Blog do Fernando Rodrigues

Arquivo : fevereiro 2013

PSB mostra empenho contra PMDB no Senado
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Fernando Rodrigues

Partido de Eduardo Campos continua bateria de infidelidade ao governo Dilma…

…na Câmara, socialistas também disputarão Presidência contra governista.

O PSB –partido do governador Eduardo Campos, de Pernambuco– avançou nos ataques aos candidatos apoiados pelo governo de Dilma Rousseff às Presidências da Câmara e do Senado. Campos é potencial adversário da petista na eleição de 2014.

Na sessão da manhã de 6ª feira (1º.fev.2012) para a eleição do novo presidente do Senado, todos os 4 senadores do PSB pediram a palavra para defender o candidato da oposição, Pedro Taques (PDT-MT). Mesmo que sem mencionar nomes, também o atacaram a candidatura de Renan Calheiros (PMDB-AL) e a gestão atual de José Sarney (PMDB-AP), que têm apoio do governo.

O esforço socialista a favor de Taques contrasta com o dos pedetistas – só Cristovam Buarque (PDT-DF) discursou a favor do correligionário. O discurso dos senadores do PSB –Lídice (PSB-BA), Rollemberg (PSB-DF), João Capiberibe (PSB-AP) e Valadares (PSB-SE)– foi no sentido de que o Senado precisa melhorar sua imagem pública, deve abandonar o que chamaram de “submissão ao Executivo” e precisa se renovar elegendo um senador que não faz parte do grupo dominante na Casa.

A atitude do PSB também se contrapõe à timidez do PSDB, principal partido de oposição e que, pelo menos formalmente, declarou apoio a Pedro Taques. O principal líder tucano, o senador Aécio Neves (MG), ficou mudo na sessão de 6ª feira.

As críticas do PSB atingem diretamente o PMDB, maior aliado do governo Dilma, que está no comando do Senado desde 1985 –com exceção do período de 1997 a 2001, quando o presidente foi o falecido Antônio Carlos Magalhães (DEM-BA).

Na 2ª feira (4.fev.2013), quando a Câmara também elegerá seu novo presidente, o PSB continuará a demonstração de infidelidade. Disputará o cargo com Júlio Delgado (PSB-MG) contra o candidato do governo Henrique Alves (PMDB-RN).

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Oposição nunca ganhou presidência do Senado
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Fernando Rodrigues

Desde a volta da democracia, nome alternativo só chegou a 32 votos

Dois candidatos disputam hoje (1º.fev.2013) a presidência do Senado: Renan Calheiros (PMDB-AL), apoiado pelo governo Dilma, e Pedro Taques (PDT-MT), como alternativa de oposição. Se a votação mantiver a tendência mostrada desde a redemocratização do país, em 1985, o governista vencerá.

O Blog levantou os resultados de todas as eleições para presidente do Senado e da Câmara dos Deputados desde 1985. Nunca um candidato oposicionista venceu entre os senadores. Na Câmara, só houve uma ocasião em que o candidato inicial do establishment não foi eleito.

O máximo que um opositor do governo obteve no Senado foram 32 votos, em 2009. Esse foi o resultado obtido por Tião Viana (PT-AC) contra José Sarney (PMDB-AP), que venceu com 49 votos. Já em 2010, Sarney foi reeleito e ganhou a presidência da Casa pela 4ª vez com larga vantagem –teve 70 votos contra apenas 8 votos dados a Randolfe Rodrigues (PSOL-AP).

O quadro a seguir mostra os resultados das disputas pela Presidência do Senado depois do fim da ditadura militar (1964-1985):

A Câmara elegerá seu novo presidente na próxima 2ª feira (4.fev.2013). Entre os deputados o hábito é também colocar o indicado pelas forças majoritárias no comando. A tradição só falhou uma vez desde 1985.

O caso bem rumoroso ocorreu em 2005, com a vitória de Severino Cavalcanti (PP-PE). O candidato do governo Lula, Luiz Eduardo Greenhalgh (PT-SP), perdeu porque outro petista, Virgílio Guimarães (PT-MG), também entrou na disputa e dividiu os votos dos aliados.

Houve um outro episódio de reviravolta na Câmara, mas foi uma solução dentro da base governista. Em 2001, pela regra geral, deveria ser eleito um candidato do PFL (hoje Democratas), que tinha a maior bancada de deputados. O nome era Inocêncio Oliveira, de Pernambuco (que hoje já nem está mais no partido; filiou-se ao PR). Quem acabou eleito em 2001 foi Aécio Neves (PSDB-MG), mesmo com os tucanos sendo minoria.

Essa vitória de Aécio em 2001 para presidir a Câmara não era o desejo inicial do governo, que temia um abalo na sua base de apoio. Mas quando o sucesso do tucano se tornou inevitável, o Planalto acabou abraçando a candidatura e não houve crise.

Abaixo, histórico das disputas pela Presidência da Câmara. Clique no quadro para ampliá-lo:

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