Blog do Fernando Rodrigues

Arquivo : fevereiro 2013

Lula receberá Henrique Alves na 6ª feira em São Paulo
Comentários Comente

Fernando Rodrigues

Tema do encontro será chegada de Alves, do PMDB, à Presidência da Câmara.

O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) receberá o novo presidente da Câmara dos Deputados, Henrique Eduardo Alves (PMDB), em seu instituto, em São Paulo. O encontro será na 6ª feira (22.fev.2013) e deverá começar às 15h.

Lula já havia telefonado para o Henrique Alves no dia em que ele foi eleito presidente da Câmara (4.fev.2013), segundo informou a assessoria do peemedebista. Agora, a reunião será uma cortesia pela chegada do aliado ao comando da Casa.

A vitória de Alves, aliás, tem tudo a ver com Lula. Foi no governo do petista que começou a valer o acordo de revezamento entre PT e PMDB na Presidência da Câmara. Donos das maiores bancadas de deputados, os 2 partidos combinam em quem votar para o cargo. Elegeram Arlindo Chinaglia (PT-SP) para o biênio 2007-2008, Michel Temer (PMDB-SP) para 2009-2010 e Marco Maia (PT-RS) para 2011-2012. Agora, na vez do PMDB, o cargo ficou com Henrique Alves (PMDB-RN).

O blog está no Twitter e no Facebook.


2014 está no ar
Comentários Comente

Fernando Rodrigues

BRASÍLIA – O PT promove hoje um “rendez-vous” para celebrar os 33 anos de sua fundação e os dez anos no comando da República. Será o primeiro ato da campanha de reeleição de Dilma Rousseff. Leia mais (para assinantes do UOL e da Folha).


No Brasil, 28% acham que política é coisa de homem
Comentários Comente

Fernando Rodrigues

Ainda assim, no ranking das Américas, país é o 2º menos machista na política

Maioria dos brasileiros também aprova gays, negros e deficientes nas eleições.

Universidade dos EUA pesquisou 26 países americanos.

Para 28% dos brasileiros, política é coisa de homem. Esse é o percentual dos que concordaram, em uma pesquisa internacional, com a afirmação de que os homens são melhores líderes políticos do que as mulheres.

Ainda assim, o Brasil é mais favorável à participação das mulheres na política do que a maioria de seus vizinhos.

Recém divulgado pela Universidade de Vanderbilt, nos EUA, o estudo “Barômetro das Américas” mostra que o Brasil é, na região, o 2º país que menos concorda com a superioridade dos homens na política.

De acordo com a pesquisa, o Uruguai é o país que menos concorda com a afirmação (26,6% dos entrevistados concordaram), mas quase empatado numericamente com o Brasil (28%), que vem em seguida. Depois aparecem os EUA (30,1%). Na outra ponta, os países que mais concordam com a afirmação de que os homens são melhores líderes do que as mulheres são Guiana (53,3%), República Dominicana (47,9%) e Haiti (42,1%).

No quadro geral da pesquisa, 48,6% dos entrevistados em 26 países discordam da ideia de que os homens são os melhores líderes. Outros 25,7% discordam fortemente dessa ideia. Os que concordam são 18,6%. E os que concordam fortemente, 7,1%.

Mulheres e corrupção
No Brasil, segundo o estudo, as mulheres também são menos associadas à corrupção na política do que os homens. Para 68,1% dos entrevistados brasileiros, o homem é mais corrupto do que a mulher na política.

Minorias
O Brasil também aparece na pesquisa entre os países mais favoráveis à participação de negros, gays e deficientes na política. A afirmação de que pessoas de pele escura não se saem bem como líderes políticos teve a 3ª menor aprovação entre brasileiros (19,3%). No Uruguai 15,4% concordaram; e em Trinidade e Tobago, 17%.

Sobre o direito de gays disputarem cargos públicos, o Brasil foi o 4º país que mais aprovou a ideia (64,4% de aprovação). Ficou atrás de Canadá (77,8% de aprovação), Uruguai (77,6%) e EUA (73,9%).

O país também foi o 4º que mais aprovou a participação de deficientes nas eleições (83,1% de aprovação). Os mais favoráveis à ideia são EUA e Uruguai (88,8% de concordância em cada um) e Canadá (87%).

