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2015 começa com ônibus mais caro em capitais, diz Frente de Prefeitos
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Fernando Rodrigues

O prefeito de Porto Alegre e presidente da Frente Nacional de Prefeitos, José Fortunati (PDT), afirma que a maioria das capitais e cidades de regiões metropolitanas deve adotar reajustes de tarifas de ônibus no início de 2015. O valor do aumento deve acompanhar a inflação, em torno de 6% a 7%.

“O reajuste é inevitável. Se congelarmos as tarifas do transporte coletivo, nós começamos a sucatear o sistema. Ou então começamos a ter que tirar [dinheiro] da saúde, da educação”, diz Fortunati em entrevista ao programa “Poder e Política“, do UOL.

Nenhum prefeito deverá aceitar desta vez, como no início de 2013, adiar os reajustes para ajudar no controle da inflação. Naquele ano, a correção das tarifas fora de época acabou sendo um dos fatores propulsores das manifestações de rua em todo o país.

Os reajustes de tarifas de ônibus no início de 2015 tornam o cenário político ainda mais negativo do que foi em 2013. Para Fortunati, 59 anos, um dos quadros mais qualificados do PDT, as descobertas de corrupção na Petrobras alimentam o sentimento difuso de insatisfação das pessoas.

“Em 2013 o item corrupção não entrou, basicamente, nas grandes mobilizações. Entrou marginalmente. Hoje, essa é a centralidade do processo. Este é o item que está na cabeça de todo mundo”.

Outro fator que aponta para um 2015 difícil é que muitos prefeitos já perceberam que será um período de escassez de verbas e “ajustaram” seus orçamentos –ou seja, fizeram cortes e não deve haver ampliação nem melhorias significativas dos serviços públicos nas cidades. Mas o prefeito da capital do Rio Grande do Sul não se arrisca a dizer que a conjuntura atual levará necessariamente a manifestações de rua no ano que vem.

“A situação é complexa. Agravou-se do ponto de vista da insatisfação da população em relação a dezembro de 2012. Dezembro de 2014 é um momento muito mais tenso para a vida democrática. No que isto vai resultar para 2015, é um grande ponto de interrogação”.

LIXÕES ATÉ 2020
Um novo prazo está sendo costurado para que as cidades brasileiras acabem com os lixões a céu aberto. O cronograma inicial venceu em agosto de 2014. Agora, o novo prazo deve ser até o final de 2020.

Para Fortunati, é necessário antes de fixar um prazo “buscar uma fonte de financiamento” para que as prefeituras já saibam como poderão executar o plano. Se uma nova lei não for aprovada, milhares de prefeitos podem ser processados por não terem eliminado os lixões.

“60% dos prefeitos do país estão com a guilhotina no seu pescoço. Podem ser acionados pelo Ministério Público em função do não cumprimento da legislação atual. Qual é a vantagem que temos em processar 60% dos prefeitos? Nenhuma. Porque os prefeitos não vão resolver. Só serão processados, punidos e sem solução”, opina.

DILMA ERRA NA PETROBRAS
O prefeito de Porto Alegre conhece Dilma Rousseff há décadas por ser do Rio Grande do Sul. Diz entender que a presidente do “ponto de vista pessoal” tem dificuldades para demitir a presidente da Petrobras, Graça Foster. Mas essa atitude “do ponto de vista político é um equívoco”.

“Algumas medidas têm que ser tomadas. A primeira delas é a mudança total da direção. É uma sinalização para o mercado, é um sinalização para a população, é uma sinalização para o mundo, de que o governo está tomando uma medida”, diz.

PDT FORA DO TRABALHO
Apesar de ter razões históricas para ocupar o Ministério do Trabalho, o PDT acha que a pasta acabou trazendo um dano de imagem ao partido. A partir de agora, deseja que a presidente Dilma escolha uma outra vaga na Esplanada para a legenda durante o segundo mandato. Até porque, o partido seguirá apoiando Dilma Rousseff daqui para a frente.

Leia a entrevista completa.

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Crise de Dilma é mais grave que a de Collor no pré-impeachment, diz Caiado
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Fernando Rodrigues

O líder da oposição no Congresso, deputado Ronaldo Caiado (DEM-GO), considera a situação política atual da presidente Dilma Rousseff pior do que a enfrentada em 1992 pelo então presidente Fernando Collor de Mello, que acabou depois sofrendo um processo de impeachment.

“Esse é um momento muito mais grave do que a época do governo Collor (…) Você acha que é fácil remontar um país? Quando todos os ministérios estão contaminados, fundos de pensão, bancos oficiais, BNDES. Essa é uma tarefa extremamente árdua, difícil”, declarou Caiado, que está concluindo 5 mandatos de deputado federal e se prepara para assumir uma vaga no Senado, a partir do ano que vem, pelo Democratas de Goiás.

