Blog do Fernando Rodrigues

Arquivo : Marina Silva

Adendo: a pesquisa do PT sobre Aécio e Campos
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Fernando Rodrigues

Sobre o post aqui embaixo (PT apura chances de Aécio e de Eduardo Campos), uma retificação necessária.

Quem leu de fato as pesquisas que têm orientado o PT e o projeto reeleitoral de Dilma Rousseff em 2014 informa: “Nossas análises caminham para outra direção. Dos 3 candidatos citados como de oposição –Marina Silva, Aécio Neves e Eduardo Campos– este último, aparentemente, é quem tem menos chance de se viabilizar eleitoralmente. Pode divulgar!”.

Ou seja, a palavra oficial da cúpula petista é que Eduardo Campos não é visto como o nome com maior potencial de crescimento numa eventual campanha presidencial em 2014.

Registro feito. Agora, é só acompanhar.

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Prejuízo à Rede de Marina é relativo
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Fernando Rodrigues

Partido novo teria baixa adesão de deputados

Tempo de TV de Marina seria pequeno de qualquer jeito

O projeto de lei que foi aprovado pela Câmara dos Deputados nesta quarta-feira (17.abr.2013) terá impacto limitado sobre o partido novo que está sendo montado por Marina Silva e seus seguidores.

A Rede, nome do futuro partido de Marina Silva, nunca teve perspectiva de ter muitos deputados filiados. As projeções realistas dão conta de 6 adesões. Com essa bancada, a legenda teria só alguns segundos a mais na propaganda de rádio e de TV no ano que vem durante a eleição. Receberia também pouco dinheiro extra do Fundo Partidário.

Agora, se o projeto de lei anti-novos partidos for aprovado pelo Senado, não fará diferença se Marina conseguir atrair 5, 10 ou 100 deputados. Ela terá apenas direito a entrar na divisão de um terço do tempo total de TV e rádio, que é repartido entre todos os partidos com candidatos.

Ou seja, a eventual nova lei terá impacto reduzido e relativo sobre a Rede. Afinal, que diferença fará para um candidato a presidente ter 15 ou 20 segundos a mais por dia na propaganda de rádio e de TV? Nenhum.

Por outro lado, a lei aprovada pela Câmara (e que tem grandes chances de passar pelo Senado) deve inibir muitos acertos espúrios que tornariam o sistema político-partidário brasileiro um dos mais fragmentados do planeta.

Há suspeitas de que mais de uma dezena de grupos políticos se movimentavam para montar novos partidos. Para alguns deputados, é muito melhor estar numa sigla de 15 ou 20 colegas na Câmara do que pertencer a uma legenda com 50 ou 60 congressistas –fica mais fácil negociar com o governo na base da fisiologia se a agremiação é pequena.

A explosão do número de partidos também torna cada vez mais difícil o manejo político dentro do Congresso. Qualquer presidente da República fica compelido a negociar de maneira exaustiva, ceder até o limite do possível e fazer acordos perto da heterodoxia da ética. De outra forma, o país fica ingovernável.

Não é por acaso que hoje a Câmara tem 23 partidos representados e o governo tem um recorde histórico de 39 ministérios para acomodar seus aliados. Uma coisa tem relação direta com a outra.

É claro que o Congresso merece as críticas de que foi casuísta. O Planalto e os políticos governistas deixaram as coisas correrem soltas quando um aliado passou por esse “portal da facilidade” de construir um novo partido –Gilberto Kassab, que criou o PSD com uma bancada perto de 50 deputados e montou o terceiro maior partido da Câmara.

Por que não esperar então que Marina Silva edificasse também o seu partido? Essa é uma boa pergunta. Mas outra também deveria ser feita: o que fazer se nesse meio tempo mais 5 ou 10 aventureiros se aproveitassem para construir outras legendas sem o menor compromisso ideológico?

