Blog do Fernando Rodrigues

Arquivo : João Santana

“Ele nascerá de novo”, diz videoclipe pró-Chávez
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Fernando Rodrigues

Filme produzido pelo marqueteiro de Lula e de Dilma tem 2 minutos e 15 segundos

Propaganda começa a construir o mito com a lembrança de venezuelano morto

Um videoclipe de dois minutos e 15 segundos produzido por João Santana faz uma emocionada homenagem a Hugo Chávez, morto no dia 5.mar.2013. O slogan não deixa dúvida sobre construção do discurso chavista na atual fase da Venezuela: “Ele nascerá de novo” (em espanhol, “él nacerá de nuevo”).

Eis o filme, que inicialmente está apenas na internet:

 

Para assistir em smartphones ou alguns modelos de tablets, clique aqui.

Responsável por muitas campanhas presidenciais de líderes de esquerda em vários países (Lula e Dilma Rousseff, inclusive), Santana utilizou imagens de venezuelanos demonstrando seu carinho por Chávez. O material foi captado no ano passado.

Em 2012, a campanha a presidente de Chávez foi feita por Santana e por sua equipe. O videoclipe divulgado hoje é dele em parceria com João Andrade. Os dois usaram o mesmo tom emocional da propaganda inaugural do processo eleitoral venezuelano do ano passado.

Em 2012, o jingle dizia: “Meu comandante, Chávez. Meu presidente, eu quero mais. Uh, ah, sempre vou te amar. Uh, ah, Chávez seguirá”.

Agora, a letra completa é a seguinte:

A luz que nos leva adiante não se apaga jamais.
Ilumina nosso destino, uma história audaz.
Desenha os sonhos que nos mantêm de pé.
Nutre a nossa alma e renova a fé.
Como um pássaro que volta a voar.
Como uma estrela que volta a brilhar.
Como um coração valente que volta a cantar…
Ele nascerá de novo… Ele nascerá de novo…
Para avançar, avançar, avançar com o seu povo!
Ele nascerá de novo… Ele nascerá de novo…
Para avançar, avançar, e vencer com o seu povo!

O ritmo mistura balada com o de canções gospel. Santana e Andrade não escondem que o objetivo é emocionar. Se possível, fazer chorar a la Franco Zeffirelli em seus filmes de cunho religioso. As imagens de chavistas que ilustram o clipe contêm todas as personagens de uma propaganda desse estilo. O pobre, o velho, a criança, o trabalhador e por aí vai. Todos estão lá demonstrando sua paixão por Chávez. Até a grávida que mostra a barriga com a inscrição “yo soy chavista” bem na hora que jingle contém a frase “Ele nascerá de novo”.

Tecnicamente perfeito para o que se propõe, o filme de João Santana e de João Andrade contribui para este momento na largada do processo de construção do mito de Hugo Chávez –que está sendo transformado numa espécie de dom Sebastião da Venezuela.

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Cesar Maia psicanalisa João Santana
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Fernando Rodrigues

Para ex-prefeito do Rio, marqueteiro do PT prepara saída de Dilma da disputa em 2014.

A entrevista do marqueteiro João Santana publicada ontem (26.nov.2012) pela “Folha de S.Paulo” foi comentada na edição de hoje (27.nov.2012) do ex-Blog do Cesar Maia –boletim enviado por e-mail pelo ex-prefeito de Rio de Janeiro, filiado ao DEM e opositor do PT.

Maia cita um trecho da entrevista de João Santana e, em seguida, apresenta a opinião de um “conhecido psicanalista”, sem revelar quem seria o profissional. A análise afirma que, por trás do que disse o marqueteiro, está a vontade de tirar a presidente Dilma Rousseff da disputa pela reeleição para que o ex-presidente Lula possa ser o candidato do PT a presidente.

Eis o que diz o psicanalista que Cesar Maia diz ter consultado:

“Se João Santana fosse um publicitário recém-formado, seriam ‘arroubos da juventude’. Mas um profissional maduro, que já venceu e perdeu eleições em todos os níveis e com a avaliação que o mercado lhe dá, suas palavras devem ser lidas pelo que ocultam. Os exageros em relação à Dilma apenas denotam a preocupação de Santana quanto às possibilidades dela em 2014. Porém, há outra possibilidade de ocultamento. É o que se chama de promoção para baixo nas empresas. Lendo o que não foi dito, mas oculto, se pode garantir das duas uma e, em ambas, sua preocupação com a competitividade de Dilma. Uma é tentar levantá-la junto à opinião pública, com adjetivos de imagem que nem os publicitários de Kennedy ou Clinton ousariam usar. Outra é que o verdadeiro candidato dele é Lula. E nada melhor que exaltar Dilma para que ela ‘desista’ da candidatura, orgulhosa e com a alma cheia por uma missão cumprida. Eu aposto nesta segunda hipótese. Mas há uma certeza: Dilma não faz parte do jogo dele para 2014. Repare neste trecho da resposta de Santana e entenda o que ele pensa e tenta ocultar: ‘(…) ela sabe fazer parcerias, especialmente com Lula’. Parceria, especialmente com Lula, é sair e passar, com pompas e circunstâncias, a candidatura para Lula”.

