Blog do Fernando Rodrigues

Arquivo : dezembro 2012

Campeão mundial, Corinthians é também o time mais nacional do Brasil
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Fernando Rodrigues

Torcida corintiana é a única com mais de 10% em todas as regiões do país

Outros 2 clubes com alguma vocação nacional são Flamengo e São Paulo

Datafolha revela todos os detalhes das torcidas dos times brasileiros

O Corinthians ganhou o Mundial de Clubes da Fifa e tem mais uma razão para comemorar. Segundo pesquisa nacional Datafolha, o Brasil só tem 1 time com grande vocação nacional e esse time é a equipe do Parque São Jorge. O Cortinthians é o único que tem mais de 10% dos torcedores de futebol em todas as regiões de país. Ninguém mais consegue isso.

O levantamento do Datafolha, realizado em13.dez.2012, só traz motivos de comemoração para os corintianos. O Blog fez uma análise detalhada de todos os números. Trata-se de uma rara radiografia do futebol brasileiro. São dados riquíssimos sobre quem são os torcedores dos principais times do país.

Trata-se de um estudo sócio-demográfico profundo. Pode servir para a direções dos times de futebol precificarem suas marcas. Melhorarem a governança interna. Tornarem suas operações mais rentáveis. Negociar de maneira mais eficaz com TVs ao venderem seus direitos de imagem.

Para começar, os dados básicos da pesquisa que foram divulgados no sábado (15.dez.2012) pela Folha:


Esses dados são apenas a superfície. Mostram quais são as maiores torcidas do país (Flamengo, Corinthians, São Paulo, Palmeiras e Vasco são as 5 primeiras) e indicam uma tendência de estabilidade do ano passado para cá, pois a margem de erro da pesquisa é de 2 pontos percentuais, para mais ou para menos.

Mas o que chama a atenção no estudo do Datafolha são os detalhes sócio-demográficos de cada grupo de torcedores dos principais clubes brasileiros. Como é possível observar na tabela a seguir, além do Corinthians, só outras duas equipes têm alguma vocação nacional já consolidada: Flamengo e São Paulo.

Embora com algumas nuances entre si, o fato é que apenas as torcidas de Flamengo e de São Paulo têm mais de 10% em algumas das regiões do país. Todos os demais times brasileiros ficam abaixo disso. São entidades mais regionais. Eis a tabela que é autoexplicativa:

A torcida do Flamengo representa 16% do Brasil, mas mostra uma distribuição assimétrica. Equivale a apenas 6% dos torcedores de futebol na parte de baixo do Trópico de Capricórnio, ou seja, na rica região Sul.

Os flamenguistas mandam no país quando se trata das regiões Nordeste (22%) e Norte e Centro-Oeste somadas (23%). Mas perdem para os corintianos no Sudeste, a região mais desenvolvida do Brasil.

Nos Estados de São Paulo, Rio, Minas Gerais e Espírito Santo, 20% são corintianos e apenas 13% são flamenguistas. Do ponto de vista econômico, o melhor para uma marca, seja um time de futebol ou qualquer outro produto, é mais vantajoso ser forte onde há muitos consumidores com poder aquisitivo maior –e esse é o caso da marca Corinthians.

Já o São Paulo tem uma torcida total (9%) que equivale à metade da do Corinthians ou da do Flamengo. É só o terceiro maior time brasileiro em número de fãs. Ainda assim, os são-paulinos se saem melhor do que os flamenguistas quando se trata de distribuição mais equilibrada entre todas as regiões do país.

No Sudeste, por exemplo, a torcida do São Paulo representa 11% contra 13% da do Flamengo. Há uma situação de empate técnico por causa da margem de erro da pesquisa, de dois pontos percentuais.

O São Paulo também empata tecnicamente com o Corinthians nas regiões Norte e Centro-Oeste, onde 13% são corintianos e 11% são são-paulinos.

 

Por que o Flamengo é popular?
O Flamengo é uma das grandes equipes do futebol brasileiro. Tem todos os predicados para ser um dos clubes mais queridos entre os amantes desse esporte. Mas não é essa a única razão para que a torcida flamenguista seja tão grande.

Há duas razões adicionais que explicam por que a torcida do Flamengo é tão grande. Uma é histórica. A outra deriva da desídia dos dirigentes de clubes de futebol de fora do Rio.

A razão histórica é que quando o futebol se popularizou no Brasil, na primeira metade do século 20, a antiga Rádio Nacional transmitia os jogos desse esporte para todo o país –a partir do Rio de Janeiro.

Com a preponderância da Rádio Nacional, nasceu a paixão de habitantes do Norte, Nordeste e Centro-Oeste por equipes do Rio de Janeiro. Já em Minas Gerais, em São Paulo e em outros Estados mais ao sul do país, a paixão cresceu pelos times locais pois havia emissoras de rádio que se ocupavam de transmitir as disputas dessas equipes.

Mas a fase de ouro da Rádio Nacional acabou há décadas. Por que então persiste a presença de times do Rio na preferência de brasileiros nas regiões Norte, Nordeste e Centro-Oeste. Reposta: porque no lugar entrou a Rede Globo, detentora dos direitos de transmissão de jogos de futebol.