Em entrevista ao programa “Poder e Política”, do UOL, Caiado, que é médico e tem 65 anos, recomenda à oposição usar o tom usado por Carlos Lacerda (1914-1977), jornalista e político do Rio de Janeiro que ficou famoso por sua retórica dura contra vários governos. Filiado à UDN (União Democrática Nacional), foi um dos responsáveis pela consolidação do termo “udenismo”, sinônimo de defesa da moralidade, muitas vezes também associado no passado a tentativas de golpe de Estado.

“O tom que [a oposição] deve ter é aquele que Carlos Lacerda nos ensinou. Você não deve apelidar as palavras. Você não tem que falar que corrupção é ‘desvio de dinheiro’. É corrupção, é roubo, uma estrutura que se beneficia exatamente de todo um caixa dois da Petrobras, escândalo de Pasadena, distribuição de dinheiro de todas as obras da Petrobras, do PAC. Isso é organização criminosa. Não é partido político”, declara Caiado.

Indagado sobre se a “organização criminosa” seria o Partido dos Trabalhadores, o futuro senador por Goiás diz que “não generalizaria”, pois todos os partidos têm muitas seções. Mas afirma que Aécio Neves (PSDB), candidato derrotado na eleição presidencial deste ano, “não está pesando em nada na palavra” ao ter dito recentemente que Dilma Rousseff foi eleita por uma “organização criminosa” em outubro. “Ele se expressou corretamente. Isso é uma organização criminosa”.

Os cerca de 70 políticos que deverão ser formalmente citados por algum envolvimento nos escândalos da Petrobras terão como consequência paralisar os trabalhos no Poder Legislativo em 2015. “Isso realmente inviabiliza completamente o funcionamento do Congresso Nacional, tendo que ficar tempo integral dedicado a essa matéria”.

Inflexível e às vezes minoritário dentro da oposição, Caiado defende que partidos anti-Planalto tenham candidatos para disputar as presidências da Câmara e do Senado, em fevereiro. “Mesmo sem chance [de vencer]. Você não pode perder o discurso. Você não pode perder a coerência. A popularidade ela é relativa, mas a coerência é vital”, raciocina.

Pela mesma razão, faz uma recomendação à senadora Kátia Abreu (PMDB-TO), que é também presidente da CNA (Confederação da Agricultura e Pecuária), que está prestes a ser nomeada ministra da Agricultura por Dilma Rousseff:

“Kátia, permaneça senadora e presidente da CNA. Não assuma isso, porque você sabe que hoje o Ministério da Agricultura é muito mais uma partilha de uma estrutura que não tem nada a ver com o setor rural, e, ao mesmo tempo, a base política e sustentação não lhe dará apoio para as mudanças que são necessárias”.

Leia a entrevista completa.

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PSB considera apoiar Marina de novo em 2018, diz herdeiro de Eduardo Campos
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Fernando Rodrigues

O governador eleito de Pernambuco e um dos líderes emergentes do PSB, Paulo Câmara, 42 anos, afirma que seu partido tem “muitas convergências” com Marina Silva e que é possível reeditar a aliança com a ex-senadora na eleição presidencial daqui a 4 anos. “Em 2018 é muito provável que nós estejamos juntos de alguma forma. Ou ela [Marina] nos apoiando, ou nós apoiando ela”, diz.

Em entrevista ao programa “Poder e Política”, do UOL, Paulo Câmara diz que o PSB tentará construir alguma candidatura presidencial para 2018 em contraposição à do PT. Nesse projeto, Marina Silva é uma das possibilidades reais, mesmo que ela saia da legenda para fundar oficialmente sua própria agremiação a Rede Sustentabilidade.

Depois da morte de Eduardo Campos, em 13.ago.2014, Marina assumiu o posto de candidata a presidente pelo PSB neste ano. Uma parte da cúpula do partido não ficou satisfeita, como Carlos Siqueira, que deixou o comando da campanha. Siqueira é agora o presidente nacional do PSB e na 5ª feira (27.nov.2014) voltou a fazer declarações rudes a respeito de Marina.

“Nunca a consideramos do PSB. Temos visões de mundo e de vida distintas e programáticas e portanto cada um vai seguir seu caminho na hora em que deseja”, declarou o pessebista logo depois de o partido concluir uma reunião de sua Comissão Executiva Nacional, em Brasília. Apesar da beligerância de Siqueira, a opinião de Paulo Câmara é diversa. O governador eleito, um dos herdeiros de Eduardo Campos, acredita não haver obstáculos para uma aliança futura nos moldes da que se deu neste ano.

Na reunião de sua direção na 5ª feira, o PSB decidiu que manterá o que chama de “posição de independência” em relação à administração federal de Dilma Rousseff (PT). No segundo turno da disputa presidencial, o comando pessebista já havia apoiado o tucano Aécio Neves.