O comentário foi feito com base na seguinte fala de João Santana:

“Dilma Rousseff será candidata e vai ganhar a eleição. Provavelmente no primeiro turno. Se a eleição fosse hoje, novembro de 2012, ganharia no primeiro turno. Ela está firmando uma imagem vigorosa de grande consolidadora das políticas sociais, de ampliadora dos direitos da classe média, de reformadora moral e modernizadora do país. Está se formando a imagem de uma mulher firme, honesta, que não tem medo de tomar medidas duras. Uma mulher que não se deixa mandar. Que sabe fazer parcerias e alianças com setores importantes, especialmente com Lula. Uma presidenta que enfrenta uma das maiores crises da economia internacional sem titubear. Uma mulher de raça. Que enfrenta os bancos para abaixar os juros, as empresas de energia para abaixar a tarifa elétrica. Eu não estou inventando: estou relatando a leitura de estudos profundos de opinião”.

Filiado ao DEM, Cesar Maia despontou no passado como um dos principais analistas de conjuntura política da oposição. Foi até cotado para disputar a Presidência da República –fato recentemente lembrado por ACM Neto (DEM), prefeito eleito de Salvador, em entrevista ao “Poder e Política”, do UOL e da “Folha”. Mas, assim como seu partido, Maia decaiu e, em 2012, elegeu-se vereador no Rio de Janeiro e viu seu filho, Rodrigo Maia (DEM), perder a eleição para prefeito da cidade.

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Santana pediu desculpa a Kassab por 2008
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Fernando Rodrigues

O marqueteiro João Santana concedeu uma entrevista à Folha na qual fala sobre o episódio da campanha eleitoral de 2008 na cidade de São Paulo, quando o PT fez um comercial preconceituoso contra Gilberto Kassab, que então disputava e acabou ganhando a reeleição.

Santana relata que pediu desculpas ao prefeito e que teve um encontro pessoal com Kassab no início de 2012:

[sobre comercial preconceituoso  contra Kassab, em 2008, no qual se questionava o fato de o então prefeito que buscava a reeleição não ser casado nem ter filhos] “Foi um erro técnico, não uma agressão moral. Não havia intenção de agredir. Testamos em grupos e o comercial se mostrou eficaz e sem duplo sentido. Eu falhei, como comunicador, porque não podia ter produzido um material capaz de causar um efeito imprevisto”.

“Já tive oportunidade de pedir desculpas públicas ao prefeito. No início deste ano, ele pediu uma conversa. Eu abri o encontro dizendo que não poderia começar qualquer tipo de conversa com ele, sem me referir ao tema. Ele teve uma reação muito elegante: disse que admirava meu trabalho, acreditava na minha versão e que estava tudo superado”.

Leia a entrevista completa de Santana à Folha na edição de 26.nov.2012.

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PT acertou ao se coligar a Maluf, afirma Santana
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Fernando Rodrigues

O marqueteiro João Santana concedeu uma entrevista à Folha na qual fala sobre a aliança do PT com o PP, de Paulo Maluf:

“Foi uma decisão acertada a aliança com o PP de Maluf, que no resultado final ajudou mais do que prejudicou. Pode nem mesmo ter ganho os votos malufistas, mas funcionou no geral, pois nos ajudou naquilo que mais precisávamos que era tornar o candidato mais conhecido. Nós não ganhamos apenas dois minutos a mais. Deixamos de perder quatro, pois se não pegássemos, o Serra iria pegar”.

Leia a entrevista completa de Santana à Folha na edição de 26.nov.2012.

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PSD vai acabar na direita, diz Santana
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Fernando Rodrigues

O marqueteiro João Santana concedeu uma entrevista à Folha na qual fala sobre o futuro do PSD, criado em 2011 por Gilberto Kassab como uma dissidência do DEM:

“A definição de Kassab de que o PSD não é um partido de esquerda nem de direita nem de centro pode funcionar como um artifício, um módulo de transição. Mas não resiste ao tempo”.

“Permite que no início ele faça alianças à direita e à esquerda. De uma maneira muito mais ampla e inteligente do que o PSDB conseguiu fazer. É um espaço precário e temporário. Depois terá de ir, para um lado ou para o outro. Será forçado a uma definição. E a definição dele é ir para o espectro da direita”.

Leia a entrevista completa de Santana à Folha na edição de 26.nov.2012.

