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Arquivo : Luiza Erundina

Patrimônio de João Doria é 10 vezes maior que soma dos rivais
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Fernando Rodrigues

Empresário, Doria é o mais rico entre pré-candidatos a prefeito

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O pré-candidato do PSDB à prefeitura de São Paulo, João Doria

Por José Roberto de Toledo, Daniel Bramatti, Rodrigo Burgarelli, Guilherme Jardim Duarte e Pedro Venceslau

O patrimônio de João Doria Jr. supera R$ 170 milhões, segundo levantamento da reportagem. Se oficializado como candidato a prefeito de São Paulo pelo PSDB nas eleições de outubro, será o mais rico entre os principais nomes que se apresentam até agora.

Seus bens valem no mínimo dez vezes mais do que o patrimônio somado dos rivais conhecidos, levando-se em conta o que declararam à Justiça eleitoral: Fernando Haddad (PT), Marta Suplicy (PMDB), Andrea Matarazzo (PSD) e Luiza Erundina (PSOL).

Mesmo que Paulo Maluf (PP) se agregasse à disputa eleitoral paulistana, ainda assim Doria teria um patrimônio pelo menos quatro vezes maior do que a soma dos outros candidatos. Maluf declarou patrimônio de R$ 39 milhões na eleição de 2014.

Diante dos bens que possui no Brasil, a offshore de Doria nas Ilhas Virgens Britânicas e o apartamento em nome dela em Miami são trocado.

O empresário foi procurado pela reportagem. Leia aqui o que ele disse sobre a offshore e o apartamento em Miami.

Pelos valores de mercado atuais, o apart-hotel no Mutiny On The Bay está avaliado em cerca de R$ 2 milhões. Mas isso não se compara aos R$ 51 milhões da casa onde o pré-candidato tucano mora no Jardim Europa. Esse não é nem sequer o valor de mercado, mas o valor venal, sobre o qual incide o IPTU.

Apenas de imposto territorial, Doria tem que pagar anualmente R$ 285 mil para a Prefeitura que pretende comandar. Ele quitou o valor integralmente em 2016, em cota única. Os dados são públicos e estão disponíveis para pesquisa na internet.

A casa torna-se tão valiosa por sua localização, em um dos bairros mais caros de São Paulo, e por suas dimensões: são 3.304 metros quadrados de área construída, assentados em 7.883 metros quadrados de terreno.

Além de piscina e quadra de tênis, a área de lazer inclui um campo de futebol gramado e iluminado, com 36 metros de comprimento por 24 metros de lado. Se fosse possível vendê-lo separado, custaria R$ 5,5 milhões. Doria é tão adepto das peladas que o campo tem até placa de patrocinador.

O pré-candidato tem outro imóvel cuja conta do IPTU aparece em seu nome em São Paulo: um apartamento de 988 metros quadrados nos Jardins, cujo valor venal é de R$ 5,7 milhões. Em Campos de Jordão (SP), é dono da Villa Doria, onde aterrissa seu helicóptero Bell 429 para sete passageiros no heliponto registrado em seu nome.

Doria começou sua carreira ocupando cargos públicos nos anos 80 – primeiro como presidente da Paulistur, na gestão de Mario Covas como prefeito de São Paulo, e, em seguida, como presidente da Embratur, no governo Sarney, em Brasília.

Sua mais notória participação eleitoral até este ano foi na campanha presidencial de 1989, quando começou como um dos coordenadores do programa de governo de Covas (PSDB) e terminou, ainda no primeiro turno, como apoiador do vitorioso Fernando Collor (então no PRN).

Doria ganhou dinheiro como empresário de eventos e publicidade, entre outras atividades. A maior parte de seu patrimônio está em cotas de nove empresas, como a Doria Administração e Eventos (R$ 34,7 milhões), a D. Empreendimentos (R$ 37,4 milhões) e a D. Empreendimentos e Participações Ltda (R$ 30 milhões).

Todos os valores são estimados com base no capital social das empresas. Os valores de mercado podem ser muito maiores.