A Globo prefere retroalimentar os costumes transmitindo preferencialmente jogos do Campeonato Carioca ou de times do Rio durante o Campeonato Brasileiro para Estados acima do Trópico de Capricórnio.

Essa decisão da Globo é menos científica do que parece. Num dia em que jogam Fluminense e Madureira no Rio e Corinthians e São Paulo, parece óbvio que a audiência em Palmas, Natal ou Aracaju seria maior para a disputa entre os paulistas. Mas diretores locais da Globo usam a lei do menor esforço e sempre optam por repetir o que se faz há décadas: transmitir a partida do Rio, ainda que de menor importância –e menos relevância para o mercado publicitário.

Esse tipo de situação é muito comum em Brasília, a cidade com renda per capita mais alta do Brasil. Nunca ocorreu a dirigentes de São Paulo, Corinthians, Grêmio ou Cruzeiro, para citar apenas alguns, de pressionar a Rede Globo a mudar essa política.

Há também um componente geracional, que tem a ver com quem são os diretores da Globo nas várias praças nas quais a emissora existe. Mas esse é um aspecto sobre o qual não há informação objetiva e é preferível não analisá-lo agora.

O fato é que essa situação só poderá ser alterada se os dirigentes de clubes de futebol exigirem saber –no momento em que vendem os direitos de imagem– quais jogos exatamente de suas equipes serão transmitidos pela Globo, em canal aberto, em todas as cidades do país.

Ocorre que os dirigentes –muitos deles péssimos administradores–, nunca negociaram esse tipo de detalhe. Perdem uma chance de ouro de maximizar a exposição de suas marcas para além de seus Estados.

 

Os torcedores e o mercado de trabalho
A pesquisa Datafolha permite identificar quais são os torcedores de futebol com maior poder aquisitivo. Esse dado é relevante porque os times hoje sobrevivem hoje muito da venda de publicidade e de produtos licenciados.

Entre os muitos indicadores está a PEA (População Economicamente Ativa). Na média, 71% dos torcedores de times de futebol no Brasil estão dentro da PEA. Ou seja, são pessoas que estão no mercado de trabalho, ganhando algum tipo de salário em troca do que produzem.

A maioria dos times de futebol tem torcidas pequenas (abaixo de 4% do total do país). Por essa razão, quando se estratifica os dados do Datafolha é melhor considerar clubes cujos torcedores representem 5% ou mais no país.

O grupo das maiores torcidas é composto por Flamengo, Corinthians, São Paulo, Palmeiras e Vasco. Nesse universo, o São Paulo é o que mais tem fãs dentro da PEA: 81%. Ou seja, 81% dos torcedores do São Paulo são pessoas que trabalham.

O Flamengo e o Corinthians, times das duas maiores torcidas do país, têm um percentual inferior dos seus fãs dentro da PEA. No caso do Flamengo, 73%. No Corinthians, 75%. Em outras palavras, em termos proporcionais, menos torcedores do Flamengo e do Corinthians estão no mercado de trabalho na comparação com os fãs do São Paulo, dono da terceira maior torcida do país.

Por que isso é relevante? Porque o esporte hoje é um negócio dos mais rentáveis do planeta. Quando os torcedores de uma equipe estão dentro da População Economicamente Ativa isso significa que esse público estará mais propenso a gastar dinheiro com o seu clube preferido –comprando ingressos para ir aos jogos ou consumindo produtos oficiais licenciados.

Eis o quadro geral sobre as torcidas e parte de cada uma dentro da PEA:

 

A renda dos torcedores
Outro dado relevante é o nível de renda familiar mensal. Nessa estratificação da pesquisa Datafolha, nota-se o seguinte sobre as três principais torcidas:

Flamengo: tem 52% de seus torcedores no grupo cuja renda mensal é até R$ 1.244,00 (dois salários mínimos). Entre as grandes torcidas, esse é o maior percentual. Isso faz do Flamengo o time com o maior grupo de fãs de baixa renda do Brasil.

Corinthians: diferentemente do Flamengo, seus torcedores estão distribuídos de maneira mais equânime. O grupo até dois salário mínimos representa 41% dos corintianos, abaixo da média nacional de todas as torcidas, que é de 48%.

São Paulo: é, de longe, a equipe que percentualmente tem mais torcedores com poder aquisitivo maior (consideradas as 5 maiores torcidas). O São Paulo é o único time grande que têm 1% de seus torcedores com renda familiar acima de R$ 31 mil. O time também tem 14% dos seus fãs na faixa intermediária de renda de R$ 3,1 mil a R$ 6,2 mil –a média nacional nesse caso é de 9%.

Eis a tabela completa:

Por fim, há os indicadores de sexo, idade, escolaridade e partido político de preferência. Algumas observações:

Sexo: enquanto Flamengo e Corinthians têm torcidas mais ou menos divididas ao meio, entre homens e mulheres, São Paulo, Palmeiras e Vasco têm fãs majoritariamente do sexo masculino.

