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Arquivo : Governo

Governo pretende retomar 1.120 obras paradas até junho de 2017
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Fernando Rodrigues

Construções têm custo entre R$ 500 mil e R$ 10 milhões

Foto: Beto Barata/Presidência da República - 7.nov.2016

Presidente Michel Temer durante reunião sobre obras inacabadas

O governo pretende retomar 1.120 obras interrompidas pelo país até 30 de junho de 2017. Isso representa 70% do total de 1.600 empreendimentos paralisados com custos que variam de R$ 500 mil a R$ 10 milhões. O valor calculado para concluir as construções é estimado em R$ 2,1 bilhões.

A meta foi estabelecida na tarde desta 2ª durante reunião entre o presidente Michel Temer e os ministros Bruno Araújo (Cidades), Dyogo Oliveira (Planejamento), Eliseu Padilha (Casa Civil), Helder Barbalho (Integração Nacional), Henrique Meirelles (Fazenda), Leonardo Picciani (Esporte), Marcelo Calero (Cultura), Maurício Quintella (Transportes) e Ricardo Barros (Saúde).

As informações são do repórter do UOL Luiz Felipe Barbiéri.

As obras espalham-se por 1.071 municípios em todos as unidades da federação e no Distrito Federal. A Bahia demandará o maior volume de recursos para a conclusão dos empreendimentos. O investimento estimado é R$ 247,3 milhões. São 169 obras paralisadas no Estado. Na sequência aparecem São Paulo (R$ 178,1 milhões e 132 obras) e Rio Grande do Sul (R$ 154,4 e 129 construções interrompidas).

Creches e pré-escolas representam 445 bras, obras de saneamento 342

O governo anunciou a criação de um aplicativo chamado “Desenvolve Brasil”. A ideia é que os moradores das cidades com obras inacabadas possam acompanhar o andamento das obras. A reunião estava marcada para as 15h. Começou com 40 minutos de atraso. O ministro Henrique Meirelles (Fazenda) deixou todos esperando.

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7 centrais sindicais no Fórum da Previdência se recusam a discutir reforma
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Fernando Rodrigues

Sindicalistas querem analisar todo o sistema antes de fazer propostas

Reunião nesta 4ª feira retoma o debate entre governo e entidades

Planalto pretende enviar mudanças ao Congresso até abril

Idade mínima e indexação de benefício são pontos de divergência

A presidenta Dilma Rousseff e o ministro Miguel Rossetto (Trabalho) na última reunião do Fórum


O posicionamento antagônico entre sindicalistas, aposentados e empresários dificulta o caminho do governo na construção de um consenso sobre a reforma da Previdência Social.

Representantes de várias entidades estarão juntos hoje durante o  Fórum Debates: Emprego, Trabalho e Renda e Previdência Social. A reunião será nesta 4ª feira (17.fev.2016), às 14h30, no Palácio do Planalto.

Das 7 confederações participantes, 5 posicionaram-se a favor de mudanças no sistema (CNTur, CNI, CNF, CNC, CNS) e duas não se pronunciaram (CNA e CNT). As 7 centrais sindicais convidadas não aceitam discutir a reforma no momento (CUT, Força Sindical, CTB, UGT, NCST, CSB e Contag). Há divergências dentro do próprio governo.

O ministro Ricardo Berzoini (Secretaria de Governo) mediará as discussões. Jaques Wagner (Casa Civil), Nelson Barbosa (Fazenda), Valdir Simão (Planejamento) e Miguel Rossetto (Trabalho) também estarão presentes.

A reforma da Previdência é um dos principais projetos da presidente Dilma Rousseff. A petista acha que esse pode ser o principal legado de sua passagem pelo Planalto.

As informações são do repórter do UOL, Luiz Felipe Barbiéri

O discurso adotado pelo Planalto é o de que as alterações no sistema previdenciário serão fruto de diálogo com os representantes das entidades. O governo informou que um projeto será enviado ao Congresso em abril, com ou sem consenso.

ARESTAS
São 3 os principais pontos de divergência: 1) a fixação de uma idade mínima para a aposentadoria; 2) a indexação dos benefícios à política de reajuste do salário mínimo e 3) a paridade na idade de aposentadoria de homens e mulheres.

Há também outros temas polêmicos, como acabar com aposentadorias em condições especiais (para trabalhadores rurais, por exemplo) e a unificação dos sistemas previdenciários da iniciativa privada com o do setor público.

