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Arquivo : Henrique Alves

Dilma dá ordem para votar Orçamento já
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Fernando Rodrigues

Presidente convocou líderes para reunião no Planalto hoje de manhã

Pedido de Dilma é o primeiro teste para Renan Calheiros e Henrique Alves

A presidente Dilma Rousseff teve uma reunião na manhã de hoje, fora da agenda, com os líderes governistas no Congresso. Participou também a ministra da Articulação Política, Ideli Salvatti. A pauta: votar o mais rapidamente possível o Orçamento da União para este ano de 2013.

Sem Orçamento, o governo federal fica manietado nas suas ações financeiras. Só gasta o que for essencial. A acabam ficando emperradas obras importantes pelo país afora.

Como se sabe, o Orçamento ficou sem ser votado por causa de uma celeuma no final de 2012. Houve uma tentativa de derrubada de um veto presidencial à lei dos royalties do petróleo, mas um grupo de congressistas foi ao Supremo Tribunal Federal e conseguiu que a Justiça interrompesse as votações no Congresso até que todos os milhares de outros vetos fossem votados.

Agora, a interpretação de congressistas pró-governo é que esse impedimento se refere apenas a vetos presidenciais. Ou seja, o Orçamento poderia ser votado.

Não é o que pensam alguns partidos de oposição.

A tentativa de Dilma de votar o Orçamento da União o mais rapidamente possível, talvez hoje, é o primeiro grande teste para a nova composição de comando no Congresso, nas mãos dos peemedebistas Renan Calheiros (no Senado) e Henrique Alves (na Câmara).

Se der tudo certo, será um sinal de que o Planalto continua firme comandando sua base de apoiom mesmo com o PMDB no comando do Poder Legislativo. Se a votação embananar, significa que a vida do dilmismo pode ter um pouco mais de dificuldades dentro do Congresso daqui para a ferente.

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PMDB rachado toma comando total do Congresso
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Fernando Rodrigues

Há divisão clara entre grupo de deputados e de senadores peemedebistas que ascenderam ao poder

O PMDB voltou a comandar as duas Casas do Congresso. Na última 6a feira (1.fev.2013), Renan Calheiros (PMDB-AL) ganhou a presidência do Senado. Hoje (4.fev.2013), Henrique Eduardo Alves (PMDB-RN), ganhou a presidência da Câmara.

Essa situação hegemônica não é inédita. Mas agora assumiram 2 políticos muito mais arestosos do que os da última dupla de peemedebistas que controlou o Legislativo (José Sarney e Michel Temer, em 2009 e 2010).

Renan Calheiros e Henrique Alves, para começo de conversa, são mais jovens e têm mais ambições no momento do que tinham Sarney e Temer quando assumiram. Mas o importante é que hoje o PMDB está muito menos pacificado do que em 2009, quando o partido caminhava junto com o PT para um projeto quase certo de poder –Luiz Inácio Lula da Silva se consolidava como o mais popular presidente da história recente e tinha uma candidata a sucessora que se consolidava nas pesquisas, Dilma Rousseff.

Agora, o PMDB rachou ao meio na hora do escolher o seu líder na Câmara (o escolhido foi o deputado fluminense Eduardo Cunha). De um lado estava Renan Calheiros. Do outro, Henrique Alves.

Não será uma convivência fácil entre Câmara e Senado daqui para a frente. Quem pagará o preço, um pouco, será o PMDB –que rachado sempre poderá menos. Mas o custo maior sobrará para o Palácio do Planalto: em vez de negociar com uma sigla razoavelmente unida, terá sempre de mitigar os problemas falando com as muitas facções peemedebistas.

Não é à toa que no seu discurso de posse, Henrique Alves citou uma das maiores derrotas de Dilma Rousseff na Câmara, quando os deputados derrubaram o Código Florestal desejado pelo Planalto.

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PT e PMDB relançam chapa Dilma-Temer
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Fernando Rodrigues

Partidos aliados devem reconfirmar aliança para 2014 em jantar amanhã

Henrique Alves e Renan Calheiros devem comandar Congresso em 2013

Amanhã (06.nov.2012) está programado um jantar no Palácio da Alvorada entre as cúpulas do PT e do PMDB. A presidente Dilma Rousseff será a anfitriã e também deve estar presente o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. O tradicional drive político da semana traz a lista dos principais eventos nos próximos dias. O encontro desta terça-feira deve produzir dois recados públicos principais.

Primeiro, o PT deixará claro que deseja manter a aliança com o PMDB no plano nacional. Ou seja, repetir em 2014 a chapa Dilma Rousseff, presidente, e Michel Temer, vice-presidente. Como se sabe, Dilma é do PT. E Michel Temer, do PMDB.

Trata-se de um movimento importante na engenharia política brasileira. Na prática, será o lançamento já da chapa Dilma-Temer para 2014. É uma tática simples: ocupar os espaços antes que outros o façam.

PT e PMDB querem debelar ao máximo os boatos sobre um possível rompimento por causa do desempenho de outros partidos nas eleições municipais. Em Brasília, a grande especulação é sobre o poder emergente do PSB, do governador de Pernambuco, Eduardo Campos.

Em tese, Campos poderia desejar –e parte do PT disposta a ceder– uma troca na chapa presidencial de 2014. Sairia o PMDB (Michel Temer) e entraria o PSB (com Eduardo Campos). O jantar de amanhã no Alvorada tentará enterrar essa hipótese. Pelo menos, por ora.

CÂMARA E SENADO
O segundo recado importante do jantar de amanhã é mais imediato: a reafirmação do acordo entre PT e PMDB a respeito do comando das duas Casas do Congresso, cuja eleição será em 1º de fevereiro de 2013.

Para os mortais comuns, não tem a menor importância quem é o presidente da Câmara ou quem é o presidente do Senado. Aliás, poucos brasileiros seriam capazes de dizer de bate pronto quem são os políticos que ocupam esses cargos agora.

(Hoje, José Sarney, do PMDB-AP, é o presidente do Senado. E Marco Maia, deputado do PT gaúcho, é o presidente da Câmara).

Para os congressistas, esses cargos são relevantíssimos. Por quê? Porque são os presidentes da Câmara e do Senado que determinam as agendas de votação nas duas Casas. Definem se deixam ou não CPIs andarem para a frente. Ou se podem prosperar por ali eventuais pedidos de impeachment.

Dilma e o PT estão sendo pressionados pelo PMDB para que declarem, já nesta semana, apoio aos nomes dos políticos que vão comandar o Congresso no próximo biênio (os mandatos são de 2 anos).

A cúpula do PMDB que o apoio explícito de Dilma e do PT para o deputado Henrique Alves, do PMDB do Rio Grande do Norte, que é candidato a presidente da Câmara. E para Renan Calheiros, do PMDB de Alagoas, para presidir o Senado…

Muita gente torce o nariz para esses nomes. Mas esses são os políticos que o PMDB deseja eleger para comandar o Congresso… E o PT terá de dar o apoio em nome da manutenção da aliança com os peemedebistas.

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