Só que o PSB tentará evitar ser confundido com o PSDB a partir de agora. “Não vamos ser oposição por ser oposição”, declara Paulo Câmara. Na realidade, o governador eleito de Pernambuco pretende estabelecer uma relação de confiança e parceria com o Palácio do Planalto, pois dependerá de Dilma Rousseff para tocar vários projetos no Estado.

Uma demonstração do que significa ser “independente” e não “oposição por oposição” está no posicionamento do PSB sobre a polêmica atual a respeito de meta de superávit do governo. O Palácio do Planalto pretende alterar a LDO (Lei de Diretrizes Orçamentárias) porque não conseguiu conter os gastos neste ano. Os deputados pessebistas são contra. Já os senadores do partido aceitam a proposta dilmista, segundo Paulo Câmara.

Se a LDO não for alterada estaria configurado o crime de responsabilidade de Dilma Rousseff, passível de punição até com um impeachment? O futuro governador de Pernambuco considera essa interpretação “um exagero”.

Embora classifique o PSB como partido de esquerda, Paulo Câmara se alinha a alguns pensamentos conservadores. Por exemplo, é contra flexibilizar as leis que tratam de drogas e aborto no Brasil.

Sobre as acusações contra Eduardo Campos no âmbito da Operação Lava Jato, que investiga casos de corrupção na Petrobras, afirma que todos no PSB serão “incansáveis” na defesa do ex-governador pernambucano.

As referências a Campos foram constantes nesta entrevista ao UOL. Formado em economia e mestre em gestão pública, Paulo Câmara deve sua carreira ao ex-líder do PSB. Auditor do Tribunal de Contas de Pernambuco, foi nomeado em 2007, aos 35 anos, secretário da Administração na gestão de Campos.

Paulo Câmara era desconhecido dos pernambucanos no início da campanha: tinha apenas 11% de intenção de votos em julho de 2014. Virou a disputa e venceu Armando Monteiro, do PTB, no primeiro turno, com 68% dos votos válidos.

Quando indagado sobre sua futura administração, afirma que continuará a governar como Campos. Instado a citar uma meta, aponta a necessidade de universalizar o ensino em tempo integral em toda a rede de escolas públicas de Pernambuco.

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PC do B fará revolução burguesa no Maranhão, diz comunista Flávio Dino
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Fernando Rodrigues

O governador eleito do Maranhão, Flávio Dino, diz que seu partido, o Partido Comunista do Brasil (PC do B), ajudará a promover uma “revolução burguesa” no Maranhão “com 300 anos de defasagem”.

“Esse é o nosso desafio, fazer uma revolução democrática burguesa”, disse ele em entrevista ao programa Poder e Política, do UOL e da “Folha”. “Garantir o cumprimento da lei, dos contratos, incentivar os investidores privados, novas formas de organização do Estado que contemplem a participação popular, mas que permitam também de outro lado o desenvolvimento daqueles que querem empreender, querem investir”.

Advogado, ex-juiz e ex-deputado federal, Dino tem 46 anos. Quando tomar posse em 1º de janeiro de 2015, vai encerrar cerca de 50 anos de hegemonia de um grupo político no Maranhão. Desde quando José Sarney, hoje com 84 anos, foi eleito para governar o Estado, em 1965, exceto por breves períodos o comando local sempre esteve com algum sarneysista.

Flávio Dino receberá o governo das mãos de Roseana Sarney, filha de Sarney. Ele afirma que o comunismo professado pelo PC do B é usado mais como uma referência por causa do significado etimológico do termo.

“O nome é bonito. Corresponde a uma história que nós temos muito orgulho. Carrega em si a origem etimológica de comunhão, de comunidade, de comum, de coisas boas. O comunismo foi muito estigmatizado no mundo por desacertos de outros países. Defendo o nome e seu uso agora, com flexibilidade, compreendendo que a sociedade hoje não pode se estruturar como se imaginava há 100 ou 50 anos”.

Para o governador eleito, as administrações das últimas décadas no Maranhão tiveram “medo do capitalismo” porque haveria nesse sistema a “concorrência, o livre mercado, o fim a privilégios de castas ou de estamentos que explicavam esse poder absoluto que eles [família Sarney e seus aliados] ostentavam durante esse período”.

Dino rejeita a ideia de que será o “Deng Xiaoping do Maranhão”, o grande reformador comunista da China atual. Mas diz apreciar a frase sempre atribuída ao líder chinês que adotou políticas próximas às do mundo capitalista para tirar o país da miséria: “Não importa a cor do gato. Importa que ele mate o rato”.

Único governador eleito pelo PC do B até hoje, Dino declara não pretender fazer uma devassa nas administrações anteriores do Estado. Mas afirma que abrirá ao máximo os negócios do Maranhão a um sistema mais transparente, que mostrará tudo o que se passou e como será a administração de 2015 em diante.