“Defendemos a idade mínima, paridade na aposentadoria entre homens e mulheres e desvinculação dos benefícios sociais e previdenciários da política de reajuste do salário mínimo”, afirma o gerente-executivo de Política Econômica da CNI, Flávio Castelo Branco. Ele será o representante da entidade no Fórum.

Os sindicalistas nem sequer aceitam debater essas questões antes de analisarem todo o sistema. Segundo Miguel Torres, vice-presidente da Força Sindical, é preciso abrir “caixa-preta” da Previdência.

“Queremos primeiro fazer um raio-x completo. Queremos saber quem são os inadimplentes, porque são inadimplentes. Só depois iremos propor alguma coisa. Somos contra a idade mínima, porque não resolve a questão. O fim da indexação ao salário mínimo também não”, diz Torres.

Vagner Freitas, presidente da CUT, segue a mesma linha. “Primeiro queremos conhecimento sobre os dados da Previdência. Hoje as informações vêm de pessoas que querem fazer a reforma para tirar direitos. Queremos discutir a Previdência dentro no contexto da Seguridade Social”, afirma.

As discordâncias somam-se ainda a alternativas que precisarão ser estudadas. Luigi Nese, presidente da Confederação Nacional de Serviços, propõe mudar a base de arrecadação do INSS.

“Queremos substituir a arrecadação sobre da folha de pagamento, que hoje é de 20%, por uma contribuição sobre movimentação financeira”, afirma. “Segundo nossos estudos, isso diminui a pressão sobre os preços em 0,91%, aumenta o PIB em 0,85% e aumenta o emprego em 0,68%”.

Por meio de nota, a Confederação Nacional do Comércio (CNC) explicitou sua posição pela separação entre as contas da Previdência urbana, de caráter contributivo, e as da Previdência rural, de caráter assistencial.

“A Previdência urbana tem de ser sustentada pelas contribuições de empregados e empregadores, enquanto a Previdência rural terá de ser custeada por verbas orçamentárias, integradas às despesas relativas à assistência social da União”.

Em meio à dissonância, o Planalto corre contra o tempo. De acordo com o líder do governo na Câmara, José Guimarães (PT-CE), a palavra de ordem é rapidez no diálogo. “Temos que fazer tudo até maio”.

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68% dos brasileiros acham que já pagam muitos impostos, diz pesquisa
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Fernando Rodrigues

Mesma proporção acredita que tributos vão aumentar

Governo quer elevar arrecadação para cobrir rombo

Pesquisa Datapopular

Pesquisa indica que brasileiros acham que já pagam muitos impostos

Pesquisa do Instituto Data Popular obtida pelo Blog indica que 7 de cada 10 brasileiros acham que pagam muitos impostos.

Uma parcela semelhante dos brasileiros (72%) acredita que haverá aumento de tributos até o próximo ano. As informações são do repórter do UOL em Brasília Victor Fernandes.

Segundo o estudo, o maior descontentamento da população em relação aos impostos é a ausência de retorno em serviços públicos. 69% concordam com a afirmação “não vejo retorno nos impostos que eu pago”.

Leia a íntegra da pesquisa aqui.

Na tarde desta 5ª feira (10.set.2015), o ministro da Fazenda, Joaquim Levy, disse que a população brasileira pode ser compreensível a respeito de mais impostos em momentos de necessidade. Para ele, “você até admite pagar mais imposto” em troca de melhorar o país.

Segundo a pesquisa do Data Popular, 65% dos brasileiros dizem preferir ter mais serviços públicos de qualidade do que pagar menos impostos (33%). Ou seja, desejam primeiro receber a contrapartida (serviços melhores).

O aumento na arrecadação é a principal alternativa que o governo tem apresentado para conseguir equilibrar as contas públicas. Joaquim Levy afirmou que o aumento do imposto de renda pode ser um caminho para diminuir o déficit de R$ 30,5 bilhões estimado no orçamento de 2016.

O Planalto parece ter desistido de tentar aprovar aumento de contribuições que precisam do aval da Câmara e do Senado. A ideia de retomar a CPMF, o imposto do cheque, causou desgaste político com aliados e integrantes do governo. A Cide (imposto que incide sobre os combustíveis), o IOF (Imposto sobre Operações Financeiras) e o PIS/Confins são tributos que dependem apenas de um decreto presidencial para serem aprovados.