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Novas demandas da classe média não afetam PT em 2014, diz João Santana
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Fernando Rodrigues

O marqueteiro João Santana concedeu uma entrevista à Folha na qual fala sobre as mudanças nas demandas da nova classe média brasileira:

“As mudanças sóciodemográficas alteram algumas demandas, mas as questões centrais permanecem: melhorar a vida, mais oportunidade, mais serviços públicos de qualidade, emprego e segurança. Dilma está muito atenta a isso”.

“[Em 2014], o PT poderá dizer que está no poder há 12 anos e tudo o que está bom é por causa de sua administração. E vai dizer, ainda, o que pode melhorar. E como há um desejo de continuidade forte, e nenhum sinal de fadiga de material, o PT sai vencedor nesse debate”.

Leia a entrevista completa de Santana à Folha na edição de 26.nov.2012.

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Até debate sem regra terá influência do marketing, diz João Santana
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Fernando Rodrigues

Para publicitário do PT, uso do marketing por políticos é comum desde “o tempo das cavernas”.

Internet ainda não teve o efeito esperado, diz responsável pelo marketing do PT em São Paulo.

O marqueteiro João Santana deu longa entrevista para a Folha na edição desta segunda-feira (26.nov.2012) na qual fala sobre o uso intensivo do marketing em campanhas eleitorais. Responsável pela campanha que levou o petista Fernando Haddad a vencer a disputa pela Prefeitura de São Paulo, ele acha que debates eleitorais com menos regras também terão muita influência dos publicitários. O Blog publicou no post abaixo links para entrevistas dadas por Santana em 2006 e em 2010 também à Folha.

“Não pense que o marketing deixará de influenciar um debate com menos regras. No período anterior a esse encontro haverá uma fase grande de treinamento. Será feito por pessoas da política e do marketing. As técnicas de debate, de retórica e mesmo de expressão facial terão influência do marketing. Haverá um trabalho maior de “coaching” no bastidor, de linha argumentativa, de construção de discurso. Isso é feito pelo marketing. Como foi feito a vida inteira pelos consultores, conselheiros das monarquias e das antigas repúblicas. Querem vender o marketing como um mal dos tempos modernos. Não é. É um comportamento que vem de séculos. Ele só vai se aperfeiçoando ou se instrumentalizando a partir da infraestrutura física que se tem, dos meios de comunicação, da forma de fazer política”.

Santana foi confrontado com uma declaração recente do publicitário Washington Olivetto, que disse que só gosta “de anunciar coisas que as pessoas possam devolver se não gostarem”. Olivetto disse também: “Minha ideologia criativa, que se baseia na verdade bem contada, não combina com o marketing político”.

Eis o que comentou Santana: “A comunicação e o marketing político causam um certo estranhamento e uma má compreensão entre os próprios políticos e entre os profissionais de comunicação. Não estou me referindo especificamente a Olivetto, mas alguns, por baixo entendimento da política, sofrem de um falso conflito moral –além de uma pretensa superioridade estética. Muitos acham que é mais nobre fazer propaganda para bancos, operadoras de cartões de crédito, plano de saúde, telefônicas (que atendem mal e até escorcham os seu clientes), do que para políticos. É uma questão de ponto de vista”.

Quando indagado sobre “trabalhar com produtos que possam ser devolvidos”, disse: “Um político não é um produto. O político é um líder, um condutor, é um gestor. Se fosse para fazer uma analogia com o mercado, mesmo que inapropriada, seria melhor compará-lo com um investimento. Um título de prazo fixo que a pessoa compra e depois pode recomprar ou não. E a democracia é o modelo que tem o melhor e mais eficiente sistema de devolução: o voto. Ele funciona melhor do que qualquer Procon da vida”.

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Leia o que disse João Santana em 2006 e 2010
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Fernando Rodrigues

A edição desta segunda-feira (26.nov.2012) da Folha de S.Paulo apresenta uma entrevista com o publicitário João Santana. Ele falou sobre seu trabalho em campanhas de clientes como a presidente Dilma Rousseff, o prefeito eleito de São Paulo, Fernando Haddad, e o presidente da Venezuela, Hugo Chavez. Também é possível ler trechos desta entrevista neste Blog.

Santana raramente dá entrevistas. Mas em 2010 e em 2006 ele também falou à Folha de S.Paulo. O conteúdo pode ser acessado pelos links abaixo:

Entrevista de João Santana publicada em 5.nov.2006
>>link para a entrevista (parte 1 e parte 2) >>pdf do jornal (página 1 e página 2)

Entrevista de João Santana publicada em 6.nov.2010
>> link para a entrevista >>pdf do jornal (página 1 e página 2)

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João Santana é o vencedor do marketing
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Fernando Rodrigues

publicitário de Lula e de Dilma reconquista a cidade de São Paulo para o PT

No post sobre quem ganha e quem perde em 2012, faltou um nome importante: João Santana, o jornalista de formação e hoje marqueteiro político por opção.

