Blog do Fernando Rodrigues

Arquivo : Palácio do Jaburu

Temer recebe listas de pedidos, mas evita assumir compromissos
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Fernando Rodrigues

Peemedebista reuniu-se com empresários, sindicalistas e industriais nesta semana

Pelo menos 26 congressistas visitaram seu gabinete nos últimos 4 dias

Vice-presidente ensaia qual caminho tomar em um eventual governo

Brasília - Saída do vice-presidente, Michel Temer, no exercício da Presidência, ao seu gabinete, no edifício-anexo do Palácio do Planalto (Valter Campanato/Agência Brasil)

Vice-presidente, Michel Temer, na saída de seu gabinete no anexo II do Palácio do Planalto

O Palácio do Jaburu e o anexo 2 do Palácio do Planalto tornaram-se locais de peregrinação nesta semana. Em 5 dias, visitaram o vice-presidente empresários, 4 centrais sindicais, representantes da indústria e pelo menos 26 congressistas.

O vice-presidente ouviu muito e falou pouco. Evitou firmar compromissos com qualquer setor. Recebeu diferentes propostas para tirar o país da crise, mas não deu qualquer sinal de que vai atendê-las.

Sob o discurso de que aguardará a decisão do Senado a respeito do afastamento da presidente Dilma Rousseff, Michel Temer testa a popularidade de iniciativas a serem tomadas em um eventual governo.

As informações são do repórter do UOL Luiz Felipe Barbiéri.

Desde que voltou a Brasília por questões de segurança na última 5ª feira (21.abr), Temer é seguido por uma romaria de congressistas e representantes de partes interessadas em sua administração no Palácio do Planalto.

O peemedebista recebeu o presidente da Fiesp (Federação das Indústrias de São Paulo), Paulo Skaf, no domingo (24.abr). Ouviu propostas que visam ao ajuste nas contas públicas sem a necessidade do aumento de impostos. A federação é contra a recriação da CPMF.

Na 3ª (26.abr), presidentes de 4 centrais sindicais (UGT, CSB, Força Sindical e NCST) foram ao Palácio do Jaburu. Apresentaram uma carta com 16 propostas para o país voltar a gerar empregos e retomar o crescimento econômico.

O peemedebista encontrou-se ainda com presidentes de federações estaduais de indústrias do Nordeste, dirigente de confederações ligadas à agricultura (CNA), indústria (CNI), cooperativas (CNCoop), seguros (CNSeg) e saúde (CNS), além de empresários do setor siderúrgico. Eis um resumo:

Pedidos-a-Temer-29abr2016

POLÍTICOS
Os últimos 4 dias foram de intensa peregrinação no gabinete do vice-presidente. Visitaram o peemedebista no anexo 2 do Palácio do Planalto pelo menos 26 congressistas de 11 partidos diferentes, 1 ex-governador, 1 vice-governador e 2 ex-ministros que acompanham Temer na articulação para a formação de uma nova equipe: Geddel Vieira Lima e Eliseu Padilha. Eis a chamada.

Visitas-a-Temer-29abr2016

O senador Fernando Collor (PTC-AL) encontrou-se com o vice-presidente na noite 3ª (26.abr). Acompanhado de congressistas do Bloco Moderador do Senado, Collor apresentou um documento com um série de propostas que, segundo ele, visam à reconstrução nacional.

Os líderes do PSDB no Senado e na Câmara dos Deputados, Cássio Cunha Lima (PB) e Antonio Imbassahy (BA), também passaram pelo Planalto na noite de 3ª.

Pediram ao vice-presidente que trate das possíveis nomeações de tucanos a ministérios com a direção do partido e não em conversas individuais. O PSDB está cotado para assumir o Ministério das Relações Exteriores e a Secretaria de Mulheres, Igualdade Racial e Direitos Humanos.

Somam-se a tudo isso as demandas exigidas por partidos que apoiam o impedimento da presidente Dilma Rousseff no Congresso Nacional.