Idade: quase todos os times têm um terço dos seus torcedores na faixa de 16 a 24 anos e um terço na faixa de 25 a 34 anos. Ou seja, predominam os jovens entre os amantes do futebol no país.

Escolaridade: talvez como reflexo de ter mais torcedores proporcionalmente com renda mais elevada, o São Paulo também tem o maior percentual (20%) de fãs com nível superior e médio (49%) –entre as grandes equipes.

Partido político: o PT é disparado o preferido dos torcedores de futebol no Brasil. Entre os fãs do Flamengo, 26% se dizem petistas. Entre os corintianos, 31%. E entre os são-paulinos, 32%. Na média geral, o PMDB é o segundo partido político preferido, seguido de perto pelo PSDB.

Eis a tabela:

Disclaimer”: este blogueiro torce para o São Paulo.

 

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A resiliência de Dilma
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Fernando Rodrigues

BRASÍLIA – A economia do Brasil cresceu menos do que se esperava nos últimos dois anos. O PIBinho é uma realidade. Obras importantes do governo não andam. Integrantes do partido político hegemônico há dez anos no Palácio do Planalto protagonizaram vários escândalos recentes. Áreas como segurança pública, saúde e educação não são bem avaliadas pelos eleitores. Leia mais (para assinantes do UOL e da Folha).

 


Gestão Dilma piora em saúde, educação, segurança e economia
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Fernando Rodrigues

Maior queda de aprovação foi na segurança pública: 10 pontos percentuais

Apesar da redução dos juros, desempenho nesse área também caiu

Embora a aprovação da presidente Dilma Rousseff se mantenha em patamar recorde de 78%, há alguns sinais de insatisfação da população sobre o desempenho do governo.

A pesquisa CNI/Ibope divulgada nesta 6ª feira (14.dez.2012) mostra que caiu o percentual da população que aprova a atuação de Dilma Rousseff nas áreas de educação, saúde, segurança pública e setores da economia. A pesquisa foi realizada de 6 a 9.dez.2012 com 2.002 pessoas em 142 municípios. A margem de erro é de 2 pontos percentuais para mais ou para menos.

Na educação, Dilma foi reprovada 56% dos entrevistados agora em dezembro. E setembro, a taxa estava em 51%. Outros 43% aprovam o desempenho da petista nessa área –ante a 47% na pesquisa anterior.

Na área da saúde, Dilma também enfrenta um aumento da insatisfação dos brasileiros. Subiu de 65% para 74% os que desaprovam a atuação da petista nesse setor. Só 25% a aprovam (eram 33% no último levantamento). É curioso que nesse setor está um dos ministros mais badalados do governo, Alexandre Padilha. Ele é cotado para ser um possível candidato a governador de São Paulo, mas suas qualidades como gestor, até agora, não têm dado o resultado esperado.

Mas foi na segurança pública que Dilma registrou sua pior queda de desempenho. Subiu de 57% para 68% os que a reprovam nessa área. E a aprovação caiu de 40% para 30% (a maior queda de aprovação numa área específica, de 10 pontos percentuais).

Na economia, a pesquisa CNI/Ibope também revela que o desempenho do governo caiu em 3 áreas:

Impostos: desaprovação da gestão Dilma com relação a impostos subiu de 57% para 65%. A aprovação desceu de 38% para 30%;

Inflação: a desaprovação subiu de 45% a 50%. A aprovação caiu de 50% para 45%;

Taxa de juros: apesar dos esforços de Dilma nessa área, os resultados não foram os esperados. A atuação do governo a respeito de taxa de juros foi aprovada por 41% dos entrevistados em dezembro, contra 49% em setembro (a desaprovação foi de 43% para 51%).

Esses números só não explicam a razão pela qual os brasileiros diminuíram seu conceito em relação ao desempenho do governo em tantas áreas, mas permanecem aprovando Dilma da mesma forma. Esse é um paradoxo para outras pesquisas e estudos.

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Resiliência de Dilma é desafio para oposição
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Fernando Rodrigues

A oposição contava com alguma avaria na aprovação da presidente Dilma Rousseff por causa do baixo crescimento da economia somado à série de escândalos envolvendo o PT. Mas a pesquisa CNI/Ibope foi um balde de água fria nos adversários do governo.

A aprovação pessoal de Dilma é 78% segundo levantamento realizado nos dias 6 a 9.dez.2012. Essa taxa é 1 ponto acima dos 77% apurados em setembro –ou seja, trata-se de oscilação mínima, dentro da margem de erro. Em resumo, a aprovação de Dilma é estável e permanece num patamar muito elevado (maior do que a de seus antecessores nesta mesma época do mandato).

O que isso significa? Que o brasileiro continua muito otimista e generoso com Dilma Rousseff. O fato de o país estar há dois anos andando de lado na economia não tem sido, nem de longe, um fator importante para que os eleitores cogitem de deixar de dar apoio à presidente da República.

