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Categoria : Mídia

Harvard debate mídia e atentados em Boston
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Fernando Rodrigues

A Fundação Nieman, da Universidade de Harvard, nos EUA, realiza na tarde desta quarta-feira (1°.maio.2013) um debate sobre a cobertura dos atentados durante a Maratona de Boston. O evento será transmitido online, via streaming, e pode ser acompanhado do Brasil.

Ao anunciar o evento, a Nieman define a cobertura do atentado em Boston como a primeira tragédia nacional dos EUA reportada intensivamente por cidadãos com acesso a redes sociais –o chamado “jornalismo cidadão”. Nesse novo ambiente, “surgiram questões importantes sobre mídia social, repórteres-cidadãos, verificação dos fatos apurados e o papel dos meios de comunicação tradicionais”.

Na pressa por dar notícias em primeira mão, os grandes veículos também não escaparam de erros na cobertura. A rede CNN chegou a divulgar a prisão de um dos suspeitos do atentado quando, na realidade, a polícia de Boston ainda realizava as buscas.

Vários especialistas participam do debate. Entre eles, o repórter do “Boston Globe” David Abel, também bolsista da Nieman, que estava gravando um documentário para um de seus cursos em Harvard quando as bombas explodiram. Ele passou algumas horas no local fazendo entrevistas e foi um dos jornalistas que mais teve acesso imediato à cena dos atentados.

O debate será transmitido das 19h às 21h (20h às 22h, horário de Brasília). Para assistir, clique aqui.

Uma opção para o fim do feriado do 1º de Maio.

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Globo teve R$ 5,9 bi de propaganda federal desde 2000
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Fernando Rodrigues

Ainda assim, emissora líder é a que mais perdeu no bolo de verbas do governo

TVs nesse período tiveram R$ 10, 7 bilhões para veicular propaganda  estatal

No último dia 14 de abril a Secom (Secretaria de Comunicação Social da Presidência da República) atualizou o seu site com os dados gerais de gastos de publicidade estatal federal até o ano de 2012. Como de costume, os valores são apenas globais e por tipo de meio, omitindo quanto cada veículo ganha.

Mas num artigo de Roberto Bocorny Messias, secretário-executivo da Secom, pela primeira vez foram divulgados de maneira aberta, pelo próprio governo, os dados sobre cada uma das principais emissoras de TV do país. O texto foi publicado pelo site “Observatório da Imprensa” em 16 de abril de 2013.

O dado a ser destacado é a ainda fantástica prevalência das TVs abertas como meio preferencial para o governo fazer sua propaganda. E entre as TVs, a maior de todas é a Globo, apesar da queda em anos recentes.

Desde o ano 2000 (quando os dados passaram a ser compilados de maneira mais precisa), a TV Globo recebeu R$ 5,9 bilhões para veicular publicidade estatal federal –tanto da administração direta como indireta.

A imagem abaixo traz os dados sobre o que o governo federal gastou com TVs no ano passado e o acumulado desde o ano 2000:

Ao divulgar esses dados, a Secom afirma fazer “mídia técnica” e dar a publicidade de acordo com o tamanho de audiência de cada veículo. Nota-se que a preocupação principal foi usar o caso da TV Globo como exemplo. A fatia da emissora no bolo entre TVs caiu de 54,96% (em 2000) para 43,98% (em 2012) –muito por causa do avanço das TVs fechadas e da Record, como se pode observar no gráfico:

Embora com a Globo tenha acontecido uma acomodação compatível com o recuo da liderança dessa emissora na audiência das TVs abertas, não há como verificar se esse mesmo procedimento ocorre com todos os mais de 5.000 veículos cadastrados pelo governo federal para receberem verbas publicitárias.

As tabelas completas dos valores individuais investidos não são divulgadas. Não se conhece o montante exato enviado a cada um dos meios de comunicação por conta de propaganda estatal federal.

Ao divulgar os dados via “Observatório da Imprensa”, a Secom tampouco entra muito no mérito do uso de propaganda estatal de maneira tão disseminada. O silêncio é compreensível. Esse é um costume de todos os governos no Brasil, em todos os níveis, não importando o partido ao qual está filiado o chefe da administração.

O problema é que assim nunca é respondida a pergunta mais importante: por que um país como o Brasil precisou gastar R$ 1,797 bilhão em propaganda em 2012?

Há o argumento de que nesse bolo estão as empresas estatais que concorrem no mercado. Precisam anunciar para sobreviver. De fato, é uma ponderação a ser levada em conta. Mas levanta uma dúvida adicional: por que então os gastos dessas estatais não são divulgados em detalhes, para que se saiba em quais meios de comunicação estão investindo?

Aí a resposta do governo é conhecida. Trata-se de informação de caráter reservado. Os concorrentes privados das estatais poderiam tirar proveito se conhecessem os dados. Bom, essa é uma disputa que no futuro certamente será arbitrada na Justiça, pois está em conflito com a Lei de Acesso à Informação.

TVs abertas e outros meios
No caso da prevalência no Brasil das TV abertas na propaganda estatal federal, há mudanças no horizonte. Sem prejuízo desse meio de comunicação, é possível notar que tem ocorrido uma redistribuição na parte que sobra do bolo.

De 2000 a 2012, as TVs abertas continuaram soberanas. Aumentaram sua fatia nas verbas de propaganda estatal federal: tinham 54,4% e hoje pularam para 62,3%.

