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Michel Temer lança 1º programa social, Criança Feliz, com apenas R$ 27 mi
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Fernando Rodrigues

Em 2016, meta é chegar a 140 mil crianças em 200 municípios

Gasto médio anual será de apenas R$ 193 por indivíduo atendido

Em 2017, nº de crianças vai a 750 mil com gasto de R$ 300 milhões 

A primeira-dama, Marcela Temer, será a embaixadora do programa

O ministro Osmar Terra, a primeira-dama, Marcela Temer, e o presidente Michel Temer

Depois de vários adiamentos, o presidente Michel Temer lança nesta 4ª feira (5.out) seu 1º programa social, o Criança Feliz. O projeto é voltado para crianças na 1ª infância que estejam em “estado de risco”.

Formulado no Ministério do Desenvolvimento Social, comandado por Osmar Terra, o programa terá como embaixadora a primeira-dama, Marcela Temer.

Apesar do destaque recebido no Planalto, o Criança Feliz começa com um orçamento reduzido: R$ 27 milhões em 2016 para atender 140 mil crianças de 200 municípios em 9 Estados. Essa cifra representa R$ 193 por criança.

Em 2017, a meta sobe para 750 mil crianças a um custo total de R$ 300 milhões –o que dá uma média de R$ 400 por indivíduo atendido (o equivalente a R$ 33 por mês).

De acordo com a estimativa do governo federal, a meta de 2017 equivale a 4% das crianças na faixa etária pretendida. A intenção é que a iniciativa chegue a 2.785 cidades em 21 Estados.  Leia um resumo executivo do Criança Feliz. A seguir, um extrato do documento obtido pelo Blog mostrando os números de 2016 e 2017:

CriancaFeliz-resumo

os números do Criança Feliz em 2016 e 2017

 

O Blog procurou o Ministério do Desenvolvimento Social, que não recomenda fazer o cálculo do valor per capita de investimento do Criança Feliz. O que deve ser considerado, segundo o governo, é a injeção global de dinheiro: R$ 27 milhões em 2016 e R$ 300 milhões em 2017.

As crianças atendidas serão de famílias beneficiárias do Bolsa Família. Ou seja, seria um reforço para o maior programa social federal. Neste ano, serão contratados 2.800 visitadores que atenderão as crianças nas suas casas. Em 2017, serão 15.000 visitadores.

Os visitadores têm como missão observar e dar orientações sobre o estado de saúde das crianças numa fase vital para o desenvolvimento de capacidades cognitivas. Com esse trabalho, espera-se corrigir e prevenir eventuais problemas futuros.

A responsabilidade pela implantação do programa será dividida entre União, Estados e municípios. O financiamento é exclusivo do governo federal. Também ficam com o Planalto o planejamento, monitoramento e avaliação do Criança Feliz. Não será exigida nenhuma contrapartida (aporte de recursos) dos Estados e municípios.

Os Estados ficam responsáveis por implementar o plano regional para definir a abrangência, as formas de monitoramento e as avaliações. Também são encarregados da capacitação das equipes e do apoio técnico às prefeituras. Os municípios devem fazer um plano de ação para acompanhamento, cadastramento de crianças, contratação de funcionários e coordenação de atividades.

A execução do Criança Feliz estará organizada em 3 tópicos: 1) os “multiplicadores” elaboram o plano regional e dão o apoio técnico; 2) os supervisores planejam o modo como as visitas serão realizadas; e 3) os visitadores são responsáveis pelo contato direto com as crianças e as famílias nos domicílios. O governo exigirá experiência na área da saúde, educação ou assistência social.

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Favorito, Rogério Rosso é ambíguo ao falar sobre processo de Eduardo Cunha
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Fernando Rodrigues

Blog ouviu 9 dos principais candidatos a presidente da Câmara

Metade dos entrevistados acha que réus podem comandar a Casa

Rosso, Giacobo e Cristiane Brasil têm posição maleável sobre Cunha

RogerioRosso-Foto-AntonioCruz-AgenciaBrasil-05br2016

Rogério Rosso (PSD-DF), candidato a presidente da Câmara pelo centrão

O nome favorito do centrão na disputa pela presidência da Câmara, Rogério Rosso (PSD-DF), é um dos mais ambíguos quando se trata de opinar a respeito do processo de cassação do deputado Eduardo Cunha (PMDB-RJ).

O Blog ouviu 9 dos principais candidatos a presidente da Câmara. Quando indagado sobre se o caso de Eduardo Cunha já deveria ir diretamente para o plenário da Casa para ser votado, Rogério Rosso respondeu com uma evasiva. “A CCJ é que vai decidir a questão”, disse, referindo-se à Comissão de Constituição e Justiça. Ele não teria uma posição pessoal? Não respondeu.

Outro que não se compromete com o tema é o deputado Marcelo Castro (PMDB-PI), escolhido nesta 3ª feira como candidato oficial de seu partido na corrida pela presidência da Câmara. “Fica chato interferir numa posição que é da CCJ”, respondeu Castro ao Blog.