Sem prometer de maneira específica, disse que espera elevar o IDH do Maranhão (hoje o 2º pior entre os Estados) para algo próximo da colocação do PIB do Estado (o 16º do país).

Ao comentar o voto de José Sarney no segundo turno da eleição presidencial –em Aécio Neves (PSDB), como mostraram imagens da TV Globo no Amapá, embora Sarney negue–, Dino disse que a atitude revela o ressentimento de seu adversário por ter sido derrotado politicamente no Maranhão. “Uma espécie de retaliação íntima, pessoal, a isso que ele atribui à falta de apoio da presidenta Dilma”.

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Dilma teria de demitir toda a diretoria da Petrobras, diz Eduardo Cunha
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Fernando Rodrigues

A presidente Dilma Rousseff cometeu muitos erros políticos em seu governo e por essa razão sofre agora as consequências na campanha pela reeleição. Por exemplo, a petista teria de ter demitido a diretoria inteira da Petrobras quando começaram a surgir as acusações de corrupção dentro da estatal, diz o líder do PMDB na Câmara, deputado Eduardo Cunha, do Rio de Janeiro. Dá tempo ainda? “Agora é inócuo”, responde ele.

Aos 56 anos e prestes a iniciar seu quarto mandato consecutivo de deputado, Cunha é pré-candidato a presidente da Câmara em 2015. Em entrevista ao programa Poder e Política, do UOL e da “Folha”, ele afirmou que a eleição presidencial está muito “dura” para Dilma, que pareceu “nervosa” no debate da terça-feira (14) na TV Bandeirantes. Aécio Neves (PSDB) “estava mais à vontade”.

O peemedebista acredita que em 2015 deve ser instalada uma nova CPI da Petrobras. A depender do andamento, devem ocorrer cassações de mandato de congressistas. Para a presidente, se reeleita, será um momento complicado. Se não mudar sua forma de fazer política, seu segundo governo “certamente será pior”, avalia o deputado. “Pior e pode terminar bem mais isolada do que começou”.

O possível futuro presidente da Câmara não esconde um certo ressentimento do PT e de Dilma, com quem sempre teve uma relação conflituosa. Para Cunha, o PT usou PMDB apenas “para um aluguel de tempo de TV”. Foi humilhante? Ele responde que sim.

Se Aécio Neves for eleito presidente, o PMDB terá alterações no seu poder interno. Michel Temer, atual presidente nacional da legenda, “dificilmente terá condição política de conduzir” o eventual processo de realinhamento do partido ao governo tucano.

Outro assunto para 2015: a reação do Congresso quando o STF (Supremo Tribunal Federal) finalizar o julgamento que deve proibir a doação de empresas para partidos e políticos em campanha. Com o fim dessa modalidade de financiamento, Cunha prevê uma explosão do uso do caixa dois e imagina um desfecho eloquente: “Vamos mudar o Congresso para a Papuda”. A Papuda é a penitenciária de Brasília.

Diferentemente do que estava sendo anunciado nos últimos dias, a bancada do PMDB não deve fazer uma manifestação pública de apoio à candidatura de Aécio Neves. Exceto manifestações individuais, diz Cunha, que estima uma divisão ao meio dos 66 deputados eleitos pela legenda –hoje, seriam 33 pró-Dilma e 33 a favor de Aécio.

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Posso até ‘dilmar’, diz Benjamin Steinbruch
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Fernando Rodrigues

Nas últimas semanas, Benjamin Steinbruch demonstrou em entrevistas e conversas privadas simpatia pela candidata a presidente pelo PSB, Marina Silva. Agora, resolveu modular essa interpretação. “Meu voto é a favor das mudanças”, afirma.

Mas pode votar em Dilma Rousseff? “Se a presidente Dilma propor mudanças com relação ao futuro do Brasil, ela tem chance de ter meu voto”. Repete esse axioma também para Marina e para Aécio Neves (PSDB). Na entrevista ao programa Poder e Política, da “Folha” e do UOL, ressaltou: “Não sei em quem vou votar ainda. Posso até ‘dilmar’. Desde que atendidas algumas mudanças”.

O presidente da Fiesp e dono da CSN (Companhia Siderúrgica Nacional) diz não ter intenção de revelar em quem votará para presidente. Para ele, empresários podem sofrer perseguição “de toda ordem” se declararem abertamente em quem vão votar.

Benjamin tem negócios imbricados com o governo federal. Por exemplo, a concessão para construção e operação da ferrovia Transnordestina, obra com 1.750 km de extensão.

O recuo retórico de Benjamin ocorre depois de ele ter começado a falar de maneira mais explícita sobre eventuais qualidades de Marina Silva. Na semana passada, o Palácio do Planalto enviou recados ao empresário, dizendo que a presidente da República estava desapontada com suas declarações.

