rápida, da maneira que for conveniente para a maioria dos que estão comandando e coordenando o processo.

Recapitulando: instalado o processo de impeachment, pode ser muito rápido, é imponderável e, o sr. diz, irreversível?
Se for instalado o processo de impeachment, se for aprovado pela Câmara… É irreversível no momento em que a maioria absoluta da Câmara vote para afastar.

E antes dessa votação, naquelas semanas que antecedem a votação do afastamento, mas o processo já está tramitando? O sr. acha que também nesse período já fica muito difícil e irreversível?
É… quando chega a esse ponto… Há que se evitar que se chegue a esse ponto.

Mas a conjuntura atual está levando para a abertura desse processo na Câmara?
Que estamos, vamos dizer assim, na rota, estamos. Mas essa rota pode ser desviada se houver alguma possibilidade dessa união da classe política em torno da constituição de um projeto de salvação nacional.

Como o sr. se sente assistindo a este processo? Como é que o sr. descreveria seu sentimento pessoal?
Me angustio muito. Até porque esse filme eu já vi.

Desde quando Antônio Palocci era ministro da Casa Civil, há 4 anos, eu estive com ele e falei da minha preocupação. Já naquela época havia alguma coisa, algum azedume nas relações entre o Legislativo e o Executivo.

O Palocci me disse: “Mas, presidente, eu não percebo isso. Todos os projetos da presidente no Congresso estão sendo aprovados”. Aí eu falei: “É verdade. Ela está tendo o apoio do Congresso para essas medidas. O meu receio é de que no momento em que ela precise da solidariedade do Congresso, ela não venha a ter esse apoio”.

Agora, é chegado exatamente esse momento em que a solidariedade é exigida para que o governo saia dessa grande crise em que está introduzido. Porque a presidente não tem mais instrumentos nem capacidade –não porque ela não queira, até porque agora ela está querendo. Mas como passou o tempo, a presidente está privada desses instrumentos essenciais de coordenação, de uma concertação política para sair da crise em que ela colocou seu governo.

A presidente Dilma estava preparada para assumir a função de presidente da República do Brasil?
Eu errei na minha avaliação. Quando ela era chefe da Casa Civil, eu estava na presidência da Comissão de Infraestrutura no Senado. Foi quando lançou-se o PAC. Eu me avistava com ela para tratar dessa questão das obras de infraestrutura. Percebi uma mulher extremamente decidida, determinada, com capacidade de tomar medidas rápidas.

Achei que ela fosse realmente uma pessoa com esse perfil de administradora, de gerente, que talvez fizesse bem ao Brasil naquele momento. Mas, depois, confesso que fui sendo surpreendido por medidas que ela tomava. Percebia que não havia um mínimo de planejamento. Medidas intervencionistas. A questão do sistema elétrico me deixou muito confuso.

Enfim, foi um erro de avaliação. Enquanto chefe da Casa Civil, ela estava bem. Mas para a Presidência da República ela realmente, no meu entender, não estava preparada.

Se tudo continuar do jeito que está –a reforma ministerial, dificuldade para aprovar a CPMF etc.–, quanto tempo o sr. acredita, no melhor do seu juízo…
90 dias

Para que se instaure algum processo na Câmara?
Para que alguma coisa aconteça, não necessariamente um processo na Câmara.

Esta entrevista está sendo gravada no dia 22 de setembro…
O PMDB tem sua convenção marcada para o dia 15 de novembro.

Essa é uma data relevante?
Muito relevante.

Se a conjuntura atual se mantiver, o desfecho vai ser algo que leve a um eventual afastamento [do PMDB]?
Sem dúvida. Eu não tenho dúvida. Eu não posso falar em nome do PMDB. Até peço desculpas aos companheiros do PMDB se estou me intrometendo numa seara que não é a minha. Mas estou aqui falando como um cidadão analisando o quadro. Acredito que, sem dúvida, o 15 de novembro irá marcar o afastamento do partido do governo da presidente Dilma Rousseff.

E uma vez o PMDB decidindo se afastar precipita-se o outro processo, que é o eventual afastamento da presidente?
Saindo da base de sustentação o principal partido aliado, isso é de extremíssima gravidade. A partir daí, não sei o que se dará.

O sr. há alguns anos se posicionou contrário à aprovação de alguns dispositivos do projeto de Lei de Acesso a Informação. A lei acabou sendo aprovada e está em vigor. O sr. acha que a lei tem sido positiva ou negativa?
Positiva.

Apesar de ter aqueles dispositivos com os quais o sr. não concordava?
Minha grande preocupação em relação à Lei de Acesso à Informação era com os segredos de Estado. Foi em razão disso que eu me posicionei. Porém, a lei foi aprovada e hoje eu dou a mão à palmatória. Os segredos foram mantidos, reservados, e [a lei] tem sido um instrumento de acesso a informações por parte da população de extrema valia para o melhor conhecimento da história do Brasil.

O sr. já foi à tribuna do Senado, negou envolvimento com a Lava Jato e criticou o procurador-geral da República, Rodrigo Janot. O que aconteceu nesse caso? Tem algo que o sr. poderia acrescentar ou esclarecer?
Não. Nada a acrescentar além do que na minha defesa estarei apresentando.

O sr. mantém as críticas que fez ao procurador quando o sr. subiu à tribuna?
Será que nós vamos misturar a entrevista com essa questão do Janot? Eu preferia não fazer, não.