Essa resiliência de Dilma é um desafio para a oposição. A aposta de PSDB, DEM e PPS se resume a dois pontos. Primeiro, usar a economia estagnada para desmantelar a imagem de boa administradora que Dilma vendeu durante sua campanha presidencial em 2010. Segundo, fazer colar na presidente algum tipo de responsabilidade compartilhada por causa dos escândalos nos quais o PT está envolvido.

Nada disso está dando certo.

Chama a atenção na pesquisa CNI/Ibope o fato de que o julgamento do mensalão no STF (Supremo Tribunal Federal) tenha sido o assunto mais lembrado pelos entrevistados: 23% citaram esse caso.

Ou seja, apesar da cobertura intensa da mídia, os brasileiros parecem não estar ligando muito para o assunto. O mesmo vale para a Operação Porto Seguro da Polícia Federal (que deflagrou esquema de venda de pareceres técnicos, envolvendo a ex-chefe da Presidência em São Paulo, Rose Noronha). Só 10% citaram o Rosegate entre os assuntos mais lembrados do noticiário recente.

Tudo considerado, se depender da repugnância dos brasileiros sobre casos de corrupção, a oposição deve ser desenganada sobre suas chances de virar o jogo. Até agora, 10 anos depois de o PT chegar ao poder, a trinca PSDB-DEM-PPS não encontrou uma forma eficaz de furar o bloqueio nas mentes dos eleitores.

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Aprovação de Dilma vai a 78%, diz CNI/Ibope
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Fernando Rodrigues

A maneira de governar da presidente Dilma Rousseff é aprovada por 78% da população, afirma pesquisa CNI/Ibope divulgada nesta 6ª feira (14.dez.2012). Só 17% desaprovam o modo de governar da presidente, diz o estudo.

A pesquisa foi feita de 6 a 9.dez.2012 com 2.002 pessoas em 142 municípios. A margem de erro é de 2 pontos percentuais para mais ou para menos. Os dados foram divulgados com exclusividade para a imprensa às 11h e serão disponibilizados no site da CNI nesta 6ª feira.

Com relação à pesquisa anterior, feita de 17 a 21.set.2012, a aprovação de Dilma oscilou 1 ponto para cima, de 77% para 78%, dentro da margem de erro. E a desaprovação oscilou 1 ponto para baixo, de 18% para 17%, também dentro da margem de erro. Ou seja: não houve alteração significativa.

Outros índices de avaliação do governo também se mantiveram estáveis e favoráveis à administração de Dilma Rousseff, segundo a pesquisa.

O percentual da população que avalia o governo como ótimo ou bom se manteve em 62% em dezembro, igual ao registrado em setembro. Outros 29% consideram o governo como regular, mesmo percentual de setembro. E os que consideram o governo como ruim ou péssimo continuaram sendo 7% do total.

Os dados sobre confiança na presidente e expectativas com relação aos próximos anos do governo Dilma também repetem a pesquisa de setembro. Dos entrevistados, 73% dizem confiar na presidente. E 22% não confiam. Os que acreditam que o restante do governo será ótimo ou bom continuaram 62% do total. Os que acham que será ruim ou péssimo se manteve em 7%.

Este Blog, página de política em atividade mais antiga da internet brasileira, disponibiliza o maior acervo de pesquisas eleitorais e de avaliação de governo da web. Estão disponíveis estudos sobre as eleições desde o ano 2000 e sobre a popularidade dos presidentes desde José Sarney.

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Oposição usa MP da energia contra governo
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Fernando Rodrigues

PSDB e PPS, em minoria, tentarão desgastar governo na aprovação da Lei da Conta de Luz.

Em minoria na Câmara dos Deputados, os partidos da oposição querem desgastar o governo na próxima 3ª feira (18.dez.2012), quando a Casa deverá terminar de votar a Medida Provisória do setor elétrico (a MP 579 de 2012).

A medida já foi aprovada na última 4ª feira (12.dez.2012), reduzindo preços e redefinindo contratos. Mas a oposição propôs alterações no texto original para que o governo federal abra mão de impostos incidentes sobre a energia: PIS/Pasep e Cofins.

Para constranger a base do governo, a oposição pediu que a votação da mudança, proposta por Arnaldo Jardim (PPS-SP), seja aberta. Ou seja: cada deputado federal deverá dizer se apoia ou não acabar com a tributação sobre a energia. O governo Dilma, que pode perder caixa, é contra. Mas PSDB, DEM e PPS esperam a adesão de governistas constrangidos a votar a favor da manutenção de impostos.

O líder do governo na Câmara, deputado Arlindo Chinaglia (PT-SP), disse que a estratégia da oposição não deve vingar, pois a redução do preço da energia já foi aprovado, inclusive com apoio da oposição. “É uma homenagem que a oposição faz à presidente, apoiar a redução da energia”, afirmou ao Blog. Segundo ele, as mudanças pretendidas pela oposição não têm chances de aprovação.

Os oposicionistas revidam dizendo que o fim da cobrança do PIS e Cofins pode aumentar o desconto final na conta de luz em 5%, além do que já foi proposto pelo governo na MP original (estimado inicialmente em torno de 16% para residências e até 28% para indústrias). “É oportunidade de o governo reduzir de forma efetiva, iniciar uma reforma tributária. É uma contribuição também de seu bolso [do governo], não só do bolso dos outros”, disse o líder do PSDB, deputado Bruno Araújo.