Por algum momento, o governo cogitou transferir para Brasília um evento com empresários que estava marcado para esta segunda-feira (29), às 10h, na sede da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo. Passado um mal-estar inicial, o encontro foi mantido. Devem estar presentes dezenas de empresários para ouvir o ministro da Fazenda Guido Mantega, tendo Benjamin Steinbruch como um dos anfitriões.

Não que o presidente da Fiesp tenha recuado completamente das observações positivas que faz sobre candidatos de oposição. Apesar de dizer que pode até “dilmar”, Benjamin cita Aécio Neves como “boa opção”, o mesmo qualificativo usado para Marina. Sobre o tucano, faz uma ressalva: “Poderia ser mais agressivo nas [propostas de] mudanças”.

Marina Silva, afirma, “sintetiza (…) o voto contra as condições que existem, [desejo] que foi manifestado nos movimentos de rua”. A pessebista “é consistente, uma pessoa que evoluiu (…). Não acho um risco”.

Gostaria de participar de algum governo como ministro? “Se eu tivesse condições do ponto de vista da iniciativa privada, ter certeza que os negócios estariam bem administrados, aceitaria sim”. Em que área? “Qualquer uma. Eu tenho uma característica de ser fazedor. Educação, saúde, cultura, habitação”.

ECONOMIA
Benjamin Steinbruch acha que se Dilma for reeleita, o ideal é que anuncie logo em seguida quem será o novo ministro da Fazenda, para acalmar os agentes econômicos. Em entrevista recente, a petista já afirmou que trocará sua equipe.

“Se for do desejo dela [Dilma] que saia [o atual ministro da Fazenda, Guido Mantega], quanto antes nomeasse, melhor. Até mesmo para ter uma transição tranquila, já segue jogando”, afirma Benjamin. Para ele, “em caso de continuidade do governo, quanto antes as coisas claras, melhor”.

O presidente da Fiesp afirma que Mantega “tem feito um esforço grande de aumentar a interlocução com os empresários”. Acha que tem sido um “esforço brutal” para diminuir as divergências entre os empresários e o governo.

ALMOÇO MAIS CURTO
Defensor de uma flexibilização nas leis trabalhistas, Steinbruch considera possível conseguir novas regras sem retirar direitos como FGTS, gratificação de férias ou 13º salário. Fala em mudar aspectos mais laterais, como o horário de almoço.

“Aqui temos uma hora de almoço. Normalmente, não precisa de uma hora. Se você vai numa empresa nos EUA, você vê [o funcionário] comendo o sanduíche com a mão esquerda e operando a máquina com a mão direita. Tem 15 minutos para o almoço. Se for vontade dos empregados, por que não? Será que não é mais legal ele voltar antes para casa do que ficar uma hora sem ter o que fazer? Estou falando em benefício do empregado também. Poderia ser negociado”, explica.

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Agronegócio apoia Marina só se ela reescrever programa, diz Rodrigues
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Fernando Rodrigues

O coordenador do Centro de Agronegócio da Fundação Getúlio Vargas, Roberto Rodrigues, diz ainda haver desconfiança a respeito de Marina Silva. Para que a candidata a presidente pelo PSB dissipe dúvidas, terá de “reescrever” parte do seu programa antes do final da campanha eleitoral.

Rodrigues foi ministro da Agricultura de 2003 a 2006, durante o primeiro mandato de Luiz Inácio Lula da Silva. Em entrevista ao programa Poder e Política, do UOL e da “Folha”, aponta dois aspectos principais que considera necessários para Marina conquistar o apoio mais amplo do setor de agronegócio.

Primeiro, esclarecer que a meta de “desmatamento zero” no programa de governo do PSB se refere a “desmatamento ilegal zero”. Para ele, zerar o desmatamento é “um pouco utópico”. Acredita que seja necessário “abrir algum cerrado” no Brasil para garantir o suprimento de alimentos no futuro.

Segundo, que o índice de produtividade de propriedades rurais (usado em casos de desapropriações) sirva para premiar quem consegue bons resultados, e não punir os que ficam para trás.

Rodrigues diz ter expressado essas condições nesta semana para Beto Albuquerque, candidato a vice-presidente na chapa com Marina Silva. “Ele concorda que o tema [desmatamento] deve ser trabalhado na linha da legalidade (…) [Sobre o índice de produtividade], foi mais enfático: disse que houve uma má interpretação. Falou que o objetivo é dar prêmios aos mais produtivos, em vez de castigo aos menos. O índice de produtividade será um bônus, não um ônus ao produtor”.

Seria “ótimo” se Marina vocalizasse essas propostas, mas insuficiente para convencer o setor, diz Rodrigues. Para ele, “tem que reescrever o programa”.