Metodologia
A pesquisa “Barômetro das Américas”, do Projeto de Opinião Pública Latino-Americana da Universidade de Vanderbilt, ouviu 41.632 pessoas de 26 países americanos, incluindo Américas do Norte, do Sul e Central. No Brasil foram entrevistadas 1.500 pessoas de 1º.mar.2012 a 18.abr.2012. A margem de erro para os dados referentes ao Brasil é de 2,5 pontos percentuais para mais ou para menos (a mesma da maioria dos países pesquisados). A íntegra da pesquisa pode ser acessada aqui.

O blog está no Twitter e no Facebook.


FHC diz que PT parece “criança” e faz “picuinha” sobre governo tucano
Comentários Comente

Fernando Rodrigues

Em vídeo, ex-presidente diz que gostaria que os petistas fossem “mais felizes”

Tucano responde previamente a comparação entre governos do PT e do PSDB

O ex-presidente Fernando Henrique Cardoso acaba de postar um vídeo na internet no qual rebate previamente a comparação entre as administrações do PT e do PSDB no Palácio do Planalto. Os petistas fazem uma festa amanhã (20.fev.2013) pelos 33 anos da fundação da sigla e 10 anos no comando da República.

FHC governou o Brasil por 8 anos, de 1995 a 2002. No vídeo, diz achar “uma coisa engraçada” a forma “de o PT comemorar”. Para o tucano, que aparenta estar de bom humor, o PT “em vez de ficar satisfeito com o que fez, não, ficam falando o que o outro não fez”. O PT governa o Brasil há 10 anos: de 2003 a 2010, com Lula, e de 2011 até agora, com Dilma Rousseff.

O tucano defende “comemorar a vitória do Brasil”, e não ficar “o tempo todo olhando pra trás”. Para FHC, “isso é coisa de criança, parece picuinha”. Na sua festa neste 20.fev.2013, o PT pretende apresentar números para argumentar que administra melhor o país do que na época do PSDB.

“Ainda bem que eu já estou maduro o suficiente para deixar para lá. Eles são assim mesmo. O que eu vou fazer? Preferiria que eles fossem mais espontâneos, mais felizes com o que estão fazendo e com o que o Brasil está fazendo. Mas cada um tem seu jeito. Deixa lá”.

Eis o vídeo de 48 segundos postado no Observador Político:

Eis a íntegra da fala de FHC:

Uma coisa engraçada é o modo de o PT comemorar. Em vez de ficar satisfeito com o que fez, não, ficam falando o que o outro não fez. E esquecem… Eles pensam que o Brasil começou agora. Não começou. No meu governo, eu mudei o rumo do Brasil, que estava muito desorganizado. Mas eu sei reconhecer o que no passado se fez de bom no Brasil. E cada vez que o PT acerta, meu Deus, é bom para o Brasil. O mal é quando ele erra. Quando atrapalha a Petrobras, atrapalha a Eletrobras. Aí, complica. Complica não é a mim, complica o Brasil. Mas é curioso. A gente deve comemorar a vitória do Brasil, e não ficar o tempo todo olhando pra trás. Isso é coisa de criança, parece picuinha. Meu Deus. Ainda bem que eu já estou maduro o suficiente para deixar para lá. Eles são assim mesmo. O que eu vou fazer? Preferiria que eles fossem mais espontâneos, mais felizes com o que estão fazendo e com o que o Brasil está fazendo. Mas cada um tem seu jeito. Deixa lá”.

O blog está no Twitter e no Facebook.


Américas são favoritas na escolha do novo papa, diz especialista
Comentários Comente

Fernando Rodrigues

Número de fiéis e contexto mundial da Igreja serão levados em conta.

Para Fabrizio Battistelli, Conclave escolherá líder de uma grande comunidade.

A América Latina é a região com mais chances de ter um de seus cardeais escolhido como o novo papa. Isso porque o principal critério de escolha do novo chefe da Igreja Católica será o tamanho da comunidade representada por ele. A opinião é de Fabrizio Battistelli, diretor do Departamento de Ciências Sociais da Universidade de Roma “La Sapienza” e autor do livro “O Conclave” –ficção baseada em fatos históricos do conclave de 1740, relançada poucos dias antes da renúncia do papa Bento 16 e que relata métodos lícitos e ilícitos de enfrentamento entre facções da Igreja.