Depois de votada na Câmara, a MP da energia deverá ser analisada pelo Senado.

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Ainda não é tarde
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Fernando Rodrigues

BRASÍLIA – Há uma boa forma de avaliar o peso do depoimento concedido em setembro pelo empresário Marcos Valério à Procuradoria-Geral da República. Basta pensar no que teria acontecido se tais declarações tivessem sido dadas em 2005. Leia mais (para assinantes do UOL e da Folha).

 


Delação de Valério poderia ter levado Lula ao impeachment em 2005 e a réu em 2012
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Fernando Rodrigues

Tivesse revelado o que diz saber sobre o mensalão quando o escândalo eclodiu, em 2005, o empresário Marcos Valério Fernandes de Souza poderia ter levado ao impeachment o então presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva.

Num depoimento em 24 de setembro de 2012 à Procuradoria-Geral da República, Valério afirmou que o esquema do mensalão ajudou a bancar despesas pessoais de Lula da Silva no ano de 2003.

A informação consta na íntegra do depoimento de Marcos Valério e foi apurada pelos repórteres Felipe Recondo, Alana Rizzo e Fausto Macedo.

Em 1992, o que levou o Congresso a precipitar o impeachment (afastamento do cargo) de Fernando Collor de Mello foram indícios de que o chamado esquema PC (de Paulo César Farias, tesoureiro de campanha de Collor) pagava despesas pessoais do então presidente da República. Collor perdeu a cadeira. Posteriormente, acabou se livrando num julgamento no Supremo Tribunal Federal (mas nunca mais recuperou seu pretígio político).

Marcos Valério não quis fazer em 2005 as revelações que faz agora. Se tivesse falado tudo à CPI que apurou o esquema do mensalão, além de um possível impeachment de Lula, o agora ex-presidente certamente teria sido incluído como um dos réus do mensalão no processo que está sendo julgado no momento pelo STF.

Lula ficou fora do julgamento atual porque nenhuma testemunha de peso o acusou de maneira aberta. Ao contrário. Nunca é demais lembrar que Roberto Jefferson, o grande denunciante do esquema, sempre preservou Lula como pode em suas acusações. Naquela época, em 2005, outros integrantes do esquema também preferiram não envolver o então presidente. Marcos Valério foi outro que se calou sobre o petista.

Agora, Marcos Valério mudou de atitude. Contou à Procuradoria-Geral da República que recursos teriam sido depositados na conta de uma empresa do ex-assessor da Presidência Freud Godoy. Essa pessoa era uma espécie de “faz tudo” de Lula.

A informação sobre esse suposto depósito só poderá ser apurada com a abertura de um inquérito, o que é incerto no momento.

Valério também afirma em seu depoimento que o ex-presidente Lula deu aval para os empréstimos que serviriam de pagamentos a deputados da base aliada. Isso teria ocorrido em reunião no Palácio do Planalto com a presença do ex-ministro José Dirceu e do ex-tesoureiro do PT Delúbio Soares.

É claro que o valor do depoimento de Valério agora deve ser matizado. Ele é um réu condenado a mais de 40 anos no processo do mensalão. Tentou, com sua nova delcaração, ser considerado um delator que colaborou com as apurações –mas fez isso tardiamente e não recebeu nenhum benefício judicial no atual momento.

As declarações de Valério podem resultar, é claro, em um novo processo. Mas esse é um procedimento que só avançará lentamente para apurar a veracidade das revelações.

No atual julgamento do mensalão, o efeito é nulo. Não há como novas provas serem acrescidas ao processo na atual fase final.

Mas ainda que tudo tenha de ser comprovado do ponto de vista judicial, já há impacto político. Trata-se de uma pancada na credibilidade de Lula, que sempre se disse traído pelos correligionários que teriam montado o mensalão. Com as delações de Valério, já há pelo menos um integrante do esquema que contesta de maneira aberta a versão lulista.

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Dilma busca aliado contra austeridade na França, diz “Le Monde”
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Fernando Rodrigues

Discursos parecidos ainda não deram resultados práticos, escreveu o jornal francês.

O encontro de Dilma Rousseff com François Hollande nesta semana será fundamental para definir as relações entre os governos dos dois presidentes. Será mais uma tentativa da brasileira de fechar com os franceses a ampliação de uma frente contra a política de austeridade adotada pela Alemanha, publicou o jornal “Le Monde” em sua edição de 11.dez.2012 (já disponível em pdf para assinantes).

Dilma começou esta semana na França. Não foi divulgada agenda oficial para hoje, (2ª feira, 10.dez.2012), mas ela deverá se reunir com Hollande amanhã (11.dez.2012), quando ambos participarão de um seminário promovido pelo Instituto Lula em Paris, o “Fórum do progresso social”. Na 4ª feira (12.dez.2012), a petista irá a evento do Medef, uma organização patronal que reúne dirigentes de empresas francesas.

