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Arquivo : Fernando Coelho Filho

5 ministros-congressistas de Temer não apresentaram projetos em suas áreas
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Fernando Rodrigues

Outros 3 são “especialistas” nas assuntos de seus ministérios

Maioria foi alocada longe do setor de atuação no Congresso

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Temer empossa seus ministros na última 5ª feira (12.mai)

Dos 13 congressistas que fazem parte do ministério de Michel Temer, 5 não apresentaram no Congresso nenhum projeto voltado para pasta que agora comandam.

São eles: Maurício Quintella Lessa (Transportes), Fernando Coelho Filho (Minas e Energia), Leonardo Picciani (Esporte), Bruno Araújo (Cidades) e José Serra (Relações Exteriores).

As informações são do repórter do UOL André Shalders.

Na montagem do ministério, Temer conseguiu encaixar apenas 3 congressistas nas áreas em que são considerados “especialistas” pelos colegas. Esses são os casos de Sarney Filho (Meio Ambiente), Raul Jungmann (Defesa) e Blairo Maggi (Agricultura).

Todos os 3 tiveram produção legislativa nas áreas de seus ministérios e vínculos com os respectivos setores da sociedade.

Na maioria dos casos, Temer não conseguiu casar a área de atuação dos deputados e senadores com os ministérios que eles agora ocupam. Isso ocorreu porque a montagem da equipe temerista buscou, antes de tudo, consolidar uma sólida base de apoio congressual.

Foi o que ocorreu, por exemplo, com Henrique Eduardo Alves (Turismo). A maioria dos projetos apresentados por ele está relacionada a Previdência Social e Trabalho.

Alves assumiu o Turismo ainda sob Dilma, em abril de 2015. Deixou o cargo em março, mas retornou agora, no governo Temer.

Mais casos de políticos que se destacaram em outros campos que não o de seus ministérios: Ronaldo Nogueira (Trabalho), Ricardo Barros (Saúde), Mendonça Filho (Educação e Cultura) e Osmar Terra (Desenvolvimento Social e Agrário), por exemplo, apresentaram 4 ou menos projetos em seus setores.

Nem sempre, é claro, a intimidade com uma área de atuação se traduz em quantidade de projetos de lei. Osmar Terra, por exemplo, criou no Rio Grande do Sul o programa Primeira Infância Melhor (PIM). Ele apresentou um projeto sobre o tema em 2006 e agora pretende implementar a política em nível nacional.

Contexto: o critério adotado pelo Blog considera apenas a casa de origem (Senado ou a Câmara) e somente iniciativas legislativas de autoria individual do congressista.

São “iniciativas legislativas”: propostas de emenda à Constituição (PECs), projetos de lei complementar (PLPs), projetos de lei de conversão (PLVs, fruto da adaptação de uma medida provisória) e projetos de decreto legislativo (PDCs, cujo objetivo é sustar um ato do Executivo).

Há outros tipos de proposições que os congressistas podem apresentar: projetos de resolução (PRCs, que mudam normas internas da Câmara ou do Senado), requerimentos (REQs), etc. Não se trata, porém, de propostas cujo objetivo é alterar de forma mais ampla o ordenamento jurídico do país. Por isso, foram excluídos do levantamento.

Políticos citados nesta reportagem podem ainda ter atuado em suas respectivas áreas de outras formas que não a apresentação de projetos de lei. Relatar um projeto ou presidir uma comissão, por exemplo, são formas de atuação parlamentar igualmente relevantes.

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Líderes do PSB sugerem mudança para “PS40”
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Fernando Rodrigues

Partido é presidido por Eduardo Campos, que tenta ser candidato ao Planalto em 2014.

Para que os eleitores saibam que o “40” é o número dos candidatos do PSB, integrantes do partido sugerem trocar o nome da legenda para “PS40”. A mudança seria também uma forma de reapresentar a sigla para a sociedade.

O líder do partido na Câmara dos Deputados, Beto Albuquerque (RS), é um dos apoiadores da mudança. Segundo ele, a proposta não foi feita formalmente dentro do PSB nem é urgente, mas seria boa. O ex-líder da bancada, deputado Márcio França (SP), também concorda com a troca.

Albuquerque disse que o PSB já obteve sucesso ao colocar o número em destaque na campanha para a Prefeitura do Recife em 2012, quando seu candidato, Geraldo Júlio, venceu o pleito. “Onda 40” foi o mote da campanha.

O PSB tem ganhado destaque no noticiário político desde que seu presidente nacional, o governador Eduardo Campos (Pernambuco), começou a trabalhar nos bastidores para obter apoio de outras legendas à sua candidatura ao Palácio do Planalto em 2014.

Apesar do apoio de Albuquerque e França, políticos importantes dentro da legenda, a alteração no nome não é ainda um debate difundido entre os socialistas. O deputado Júlio Delgado (MG), que disputou a Presidência da Câmara pelo PSB em 2013, disse que só ouviu rumores sobre o assunto. O deputado Fernando Coelho Filho (PE) afirmou que só soube da proposta quando foi questionado pelo Blog.

No entanto, a “reapresentação” à sociedade é um tema importante dentro do PSB –que foi fundado em 1947, fechado pela ditadura em 1965 e refundado em 1988. Em 2011, em entrevista ao Poder e Política, projeto do UOL e da Folha, Eduardo Campos relativizou a ideologia “socialista” da legenda. Disse o seguinte:

“O que é que é ser de esquerda hoje? É a mesma coisa que ser de esquerda no início do século passado na União Soviética? Não é. Quer dizer, o mundo mudou, a relação de trabalho se alterou. Eu acho que muitas experiências não deram certo, outras deixaram um legado, enfim. Nós precisamos compreender as alterações que foram processadas pela ciência e pela humanidade para compreender o que é ser de esquerda hoje”.

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