“As Américas, sobretudo a América Latina, são favoritas graças ao peso de suas respectivas comunidades”, afirmou Battistelli em entrevista concedida ao Blog para Fábio Brandt, na última 6ª feira (15.fev.2013).

Para o professor, vivemos “tempos maduros” favoráveis à escolha de um não europeu. A mudança na Igreja também ganha força, diz o especialista, por causa de uma imagem ruim do trabalho de italianos e de europeus em geral na cúpula da instituição.

Segundo Battistelli, a cúpula do Vaticano pode ser muito afetada pelos escândalos revelados pelo “Vatileaks” –vazamento de cartas confidenciais de Bento 16. “Está difundido o desejo de um bom administrador, sólido e íntegro.”

Abaixo, trechos da entrevista concedida por Fabrizio Battistelli ao Blog:

 

Blog: Este conclave pode escolher um papa não europeu?
Fabrizio Battistelli: Sim, os tempos são maduros. O requisito é que o candidato represente uma ampla comunidade católica. Então, pela ordem: América Latina, EUA-Canadá. Menos provável que seja da África, e menos ainda da Ásia, com exceção das Filipinas.

Então América Latina e América do Norte são favoritas por causa do número de fiéis?
As Américas, sobretudo a América Latina, são favoritas graças ao peso de suas respectivas comunidades. Isso, hoje, parece-me o critério principal, ainda que não possamos dizer que seja o único. Pesarão também a personalidade e referências do candidato, mas pesarão menos depois dos 2 últimos papas escolhidos com base na personalidade: o carismático Woytila e o intelectual Ratzinger. É difundido o desejo de um bom administrador, sólido e íntegro.

Mesmo sendo favoritos pelo número de fiéis, cardeais das Américas podem competir politicamente com europeus? Eles participam do jogo político no Vaticano?
Sim. Hoje eles podem competir, ainda mais depois do pouco oferecido pelos cardeais italianos e pelos europeus em geral.

Quais são os cardeais favoritos?
A única previsão séria, na minha opinião, refere-se à comunidade representada. É facílimo errar nomes. E os vaticanistas têm errado regularmente. Poucos, ou ninguém, previram os 2 maiores papas do século 20: João XXIII e João Paulo II. Desconfie dos nomes que circulam. Circulam, frequentemente, para queimá-los. Um antigo provérbio de Roma diz: “Quem entra no conclave como papa, sai como cardeal”.

No Brasil, fala-se que d. Odilo Scherer, arcebispo de São Paulo, é um dos favoritos.
Ele preenche, seguramente, o requisito 1 [representar uma grande comunidade católica]. Mas, concretamente, não temos nenhum indício neste sentido [de que ele possa ser o novo papa].

Nos últimos 10 anos, a Igreja Católica perdeu, no Brasil, cerca de 1,6 milhão de fiéis, enquanto protestantes ganharam 10 vezes esse número. Isso favorece a escolha de um papa brasileiro?
É difícil dizer. De um lado, a Igreja pode querer reforçar sua presença na nação que mais tem católicos no mundo. De outro, a tendência é punir a Igreja local.

O livro “Sua Santidade, as cartas secretas de Bento 16” [de Gianluigi Nuzzi] mostra muitos problemas no Vaticano. A maioria dos envolvidos são italianos. Podemos pensar que, por isso, os cardeais italianos não têm chances?
Sim, o forte protagonismo de religiosos italianos pode atingir aquilo que é ainda o núcleo da Cúria [conjunto de órgãos da administração do Vaticano].

Qual será o papel de Bento 16 no conclave? E depois do conclave?
Dado o temperamento do pontífice, provavelmente ele terá um papel reduzido, com tendência a zero. Mas não temos precedentes para fazer previsões. Quem diz que esperava [a renúncia], que havia indícios da demissão, diz bobagem. Aquilo que aconteceu era inimaginável até uma semana atrás.

O blog está no Twitter e no Facebook.