Segundo o “Le Monde”, os discursos contra austeridade de Brasil e França ainda não tiveram resultados práticos na aproximação dos países. O jornal cita avaliações de que Dilma teria se decepcionado com presidente francês –eleito com discurso contrário ao rigor econômico. A brasileira, diz a publicação, “esperava que Hollande fosse a ponta de lança de uma outra política econômica europeia”, mas percebeu no colega “fraca capacidade de resistência à Angela Merkel [chanceler da Alemanha]”.

Apesar disso, escreve o jornal, o governo brasileiro julgou positiva a criação, em outubro, de um banco público de investimento na França, mesmo sendo uma medida “muito limitada no plano do financiamento”.

Mas, fora do debate de medidas contra crise, outros fatores também podem explicar a relação ainda não tão próxima entre Dilma e Hollande. O “Le Monde” cita, por exemplo, crítica pública feita pelo governo francês à “falta de dialogo das autoridades brasileiras com as populações indígenas afetadas pela construção de barragens”. E, outro fator, é o baixo crescimento da economia brasileira, que é uma dificuldade da política econômica de Dilma, “que não parou de estimular o crescimento por planos colossais de investimentos públicos”, afirma o “Le Monde”.

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Poder e política na semana – 10 a 16.dez.2012
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Fernando Rodrigues

Os próximos dias ainda serão repletos de notícias sobre a Operação Porto Seguro. Agora, a Polícia Federal acrescentou mais uma acusação a Rosemary Noronha, ex-chefe de gabinete de Lula e de Dilma em São Paulo: formação de quadrilha. Apesar de o caso estar na mídia desde 23.nov.2012, dia em que a operação foi deflagrada, Lula e Dilma ainda não se explicaram sobre terem permitido, por anos, a atuação de Rosemary dentro do governo.

Outros destaques da semana: 1) o STF continuará a discutir se pode cassar automaticamente os mandatos dos deputados condenados por causa do mensalão; a Corte poderá ainda deliberar, nos próximos dias, quando devem começar a ser cumpridas as penas aplicadas aos mensaleiros;  2) Dilma fará 65 anos na 6ª feira (14.dez.2012), quando estará na Rússia; antes, de 2ª a 4ª feira, ela estará na França; 3) Sarney poderá exercer a Presidência da República pela última vez nesta semana: como presidente do Senado, ele responde pelo cargo na ausência de Dilma, Michel Temer e Marco Maia, todos em viagem; 4) No Congresso, deputados e senadores ameaçam derrubar o veto de Dilma a artigos do projeto que redistribui royalties do petróleo; 5) e chega aos finalmentes a tentativa do governo de reduzir tarifas da conta de luz e rever concessões: Dilma pediu a Temer que faça o PMDB ajudar a aprovar as MPs que tratam do assunto.

Na 2ª feira (10.dez.2012), Dilma deverá encontrar com Lula na França. Enquanto isso, em Brasília, a Executiva do PMDB fará uma reunião e ouvirá de sua cúpula que é preciso aprovar no Congresso as MPs do setor elétrico para o partido continuar firme e leal a Dilma. À noite, em São Paulo, o vice-presidente Michel Temer será homenageado como “líder do Brasil” em premiação do Lide, grupo de João Dória. O evento será no Palácio dos Bandeirantes e terá a participação do governador Geraldo Alckmin (PSDB) e do presidente da Câmara, Marco Maia (PT-RS).

Na 3ª feira (11.dez.2012), dia do encontro de Dilma com o presidente francês, François Hollande, o Congresso deverá votar se é urgente ou não apreciar o veto da petista a parte do projeto que redistribui o dinheiro do petróleo entre os Estados brasileiros. E a Câmara anunciou, mais uma vez, que quer votar itens da improvável reforma política.

Ainda na 3ª feira, que é sempre o 1º dia útil na Câmara e no Senado, a CPI do Cachoeira deverá votar o relatório final do deputado Odair Cunha (PT-MG). O empresário Carlinhos Cachoeira, aliás, foi preso novamente na última 6ª feira (7.dez.2012). E o deputado Romário (PSB-RJ) aguardará resposta da direção da Casa sobre seu pedido de abrir uma CPI para investigar a CBF: ele já reuniu as assinaturas necessárias e entregou a solicitação formal à Mesa Diretora. No Senado, o PSDB tenta começar uma CPI sobre o caso Rosemary.

Na 4ª feira (12.dez.2012), o Tribunal Superior do Trabalho deverá eleger como seu presidente o ministro Carlos Alberto Reis de Paula, 1º negro a entrar para a corte, ainda no governo FHC.

Também na 4ª feira, dois eventos esportivos-futebolísticos. No Japão, o Corinthians joga sua primeira partida no Mundial de Clubes. E no Morumbi, o São Paulo faz a final da Copa Sulamericana.

Na 5ª feira (13.dez.2012), quando Dilma deverá estar na Rússia, poderá haver greve de aeroviários no Brasil.

Na 6ª feira (14.dez.2012), a presidente Dilma completará 65 anos em solo russo.

E está marcado para sábado (15.dez.2012) um referendo no Egito sobre a nova Constituição do país.