Acesse a transcrição completa da entrevista 

A seguir, os vídeos da entrevista (rodam em smartphones e tablets, com opção de assistir em HD):

1) Principais trechos da entrevista com Fernando Collor (7:27)

2) Se for instalado,  impeachment é irreversível, diz Collor (2:37)

3) Crise só é reversível para quem acredita em “milagre”, diz Collor (2:12)

4) Corte de ministérios é “tardio” e será “catastrófico”, diz Collor (1:32)

5) Collor: governo é como sapo na panela; quando ferve, não pula (1:11)

6) Para Collor, situação era melhor  em 1992 do que hoje (1:29)

7) Collor: na crise, governante se isola e comete erros (1:47)

8) Dilma não estava preparada para a Presidência, avalia Collor (1:41)

9) Sugeri a Dilma pedir desculpas. “Desculpas por quê?”, replicou ela (1:28)

10) CPMF é inviável politicamente, avalia Collor (1:40)

11) Quem é Fernando Collor (1:51)

12) Íntegra da entrevista com Fernando Collor (1:03:10)

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Tentam colocar “medo no coração do povo”, diz Eduardo Campos
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Fernando Rodrigues

Governador de Pernambuco responde a Lula, que o comparou a Collor

“Desta vez, como aconteceu em 2002, a esperança vai vencer o medo”

Jorge Araujo/Folhapress - 18.mar.2014

O governador de Pernambuco e pré-candidato a presidente da República, Eduardo Campos (PSB), respondeu hoje (19.mar.2014) a Luiz Inácio Lula da Silva, que num encontro reservado com empresários o comparou a Fernando Collor de Mello.

A frase de Eduardo Campos, repassada por sua assessoria ao Blog, é a seguinte: “Toda vez que o país pede mudanças, alguns políticos tentam colocar o medo no coração do povo. Mas desta vez, como aconteceu em 2002, a esperança vai vencer o medo”.

Na última semana, durante almoço com empresários no Paraná, Lula disse: “A minha grande preocupação é repetir o que aconteceu em 1989: que venha um desconhecido, que se apresente muito bem, jovem… e nós vimos o que deu”. Vários dos presentes entenderam a frase como uma comparação entre Fernando Collor de Mello e Eduardo Campos. Para ter um relato completo sobre o discurso de Lula, leia aqui no Blog e na Folha.

Em 1989, Collor era pouco conhecido no Brasil. Governava o Estado de Alagoas. Era jovem, com carreira construída no Nordeste e pregava a renovação na política. Ganhou o Palácio do Planalto aos 40 anos de idade. Depois, sofreu um processo de impeachment e o país passou por severa crise econômica.

Eduardo Campos é um político nordestino relativamente desconhecido, governa Pernambuco e se apresenta como o jovem (tem 48 anos) que vai renovar a política.

A resposta de Campos à comparação de Lula contém algumas referências históricas. Ao afirmar que “desta vez, como aconteceu em 2002, a esperança vai vencer o medo”, o governador de Pernambuco usa uma ideia-força do próprio PT durante a primeira campanha presidencial que levou Lula ao Planalto.

Em 2002, o PT foi alvo do discurso do medo. Durante a campanha eleitoral daquele ano, o PSDB usou a atriz Regina Duarte para dizer na TV que tinha medo do que poderia acontecer se Lula fosse eleito presidente. Foi quando o então marqueteiro lulista, Duda Mendonça, inventou o bordão “a esperança vai vencer o medo”. Deu certo. O PT ganhou a eleição –o segundo colocado foi o tucano José Serra.

Antes, Lula já havia sido vitimado pelo mesmo discurso em 1989, quando Mário Amato, o então presidente da Fiesp (Federação das Indústrias do Estado de São Paulo), declarou que 800 mil empresários deixariam o país se o PT chegasse ao Planalto. Naquela vez, deu certo e Lula perdeu a eleição. Anos depois, Mário Amato mudou de opinião.

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Brasil não arquiva telefonemas presidenciais a outros chefes de Estado
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Fernando Rodrigues

Conversas de valor histórico se perdem por falta de organização

Acervo dos EUA publica diálogos de Bush com Sarney e Collor

Um historiador que busca conversas telefônicas de ex-presidentes brasileiros com chefes de Estado de outros países ficará frustrado ao pesquisar no Palácio do Planalto. O Brasil não guarda áudios nem transcrições das ligações feitas e recebidas por seus presidentes.

A prática destoa da aplicada nos Estados Unidos –uma pesquisa no acervo de George Bush pai, presidente norte-americano de 1989 a 1993, fornece transcrições de suas conversas com os ex-presidentes brasileiros José Sarney e Fernando Collor de Mello.

A jovem democracia brasileira, restaurada a partir de 1985, ainda não tem uma política de Estado para o tema. Isso leva os presidentes a definirem regras informais. Cada um lida como bem entende com os registros de telefonemas para homólogos de outros países.

O assessor de assuntos internacionais da Presidência da República, Marco Aurélio Garcia, chegou a afirmar em 18.out.2013 ao programa “Poder e Política”, do UOL e da “Folha”, que gostaria que o áudio das conversas fosse gravado e arquivado, mas não o era por falta de costume.

Segundo ele, os diálogos de presidentes brasileiros eram anotados em minutas, tornadas públicas após 15 anos –prazo da Lei de Acesso a Informações Públicas para a divulgação de documentos classificados como secretos.

Assista abaixo à declaração de Garcia sobre o tema:

 

A partir dessa informação, o Blog pediu ao Planalto os registros das conversas de José Sarney, Fernando Collor e Fernando Henrique Cardoso (até 15 anos atrás, em novembro de 1998). O governo respondeu que não havia nada do gênero no acervo da Presidência.

Indagado a respeito, Garcia disse, por meio de sua assessoria, que havia se equivocado durante a entrevista ao UOL e à “Folha”. Retificou-se afirmando que os registros de telefonemas eram notas “informais” e “eventuais”, não arquivadas para a posteridade. O único registro dessas conversas seriam as notas à imprensa divulgadas pela Secretaria de Comunicação.