Tudo considerado, o projeto de lei aprovado pela Câmara tem conotações casuístas evidentes. Ninguém duvida disso. Mas não é correto dizer que se trata apenas de uma legislação com aspectos negativos. Até porque não pode se chamar de democracia um sistema que permite a proliferação de partidos à custa de dinheiro público e sem nenhuma conexão com o desejo dos eleitores.

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Marina apoia movimento dos índios na Câmara
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Fernando Rodrigues

A ex-ministra Marina Silva, que tenta formalizar um novo partido (a “Rede”) para disputar a Presidência da República em 2014, apoiou o movimento indígena na Câmara dos Deputados na tarde de hoje. Eles invadiram o plenário da Casa por cerca de 1 hora, das 18h às 19h.

O repórter do Blog, Fábio Brandt, gravou depoimento de Marina. Ela disse que a causa dos índios deve ser geral e não apenas de seu partido, a Rede. Sobre a invasão ela disse que, se não estiver enganada, essa não foi a primeira vez que manifestantes entraram no plenário.

Os índios invadiram à força o plenário da Câmara por volta das 18h. Forçaram a porta de entrada e confrontaram os seguranças da Casa. Eles permaneceram no local até cerca de 19h.

O protesto é contra a PEC 215, que transfere a competência de demarcar terras indígenas do Executivo para o Legislativo. Ou seja: a princípio, a mudança transfere a prerrogativa da Funai para o Congresso.

Entre os problemas apontados pelo movimento indígena está a força da bancada ruralista e de fazendeiros dentro da Câmara e do Senado. Os grupos são historicamente contra as demarcações e são tidos como inimigos dos índios. Já a Funai é a responsável pelos avanços das demarcações nos últimos anos

Por volta de 18h50, o presidente da Câmara pediu aos índios que saíssem do plenário e negociassem a questão com ele, na Presidência da Casa.

Pela manhã, Alves já havia se reunido com os manifestantes sem chegar a um entendimento. Assessores da Câmara disseram que a invasão do plenário era tida como certa desde a manhã. “Eles estão armados (com lanças de madeira e bastões, por exemplo) e muito exaltados”, disse uma funcionária que acompanhou as reuniões com os índios desde a manhã.

O deputado Chico Alencar (PSOL-RJ), contrário à aprovação da PEC disse que é preciso explicar aos índios que o texto não vai parar de tramitar de uma hora para outra, por decisão do presidente Henrique Alves. Mas elogiou o protesto: “a sessão parou e o grito desse povo tão oprimido está sendo ouvido”.

Outros deputados, como André Figueiredo (PDT-CE), disseram que é preocupante um grupo invadir o plenário porque sua demanda é contrariada. “Cria precedente perigoso”, afirmou.

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“Eu fico com pena do FHC”, diz Lula
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Fernando Rodrigues

Petista acusa tucano de torcer contra o Brasil.

Para ex-presidente, Campos é o adversário com mais chances; Aécio, com menos.

Ser mulher é barreira para Dilma se relacionar com políticos e empresários, opinou em entrevista ao “Valor”.

O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) afirmou ao jornal “Valor Econômico” que sente pena do adversário e antecessor Fernando Henrique Cardoso (PSDB). Segundo ele, o tucano viaja “falando que o Brasil não vai dar certo”.

“Você sabe que eu fico com pena de ver uma figura de 82 anos como o Fernando Henrique Cardoso viajar falando que o Brasil não vai dar certo. Fico com pena”, disse Lula às entrevistadoras Vera Brandimarte, Cristiane Agostine e Maria Cristina Fernandes. A íntegra da entrevista está disponível na internet para assinantes do “Valor”.

O bate-boca público entre petistas e tucanos ficou mais intenso a partir de 20.fev.2013. Na ocasião, Lula lançou a presidente Dilma Rousseff como candidata à reeleição na festa de 33 anos do PT e a própria Dilma disse não ter recebido nenhuma herança dos governos de FHC. No mesmo dia, no Senado, o pré-candidato do PSDB ao Planalto, Aécio Neves, listou “13 fracassos” do PT.