O levantamento do Data Popular realizou 2.501 entrevistas, entre os dias 1 e 4 de setembro, em 143 cidades do país. A margem de erro é de 1,96 p.p.

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Rebaixamento do Brasil: governistas minimizam, oposição fala em impeachment
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Fernando Rodrigues

Cúpula da Câmara em verde; a do Senado, em amarelo

Cúpula da Câmara em verde; a do Senado, em amarelo

Governistas tentaram minimizar a decisão da Standard & Poor’s de rebaixar o grau de investimento do Brasil nesta 4ª feira (10.set.2015). Congressistas de oposição  acham que a crise econômica e política vai se agravar, o que pode reforçar a tese de afastamento da presidente Dilma Rousseff.

A seguir, as opiniões coletadas pelo Blog:

Renan Calheiros (PMDB-AL), presidente do Senado:
“É preciso fazer o dever de casa para reverter essa expectativa. E é preciso que o governo tome a iniciativa”.

senador Delcídio Amaral (PT-MS), líder do governo no Senado:
O petista acha que o anúncio da S&P deve servir de “alerta” para o enfrentamento dos problemas econômicos do país. Delcídio contesta a credibilidade das análises produzidas pela agência de classificação de risco: “Não é o fim do mundo. Também temos de ficar atentos aos equívocos cometidos pelas agências de classificação. Veja o que a Standard & Poor’s fez durante a crise de 2008 nos Estados Unidos. Não temos de encarar a avaliação como verdade absoluta”.

Bruno Araújo (PSDB-PE), líder da minoria na Câmara:
O tucano classificou o corte da nota de crédito do país como um “desastre”. Cobrou uma resposta do ex-presidente Lula. “Em abril de 2008, o ex-presidente Lula disse que o país demonstrava respeito ao receber o título de grau de investimento. E agora? Também deve falar sobre essa herança e o respeito perdido”.

José Guimarães (PT-CE), líder do governo na Câmara:
O petista disse que, apesar do rebaixamento, o país tem grau de investimento muito maior do que o do governo Fernando Henrique. “A situação para investimento do país hoje é 10 vezes melhor do que da época do FHC. Não vamos enfrentar problemas como o aumento de juros e financiamentos”.

deputado Rubens Bueno (PPS-PR), líder do PPS na Câmara:
O deputado acha que a presidente Dilma é responsável pela situação econômica do país. “Dilma traçou uma meta, conseguiu dobrá-la, só que fez para pior. O que aconteceu hoje, vem acontecendo, a corrupção, as chances de impeachment tornam-se cada vez maiores. É um processo crescente”, afirmou.

deputada Jandira Feghali (PC do B-RJ), líder do PC do B na Câmara:
Aliada ao governo, Jandira coloca em dúvida a capacidade das agências de classificação de risco para emitir juízo sobre o estado da economia de um determinado país.  “Era inevitável. O governo acertou ao enviar um orçamento realista com o déficit. Agora, não podemos ficar reféns das análises dessas agências porque sabemos o interesse que há por trás.”

deputado Mendonça Filho (DEM-PE), líder do DEM na Câmara:
O demista afirma que a crise se agrava com a perda na nota de crédito.  Segundo ele, “o rebaixamento serve como um combustível a mais para o enfrentamento deste desgoverno sem condições políticas de tomar medidas que solucionem a crise. Agrava a recessão, o desemprego e a inflação”.

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“Com 7% de aprovação, fica difícil concluir o mandato”, diz Temer
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Fernando Rodrigues

Vice-presidente participou de evento com líderes pró-impeachment

Vice-presidente participou de evento em São Paulo

Vice-presidente participou de evento em São Paulo

Em encontro com grupos pró-impeachment nesta 5ª feira (03.set.2015), o vice-presidente Michel Temer (PMDB) comentou a baixa avaliação do governo e afirmou que será difícil continuar a governar com o índice de popularidade atual.

“Ninguém vai resistir 3 anos e meio com esse índice baixo. Muitas vezes, se a economia começar a melhorar, se a classe política melhorar, o índice volta a um patamar razoável. (…) se continuar com 7% ou 8% de popularidade, de fato, fica difícil passar 3 anos e meio assim”. As informações são do repórter do UOL Victor Fernandes.

Eis o áudio no qual o vice-presidente fala sobre a baixa popularidade da presidente Dilma Rousseff:

De acordo com o último levantamento do Datafolha, publicado em agosto, apenas 8% dos brasileiros consideraram o governo ótimo ou bom.