As empresas são as donas de outros bens valiosos usados pelo pré-candidato, como o helicóptero e um jatinho Legacy, da Embraer, cujo valor de mercado é estimado em US$ 16 milhões.

Participaram da série Panama Papers os repórteres Fernando Rodrigues, André Shalders, Mateus Netzel e Douglas Pereira (do UOL), Diego Vega e Mauro Tagliaferri (da RedeTV!) e José Roberto de Toledo, Daniel Bramatti, Rodrigo Burgarelli, Guilherme Jardim Duarte e Isabela Bonfim (de O Estado de S. Paulo).

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PSB na TV escolhe Erundina para aparecer ao lado de Eduardo Campos e Marina
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Fernando Rodrigues

 

O programa partidário do PSB desta quinta-feira (10.out.2013) mostra apenas 3 personalidades falando: Eduardo Campos, Marina Silva e Luiz Erundina.

A escolha da ex-prefeita de São Paulo para estar na tela serve como amálgama entre Eduardo Campos e Marina. É que Erundina, aos 78 anos, está filiada ao PSB e tornou-se com o passar dos anos uma espécie de reserva moral entre os políticos do centro para a esquerda do espectro partidário.

Em 2012, Erundina acabou saindo da condição de candidata a vice-prefeita de São Paulo na chapa com Fernando Haddad, do PT. O rompimento se deu depois que Haddad, ao lado de Luiz Inácio Lula da Silva, receberam o apoio de Paulo Maluf, do PP.

No vídeo do PSB, Erundina diz que todos os partidos têm problemas. Mas afirma ter certeza de que o PSB procura sempre fazer o que é correto.

O programa do PSB faz ataques à atual administração da presidente Dilma Rousseff. Como publicou a “Folha”, um locutor fala o seguinte: “Cadê aquele país que há alguns anos despertou a admiração do mundo (…) e que agora voltou a ter receio da inflação? Que um dia levou um homem do povo ao poder e que agora sente que o poder não fala a língua do povo? Será que estamos no caminho errado?”.

Eduardo Campos responde: “Estamos no caminho que já deu o que tinha que dar”.

O Blog teve acesso à íntegra do programa do PSB, que foi produzido pelo publicitário Edinho Barbosa.

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Pós-Haddad, Erundina vira hit nas redes sociais
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Fernando Rodrigues

Deputada do PSB tem 17 mil referências no Twitter e 8 mil no FB.
A deputada federal e ex-prefeita de São Paulo Luiza Erundina (PSB-SP), de 77 anos, foi mencionada 17.274 vezes por 9.162 usuários do Twitter das 18h de ontem (19.jun.2012) até as 13h de hoje (20.jun.2012). Para efeito de comparação, o nº de menções equivale a 8% dos 214,1 mil votos que a deputada teve na eleição de 2010.

 

Os dados levantados por Manoel Fernandes, diretor da Bites Consultoria, refletem a repercussão nas redes sociais da desistência de Erundina de ser candidata a vice-prefeita de São Paulo na chapa de Fernando Haddad (PT). “Ela entrou 64 vezes no Trending Topics Brasil [assuntos mais comentados do Twitter] desde segunda-feira às 17h quando se começou a dizer que sairia da chapa de Haddad”, diz Fernandes. A deputada abandonou o barco após petistas se aliarem a Paulo Maluf (PP-SP), seu adversário histórico.

 

No Facebook, segundo a Bites, Erundina foi mencionada mais de 8 mil vezes no mesmo período.

 

Fernandes afirma que um perfil de Belo Horizonte com 232 seguidores foi o que mais twitou sobre Erundina (74 vezes).

 

Outros perfis que se destacaram foram os do senador Cristovam Buarque (PDT-DF) e do apresentador Milton Neves. Para o diretor da Bites, o senador usa seu perfil “para criticar ostensivamente a aproximação de Lula com Maluf”. Já Milton Neves, “elogiou a deputada para os seus 408.000 seguidores”.

 

 

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