A declaração de Lula sobre FHC ao “Valor” foi dada em resposta a uma pergunta sobre dois escândalos associados a ele depois do fim de seu mandato de presidente da República: a Operação Porto Seguro e as viagens ao exterior financiadas por empreiteiras.

No primeiro caso, Rose Noronha, pessoa da confiança de Lula e sua ex-chefe de gabinete em São Paulo, foi acusada pelo Ministério Público de integrar uma quadrilha de venda de pareceres do governo para beneficiar entes privados.

No caso das viagens, a “Folha” revelou que quase metade delas, feitas ao exterior após o fim do mandato presidencial, foram pagas por empreiteiras com interesses nos países visitados.

Em sua defesa, Lula disse ao “Valor” que “não liga” para coisas “feitas de muito baixo nível, quando parecem mais um jogo rasteiro”.  Sobre as viagens, afirmou: “O que faz um presidente da República? Como é que viaja um Clinton? A serviço de quem? Pago por quem? Fernando Henrique Cardoso? Ou você acha que alguém viaja de graça para fazer palestra para empresários lá fora? Algumas pessoas são mais bem remuneradas do que outras. E eu falo sinceramente: nunca pensei que eu fosse tão bem remunerado para fazer palestra. Sou um debatedor caro. E tem pouca gente com autoridade de ganhar dinheiro como eu, em função do governo bem-sucedido que fiz neste país”.  E, antes de disparar contra FHC, disse: “Se alguém tiver um produto brasileiro e tiver vergonha de vender, me dê que eu vendo. Não tenho nenhuma vergonha de continuar fazendo isso. Se for preciso vender carne, linguiça, carvão, faço com maior prazer. Só não me peça para falar mal do Brasil que eu não faço isso”.

Eleição de 2014
Na entrevista ao “Valor”, Lula disse que a prioridade do PT no próximo ano será a reeleição de Dilma Rousseff. E falou sobre os casos de Rio e São Paulo, estados em que governistas estão rachados sobre quem deve ser o candidato.

No Rio, disse, o senador Lindbergh Farias (PT-RJ) pode ser candidato sem prejudicar a aliança com o PMDB, partido chave para a reeleição de Dilma. Os peemedebistas fluminenses pretendem lançar o atual vice-governador Fernando Pezão. Em São Paulo, Lula disse que é preciso fechar aliança com o PSD, de Kassab, com o PTB, de Campos Machado, e com o PMDB, de Michel Temer e Gabriel Chalita. E citou como possíveis candidatos petistas ao governo paulista os ministros Aloizio Mercadante (Eduação), Alexandre Padilha (Saúde), Marta Suplicy (Cultura) e José Eduardo Cardozo (Justiça), além do prefeito de São Bernardo do Campo Luiz Marinho.

Adversários da presidente
Lula falou ao “Valor” sobre as possíveis candidaturas de Eduardo Campos (PSB), Marina Silva (Rede) e Aécio Neves (PSDB) à Presidência da República. Deu a entender que Campos é o oponente de Dilma com mais condições de se viabilizar, enquanto Marina “não tem nem partido” e Aécio é o que tem “mais dificuldades de se viabilizar”.

O petista disse que sua amizade com Eduardo Campos não será abalada por desavenças eleitorais e que não pedirá que ele deixe de ser candidato. “[Eduardo] termina seu mandato no governo de Pernambuco muito bem avaliado. Me parece que não tem vontade de ser senador da República nem deputado. O que é que ele vai ser? Possivelmente esteja pensando em ser candidato para ocupar espaço na política brasileira, tão necessitada de novas lideranças. Se tirar o Eduardo, tem a Marina que não tem nem partido político, tem o Aécio que me parece com mais dificuldades de decolar. Então é normal que ele se apresente e viaje pelo Brasil e debata. Ainda pretendo conversar com ele. A Dilma já conversou e mantém uma boa relação com ele”.