O ex-chanceler e atual ministro da Defesa Celso Amorim também gostaria que os telefonemas presidenciais fossem ao menos anotados e arquivados para a posteridade. “Que é importante para a história, não tenho dúvida que é”, disse em 26.nov.2013 ao “Poder e Política” .

Amorim relata que, quando era ministro das Relações Exteriores e acompanhava telefonemas entre o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva e outros chefes de Estado, estava mais preocupado com o resultado imediato da conversa do que com a guarda do seu conteúdo. Assista abaixo à sua declaração:

 

O Blog também perguntou aos ex-presidentes Fernando Henrique Cardoso, Fernando Collor e José Sarney se tinham registros de ligações telefônicas para outros chefes de Estado.

O Instituto FHC respondeu que, se houve gravação desses telefonemas, a cópia estaria nos arquivos do Itamaraty. “Há certamente telefonemas puramente cerimoniais cujo teor não tem muito, senão nenhum interesse político”, informou a entidade. O Itamaraty, porém, diz não ter nenhuma conversa gravada entre FHC e outros chefes de Estado.

A assessoria do ex-presidente Fernando Collor de Mello informou que não poderia responder se esses diálogos eram gravados ou não durante o seu mandato no Executivo. O Blog também entrou em contato com a assessoria de José Sarney, mas não obteve resposta

Diálogos de Bush com Sarney e Collor

Os arquivos dos presidentes norte-americanos permanecem em sigilo por 12 anos após o final da administração. Documentos confidenciais são regidos por uma lei própria e podem demorar mais para vir a público.

Esse é um aspecto que foi negligenciado na Lei de Acesso a Informações Públicas. No Brasil, só há 3 tipos de classificação de sigilo: reservada (5 anos de sigilo), secreta (15 anos) e ultrassecreta (25 anos).

Em alguma situações, é razoável que um presidente, governador ou prefeito prefira que parte de suas conversas com autoridades nacionais ou estrangeiras fiquem reservadas até o final de seu mandato –ou até algum tempo depois. Mas a Lei de Acesso à Informação não contém um dispositivo para esses casos específicos.

Classificar uma conversa presidencial como reservada (5 anos) pode ser pouco, a depender do caso. Os mandatos de cargos executivos são de 4 anos no Brasil. O ocupante do Palácio do Planalto tem o direito de tentar se reeleger. Um registro de um telefonema no primeiro ano de seu governo poderia, estando classificado como “reservado”, ser divulgado no início do seu segundo mandato.

O acervo do ex-presidente dos EUA George Bush permite consultar a transcrição de mais de 1.200 diálogos telefônicos entre ele e outros chefes de Estado e autoridades internacionais durante seu mandato, de 1989 a 1993.

Nessa lista está uma ligação de Bush para o então presidente José Sarney, em 17 de maio de 1989. O assunto era o Panamá, que vivia sob o jugo do ditador Manuel Noriega.

Reprodução

Minuta da conversa entre Bush e Sarney/Reprodução

No diálogo, Bush busca apoio de Sarney para aprovar uma “forte resolução” na OEA (Organização dos Estados Americanos) que pedisse a saída de Noriega e a sua substituição por um governo democraticamente eleito.

O presidente brasileiro concorda com uma resolução nessa linha, mas ressalta ser contra uma intervenção direta no país. Sarney também defende o respeito ao tratado que regia o canal do Panamá.

Em resposta, Bush se diz preocupado com o “mau exemplo” que o Panamá poderia enviar às jovens democracias da região. E afirma que, se houvesse uma resolução forte da OEA, Noriega seria forçado a sair.

Ao final do diálogo, o presidente dos Estados Unidos diz admirar o “esforço criativo” de Sarney para conduzir a transição da ditadura para a democracia no Brasil.

A ressalva de Sarney contra a intervenção direta no Panamá não surtiu efeito: 7 meses depois da conversa entre os 2 presidentes, os Estados Unidos invadiram o país e capturaram Noriega, um ex-agente da CIA.

O acervo de Bush também registra uma conversa entre ele e o então presidente brasileiro Fernando Collor de Mello, em 28 de junho de 1990.

Transcrição do telefonema entre Bush e Collor/Reprodução

Transcrição do telefonema entre Bush e Collor/Reprodução

Collor tomou a iniciativa do telefonema. Queria elogiar o presidente norte-americano pelo lançamento, no dia anterior, do Programa Iniciativa para as Américas, apelidado de “Plano Bush”. O principal ponto era a construção da Alca (Área de Livre Comércio nas Américas).

Na conversa, Collor afirma que o plano de Bush daria instrumentos à América Latina para que tivesse “mais esperanças no futuro”. “Seu programa é inovador e vai na mesma direção das políticas de livre mercado em implantação no Brasil”, disse Collor, que no seu mandato teve uma política de abertura do país para a entrada de produtos estrangeiros.

Bush agradeceu as palavras de apoio. Em retribuição, solidarizou-se com a derrota da seleção brasileira de futebol para a Argentina, que havia ocorrido 4 dias antes, durante as oitavas de final Copa da Itália.

“Nosso time também levou uma surra, porém sei que o Brasil está numa categoria diferente e que vocês levam esse jogo a sério. Mas, como falamos: sempre haverá o próximo ano”, disse o norte-americano.

(Bruno Lupion)

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Poder e Política na semana – 9 a 15.dez.2013
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Fernando Rodrigues

Nesta semana, a presidente Dilma Rousseff e todos os demais ex-presidentes brasileiros pós-democratização vão à África do Sul para assistir ao funeral de Nelson Mandela e o Supremo julga se empresas podem doar dinheiro para campanhas eleitorais.