Poder e política na semana – 18 a 24.fev.2013
Comentários Comente

Fernando Rodrigues

Esta é a 1ª semana útil do ano para os políticos em Brasília. O Congresso deverá voltar a ter sessões de votação e suas comissões temáticas voltarão a se reunir. Deputados e senadores deverão se ocupar da votação do Orçamento de 2013, que ainda não foi aprovado, e de achar uma solução para votar vetos presidenciais. Querem colocar em pauta o veto dado ao projeto de redistribuição dos royalties do petróleo, mas o STF determinou que votem primeiro os mais de 3 mil vetos anteriores.

Os principais eventos da semana, no entanto, serão partidários. Na 4ª feira (20.fev.2013) Lula e Dilma Rousseff estarão juntos no Anhembi, em São Paulo, para um evento do PT. Vão comemorar 10 anos do partido na Presidência da República e também os 33 anos da sigla. Lula ainda deve proferir a 1ª de uma série de palestras que quer fazer até o fim do ano sobre resultados da gestão petista.

Nesta semana será possível também medir o impacto inicial do lançamento do novo partido de Marina Silva. Ela fez um evento público em Brasília no último sábado (16.fev.2013) e agora trabalha para recolher as cerca de 500 mil assinaturas necessárias para formalizar sua sigla junto à Justiça Eleitoral.

A presidente Dilma, depois de passar o Carnaval na Bahia, anunciará medidas relacionadas ao Plano Brasil Sem Miséria, na 3ª feira (19.fev.2013). No mesmo dia, receberá o presidente do BID, Luis Alberto Moreno, e irá ao Encontro Nacional das Mulheres Camponesas. Na 4ª feira (20.fev.2013), antes de ir a São Paulo para o evento do PT, Dilma receberá em Brasília o primeiro-ministro da Rússia, Dmitri Medvedev.

Na 6ª feira (22.fev.2013), a presidente estará na África. Ela irá à Guiné Equatorial para a Cúpula América do Sul-África, e, depois, à Nigéria.

Nos próximos dias o governo também terá que se preocupar com possível greve dos portos. A Força Sindical, comandada pelo deputado Paulinho da Força (PDT-SP), tem feito campanha contra a Medida Provisória que redefine o modelo portuário do país. Na 3ª feira, em Brasília, sindicatos do setor deverão definir calendário de manifestações.

Na 5ª feira (21.fev.2013), o PPL (Partido Pátria Livre) terá 5 minutos em rede nacional. A sigla foi criada em 2011 e não tem nenhum deputado federal. Seu único representante no Congresso é um suplente de senador –João Costa, do Tocantins– que não recebeu nenhum voto na eleição para o Senado e só ficará no cargo até o titular, Vicentinho Alves, do Partido da República, voltar da licença. O Blog calculou quanto os senadores “sem-voto” gastaram do dinheiro do Senado nos últimos 2 anos: R$ 5 milhões.

Dois fatos podem também ocorrer nesta semana: definição do nome do ministro que vai ocupar a cadeira deixada por Ayres Britto, no STF (aqui, alguns dos cotados), e alguma pista mais segura sobre como será a dança das cadeiras na Esplanada dos Ministérios. Essas duas decisões estão exclusivamente com a presidente da República.

No domingo (24.fev.2013), a Itália elegerá seu novo governo. Silvio Berlusconi, que renunciou ao governo em 2011, pode voltar ao poder. Além da troca de comando, o país chama atenção da comunidade internacional por causa da sucessão do papa Bento 16. O Vaticano, Estado independente onde a Igreja Católica é soberana, fica dentro de Roma, a capital italiana.

A seguir, o drive político da semana:

 

Segunda (18.fev.2013)
Dedão de Dilma – presidente iria a Pernambuco, mas machucou o dedão do pé direito durante o Carnaval e cancelou a viagem. A Secretaria de Comunicação da Presidência informou que Dilma terá apenas “despachos internos” nesta 2ª feira.

Temer em São Paulo – vice-presidente da República, do PMDB, falará para cerca de 400 empresários conselheiros da Fiesp na sede da entidade presidida por Paulo Skaf, também filiado ao PMDB. Começará às 11h.

MP dos Portos – a Força Sindical, presidida pelo deputado Paulinho da Força (PDT-SP), irá ao Porto de Santos às 6h para dizer aos trabalhadores que o texto do Executivo torna precárias suas condições de trabalho. O governo quer evitar greve do setor.