O PP, DEM e alas do PMDB disputam o Ministério das Cidades. O SD e o PTB querem o Ministério do Trabalho e Previdência Social. O PSB pode ficar com a Integração Nacional e o PR quer manter o Ministério dos Transportes.

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PMDB tem reunião para definir como participará do 2º mandato de Dilma
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Fernando Rodrigues

Conselho Político do partido marca almoço para quarta-feira

Ideia é unificar as demandas que serão apresentadas ao Planalto

Pedro Ladeira/Folhapress - 1/10/2013

O PMDB convocou uma reunião do seu Conselho Político para a próxima quarta-feira (5.nov.2914). Deve ser um almoço, possivelmente no Palácio do Jaburu, residência oficial do vice-presidente da República, Michel Temer.

Nessa reunião, o PMDB pretende afinar o discurso entre os seus principais líderes a respeito de como será a participação da legenda no segundo mandato da presidente Dilma Rousseff.

O que está em jogo são os cargos que o PMDB espera receber na Esplanada dos Ministérios e em empresas estatais a partir de 2015 –e quem terá poder para fazer indicações. Outro capítulo são as presidências da Câmara e do Senado, que hoje estão nas mãos de peemedebistas.

O que está se desenhando –ou tentando desenhar– dentro do PMDB é tornar a pressão da legenda mais orgânica. Em vez de ter alguns caciques indicando os nomes dos próximos ministros da legenda, as bancadas do PMDB, da Câmara e do Senado, fariam um processo de consulta para chegar a nomes mais consensuais.

O PMDB também pretende ser mais ouvido nas decisões estratégicas do segundo mandato de Dilma Rousseff, para ter mais prestígio e tentar debelar um pouco a imagem de fisiologia que é a marca da sigla.

Participam do Conselho Político do PMDB, entre outros, os ministros de Estado filiados ao partido, os presidentes da Câmara e do Senado, os líderes da legenda no Congresso e os integrantes da Comissão Executiva Nacional.

É difícil prever o que sairá exatamente dessa reunião da quarta-feira que vem. Mas uma coisa é certa: a lista de demandas não será pequena.

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Residência oficial da Vice-Presidência vira palco de encontro do PMDB
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Fernando Rodrigues

Paulo Skaf, pré-candidato ao governo de SP, será estrela de evento no Jaburu

Moacyr Lopes Junior/Folhapres - 18.fev.2011

O Palácio do Jaburu, residência oficial do vice-presidente Michel Temer, sedia nesta segunda-feira (17.fev.2014) um convescote do PMDB para afinar a pré-candidatura do presidente da Fiesp (Federação das Indústrias do Estado de São Paulo), Paulo Skaf, ao governo paulista.

Além de Temer e Skaf, irão ao jantar prefeitos do PMDB em São Paulo, deputados estaduais, deputados federais e respectivos acompanhantes. O presidente da Câmara, Henrique Eduardo Alves, também confirmou presença. A estimativa é reunir 90 pessoas.

O jantar será na residência oficial, mas custeado pelo PMDB, segundo a assessoria da Vice-Presidência. A estrela do repasto será Skaf. Temer usará o espaço para estimular os correligionários paulistas a mergulhar na campanha do industrial.

O evento revela a confusão entre público e privado na política brasileira. Por analogia, seria como se a presidente Dilma Rousseff organizasse um jantar no Palácio da Alvorada com uma centena de petistas para promover a pré-candidatura de Alexandre Padilha ao governo de SP. Não iria pegar bem.

No primeiro mandato de Luiz Inácio Lula da Silva, essa mesma confusão ganhou a forma de uma estrela de flores vermelhas formando o símbolo do PT plantada por dona Marisa no jardim do Alvorada –desfeita após o canteiro vir à tona.

O Palácio do Jaburu já serviu outras vezes às pretensões política de Skaf, também criticado por usar verbas da Fiesp para se promover em propagandas na televisão. Em 4.mai.2011, sua filiação ao PMDB foi selada na mesma residência oficial, em um jantar com diversos caciques do partido.

(Bruno Lupion)

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