Dilma viaja ao Rio nesta 2ª feira para seminário organizado pelo ex-presidente dos EUA Bill Clinton. À noite, decola para a África do Sul acompanhada de José Sarney, Fernando Collor, Fernando Henrique Cardoso e Luiz Inácio Lula da Silva.

Na 5ª feira, Dilma recebe o presidente da França, François Hollande, em Brasília. Na 6ª feira, ela vai a São Bernardo do Campo inaugurar hospital ao lado do prefeito Luiz Marinho.

O Supremo inicia o julgamento, na 4ª feira, de uma ação da Ordem dos Advogados do Brasil que propõe banir de campanhas eleitorais as doações de empresas.

Aécio Neves vai a Florianópolis (SC) na 2ª feira, São José dos Campos (SP) na 6ª feira e Santos (SP) no sábado, para encontros regionais tucanos.

O PT abre seu Congresso Nacional na 5ª feira e, na 6ª feira, realiza ato em desagravo aos petistas condenados no mensalão.

Também devem repercutir nesta semana as acusações do ex-secretário nacional de Justiça Romeu Tuma Júnior contra diversos petistas sobre a suposta existência de uma conta do mensalão e a preparação de dossiês.

Eis, a seguir, o drive político da semana. Se tiver algum reparo a fazer ou evento a sugerir, escreva para frpolitica@gmail.com.

 

2ª feira (9.dez.2013)
Dilma e Clinton no Rio – presidente Dilma Rousseff dá palestra em seminário organizado pelo ex-presidente dos EUA Bill Clinton, no Rio, sobre oportunidades de investimento no Brasil. Ao final do dia, Dilma voa à África do Sul para o velório de Nelson Mandela na 3ª feira (10.dez.2013).

imothy Clary/AFP - 23.set.2013

Renan em SP – presidente do Senado Renan Calheiros (PMDB-AL) participa da solenidade de entrega do prêmio “Líderes do Brasil 2013”, organizado pelo Grupo João Doria. No Palácio dos Bandeirantes, em SP. Às 19h30.

Petraeus e Meirelles em SP – o ex-diretor da CIA [agência de inteligência dos EUA] David Petraeus e o ex-presidente do Banco Central do Brasil Henrique Meirelles apresentam palestras no “Private Equity Brasil Forum”, em São Paulo. O evento termina na 3ª feira (10.dez.2013)

Padilha e Marta em SP – Emídio de Souza toma posse como novo presidente do diretório estadual petista. Participam da solenidade o ministro da Saúde, Alexandre Padilha, e a ministra da Cultura, Marta Suplicy. Na Casa de Portugal, em São Paulo, às 19h.

Aécio em Santa Catarina – senador e presidente do PSDB Aécio Neves participa de encontro regional da legenda em Florianópolis.

Campos e promotores – governador de Pernambuco Eduardo Campos (PSB) abre semana do Ministério Público do Estado, em Recife.

Acusações de Tuma Júnior – DEM apresenta requerimento na Comissão de Fiscalização e Controle da Câmara para convidar Romeu Tuma Júnior a esclarecer acusações feitas em seu livro recém-lançado e antecipadas à revista “Veja”. Ex-secretário nacional de Justiça do governo Lula, Tuma Júnior disse que tinha conhecimento de uma conta nas Ilhas Cayman supostamente usada para movimentar recursos do mensalão e que teria recebido pedidos de integrantes do governo petista para esquentar dossiês contra adversários.

Combate à corrupção – no Dia Internacional contra a Corrupção, a CGU (Controladoria-Geral da União) entrega prêmio para boas práticas na gestão pública.

Satélite brasileiro – lançamento do novo Satélite Sino-brasileiro de Recursos Terrestres (CBERS-3) a partir de uma base chinesa. Às 1h26 (horário de Brasília).

Crise dos partidos – Fipe (Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas) promove palestra “A crise de representatividade dos partidos políticos e o futuro da democracia”, com o vereador de São Paulo Floriano Pesaro (PSDB).

Prêmio da CUT – Central Sindical concede o “Prêmio CUT Democracia e Liberdade Sempre”. No Tuca (Teatro da Universidade Católica), em São Paulo, às 19h.

Protestos de junho – deputado Chico Alencar (PSOL-RJ) lança o livro “A rua, a nação e o sonho”, sobre as manifestações de rua deste ano.

Inflação – Fundação Getúlio Vargas divulga resultado do IPC-S.

 

3ª feira (10.dez.2013)
Dilma na África do Sul – presidente Dilma Rousseff participa da missa fúnebre em memória de Nelson Mandela, no estádio Soccer City, em Johanesburgo. Ela estará acompanhada dos ex-presidentes José Sarney, Fernando Collor, Fernando Henrique Cardoso e Luiz Inácio Lula da Silva. A missa deve começar às 10h (horário de Brasília).

Congresso analisa vetos – sessão conjunta do Congresso Nacional analisa 3 vetos presidenciais. É a primeira votação do tipo que não será secreta, após a aprovação da PEC do Voto Aberto. Os deputados e senadores também abandonarão as cédulas de papel e passarão a usar o painel eletrônico para votar os vetos. Às 14h.

Congressistas condenados – comissão especial sobre a PEC 313/13, que determina a perda automática do mandato de congressistas condenados pelo Supremo Tribunal Federal, realiza audiência pública. Foram convidados o presidente do Supremo, Joaquim Barbosa, o presidente do Tribunal Superior Eleitoral, Marco Aurélio, e o procurador-geral da República, Rodrigo Janot.

Rio São Francisco – ministro da Integração Nacional Francisco José Coelho Teixeira apresenta balanço das obras de revitalização da bacia hidrográfica do Rio São Francisco. No Senado, às 11h.