Sobre Aécio, o ex-presidente falou pouco. Mas foi afiado. Além de classificar a candidatura do tucano como a mais difícil de decolar, disse que não vê “ninguém de direita na disputa” pelo Planalto em 2014. A frase é ambígua. Com boa vontade, entende-se que Lula não considera Aécio um político de direita. Mas tanto ele quanto o PT não perdem chance de taxar o PSDB e todos seus integrantes como os representantes da direita brasileira. Ou seja, para Lula, o PSDB sequer tem chances de concorrer com Dilma no momento.

Perfil de Dilma
Lula demonstrou na entrevista que ainda goza de proximidade com sua ex-ministra da Casa Civil. Ao responder sobre suposta dificuldade de relacionamento dela com empresários, deu a entender que tem liberdade para telefonar para ela quando bem entende: “Se alguém ainda aposta no fracasso da Dilma, pode começar a quebrar a cara. Ela tem convicção do que quer. Esses dias liguei para ela e disse para tomar cuidado para não passar dos 100%”.

Ainda na resposta sobre o relacionamento de Dilma com empresários, o petista soltou um comentário a respeito de uma característica da presidente que o governo e ela mesma se esforçam para rechaçar: a de ser antissocial, pouco afeita ao relacionamento político com deputados, senadores e partidos. “Vamos supor que a Dilma não tivesse a mesma disposição para conversar que eu tinha. Por razões dela, sei lá. O dado concreto é que, de uns tempos para cá, a Dilma tem colocado na agenda reuniões com empresários e partidos políticos”.

O fato de a presidente ser mulher também contribui para esse relacionamento difícil, afirmou Lula. “É a primeira vez que a gente tem uma mulher. O papel dela não é tão fácil quanto o meu porque 99% das pessoas que recebia eram homens, e homem fala coisa que mulher não pode falar, conta piada. Não há hábito do homem ainda perceber a mulher num cargo mais importante. Mas os homens vão ter que se acostumar. Uma mulher não pode se soltar numa reunião onde só tenha homem. Então acho que as pessoas têm que aprender a gostar das outras pessoas como elas são. A Dilma é assim e é assim que ela é boa para o Brasil. A mesma coisa é a Graça [Foster]. É uma mulher muito respeitada também. Não brinca nem é alegre, mas cada um tem seu jeito de ser”.

 

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Marina e Dilma lideram menções no Facebook
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Fernando Rodrigues

Levantamento entre principais presidenciáveis mostra que as duas têm 46% e 44% do total.

Eduardo Campos, com 7%, e Aécio Neves, com 3%, tem presença limitada na rede social.

Pesquisa feita pela agência digital Medialogue entre pré-candidatos a presidente mostra que Marina Silva (Rede) e Dilma Rousseff (PT) foram as mais citadas na rede social Facebook de 8 a 13.mar.2013. Marina teve 46% do total das menções monitoradas. Dilma aparece com 44%.

Eduardo Campos (PSB) e Aécio Neves (PSDB ficaram bem atrás, com apenas 7% e 3% das citações, respectivamente.

Quando o levantamento analisa a qualidade das menções a cada pré-candidato a presidente, Dilma aparece com 55% de citações positivas –e 45% negativas. O estudo começou na última 6ª feira, Dia Internacional da Mulher, e terminou nesta 4ª feira.

Para fazer o ranking de citações, a Medialogue usou um robô digital (uma ferramenta chamada “SeekrMonitor”) para varrer tudo o que foi postado em páginas públicas do Facebook no período da pesquisa. Depois, selecionou as referências diretas aos presidenciáveis. Ao todo, foram considerados 1.600 posts enviados por usuários comuns e por “fan pages” dos políticos.