Ao vencer como responsável pelas propagandas e pelo marketing de Fernando Haddad na cidade de São Paulo, Santana continua a construir um dos mais bem sucedidos currículos em eleições no Brasil.

Além de colocar agora na sua carteira de sucesso a maior cidade do país, Santana também é:

– o único publicitário brasileiro a ter ajudado a eleger dois presidentes da República diferentes (Lula, em 2006; Dilma, em 2010);

– fez também as campanhas presidenciais vitoriosas neste ano de 2012 para Hugo Chávez (Venezuela), José Eduardo dos Santos (Angola), e Danilo Medina (República Dominicana). Antes, já havia sido responsável pelo marketing do presidente de El Salvador, Mauricio Funes, na eleição de 2009.

Tudo considerado, são 6 campanhas presidenciais vitoriosas em vários países. E, agora, a capital do Estado de São Paulo.

Vai demorar até aparecer algum publicitário político tão bem sucedido como João Santana na praça.

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Chávez tenta reeleição com marketing brasileiro
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Fernando Rodrigues

Propaganda de João Santana (Lula e Dilma) inaugura campanha

Jingle de venezuelano diz “yo quiero más” (eu quero mais)

O presidente da Venezuela, Hugo Chávez, começou hoje (1º de julho de 2012) oficialmente sua campanha por mais um mandato. A propaganda e o jingle inaugurais foram produzidos sob o comando do publicitário brasileiro João Santana, responsável pela reeleição de Luiz Inácio Lula da Silva, em 2006, e pela eleição de Dilma Rousseff, em 2010.

Com um minuto e meio, o filme e a música (produção e criação de João Santana e de João Andrade) mostram imagens de venezuelanos e panorâmicas do país. Há um tom emocional e patriótico, igual ao que se vê nas campanhas presidenciais feitas por Santana no Brasil.

A primeira estrofe é assim: “Eu tenho um sentimento que é muito forte pela minha bandeira. É como minha própria pele. Nunca vai mudar”.

Na parte mais explícita do clipe, a estrofe exalta o atual presidente da Venezuela: “Meu comandante, Chávez. Meu presidente, eu quero mais. Uh, ah, sempre vou te amar. Uh, ah, Chávez seguirá”.

Eis o vídeo (para assistir em smartphones e tablets, clique aqui):

[uolmais type=”video” ]http://mais.uol.com.br/view/12913473[/uolmais]

Hugo Rafael Chávez Frías completará 58 anos no próximo dia 28 de julho. Esteve doente durante vários meses desde o ano passado –teria câncer, mas nunca foram divulgados detalhes da enfermidade.

Líder da chamada “Revolução Bolivariana”, Chávez faz críticas ferozes ao liberalismo e aos Estados Unidos. Presidente da Venezuela desde 1998, reelegeu-se várias vezes. Está há 13 anos no poder. Se tiver saúde, dá a entender que deseja continuar governando o país indefinidamente.

Eis a letra (em espanhol) do clipe de 1 minuto e meio preparado por João Santana e por João Andrade para Hugo Chávez:

“YO TENGO UN SENTIMIENTO
QUE ES MUY FUERTE POR MI BANDERA
ES COMO MI PROPIA PIEL
NUNCA VA A CAMBIAR

“EL AMARILLO ES LA RIQUEZA DEL PUEBLO
AZUL ES MI HERMOSO MAR
ROJO ES MI SANGRE EN LAS VENAS
ES LA INDEPENDENCIA, QUE NO SE ACABARÁ

“MIS HERMANOS CORREN SUELTOS POR TODA LA COLINA
MI AMOR YA SONRÍE CON LIBERTAD
MI PAÍS ES CADA VEZ MÁS FUERTE
ESTA ES LA FELICIDAD

“TODO LO QUE SIEMPRE FUE DE NUESTRA GENTE
VUELVE AL PUEBLO
MI GUITARRA SIGUE CANTANDO
LLEVARÉ TU NOMBRE A CADA HOGAR

“MI COMANDANTE, CHAVÉZ
MI PRESIDENTE, YO QUIERO MÁS
UH, HA, SIEMPRE TE VOY A AMAR
UH, HA, CHÁVEZ SEGUIRÁ

“YO TENGO UN GRAN AMOR
POR MI PATRIA QUERIDA
ES COMO LAS ESTRELLAS EN EL CIELO
IMPOSIBLE DE CONTAR

“ME SIENTO ALEGRE, AGITADO
AL SALIR DE MI PUERTA
ENCONTRAR UN EXTRAÑO EN LAS CALLES
CON FLORES EN LA MANO”.

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