Governo e a infraestrutura – Gleisi Hoffmann (Casa Civil), Antonio Patriota (Relações Exteriores) e Bernardo Figueiredo (Empresa de Logística) falarão sobre projetos de infraestrutura a embaixadores estrangeiros, no Itamaraty. Em breve, eles deverão ir ao exterior para buscar investidores.

Comissões do Senado – senadores deverão começar a definir os comandos de suas comissões temáticas. Esses grupos tratam de assuntos ligados a alguns setores –como educação, turismo, relações exteriores e economia– e podem elaborar projetos de lei, além de convidar empresários e autoridades a prestar explicações sobre suas atividades.

STF e a TV a cabo – Tribunal fará audiência pública sobre a nova legislação da TV por assinatura e as ações que a contestam. Especialistas foram convidados para falar. Em 25.fev.2013 o STF continuará a audiência.

Brasil e o Suriname – o ministro das Relações Exteriores do Suriname, Winston Lackin, será recebido por Antonio Patriota em Brasília. Entre os temas da conversa estará “eventual interconexão elétrica entre os dois países”, divulgou o Itamaraty.

Pedágio automático – a ANTT aceita sugestões sobre a arrecadação automática de pedágio nas rodovias federais concedidas. A agência recolhe informações para adotar o procedimento em estradas já concedidas e nas próximas licitações. Interessados podem enviar sugestões, até 15.mar.2013, pelo site da ANTT ou pelo e-mail ts004_2013@antt.gov.br.

Inflação – FGV publicará IPC-S.

Eleição na Armênia – país do Cáucaso fará eleições presidenciais.

 

Terça (19.fev.2013)
Dilma e a miséria – no Palácio do Planalto, presidente anunciará medidas relacionadas ao Plano Brasil Sem Miséria. Depois, às 15h, receberá o presidente do Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID), Luis Alberto Moreno.

Dilma e as mulheres – no fim da tarde, às 17h, a presidente deverá ir ao Encontro Nacional das Mulheres Camponesas. Será no Parque da Cidade, em Brasília.

Orçamento 2013 e vetos presidenciais – serão os temas da reunião do Congresso Nacional convocada por Renan Calheiros (PMDB-AL), que é presidente do Senado e tem a função de comandar as reuniões conjuntas da Câmara e do Senado.

Governo encrencado – sem que o orçamento deste ano seja aprovado por deputados e senadores, o governo só pode fazer gastos básicos, sem autorização para grandes investimentos. Já os vetos são um problema porque, se forem colocados em pauta como sugeriu o STF, leis que aumentam gastos públicos poderão entrar em vigor. O prejuízo pode chegar a R$ 471,3 bilhões, como noticiou a “Folha”.

Greve dos portuários – categoria ameaça paralisação e fará plenária em Brasília para definir manifestações contra a MP 595, que redefine o modelo portuário brasileiro. O deputado Paulinho da Força (PDT-SP), presidente da Força Sindical, tem tomado a frente do movimento.

Alckmin e os deputados – governador de São Paulo, do PSDB, convidou os 70 deputados federais de seu Estado para café da manhã. Quer que todos votem juntos em questões como a dos royalties do petróleo. O tucano é contra derrubar o veto de Dilma, o que permitiria que recursos paulistas fossem redistribuídos para outros Estados.

Juízes e o patrocínio privado – Conselho Nacional de Justiça (CNJ) deverá retomar votação de medida que proíbe magistrados de aceitarem hospedagem e transporte pagos por empresas em seus eventos. O assunto começou a ser discutido em 5.fev.2013, quando 6 conselheiros votaram a favor da proibição.

Rollemberg e o Código do Consumidor – senador do PSB-DF preside comissão do Senado que avalia mudanças na lei e fará audiência pública sobre o tema nesta 3ª feira. Nos bastidores da política é sabido que Rollemberg é pré-candidato ao governo do Distrito Federal em 2014.

Emprego em São Paulo – Fiesp divulgará às 11h seu Índice de Nível de Emprego da Indústria de São Paulo referente a janeiro de 2013.

Comércio – IBGE divulgará pesquisa mensal de comércio.