A seguir, o drive político da semana:

 

Segunda (10.dez.2012)
Dilma e Lula – vão se encontrar em Paris. A presidente estará na França para visita oficial nos próximos dias. Depois do país europeu, irá à Rússia.

Dilma e o PMDB – a pedido da presidente, cúpula do partido pedirá, na reunião de sua Executiva, que seus congressistas aprovem as MPs do setor elétrico, elaboradas pelo governo para rever as concessões do setor e reduzir as tarifas. O encontro será às 15h, na Câmara.

Temer em São Paulo – vice-presidente da República, do PMDB, será homenageado como “líder do Brasil” em premiação do Lide, grupo de João Dória. Será no Palácio dos Bandeirantes, às 19h30. Estarão presentes empresários, o governador de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB), e o presidente da Câmara dos Deputados, Marco Maia (PT-RS).

Mensalão – o STF decide se cassará o mandato dos deputados condenados. Pode começar nesta semana também a debater sobre o início do cumprimento das penas de prisão. Depois desta 2ª feira, o caso também está na pauta da 4ª feira (12.dez.2012) e da 5ª feira (13.dez.2012).
Comentário do Blog: uma crise à vista entre o Congresso e o STF por causa da cassação de mandatos.

Mulheres do PMDB – o PMDB Mulher começará encontro de suas prefeitas e vereadoras eleitas em 2012. O evento, em Brasília, continuará na 3ª feira (11.nov.2012) com reunião geral dos eleitos pela legenda.

Cotado para o STF – o advogado Luís Roberto Barroso lançará 2 livros: “O Novo Direito Constitucional Brasileiro” e “A Dignidade da Pessoa Humana no Direito Constitucional Contemporâneo”. Às 19h, no restaurante Le Jardin du Golf, em Brasília.

Eleição na Câmara – sem ter nenhum apoio relevante para se opor a Henrique Alves (PMDB-RN), o deputado Julio Delgado (PSB-MG) insiste em ser candidato a presidente da Câmara fazendo uma campanha heterodoxa. Estará nesta 2ª feira em Palmas com a turma do futebol: levará 25 deputados, incluindo Romário, Tiririca, Popó e Danrlei, para jogo beneficente com cantores sertanejos do Tocantins.

PSD e o Brasil – a fundação do partido de Kassab, chamada “Espaço democrático”, fará o seminário “Brasil: uma visão estratégica”. Terá transmissão via internet a partir das 11h.

Jornalismo investigativo – Associação Brasileira de Jornalismo Investigativo celebra 10 anos de existência e fará um seminário para marcar a data na Escola de Comunicações e Artes da USP. Das 9h30 às 14h30, no auditório Freitas Nobre.

Comissão de Ética – grupo da Presidência da República fará reunião.

Transparência – o Movimento do Ministério Público Democrático realizará o seminário “Transparência e Controle da Corrupção – A Lei de Acesso à Informação”. Das 9h às 19h40, no Memorial da América Latina, em São Paulo.

Inflação – FGV divulga IPC-S e IGP-M Primeiro Decêndio.

 

Terça (11.dez.2012)
Dilma na França – após se encontrar com Lula na 2ª feira (10.dez.2012), a presidente faz visita oficial ao país europeu até 4ª feira (12.dez.2012).

Dilma e Hollande – a petista será recebida em cerimônia oficial às 11h. Às 17h estará no Palácio do Eliseu para reunião com o socialista François Hollande, presidente da França.

Sarney e o petróleo – presidente do Senado deve colocar em votação o pedido de urgência para a apreciação do veto da presidente Dilma a trechos do projeto que redistribui o dinheiro do petróleo entre os Estados brasileiros. Se for considerado urgente, o caso dos royalties vai furar a fila dos 3.060 vetos presidenciais que aguardam análise do Congresso, segundo publicou a “Folha”.

Reforma política – projeto poderá entrar na pauta de votações da Câmara em sessão extraordinária. O relator, Henrique Fontana (PT-RS), apresentará um relatório modificado para tentar acordo de votação de 4 itens: financiamento público de campanhas; fim de coligações proporcionais; realização de eleições para todos os cargos na mesma data; e mudança na data de posse do Executivo.

CPI do Cachoeira – comissão deverá votar o relatório final do deputado Odair Cunha (PT-MG).

CPI da CBF – o deputado Romário (PSB-RJ), ex-jogador, conseguiu o nº de assinaturas necessário para pedir abertura da comissão e já entregou o pedido à Mesa Diretora da Câmara. Mas não é certo que vingará porque só podem funcionar 5 CPIs simultaneamente na Casa. Outras 9 aguardam definição sobre suas aberturas.

CPI de Rosemary – o senador Álvaro Dias (PSDB-PR) colhe assinaturas dos colegas para abrir uma comissão de investigação sobre o caso. Das 27 necessárias, tinha 19 até a última 6ª feira. Segundo Dias, assinaram o requerimento os 10 representantes do PSDB na Casa, Randolfe (PSOL), 2 dos 4 senadores do DEM e alguns dissidentes do bloco governista, como Pedro Taques (PDT-MT), Cristovam Buarque (PDT-DF), Ana Amélia (PP-RS), Pedro Simon (PMDB-RS) e Jarbas Vasconcelos (PMDB-PE).