Tombini no Senado – presidente do Banco Central Alexandre Tombini deve participar de audiência pública na Comissão de Assuntos Econômicos do Senado sobre a política monetária. Às 11h.

Movimentos sociais – OAB-SP, Comissão Justiça e Paz de SP, Grupo Tortura Nunca Mais e central sindical CSP-Conlutas lançam campanha contra a “criminalização dos movimentos sociais e da pobreza”, em ato na Faculdade de Direito do Largo São Francisco, em SP, que lembrará as prisões de manifestantes nos protestos neste ano. Às 14h.

Cadastro de inadimplentes – Comissão de Assuntos Econômicos do Senado vota projeto de lei que define regras mais claras para a inclusão de devedores inadimplentes em cadastros de serviços de proteção ao crédito.

Direitos Humanos – na data em que a Declaração Universal dos Direitos Humanos completa 65 anos, a Secretaria de Direitos Humanos da Presidência da República abre o Fórum Mundial de Direitos Humanos, em Brasília. O evento termina na 6ª feira (13.dez.2013).

Agricultura – IBGE divulga o Levantamento Sistemático da Produção Agrícola

Processo Civil – Câmara realiza sessão extraordinária para continuar a votação do novo Código de Processo Civil.

Paraguai e Mercosul – Senado do Paraguai deve aprovar protocolo de adesão da Venezuela ao Mercosul.

Maconha no Uruguai – Senado uruguaio vota projeto de lei que legaliza o cultivo e a venda de maconha no país. O texto já foi aprovado na Câmara, em julho.

Selo – Comissão de Legislação Participativa da Câmara dos Deputados lança o selo “Participação Legislativa” para prestigiar entidades da sociedade civil. Às 18h.

PT na TV – partido tem 5 minutos de propaganda em rádio e televisão, divididos em inserções de 30 segundos ou 1 minuto.

 

4ª feira (11.dez.2013)
Financiamento de campanha – está na pauta do Supremo Tribunal Federal o julgamento de ação direta de inconstitucionalidade promovida pela OAB que propõe banir de campanhas eleitorais as doações de empresas.

Jango – sessão solene do Congresso Nacional para a devolução simbólica do mandato presidencial ao ex-presidente da República João Goulart. Às 12h30.

Direção do PT – Reunião da legenda em SP define a composição da nova executiva nacional.

Márcio Lacerda em SP – prefeito de Belo Horizonte Márcio Lacerda apresenta seminário sobre gestão metropolitana organizado pelo Lide (Grupo de Líderes Empresariais). Às 7h30, em SP.

Industriais reunidos – empresários do setor industrial participam do 8º Encontro Nacional da Indústria, organizado pela CNI (Confederação Nacional da Indústria), em Brasília. O ex-ministro do Desenvolvimento Luiz Fernando Furlan e a senadora Kátia Abreu (PMDB-TO) participam. O evento termina na 5ª feira (12.dez.2013)

Hackers – Câmara dos Deputados premia os 3 projetos vencedores do Hackaton, que trouxe programadores a Brasília para desenvolverem projetos de uso dos dados públicos da Casa.

Greve de servidores – Comissão Mista do Congresso vota relatório do senador Romero Jucá (PMDB-RR) sobre a regulamentação do direito de greve do servidor público.

Aumento do IPTU em SP – Órgão Especial do Tribunal de Justiça de SP deve julgar ação proposta pelo PSDB-SP contra a lei que estabeleceu o aumento de IPTU na capital paulista em 2014.

Indústria – IBGE divulga a Pesquisa Industrial Mensal: Emprego e Salário.

Velório de Mandela – início do velório de Nelson Mandela aberto ao público, no Union Buildings, em Pretória. O corpo permanecerá no edifício até 6ª feira (13.dez.2013).

 

5ª feira (12.dez.2013)
Dilma e Hollande – presidente Dilma Rousseff recebe em Brasília o presidente da França, François Hollande.

Congresso do PT – legenda abre seu 5º Congresso Nacional, em Brasília. O texto-base do evento foi redigido pelo assessor da Presidência para assuntos internacionais Marco Aurélio Garcia. A presidente Dilma Rousseff e o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva participam.

Sucessão no Rio – durante o Congresso do PT, o ex-presidente Lula e o senador Lindbergh Farias (PT-RJ) têm encontro para discutir a sucessão estadual no Rio.

Mensalão – último dia do prazo para o procurador-geral da República Rodrigo Janot entregar parecer sobre a prisão dos condenados no mensalão que ainda não cumprem pena.

STF julga políticos – está na pauta do Supremo Tribunal Federal a análise de inquéritos contra os deputados Arthur Lira (PP-AL) e Eliene Lima (PSD-MT).

Ponte aérea mais rápida – voos entre os aeroportos de SP e RJ começam a usar o sistema de navegação PBN (Performance Based Navigation), que deve reduzir em até 8 minutos a duração da ponte aérea Rio-São Paulo.

Comércio – IBGE apresenta resultados da Pesquisa Mensal de Comércio

DEM na TV – legenda apresenta programa em rede nacional de rádio e televisão. No rádio, das 20h às 20h10, e na TV, das 20h30 às 20h40.

PT na TV – partido tem 5 minutos de propaganda em rádio e televisão, divididos em inserções de 30 segundos ou 1 minuto.

 

6ª feira (13.dez.2013)
Dilma em São Bernardo – presidente Dilma Rousseff vai a São Bernardo do Campo, na região metropolitana de SP, para inaugurar o hospital municipal “José Alencar”, ao lado do prefeito Luiz Marinho (PT).

Aécio no Vale do Paraíba – senador e presidente do PSDB Aécio Neves participa de encontro regional da legenda em São José dos Campos (SP).