Altos e baixos
A Medialogue apresentou também temas associados positivamente e negativamente aos políticos.

Para Dilma, 92% dos posts foram positivos quando o tema foi “Dia das Mulheres”. O assunto “desoneração da cesta básica” rendeu 67% de referências boas. Mas a situação mudou quando o tema dos comentários foi Dilma ter chamado Hugo Chávez de amigo do Brasil: 81% negativos. E 54% das menções foram ruins para a petista quando associadas à sua atuação no governo.

Para Marina, 81% dos posts foram favoráveis quando tinham a ver com a fundação de seu novo partido, a Rede. Também foram positivas 65% das menções relacionadas a críticas ao deputado e pastor Marco Feliciano (PSC-SP). Por outro lado, 100% das menções a Marina foram ruins quando os temas foram “defesa de plebiscito sobre a união gay” e “marido acusado de contrabandear madeira”.

Para Eduardo Campos, o assunto “candidatura a presidente em 2014” rendeu 86% de posts favoráveis. E “gestão como governador”, 69% também favoráveis. Por outro lado, 100% dos posts sobre “educação no interior de Pernambuco” foram negativos para ele. E “articulação com outros partidos” rendeu 75% de menções ruins.

Para Aécio, 100% das referências foram boas quando relacionadas a “homenagem do senador às mulheres”. Sobre “candidatura a presidente em 2014”, 75% foram favoráveis. Mas quando o assunto dos posts relacionados ao tucano foi “consumo de drogas”, 100% dos posts foram negativos para ele. E “atuação como senador” rendeu 60% de citações negativas.

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Heloísa Helena lança Marina Silva ao Planalto
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Fernando Rodrigues

ex-senadora alagoana vocaliza candidatura e torna o projeto público

Helena também diz estar feliz em ser “soldado conduzido por Marina”

Coube à ex-senadora Heloísa Helena (PSOL-AL) a tarefa de vocalizar hoje (16.fev.2013) o que era já mais do que conhecido nos bastidores: lançar publicamente Marina Silva a presidente da República em 2014.

Helena discursou neste sábado, em Brasília, no evento de fundação da sigla da colega, que também foi senadora pelo PT do Acre.

Conhecida por ter disputado a Presidência da República pelo PSOL em 2006, e pelo temperamento explosivo, Heloísa Helena acabou solapando os esforços de outros políticos marinistas que tentaram nos últimos dias apagar o rótulo de “partido da Marina” para a nova legenda. Tudo o que se viu hoje em Brasília foi a construção de uma agremiação que vai gravitar em torno de Marina Silva e de sua liderança.

“Fico muito feliz em ser soldado conduzido por você, Marina!”, disse Helena, segundo relata o repórter Fábio Brandt. A ex-senadora alagoana encerrou seu discurso puxando um coro, seguido pelos militantes presentes: “Brasil, urgente! Marina presidente”.

A rigor e de fato, Marina Silva é a primeira candidata lançada publicamente para a corrida presidencial de 2014. Até o momento, é sabido que a presidente Dilma Rousseff (PT) vai concorrer, mas o assunto nunca é tratado em público, de maneira aberta. O mesmo ocorre com outros possíveis candidatos de partidos do establishment, Aécio Neves (PSDB) e Eduardo Campos (PSB), que só comentam o assunto nos bastidores.

Antes de Heloísa Helena, quem discursou foi João Paulo Capobianco, que coordenou a campanha presidencial de Marina em 2010. Ele afirmou várias vezes que era equivocado dizer que o partido seria “da Marina”. Antes dele, a própria Marina disse que a ideia da nova legenda é que cada militante seja protagonista e não dirigido pelo partido.

Tudo em vão. O partido será mesmo “o partido da Marina”.