Os jornais impressos caíram de 21,1% para 8,2% desde o ano 2000 no bolo publicitário federal. Emissoras de rádio e revistas saíram da faixa dos 9% e recuaram para a dos 7%.

Já internet e mídia externa, que representavam quase nada no início da década passada, agora ficam, somadas, com mais de 12%. Eis o gráfico evolutivo:

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Twitter é rede social preferida de jornalistas
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Fernando Rodrigues

Microblog é usado de maneira intensa por repórteres no Brasil e no México

O Twitter é considerado como a rede social que mais ajuda no trabalho por 73,4% dos jornalistas brasileiros que participaram de uma pesquisa da PR Newswire, empresa mundial de distribuição de conteúdo. O Facebook teve 18,7% dos votos.

A pesquisa foi feita também no México e o resultado foi similar: 78,2% para Twitter contra 13,2% para o Facebook.

Também foi perguntado se os jornalistas usam redes sociais para contatar fontes. A maioria disse que sim: 79,7% dos brasileiros e 76,8% dos mexicanos.

Outra semelhança entre os profissionais do Brasil e do México está na divulgação dos textos que publicam em sites de relacionamento: 33,8% dos brasileiros sempre o fazem; 22% compartilham só ocasionalmente. Entre os mexicanos os percentuais são 31,4 % e 24,5%

O levantamento mostra ainda que 31,8% dos jornalistas brasileiros participam de 3 redes sociais distintas. No México, 37,7% participam de 2 redes diferentes.

Uma apresentação com a comparação dos resultados obtidos no Brasil e no México está disponível aqui. Também estão disponíveis os dados brasileiros e os dados mexicanos.

Segundo a PR Newswire, a pesquisa foi divulgada por e-mail e também no Twitter da empresa. Responderam às questões 525 jornalistas (305 brasileiros e 220 mexicanos). O estudo comparativo foi finalizado em julho de 2012, mas a parte brasileira foi feita em 2011. A amostra inclui profissionais de rádio, TV, revista, jornal e internet.

 

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Congresso nomeia Conselho de Comunicação
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Fernando Rodrigues

órgão criado pela Constituição estava vago há vários anos

Em uma de suas inúmeras decisões hoje (17.jul.2012), último dia de trabalho antes do recesso, o Congresso aprovou uma nova composição para o Conselho de Comunicação Social (CCS).

Trata-se de um órgão quase decorativo, mas que está no artigo 224 da Constituição. Entre outras funções –nenhuma executiva– está “avaliar questões ligadas à liberdade de manifestação do pensamento, da criação, da expressão e da informação e emitir pareceres e recomendações ligadas à produção e programação de emissoras de rádio e TV”, diz um texto do site do Senado.

“O Conselho também deve opinar, quando consultado, sobre propagandas de tabaco, bebidas alcoólicas, agrotóxicos, medicamentos e terapias, além de diversões e espetáculos públicos. O colegiado também pode avaliar as finalidades educativas, artísticas, culturais e informativas da programação das emissoras de rádio e televisão e deve prezar pela regionalização da produção cultural, artística e jornalística”, descreve a Agência Senado.

Embora o poder executivo seja nulo, a abrangência de assuntos que podem ser tratados pelo Conselho parecem ser infinitas: “Outros temas que podem passar por análise do Conselho são propriedade, monopólio ou oligopólio dos meios de comunicação social e outorga e renovação de concessão, permissão e autorização de serviços de radiodifusão sonora e de sons e imagens”.

O Conselho de Comunicação Social tem 13 membros titulares e outros 13 suplentes. Há entre os indicados representantes de veículos de comunicação (rádio, TV e mídia impressa); um engenheiro com conhecimento de comunicação social; representantes de jornalistas, radialistas, artistas e profissionais de cinema e vídeo; e cinco representantes da sociedade civil, explica o site do Senado.

O mandato dos membros é de dois anos. Só é permitida uma recondução.

A seguir, a lista dos indicados:

Titulares: Walter Vieira Ceneviva, Gilberto Carlos Leifert, Alexandre Kruel Jobim, Roberto Franco, Celso Augusto Schröder, José Catarino Nascimento, Jorge Coutinho, Luiz Antonio Gerace da Rocha e Silva, Miguel Angelo Cansado, arcebispo Dom Orani João Tempesta, Ronaldo Lemos, João Monteiro Filho e Fernando Cesar Mesquita.

Suplentes: Daniel Pimentel Slaviero, Márcio Novais, Lourival Santos, Liliana Nakonechnyj, Maria José Braga, Eurípedes Corrêa Conceição,  Mário Marcelo, Pedro Pablo Lazzarini, Wrana Panizzi, Pedro Rogério Couto Moreira, Juca Ferreira, José Vitor Castiel e Leonardo Petrelli.

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Os comerciais do Guardian e o jornalismo
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Fernando Rodrigues

Já está sendo apontada como uma das melhores peças publicitárias dos últimos tempos no Reino Unido um comercial do jornal “The Guardian” recém-lançado. Trata-se de uma paródia sobre a história “Os Três Porquinhos” –como seria contada na mídia de hoje, em várias plataformas e com os leitores e internautas interagindo.

Bom… de fato essa peça é boa. Mas tem longuíssimos 2 minutos. O Blog gosta muito mais de um comercial do “Guardian”  de 1986 sobre a abordagem de diferentes pontos de vista. Em preto e branco, com 30 segundos e bem eficiente –uma aula de busca da imparcialidade.

Abaixo, ambos os vídeos. Primeiro, o de 1986. Depois, o de 2012:

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