PT defende mensaleiros – legenda realiza ato de desagravo aos correligionários condenados no mensalão que estão presos no Distrito Federal. O ato ocorre durante o 5º Congresso do partido, em Brasília. Às 10h.

Pesquisa sobre governadores – provável data de divulgação de pesquisa CNI/Ibope sobre a taxa de aprovação dos 27 governadores brasileiros e a popularidade do governo Dilma Rousseff.

Leilão de hidrelétrica – governo federal realiza leilão para construção da usina hidrelétrica de São Manoel, no Mato Grosso, com 700 megawatts de potência e custo estimado de R$ 2,2 bilhões.

Energia solar – governo federal promove leilão para construção de usinas de energia solar. O fornecimento deve ser iniciado em 5 anos. A Agência Nacional de Energia Elétrica reclamou do preço máximo oferecido pelo governo, de R$ 122 por megawatt/hora, que poderia não atrair investidores.

 

Sábado (14.dez.2013)
Aniversário de Dilma – presidente Dilma Rousseff faz 66 anos de idade.

Direção do PT – legenda dá posse à nova executiva nacional. Rui Falcão foi reeleito presidente do partido.

Aécio no litoral paulista– senador e presidente do PSDB Aécio Neves participa de encontro regional da legenda em Santos (SP).

PT na TV – partido tem 5 minutos de propaganda em rádio e televisão, divididos em inserções de 30 segundos ou 1 minuto.

 

Domingo (15.dez.2013)
Chile vota – país realiza segundo turno das eleições presidenciais. Disputam o cargo Michelle Bachelet e Evelyn Mathhei.

Enterro de Mandela – corpo de Nelson Mandela é enterrado no mausoléu de sua família na cidade de Qunu, na África do Sul.

Câmara de SP – vereadores da capital paulista elegem o presidente da Câmara. Há acordo para que o atual presidente, José Américo (PT), seja reeleito. Também será escolhido o novo conselheiro do Tribunal de Contas do Município.

 

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Poder e Política na semana – 23 a 30.set.2013
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Fernando Rodrigues

Nesta semana, a presidente Dilma Rousseff discursa na Assembleia na ONU, em Nova York, contra a espionagem dos Estados Unidos e a Justiça Eleitoral decide se concede registro definitivo a 2 novos partidos.

Dilma chega hoje a Nova York. Na 3a feira, em seu discurso na ONU, há uma expectativa de que vá protestar contra a espionagem dos Estados Unidos e cobrar uma regulamentação internacional sobre o tema. Na 4a feira, Dilma reúne-se com banqueiros e empresários para buscar investimentos em infraestrutura no Brasil. A presidente retorna ao Brasil na 5a feira.

Na mesma data do discurso de Dilma na ONU, o presidente do Supremo Tribunal Federal, Joaquim Barbosa, viaja para os Estados Unidos para proferir palestra na Universidade Yale.

Na 3a feira, o Tribunal Superior Eleitoral decide se concede o registro a 2 novos partidos: o Solidariedade e o Pros (Partido Republicano da Ordem Social). O Solidariedade já programa evento oficial na 4a feira para transferir a presidência da legenda ao deputado Paulinho da Força (PDT-SP).

A Rede Sustentabilidade, de Marina Silva, mantém a pressão para que a Justiça Eleitoral valide assinaturas rejeitadas pelos cartórios. Diante das dificuldades enfrentadas pela Rede, na 5a feira o presidente do PEN, Adilson Barroso, fará uma oferta formal para que a ex-senadora concorra pela sigla.

O presidente do PSDB, senador Aécio Neves, dá continuidade a viagens pelo país e comanda encontro regional da legenda em Curitiba (PR).

O PT também se movimenta para consolidar suas candidaturas aos governos de São Paulo e do Rio. Na 6a feira, o ministro Alexandre Padilha (Saúde), pré-candidato ao Palácio dos Bandeirantes, participa de evento na capital paulista ao lado do ex-presidente Lula e do prefeito Fernando Haddad. No domingo, o PT do Rio referenda a candidatura do senador Lindbergh Farias ao Palácio Guanabara.

A 2 semanas do prazo final para que mudanças nas regras eleitorais tenham efeito nas eleições de 2014, o Congresso se movimenta para aprovar algum dispositivo. Na 3a feira, o movimento “Eleições Limpas” lança frente parlamentar pela aprovação de seu projeto de reforma política. Também nesta semana, a Câmara pode votar a minirreforma eleitoral aprovada pelo Senado.

Eis, a seguir, o drive político da semana. Se tiver algum reparo a fazer ou evento a sugerir, escreva para frpolitica@gmail.com.

 

Segunda (23.set.2013)
Dilma na ONU – presidente Dilma Rousseff chega às 6h30 em Nova York (horário de Brasília). Na 3a feira (24.set.2013) ela discursa na abertura da Assembleia Geral da ONU.

PT x PSB – Executiva Nacional do PT reúne-se em São Paulo para avaliar a decisão do PSB de deixar o governo federal. Os petistas também decidem se deixarão os cargos que ocupam em governos administrados pelo PSB, como Pernambuco, Espírito Santo, Ceará, Amapá e Piauí.

Collor depõe – o ex-presidente e senador Fernando Collor (PTB-AL) é esperado para depor à Justiça em processo que o acusa de ter dado um calote de R$ 1,4 milhão nos publicitário que fizeram sua campanha ao governo do Alagoas, em 2002.

Médicos estrangeiros – novos profissionais do programa federal Mais Médicos começam a trabalhar em seus postos.