O evento foi organizado por Rosangela Lyra, do grupo Política Viva. Lyra trabalhou por muitos anos como diretora da marca Dior no Brasil. É bem relacionada com a sociedade paulistana. Também ganhou notoriedade quando sua filha, Carol Celico, casou-se com o jogador de futebol Kaká.

Rosangela Lyra fez uma longa pergunta que levou depois à reflexão de Michel Temer sobre as dificuldades de Dilma Rousseff. A organizadora do encontro disse o seguinte:

“…E ela sendo uma mulher, com o Congresso sendo amplamente masculino, também isso dificulta, né? De ter pessoas para conversarem com ela… Ela e a mãe dela morando lá no Palácio. Então, é assim, vendo esse cenário todo, como é que a gente faz de fato para ter uma mudança mais rápida, para não deixar sangrar o país. Porque a política… O problema da política… É… As pessoas que perderam os seus empregos, que estão sem perspectivas, pais de família desesperados. Como é que a gente faz para mudar isso o mais rápido possível?”.

Temer começou respondendo com uma defesa do governo e da continuidade do mandato de Dilma. “Eu espero que o governo vá até 2018. Que venham naturalmente eleições. E aí tem uma preocupação sua muito legítima: como é que nós vamos resistir a isso até 2018”, declarou.

O vice-presidente disse não acreditar na hipótese da cassação do mandato de Dilma Rousseff pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE). “Essa eu nem discuto porque é exatamente o que eu estava dizendo: as instituições têm que funcionar normalmente. Se o TSE cassar a chapa, cassou a chapa. Acabou. Eu vou pra casa, feliz da vida. Ela vai pra casa, né? Não sei como (…) Cada um tem a sua avaliação”.

Depois Temer responde sobre a possibilidade de a presidente da República renunciar: “Não me parece que ela [Dilma] seja, digamos,  ‘renunciante’ (sic). Não, não me parece que ela seja assim. Agora [inaudível] você tem razão: é preciso melhorar o que está aí”.

Representantes de movimentos favoráveis à saída da presidente Dilma também foram convidados para o evento desta 5ª feira (3.set.2015), entre eles, Danilo Amaral, do Acorda Brasil. Danilo notabilizou-se por hostilizar o ex-ministro da saúde Alexandre Padilha em um restaurante em São Paulo, em maio.

O “Política Viva” promove debates sobre os principais assuntos políticos do país. Oposicionistas como Aloysio Nunes Ferreira (PSDB-SP), José Serra (PSDB-SP) e Ronaldo Caiado (DEM-GO) já participaram dos encontros.

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Entre as instituições, Igreja lidera em confiança na opinião pública
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Fernando Rodrigues

Partidos, governo e Congresso são os mais mal avaliados

Apenas 13,2% dizem “confiar sempre” na imprensa

A pesquisa CNT/MDA, realizada de 12 a 16 de julho, mostra um desalento quase completo dos brasileiros em relações às instituições.

Apenas a “Igreja”, sem especificar qual, desfruta de uma posição confortável no momento. Quando os entrevistados são confrontados com uma lista e indagados sobre qual instituição em que mais confia, a Igreja aparece com 53,5%.

Todas as demais instituições aparecem bem atrás. As Forças Armadas, com 15,5%, estão em 2º lugar. A Justiça vem em 3º, com 10,1%. Daí para frente, os percentuais são de 5% para baixo. A imprensa –que tem participado ativamente de apuração de casos recentes de corrupção– surge com meros 4,8% no ranking das instituições que mais merecem a confiança dos brasileiros.

Eis o ranking (clique na imagem para ampliar):

TABELA-RANKING-INSTITUICOES-CNT-MDA-JUL2015

Quando o instituto MDA pergunta individualmente sobre o grau de confiança dos brasileiros em cada instituição, a situação não muda muito.

Segundo o levantamento, 43% dos brasileiros “confiam sempre” na Igreja. Outros 27,5% confiam na “maioria das vezes” –total de 70,5%, a maior taxa entre todas as instituições pesquisadas.

As Forças Armadas têm um total de 51,8% na soma de “confia sempre” e “confia na maioria das vezes”. Todas as demais instituições ficam abaixo de 50%.

Eis os dados (clique na imagem para ampliar):

TABELA-INSTITUICOES-CONFIANCA-CNT-MDA-JUL2015

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