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“Nem oposição nem situação”, diz Marina sobre nova sigla
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Fernando Rodrigues

ex-senadora quer  legenda sem “ativismo dirigido” e sim com “ativismo autoral”

militante do partido não será apenas expectador, mas terá papel de “protagonista”

A ex-senadora Marina Silva afirmou no evento de fundação de seu novo partido, este sábado (16.fev.2013), que a nova sigla não é de oposição nem de situação. Segundo ela, o necessário é tomar posições, apoiando acertos do governo e criticando os erros.

A fala de Marina remete a um declaração do ex-prefeito de São Paulo Gilberto Kassab. Ao lançar em 2011 o seu partido, o PSD, ele declarou que a legenda não era centro nem de direita nem de esquerda.

“Me perguntam se somos posição ou oposição à Dilma. Eu digo: nem posição nem oposição”, afirmou Marina, segundo relata o repórter Fábio Brandt, que está presente ao evento. Em seguida, a pré-candidata a presidente em 2014 disse que o bom trabalho do governo deve ser apoiado e o mau trabalho criticado –caso do projeto do novo Código Florestal.

Na entrevista coletiva na tarde de sábado, Marina Silva foi perguntada a respeito da atitude de seu novo partido e repetiu que a sigla não será “nem oposição nem situação”.

Em suas declarações, Marina deixa claro que o tema preferencial do novo partido deverá ser o ambiental. Para ela, trabalhar pelo bem comum nos tempos de hoje é “produzir a economia de baixo carbono, proteger a água, proteger as florestas”.

Marina também criticou o PT, seu antigo partido, mesmo que sem citar o nome da legenda de Lula e de Dilma Rousseff. Essa critica ficou evidente quando ela disse que já fez parte de um “processo de sacralização [de um partido”, algo que, segundo ela, “não deu certo”.

Outra critica velada ao PT ocorreu quando Marina criticou o que chamou de “ativismo dirigido”. Isso ocorre, segundo ela, quando a atuação dos militantes é dirigida “pelo partido, pelo sindicato, pelo CA [Centro Acadêmico, de estudantes], pelo DCE [Diretório Central doa Estudantes]”. Todas essas instituições foram fundamentais para a formação do PT.

Para Marina, o mundo atual, da internet e das redes sociais, deve trocar o “ativismo dirigido” pelo “ativismo autoral”, em que o ativista “não é mais expectador, é protagonista”.

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No evento de Marina, caneca é ecológica
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Fernando Rodrigues

Todos os presentes ao evento de fundação do novo partido de Marina Silva neste sábado (16.fev.2013) receberam uma caneca de plástico.

Marina já foi ministra do Meio Ambiente no governo Lula e candidata a presidente da República pelo Partido Verde, em 2010, quando ficou em terceiro lugar, com 20% dos votos.

Nenhum copo descartável está disponível ao lado dos filtros colocados no auditório do Unique Palace, em Brasília, onde acontece o evento de lançamento da nova sigla.

Abaixo, a foto da caneca ecológica, enviada pelo repórter Fábio Brandt. O material usado se assemelha a uma fibra, aparentemente produzida a partir de itens reciclados:

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Evento de Marina começa com astral religioso
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Fernando Rodrigues

O evento de fundação daquele que resultar no 31o partido do país, comandado pela ex-senadora Marina Silva, começou às 8h30 de hoje (16.fev.2013). Marina chegou às 10h40, acompanhada pela também ex-senadora Heloisa Helena, sentou-se e não falou nada. Dedicou-se apenas a cumprimentar e a tirar fotos com seus seguidores, relata o repórter Fábio Brandt.

Pouco antes de sua chegada, o microfone destinado a oradores era ocupado por militantes que diziam o que esperar da nova sigla. O astral do evento era semelhante ao de um culto religioso. Uma apresentadora falou sobre a programação do dia e, usando um tom de voz bem calmo e pediu que todos estendessem a mão direita e virassem a palma para cima. O vídeo abaixo mostra este momento.

Marina é uma política que não esconde sua religiosidade. É evangélica.

 

 

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