Inflação Fipe divulgará IPC referente ao período de 16.jan a 14.fev.2013. FGV publicará IGP-M Segundo Decêndio e IPC-S Capitais.

 

Quarta (20.fev.2013)
Lula e Dilma em São Paulo – petistas participarão de ato em comemoração aos 10 anos em que governam o país. Também vão comemorar o aniversário de 33 anos do partido, completados em 10.fev.2013. Foram convidados presidentes das siglas aliadas, como PSB (Eduardo Campos) e PMDB (Valdir Raupp).

Palestra de Lula – o ato do PT será no Anhembi e incluirá a 1ª de 13 palestras temáticas que o ex-presidente quer fazer até o fim do ano sobre resultados dos governos petistas.

Dilma e a Rússia – antes de ir a São Paulo, presidente receberá em Brasília, às 9h30, o primeiro-ministro russo, Dmitri Medvedev.

Temer e a Rússia – o vice-presidente da República presidirá junto com Medvedev a 6ª Assembleia do Comitê de Cooperação Russo-Brasileira.

Medvedev na América Latina – depois do Brasil, primeiro-ministro russo visitará Cuba, de onde irá embora na 6ª feira (22.fev.2013).

CNJ e a Copa – Conselho Nacional de Justiça vai criar o “Fórum Nacional de Coordenação de Ações do Poder Judiciário”. Será um órgão que deve preparar o Judiciário para tratar de fatos relacionados à Copa de 2014 e às Olimpíadas de 2016.

América do Sul e África – a 3ª Cúpula de países dos 2 continentes ocorrerá em Malabo, capital da Guiné Equatorial, até sábado (23.fev.2013).

 

Quinta (21.fev.2013)
PPL na TV – Partido Pátria Livre, criado em outubro de 2011, terá 5 minutos em rede nacional. Das 20h às 20h05 no rádio. Das 20h30 às 20h35 na TV. A sigla não tem nenhum deputado federal.

Indústria – CNI divulgará Índice de Confiança do Empresário Industrial (Icei).

 

Sexta (22.fev.2013)
Dilma na Guiné Equatorial – presidente chegará ao país africano para participar da Cúpula América do Sul-África.

Indústria – CNI publicará a Sondagem Industrial e a Sondagem da Indústria da Construção.

Inflação – IBGE divulgará Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo 15.

 

Sábado (23.fev.2013)
Dilma na Nigéria – presidente aproveitará ida à África para visitar outro Estado da região.

 

Domingo (24.fev.2013)
Eleição na Itália – país elegerá um novo parlamento e também um novo governo. Silvio Berlusconi, que deixou o governo em 2011 por causa de escândalos, é candidato.

 

O blog está no Twitter e no Facebook.


Heloísa Helena lança Marina Silva ao Planalto
Comentários Comente

Fernando Rodrigues

ex-senadora alagoana vocaliza candidatura e torna o projeto público

Helena também diz estar feliz em ser “soldado conduzido por Marina”

Coube à ex-senadora Heloísa Helena (PSOL-AL) a tarefa de vocalizar hoje (16.fev.2013) o que era já mais do que conhecido nos bastidores: lançar publicamente Marina Silva a presidente da República em 2014.

Helena discursou neste sábado, em Brasília, no evento de fundação da sigla da colega, que também foi senadora pelo PT do Acre.

Conhecida por ter disputado a Presidência da República pelo PSOL em 2006, e pelo temperamento explosivo, Heloísa Helena acabou solapando os esforços de outros políticos marinistas que tentaram nos últimos dias apagar o rótulo de “partido da Marina” para a nova legenda. Tudo o que se viu hoje em Brasília foi a construção de uma agremiação que vai gravitar em torno de Marina Silva e de sua liderança.

“Fico muito feliz em ser soldado conduzido por você, Marina!”, disse Helena, segundo relata o repórter Fábio Brandt. A ex-senadora alagoana encerrou seu discurso puxando um coro, seguido pelos militantes presentes: “Brasil, urgente! Marina presidente”.

A rigor e de fato, Marina Silva é a primeira candidata lançada publicamente para a corrida presidencial de 2014. Até o momento, é sabido que a presidente Dilma Rousseff (PT) vai concorrer, mas o assunto nunca é tratado em público, de maneira aberta. O mesmo ocorre com outros possíveis candidatos de partidos do establishment, Aécio Neves (PSDB) e Eduardo Campos (PSB), que só comentam o assunto nos bastidores.