Entre os candidatos considerados com alguma chance de vitória, apenas Beto Mansur (PRB-SP) e Rodrigo Maia (DEM-RJ) são claramente a favor de votar com mais celeridade o processo de Eduardo Cunha. Ambos disseram ser contra o retorno do processo para uma nova votação no Conselho de Ética apenas porque o peemedebista renunciou ao cargo de comando da Câmara.

Cunha

Os 9 candidatos a presidente da Câmara ouvidos pelo Blog ontem (2ª) e hoje (3ª) são os seguintes: Beto Mansur (PRB-SP), Cristiane Brasil (PTB-RJ), Evair de Melo (PV-ES), Fábio Ramalho (PMDB-MG), Giacobo (PR-PR), Júlio Delgado (PSB-MG), Marcelo Castro (PMDB-PI), Rodrigo Maia (DEM-RJ) e Rogério Rosso (PSD-DF).

Esta apuração foi realizada pelos repórteres do UOL André Shalders, Gabriel Hirabahasi, Gabriela Caesar e Victor Gomes.

TODOS A FAVOR DO PLANALTO
Nenhum candidato a presidente da Câmara demonstra interesse em dar corda para o pedido de impeachment de Michel Temer (que assinou decretos orçamentários e tem contra si acusação similar à que derrubou Dilma do Planalto). Esse risco o Planalto não corre.

O maior problema para Michel Temer na disputa de amanhã é não melindrar o seu maior grupo de apoio, o centrão. Trata-se de um agrupamento de pequenos e médios partidos que reúne cerca de 200 deputados. O nome do centrão é Rogério Rosso.

A entrada do peemedebista Marcelo Castro na disputa, como candidato oficial pelo PMDB, pode atrapalhar um pouco Rosso. Castro sai com 28 votos garantidos dentro da bancada da sua sigla. Deve ter outros cerca de 25 a 30 votos no PT, pois ele foi ministro da Saúde de Dilma Rousseff. Se tiver outros 30 apoios em siglas diversas, crescem suas chances de ser um dos mais votados e ir ao segundo turno na eleição desta 4ª feira (13.jul.2016).

PREVIDÊNCIA E TERCEIRIZAÇÃO
A regulamentação da terceirização e a reforma da Previdência (com instituição de idade mínima para receber o benefício) foram os principais consensos entre os candidatos.

As tabelas a seguir mostram a opinião dos candidatos nestes temas (clique nas imagens para ampliar):

reforma-previdencia

terceirizacao

RÉU NA PRESIDÊNCIA
Quatro dos 9 candidatos ouvidos acham que deputados que são réus em ação penal na Justiça podem presidir a Câmara. O argumento comum é que ninguém pode ser considerado culpado até que seja condenado definitivamente, isto é, com o processo transitado em julgado.

Rogério Rosso e Cristiane Brasil (PTB-RJ) defendem o entendimento acima. Mas dizem que seria melhor politicamente se a Casa fosse presidida por alguém que não é réu.

Há no momento no STF uma ação proposta pela Rede a respeito do tema. O partido de Marina Silva indagou ao Supremo se alguém que é considerado réu pode permanecer na presidência da Câmara e até substituir o presidente da República. Não há prazo para julgamento desse processo.

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GASTOS PÚBLICOS
Os candidatos também estão de acordo a respeito de medidas que visam a controlar os gastos públicos. Dos 9 consultados, apenas Júlio Delgado (PSB-MG) declarou-se contra a proposta de emenda à Constituição (PEC) enviada pelo Executivo e que vincula o crescimento das despesas do governo à inflação do ano anterior.

A maioria dos candidatos (6 de 9) também é contrária à construção de um novo anexo para a Câmara dos Deputados. Defendem a proposta Beto Mansur (que iniciou os estudos para a ampliação ainda em 2015, como 1º Secretário da Casa) e Júlio Delgado. Os 2 fazem ressalvas: trata-se de usar recursos da própria Câmara e não de criar novas áreas comerciais dentro do Congresso.

O ponto de divergência é o reajuste nos subsídios dos ministros do Supremo Tribunal Federal. O projeto já foi aprovado na Câmara e está agora em análise no Senado. Quatro entrevistados são favoráveis ao reajuste.

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STF

REFORMA POLÍTICA
Os candidatos foram questionados ainda sobre propostas de mudança no sistema político, especialmente aquelas que poderiam diminuir a quantidade de partidos representados no Congresso.

O Blog buscou saber se os candidatos eram favoráveis: a) ao fim das coligações entre partidos nas eleições proporcionais (isto é, para os cargos de deputado federal, estadual e vereador); e b) à imposição de uma cláusula de barreira que limitasse o acesso a recursos do Fundo Partidário e ao tempo de TV pago com dinheiro público.

A enquete mostrou nova divisão entre os candidatos. Cinco dos 9 posicionaram-se claramente a favor da adoção da cláusula de barreira. Foram eles Evair de Mello (PV-ES), Júlio Delgado (PSB-MG), Marcelo Castro (PMDB-PI), Rodrigo Maia (DEM-RJ) e Rogério Rosso (PSD-DF).

reforma-politica

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