No primeiro turno da eleição presidencial, Roberto Rodrigues afirma que votará em Aécio Neves (PSDB). No segundo turno, se a disputa ficar entre Marina e Dilma Rousseff (PT), não revela sua preferência. Dá a entender que ele e muitos empresários do agronegócio vão aguardar mais compromissos de ambas as candidatas.

Diz que Dilma “não é” campeã de popularidade do setor. E que a petista e Marina Silva “têm que olhar para o setor com especificidades”. Acha que a candidata do PSB parece ter demonstrado “uma disposição ao diálogo muito maior que no passado. (…) As pessoas aprendem mais, isso é possível, todo mundo vai para a frente”. Mas ressalta: “É importante que a candidata [Marina] diga de maneira clara o que ele [Beto Albuquerque] está dizendo”.

Com mais de 50 anos de atuação no agronegócio, Roberto Rodrigues defende fundir os ministérios da Agricultura, do Desenvolvimento, da Pesca e do Meio Ambiente em apenas um: o Ministério da Agricultura, Floresta e Pesca. O objetivo seria reduzir a “dispersão de recursos” e harmonizar estratégias. Afirma ter ouvido uma concordância a respeito por parte de Beto Albuquerque.

Indagado sobre a antiga rixa entre ruralistas e ambientalistas, Rodrigues acredita que a aprovação do novo Código Florestal, em 2002, “arrefeceu” os ânimos ao estabelecer regras claras. Hoje haveria mais conhecimento sobre a importância do meio ambiente. “O produtor rural tem convicção de que (…) se não preservar o solo, tem erosão, se não cuidar na beira de rio, vai ter problema de desagregação. Então, ele virou um ambientalista”, diz.

Rodrigues, que também preside a Unica (União da Indústria de Cana-de-Açúcar), afirma que o setor passa por uma crise devido ao preço desfavorável do etanol em relação à gasolina. A solução, defende, passa pela retomada da Cide (Contribuição de Intervenção no Domínio Econômico), empréstimos do BNDES para modernizar as caldeiras e uma política governamental de longo prazo.

Para Rodrigues, a magnitude da ajuda necessária para o setor é equiparável ao Proer [Programa de Estímulo à Reestruturação e ao Fortalecimento do Sistema Financeiro Nacional], implementado em 1995 no início do governo de Fernando Henrique Cardoso para sanear bancos em dificuldade.

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8 de cada 10 eleitores de Aécio vão para Marina no 2º turno, diz Beto
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Fernando Rodrigues

O candidato a vice-presidente da República pelo PSB, Beto Albuquerque, acha que 8 em cada 10 eleitores de Aécio Neves devem votar em Marina Silva para presidente num eventual segundo turno. Os outros dois “talvez votariam em Marina”.

Em entrevista ao UOL e à “Folha”, Beto, 51 anos e deputado federal do Rio Grande do Sul há quatro mandatos, diz não pretender ser “desrespeitoso com nenhuma das candidaturas”, até por se declarar amigo de Aécio Neves, o nome do PSDB nesta corrida presidencial.

Para justificar a possível transferência em massa dos votos tucanos para Marina Silva, o gaúcho diz que isso vai ocorrer “porque são eleitores que querem mudar o país”. E Aécio, também iria de Marina? “É natural. Seria até uma incoerência pensar o contrário. Acho que ninguém pode ficar neutro”.

Beto é um congressista que fala sempre de maneira cuidadosa sobre adversários. Pontua com ressalvas suas assertivas a respeito de um eventual segundo turno. Quando menciona o eventual futuro aliado PSDB, sempre usa um tom ameno. “Desejo ao Aécio que ele tenha êxito na empreitada dele, para não ficarmos nos imiscuindo na realidade de cada um. [Mas] no segundo turno, para quem pregou na campanha inteira mudar o Brasil, o lugar é um lado só. Não há dois lados”.

A entrevista foi concedida na terça-feira (2.set) à noite. Não eram conhecidos os números da pesquisa Datafolha, divulgada nesta quinta-feira (4.set). Beto ainda estava sob o efeito da grande euforia a respeito da possibilidade de crescimento das intenções de voto de sua companheira de chapa.

Para ele, “pode, sim, alguém ganhar no primeiro turno” a disputa pelo Planalto. Quem? “Neste momento, quem pode ganhar no primeiro turno é a Marina Silva”. Faz, entretanto, uma ponderação: “Há espaço para ela crescer mais. Mas há também espaço para cair se a gente não continuar de forma humilde, com os pés no chão”.

APOIO NO CONGRESSO
Se eleita, Marina procurará apoio da maioria dos partidos. Mas ela própria escolherá, diz Beto, as pessoas de legendas aliadas para estarem no governo. Ou seja, muitas siglas poderão estar numa eventual administração marinista, só que será sempre a presidente quem vai decidir quais quadros desejará para estar ao seu lado.