Energia elétrica – às 9h45, no Senado, será instalada a comissão mista que deverá analisar a MP 591, de 2012, que altera a MP 579, de 2012, que dispõe sobre concessões de geração, transmissão e distribuição de energia elétrica e sobre a redução dos encargos setoriais.

Prefeitos do PMDB – partido reunirá em Brasília seus prefeitos, vices e vereadores eleitos em 2012.

Senado e as domésticas – Casa deverá votar Proposta de Emenda à Constituição já aprovado pela Câmara dos Deputados. O texto amplia direitos de trabalhadores domésticos estabelecendo, por exemplo, limite de 44 horas de trabalho semanais, pagamento de hora extra e adicional noturno.

Orçamento 2013 – Congresso ainda não chegou a entendimento para terminar a votação. Nesta semana devem ser votados relatórios setoriais.

Câmara e a internet – Casa já adiou 6 vezes a votação do Marco Civil da Internet.

Contas de campanha – este será o último dia para a publicação da decisão do juízo eleitoral sobre as contas dos candidatos.

PSDB na Câmara – partido elegerá seu novo líder na Câmara. O candidato de Aécio Neves é Carlos Sampaio, de São Paulo. Aécio pediu aos mineiros Domingos Sávio e Paulo Abi-Ackel que saíssem da disputa. O único adversário ainda em campanha é Otávio Leite, do Rio de Janeiro.

Tombini no Senado – presidente do BC irá à Comissão de Assuntos Econômicos às 11h.

Livro do PSD – partido promove lançamento do livro “Em busca da Melhor Cidade”. Será em Brasília, das 18h às 20h, no café do Salão Verde da Câmara.

PRB adiado partido de Russomanno, que perdeu a eleição para prefeito de São Paulo, faria nesta 3ª feira o 1º encontro nacional de seus prefeitos. Mas adiou o evento para o “primeiro trimestre de 2013”.

Emprego e salário na indústria – IBGE publica pesquisa sobre o assunto.

Inflação – Fipe divulga IPC referente ao período de 8.nov a 7.dez.2012. FGV publica IPC-S Capitais.

 

Quarta (12.dez.2012)
Dilma na França – presidente irá ao seminário “Brasil-França: desafios e oportunidades de uma parceria estratégica”.

Posse no TST – o Tribunal Superior do Trabalho elegerá para sua Presidência o Carlos Alberto Reis de Paula, 1º negro de sua história. Ele entrou para a Corte no governo FHC, antes de Joaquim Barbosa chegar ao STF. Carlos Alberto será empossado presidente em 5.mar.2013 e deverá exercer o cargo até 26.fev.2014, quando fará 70 anos e terá que se aposentar compulsoriamente.

Livro do PSD – um dia após lançar a obra em Brasília, o partido também promoverá a apresentação do livro “Em busca da Melhor Cidade” em São Paulo. Será na Livraria Cultura do Conjunto Nacional a partir das 18h30.

Futebol – o Corinthians faz sua primeira partida no Mundial de Clubes da Fifa, contra o egípcio Al Ahaly, no Japão (às 8h30, horário de Brasília). No Morumbi, o São Paulo joga a final da Copa Sulamericana contra o time argentino Tigre, às 21h50.

Última vez – é a última vez neste século em que dia, mês e ano serão representados pelo mesmo número: 12/12/12.

 

Quinta (13.dez.2012)
Dilma na Rússia – presidente fará visita aos russos até 6ª feira (14.dez.2012). Nesta 5ª feira a programação brasileira inclui um seminário da Confederação Nacional da Indústria.

Greve aeroviária – sindicatos do setor articulam paralisação para este dia.

Royalties – no Senado, às 10h, será instalada comissão mista encarregada de examinar a MP 592 de 2012, que determina nova distribuição dos royalties entre os Estados.

Nelson Barbosa na praia – secretário-executivo do Ministério da Fazenda representará o chefe, Guido Mantega, no 40° Encontro Nacional de Economia, da Anpec. O evento será no Hotel Armação da praia de Porto de Galinhas, em Pernambuco.

Câmara e Luiz Gonzaga – Casa fará sessão solene em homenagem ao músico, que completaria 100 anos em 2012.

Tombini em São Paulo – presidente do BC irá ao jantar anual dos dirigentes de bancos, evento promovido pela Febraban. Começará às 19h30, no hotel Unique.

Comércio – IBGE publica pesquisa mensal sobre o setor.

Pecuária – IBGE divulgará estudo sobre abate de animais, leite, couro, e produção de ovos de galinha.

 

Sexta (14.dez.2012)
Aniversário de Dilma – presidente completará 65 anos.

 

Sábado (15.dez.2012)
Referendo no Egito – esta marcada para esta data consulta à população sobre sua nova Constituição. A oposição quer, no entanto, que o presidente Mohamed Morsi adie a votação.

 

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