DOI-Codi do Rio – Comitiva de senadores e deputados visita as instalações do antigo DOI-Codi do Rio de Janeiro. Participam os senadores João Capiberibe (PSB-AP), Randolfe Rodrigues (PSOL-AP) e Ana Rita (PT-ES), os deputados Chico Alencar (PSOL-RJ) e Luiza Erundina (PSB-SP) e o procurador da República Antônio Cabral. A visita havia sido inicialmente marcada para 20.set.2013.

Greve dos bancários – Sindicato dos Bancários de São Paulo, Osasco e Região realiza assembleia para decidir se a categoria permanecerá em greve.

Salário dos petroleiros – Petrobras reúne-se com a Federação Única dos Petroleiros para discutir a pauta salarial da categoria, que ameaça fazer greve de 24 horas no dia 3.out.2013.

Dulci e Pochmann – Luiz Dulci, ex-ministro da Secretaria-Geral da Presidência no governo Lula, será entrevistado pelo economista por Márcio Pochmann, da Fundação Perseu Abramo, com transmissão ao vivo pela internet. Às 11h.

Modelo de conferências– o Instituto de Pesquisas Econômicas e Aplicadas lança livro sobre o processo das conferências nacionais. Em Águas de Lindóia (SP).

Inflação – Fundação Getúlio Vargas divulga resultados do IPC-S.

 

Terça (24.set.2013)
Dilma na ONU – presidente Dilma Rousseff discursa na abertura da Assembleia Geral das Nações Unidas, em Nova York. Ela fará críticas à espionagem norte-americana sobre comunicações brasileiras e pedirá uma regulamentação internacional sobre o tema.

Barbosa em Yale – presidente do Supremo, Joaquim Barbosa, viaja para os Estados Unidos para proferir palestra na Universidade Yale.

Novos partidos – Tribunal Superior Eleitoral decide se concede o registro a 2 novos partidos: o Solidariedade, alvo de acusações de fraude em assinaturas, e o Pros (Partido Republicano da Ordem Social).

Reforma política – movimento “Eleições Limpas“, composto por Ordem dos Advogados do Brasil, Confederação Nacional dos Bispos do Brasil, União Nacional dos Estudantes e Movimento Contra a Corrupção Eleitoral, lança a Frente Parlamentar de Defesa do Projeto Eleições Limpas, composta por 230 deputados e 9 senadores. Às 10h, no Salão Verde da Câmara dos Deputados.

Convênios no Trabalho – ministro do Trabalho, Manoel Dias, reúne-se com superintendes regionais em Brasília para reforçar a ordem de pente-fino nos convênios da pasta.

PEC da Bengala – o presidente da Câmara, Henrique Eduardo Alves (PMDB-RN) propões a inclusão na pauta de votações a chamada PEC da Bengala, que amplia de 70 para 75 anos a aposentadoria compulsória de magistrados.

Romário no PR – deputado federal Romário, atualmente no PSB do Rio, deve anunciar sua filiação ao PR, de Anthony Garotinho.

Espionagem dos EUA – Câmara realiza audiência sobre a espionagem dos Estados Unidos sobre as comunicações brasileiras. Foram convidados o ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, o ministro-chefe do Gabinete de Segurança Institucional, José Elito, e o diretor-geral da Agência Brasileira de Inteligência, Wilson Roberto Trezza.

Jornalismo premiadoPrêmio Comunique-se é entregue a jornalistas de diversas áreas. Haverá homenagem póstuma a Roberto Civita, da Abril, e Ruy Mesquita, do Estadão. Em São Paulo.

Leilão do pré-sal – central sindical CSP-Conlutas inicia acampamento no Rio de Janeiro contra o leilão do campo de Libra, do pré-sal, marcado para 21.out.2103.

Horário dos jogos – Comissão de Turismo e Desporto da Câmara realiza audiência sobre o projeto de lei 6871/10, que fixa em 23h15 o horário máximo para o término de jogos de futebol realizados em estádios com capacidade superior a 10 mil pessoas. Entre os convidados, estão o diretor-geral da Associação Brasileira de Emissoras de Rádio e Televisão, Luis Roberto Antonik, e o presidente da Confederação Brasileira de Futebol, José Maria Marin.

Greve dos bancários – categoria planeja realizar passeata na Avenida Paulista, em São Paulo, a partir das 16h.

Ditadura chilena – Carlos Caszely, ex-jogador de futebol que se recusou a cumprimentar Augusto Pinochet no auge da ditadura do Chile, em 1974, dá palestra em Santo André (SP), promovida pelo Centro de Memória do ABC.

Inflação – Fundação Getúlio Vargas apresenta resultados do Índice Nacional de Construção Civil.

PPS na TV – partido terá 5 minutos de propaganda em rádio e televisão, divididos em inserções de 30 segundos ou 1 minuto.

Eleições na Guiné – país africano realiza eleições legislativas.

 

Quarta (25.set.2013)
Dilma nos EUA – a presidente Dilma Rousseff reúne-se em Nova York com banqueiros e empresários para buscar investimentos em infraestrutura no Brasil. A petista deve participar do seminário “The Brazil Infrastructure Opportunity”, promovido em parceria pelo Grupo Bandeirantes de Comunicação, Metro Jornal e o banco Goldman Sachs.

Votos do mensalão – prazo limite para que os ministros do Supremo liberem seus votos escritos sobre o julgamento dos embargos de declaração do mensalão. Após esta fase, o ministro relator, Joaquim Barbosa, redigirá o resumo do julgamento. O acórdão deve ser publicado até 4.nov.2013.

Funcionalismo público – plenário da Câmara vota, em segundo turno, a PEC 190/07, que dá prazo de um ano para que o Supremo envie ao Congresso um projeto de lei sobre o Estatuto dos Servidores do Judiciário.

Solidariedade – caso tenha sido aprovado pelo Tribunal Superior Eleitoral na 3a feira (24.set.2013), o partido fará evento para transferir oficialmente a presidência da legenda ao deputado Paulinho da Força, hoje do PDT de São Paulo.