Como hoje essa prática não funciona, o candidato a vice pelo PSB acredita que possa ocorrer “um ou outro impasse”, mas um novo modelo de relação com o Congresso será perseguido.

O PSB espera fazer uma bancada próxima a 50 deputados nesta eleição. Hoje, tem apenas 24 cadeiras na Câmara. E quando a Rede Sustentabilidade, partido montado por Marina, estiver com registro na Justiça Eleitoral? “Ela não está obrigada a continuar no PSB. Nós sabemos disso. Nós pactuamos isso com ela. Isso não diminui a nossa responsabilidade com o governo da Marina. Ela pode e continuará tendo apoio irrestrito do Partido Socialista Brasileiro”.

AGRONEGÓCIO
Nesta quinta-feira (4), Marina Silva estará no Rio Grande do Sul num dos maiores eventos agropecuários do ano, a Expointer, que começou no último dia 30 e vai até o 7 de Setembro. A ideia é que a candidata faça um discurso de conciliação para o público local.

Segundo Beto, em síntese, Marina dirá que vai manter o crédito para o setor agropecuário e que não atrapalhará o agronegócio.

Como será a atuação do vice-presidente no caso de vitória de Marina? “Quem dará limites para o vice é a presidente”, responde.

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Marina acena ao mercado e promete autonomia para o Banco Central
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Fernando Rodrigues

Maria Alice Setubal, a Neca, coordenadora do programa de governo de Marina Silva, afirma que a candidata a presidente pelo PSB reafirmará os compromissos feitos anteriormente por Eduardo Campos (morto no último dia 13) a respeito de conceder autonomia formal, por lei, ao Banco Central.

Em entrevista ao UOL e à “Folha”, Neca disse que ao longo da campanha mais economistas “estarão se aproximando” e terão mais o perfil de “operadores” do mercado, para compensar a característica mais acadêmica da maioria dos atuais conselheiros de Marina nessa área –papel no momento de Eduardo Giannetti e André Lara Resende, entre outros.

Essa é uma tentativa de Marina se qualificar como uma candidata confiável aos olhos do establishment financeiro e empresarial. O programa de governo da campanha presidencial do PSB deve ser lançado no próximo dia 29. A candidata também estuda fazer um discurso ou um documento mais sucinto a respeito de seus compromissos na área econômica.

Na entrevista, Neca disse que a meta de inflação anual num eventual governo Marina Silva permanecerá em 4,5%, mas será perseguida uma política que permita fixar o percentual em 3% a partir de 2019.

Neca tem 63 anos e é uma das acionistas do Banco Itaú. Tornou-se amiga de Marina Silva desde a campanha de 2010. Com que frequência conversam? “Quase todo dia. A gente se fala por telefone bastante”.

A partir da consolidação de Marina como candidata a presidente, revela Neca, cresceram as ofertas de doações. “Acho que é o pragmatismo, saiu a primeira pesquisa…”, filosofa.

Sobre o risco de paralisia política no início de uma eventual administração federal marinista, por causa do pouco apoio no Congresso, a avaliação da coordenadora do programa de governo é que “o PSB é um partido que não é tão pequeno assim”. E haverá alianças. Cita alguns acertos eleitorais neste ano nos Estados “já com o PMDB”. E fala que Marina “tem certeza que muitas pessoas do PSDB e do PT vão estar fazendo parte do governo, no Executivo”.

Ao analisar o que considera erros do governo Dilma, faz a seguinte avaliação: “Ela tem uma incapacidade de ouvir. Desagrega. Acho que a Dilma reproduz uma liderança masculina. É aquela pessoa dura, que bate na mesa, que briga, que fala que ‘eu vou fazer, eu vou acontecer, eu sei’. Isso é, no estereótipo, uma liderança muito mais patriarcal do masculino, do coronelismo brasileiro”.

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Inflação não se combate com tiro de canhão, diz Guido Mantega
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Fernando Rodrigues

O ministro da Fazenda, Guido Mantega, afirma que o governo da presidente Dilma Rousseff seguirá sua “política gradualista” de combate à inflação e explicou por que considera este o melhor caminho, sem opção por uma “política heroica” ou um “tratamento de choque”.

Em tom crítico e de condenação, durante entrevista ao programa Poder e Política, do UOL e da “Folha”, Mantega disse que seria fácil reduzir a inflação rapidamente no Brasil: “É só colocar uma bala de canhão: chuta o juro para cima, a economia vai definhar, você vai ter recessão. Aí sim você vai ter uma inflação baixa. Mas aí é a paz do cemitério”.

Em sua opinião, quem promete inflação menor do que a meta atual de 4,5% “pode ter más intenções”. Que tipo de más intenções?