Antes de Heloísa Helena, quem discursou foi João Paulo Capobianco, que coordenou a campanha presidencial de Marina em 2010. Ele afirmou várias vezes que era equivocado dizer que o partido seria “da Marina”. Antes dele, a própria Marina disse que a ideia da nova legenda é que cada militante seja protagonista e não dirigido pelo partido.

Tudo em vão. O partido será mesmo “o partido da Marina”.

O blog está no Twitter e no Facebook.


A pureza pela metade
Comentários Comente

Fernando Rodrigues

BRASÍLIA – O novo partido político a ser lançado hoje pela ex-senadora Marina Silva não deseja receber doações eleitorais de empresas “sujas”. Estão excluídos fabricantes de bebidas alcoólicas, cigarros, armas e agrotóxicos. Leia mais (para assinantes do UOL e da Folha).


“Nem oposição nem situação”, diz Marina sobre nova sigla
Comentários Comente

Fernando Rodrigues

ex-senadora quer  legenda sem “ativismo dirigido” e sim com “ativismo autoral”

militante do partido não será apenas expectador, mas terá papel de “protagonista”

A ex-senadora Marina Silva afirmou no evento de fundação de seu novo partido, este sábado (16.fev.2013), que a nova sigla não é de oposição nem de situação. Segundo ela, o necessário é tomar posições, apoiando acertos do governo e criticando os erros.

A fala de Marina remete a um declaração do ex-prefeito de São Paulo Gilberto Kassab. Ao lançar em 2011 o seu partido, o PSD, ele declarou que a legenda não era centro nem de direita nem de esquerda.

“Me perguntam se somos posição ou oposição à Dilma. Eu digo: nem posição nem oposição”, afirmou Marina, segundo relata o repórter Fábio Brandt, que está presente ao evento. Em seguida, a pré-candidata a presidente em 2014 disse que o bom trabalho do governo deve ser apoiado e o mau trabalho criticado –caso do projeto do novo Código Florestal.

Na entrevista coletiva na tarde de sábado, Marina Silva foi perguntada a respeito da atitude de seu novo partido e repetiu que a sigla não será “nem oposição nem situação”.

Em suas declarações, Marina deixa claro que o tema preferencial do novo partido deverá ser o ambiental. Para ela, trabalhar pelo bem comum nos tempos de hoje é “produzir a economia de baixo carbono, proteger a água, proteger as florestas”.

Marina também criticou o PT, seu antigo partido, mesmo que sem citar o nome da legenda de Lula e de Dilma Rousseff. Essa critica ficou evidente quando ela disse que já fez parte de um “processo de sacralização [de um partido”, algo que, segundo ela, “não deu certo”.

Outra critica velada ao PT ocorreu quando Marina criticou o que chamou de “ativismo dirigido”. Isso ocorre, segundo ela, quando a atuação dos militantes é dirigida “pelo partido, pelo sindicato, pelo CA [Centro Acadêmico, de estudantes], pelo DCE [Diretório Central doa Estudantes]”. Todas essas instituições foram fundamentais para a formação do PT.

Para Marina, o mundo atual, da internet e das redes sociais, deve trocar o “ativismo dirigido” pelo “ativismo autoral”, em que o ativista “não é mais expectador, é protagonista”.

O blog está no Twitter e no Facebook.


No evento de Marina, caneca é ecológica
Comentários Comente

Fernando Rodrigues

Todos os presentes ao evento de fundação do novo partido de Marina Silva neste sábado (16.fev.2013) receberam uma caneca de plástico.

Marina já foi ministra do Meio Ambiente no governo Lula e candidata a presidente da República pelo Partido Verde, em 2010, quando ficou em terceiro lugar, com 20% dos votos.

Nenhum copo descartável está disponível ao lado dos filtros colocados no auditório do Unique Palace, em Brasília, onde acontece o evento de lançamento da nova sigla.

Abaixo, a foto da caneca ecológica, enviada pelo repórter Fábio Brandt. O material usado se assemelha a uma fibra, aparentemente produzida a partir de itens reciclados:

O blog está no Twitter e no Facebook.