Franklin na TV – jornalista Franklin Martins, ex-ministro da Secretaria de Comunicação Social do governo Lula, estreia como apresentador da série “Presidentes africanos”, com 15 episódios, no canal Discovery Civilization.

Investimentos em infraestrutura – ocorre em Brasília o 1o Fórum Nacional de Direito e Infraestrutura, com palestras de Ciro Gomes, secretário de Saúde do Ceará, e do líder do governo na Câmara, deputado José Guimarães (PT-CE) e do economista Luiz Gonzaga Belluzzo. O evento termina na 5a feira (26.set.2013).

Monitoramento de políticas públicas – a Unicamp sedia seminário sobre monitoramento e avaliação de políticas públicas. O evento vai até 6ª feira (27.set.2013), em Campinas (SP).

Emprego – Dieese apresenta resultados da sua Pesquisa de Emprego e Desemprego.

 

Quinta (26.set.2013)
Dilma no Brasil – presidente Dilma Rousseff retorna ao Brasil.

Reforma política – grupo de trabalho da Câmara que elabora uma proposta de reforma política reúne-se para discutir a alteração do sistema eleitoral brasileiro e novas regras para as coligações.

Defesa cibernética – ministro Marcelo Neri, da Secretaria de Assuntos Estratégicos, abre seminário sobre segurança e políticas públicas para o setor cibernético brasileiro. O evento termina na 6ª feira (27.set.2013) e tem o apoio do Ministério da Defesa e do Exército.

Alternativas para Marina – o presidente do PEN, Adilson Barroso, oferece a dirigentes do Rede Sustentabilidade sua sigla para lançar Marina Silva a presidente da República.

Melhores congressistas – site Congresso em Foco entrega prêmio para os melhores deputados federais e senadores de 2013. Em Brasília.

Liberdade de expressão – organização Artigo 19 realiza o seminário “Velhos e Novos Desafios da Liberdade de Expressão”, sobre censura e direitos na internet. No Memorial da América Latina, em São Paulo.

Morte de Jango – Centro de Memória Sindical e Força Sindical promovem debate sobre as circunstâncias da morte do ex-presidente João Goulart, com o filho de Jango, João Vicente Goulart. Em São Paulo.

Código de Mineração – Comissão de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável da Câmara realiza audiência para discutir o novo Código de Mineração e seus impactos socioambientais. Foram convidados a ministra-chefe da Casa Civil, Gleisi Hoffmann, o ministro de Minas e Energia, Edison Lobão, e a ministra do Meio Ambiente, Izabella Teixeira.

Tesouro – Conselho Monetário Nacional reúne-se em Brasília.

Emprego – IBGE apresenta resultados da Pesquisa Mensal de Emprego.

PPS na TV – legenda apresenta programa em rede nacional de rádio e televisão. No rádio, das 20h às 20h10, e na TV, das 20h30 às 20h40. O partido também terá 5 minutos em rede nacional divididos em inserções de 30 segundos ou 1 minuto.

 

Sexta (27.set.2013)
Lula em São Paulo – o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, o ministro da Saúde, Alexandre Padilha, e o prefeito de São Paulo, Fernando Haddad, participam do lançamento da candidatura do ex-prefeito de Osasco, Emidio de Souza, à presidência do diretório paulista do PT. Em São Paulo.

Inflação – Fundação Getúlio Vargas divulga o resultado do IGP-M.

Eleições em Aruba – ilha caribenha realiza eleições parlamentares.

 

Sábado (28.set.2013)
Aécio em Curitiba
– senador e presidente do PSDB Aécio Neves comanda encontro regional do partido em Curitiba (PR).

PSDB na TV – partido terá 5 minutos de propaganda em rádio e televisão, divididos em inserções de 30 segundos ou 1 minuto.

75 anos da Fundação Nieman – a Nieman Foundation for Journalism at Harvard, em Cambridge (MA), nos EUA, celebra seus 75 anos com um grande seminário para discutir o futuro do jornalismo, com uma grande agenda de palestrantes. A Nieman é a mais antiga fundação do mundo dedicada a “promover e elevar os padrões do jornalismo”.

 

Domingo (29.set.2013)
Lindbergh candidato – encontro do diretório estadual do PT do Rio reafirma a candidatura do senador Lindbergh Farias ao governo do Estado, em 2014, e discute o desembarque petista do governo Sérgio Cabral.

PSB no governo – vence o prazo do pedido da presidente Dilma Rousseff ao ministro da Integração Nacional, Fernando Bezerra, para que ele permanecesse na pasta, feito após seu partido, o PSB, ter decidido entregar os cargos no governo federal.

Voo 1907 – missa em Brasília marca os 7 anos do acidente entre o Boeing da Gol e o jato Legacy, que matou 154 pessoas.

Áustria vota – país europeu realiza eleições legislativas.

 

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Vídeo mostra Dilma elogiando Collor
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Fernando Rodrigues

O senador Fernando Collor (PTB-AL) aparece em um vídeo agradecendo à presidente Dilma Rousseff, cuja voz aparece na mesma gravação falando bem do político alagoano –que sofreu um processo de impeachment e perdeu a cadeira de presidente da República em 1992.

Collor quer disputar a eleição em 2014. Pode ser candidato a mais um mandato de senador ou a governador de Alagoas. Essa declaração de Dilma parace ser o primeiro passo da campanha do ano que vem em Alagoas. É, no mínimo, um compromisso de não agressão entre o PT e o PTB, de Collor, em solo alagoano.

Como dá voltas a política.

Eis um frame do vídeo (clique na imagem para ser redirecionado ao filme):

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