“Subir muito a taxa de juros. Como combatiam a inflação no passado? Era assim: valoriza o câmbio e sobe violentamente a taxa de juros (…). Já tivemos aqui no Brasil taxas de juros reais de 30% a 40%. Armínio Fraga [ex-presidente do Banco Central e conselheiro econômico de políticos do PSDB] praticou essas taxas. Tenho receio de que essa seja a política: dar um chute na taxa de juros. A taxa de juros vai diminuir a inflação causando uma recessão na economia, destruindo a economia”.

Segundo Mantega, esse tipo de política econômica “faria muito mal à economia e nós não faremos isso”, acrescentando que “jamais jogaremos nas costas da população o ajuste da crise mundial”.

Dentro de sua política gradualista, o ministro diz que será possível levar a inflação para o centro da meta, de 4,5%, em 2018. Será o último ano do mandato do próximo presidente. Ele especula um pouco sobre a taxa recuar para um nível mais baixo, mas dá a entender que essa seria uma situação excepcional. Ou seja, se Dilma Rousseff for reeleita, os brasileiros terão de conviver com um aumento de preços anual sempre acima de 4,5% durante todo o segundo mandato da petista.

Mantega promete uma novidade, já defendida por economistas de oposição: num eventual segundo mandato petista no Planalto, o ministro acha possível estreitar a banda de flutuação da meta de inflação. Hoje, a faixa de tolerância é de dois pontos percentuais, para mais ou para menos. Como o centro da meta que é de 4,5%, são aceitas taxas anuais que vão de 2,5% (o piso) a 6,5% (o teto).

O ministro da Fazenda sugere que uma nova administração dilmista reduzirá a banda atual de dois pontos para um ponto ou um ponto e meio percentual. Dessa forma, a inflação anual poderia ficar, no limite mais estreito, confinada numa faixa de 3,5% a 5,5%.

Mantega rebate as críticas de que a inflação esteja sendo contida artificialmente pelo represamento de preços. Afirma que, em sua avaliação, um tarifaço é “desnecessário”.

Em sua defesa, diz que o governo aumentou o preço de remédios, planos de saúde e energia. Indagado, então, sobre se os adversários do governo mentem ao dizer que é necessário um tarifaço no início de 2015, ele responde: “Não sei se mentem, mas podem ter más intenções”.

Lembrado que a própria estatal Petrobras reclama do represamento de preços da gasolina, o ministro, primeiro, diz que o governo tem aplicado, nos últimos anos, duas vezes ao ano para o combustível.

Em seguida, sinaliza que haverá um reajuste neste ano eleitoral. “Os preços vão subir”, afirmou, mas declara que o aumento “não pode ser exagerado, porque senão causará prejuízos a todo mundo”.

E insiste na receita de que, para estatal recuperar seu faturamento, o melhor caminho é “pelo aumento da produção”.

Durante a entrevista, o ministro demonstrou insatisfação com duas críticas recentes. Uma, do atual presidente da Fiesp (Federação das Indústrias de São Paulo), Benjamin Steinbruch, que afirmou que só “louco” investe no Brasil atualmente.

“Ele está redondamente equivocado”, disse Mantega, citando números de investimentos estrangeiros no país.

A outra crítica foi do ex-presidente do Banco Central Armínio Fraga (governo FHC), de que o governo Dilma está segurando artificialmente o preço do câmbio, numa espécie de populismo cambial.

“Ele está redondamente enganado”, retrucou, alfinetando o hoje principal economista aliado ao candidato a presidente pelo PSDB, Aécio Neves, ao dizer que “artificialismo” ocorreu no governo FHC. “Não seguramos inflação no câmbio; quem fez isso foram governos anteriores”.

Sobre as previsões de que o país pode ter registrado uma recessão técnica no primeiro semestre deste ano, Mantega prefere dizer que deve ter ocorrido um “crescimento pequeno, uma estabilidade”.

Reconhece, porém, que “não foi um bom resultado” e joga parte da responsabilidade sobre a Copa do Mundo. “[A Copa] foi um sucesso do ponto de vista de organização. Do ponto de vista da produção e do comércio, prejudicou.”

Em relação às previsões de que o governo não conseguirá cumprir a meta de economizar 1,9% do PIB (Produto Interno Bruto), o que já é admitido reservadamente por parte de sua equipe, o ministro concede que este “é um ano mais difícil”, mas insiste que continuará perseguindo o cumprimento da promessa.

Ao ser questionado sobre o motivo de a presidente Dilma não ter, até agora, sinalizado mudanças na política econômica num eventual próximo mandato, como chegou a ser sugerido pelo ex-presidente Lula, o ministro afirmou:

“Temos muitas coisas a consertar no Brasil. Só que você tem que olhar o saldo. Consertamos uma série de coisas, mas muitas coisas têm que ser consertadas”, afirmou, sem citar quais.

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