Blog do Fernando Rodrigues

Arquivo : José Eduardo Cardozo

Governo errou antes e depois dos protestos
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Fernando Rodrigues

Nos últimos dias, PT e Planalto tentaram desqualificar manifestações

Entrevista de ministros após os atos mostra discurso desafinado

Rossetto-Carodozo

Os ministros Miguel Rossetto (esq.) e José Eduardo Cardozo falam sobre os protestos

O governo da presidente Dilma Rousseff conseguiu errar antes e depois dos protestos deste domingo (15.mar.2015) em todo o país.

Nos últimos dias e semanas, o PT e o Palácio do Planalto trabalharam para tentar desqualificar previamente as marchas de protesto. Nas redes sociais, simpatizantes dilmistas classificavam os manifestantes de “elite branca”, “coxinhas”, “varanda gourmet” e “almofadinhas”. A crítica mais benigna dos governistas era que haveria pouca gente ou que apenas setores da classe média sairiam de casa no domingo.

A forte adesão de centenas de milhares de pessoas destruiu os argumentos petistas e do Planalto. Segundo o Datafolha, São Paulo teve a maior manifestação política (210 mil pessoas) desde as Diretas-Já, em 1984.

Passadas as marchas, a presidente Dilma Rousseff escalou dois ministros para falar com repórteres. Miguel Rossetto (Secretaria Geral da Presidência) e José Eduardo Cardozo (Justiça) apareceram para a entrevista com camisas sociais azuis, sem gravata, ternos desalinhados e semblantes de derrotados. Nessas horas, imagem é quase tudo.

Mas o conteúdo ainda foi mais desalentador para o governo. Um ministro (Cardozo) começou com uma fala mais humilde falando em respeito à democracia. O outro (Rossetto) começou classificando os manifestantes como eleitores que votaram contra Dilma Rousseff em 2014. Disse também que “não é legítimo o golpismo, a intolerância, o impeachment infundado que agride a democracia”. Mas como o ministro Rossetto sabe que todos os que foram às ruas queriam o impeachment e votaram contra Dilma?

Tudo somado, Rossetto e Cardozo não trouxeram em suas falas nada que pudesse minimizar o mau humor de brasileiros que estão protestando. Sem contar as velhas desculpas do tipo “o Brasil só melhora depois de uma reforma política”.

Para Cardozo, “a atual conjuntura aponta para uma necessária mudança no nosso sistema político-eleitoral (…) é um sistema anacrônico que constitui a porta de entrada principal para a corrupção no país. Então, é preciso mudá-la por meio de uma ampla reforma política”.

Ocorre que o governo federal é comandado pelo PT há 12 anos. Durante algum tempo, o presidente no poder (Lula) teve mais de 80% de aprovação popular. Mesmo assim, a administração federal petista não se sentiu compelida a promover uma reforma política. Dizer que agora tudo depende de leis mais rígidas e de uma reforma política é uma possível saída retórica. Mas a eficácia desse argumento é frágil.

Quem conversa com os assessores de Dilma Rousseff sente que o problema no momento parece ser a grande incapacidade do Palácio do Planalto de reconhecer o que está se passando na sociedade. E, em seguida, ter presença de espírito para fazer algum tipo de autocrítica para reconquistar uma parte da confiança perdida entre os brasileiros.

O país passa por um momento curioso do ponto de vista sociológico. A demonstração de indignação se transformou quase numa forma de relacionamento social. Os amigos vão ao restaurante, o garçom demora para atender e em segundos alguém está falando alto: “É um absurdo. O Brasil não dá mais. Nada funciona”. Pode-se gostar ou não dessa atitude, mas cenas assim estão se tornando cada vez mais comuns.

O pior para quem está no governo é não entender esse “zeitgeist”, esse espírito do tempo que parece estar tomando conta de parte da sociedade brasileira, sobretudo nos grandes centros urbanos.

As imagens da TV mostraram desde cedo no domingo mais de uma dezena de cidades com protestos de pessoas nas ruas. A TV Globo transmitiu vários flashes ao vivo. As TVs de notícias 24h (GloboNews, BandNews e RecordNews) ficaram quase 100% do tempo com imagens dos atos públicos.

País de tradição abúlica, o Brasil tem poucos episódios de grandes passeatas. Teve a direita em 1964. As Diretas-Já, em 1984/85. O impeachment de Collor, em 1992. As jornadas de junho de 2013, que protestaram contra quase tudo, principalmente contra a política tradicional.

Como se observa na história, o Brasil às vezes passa 10 anos ou mais entre um momento e outro de grandes protestos. Agora, essa distância parece estar se estreitando. Menos de 2 anos depois das marchas de junho de 2013 há um novo protesto generalizado. É um fato raro.

O Brasil não é a Argentina ou outros países latinos nos quais é comum a população ir às ruas reclamar.

O que se passou neste domingo –sem fazer juízo de valor sobre determinadas propostas que apareciam nas faixas dos manifestantes– tem grande relevância política.

Goste ou não dos manifestantes, o governo Dilma às vezes demonstra não entender que a tessitura do grupo que foi às ruas neste 15 de março é muito semelhante à das massas que fizeram as Diretas-Já e o impeachment de Collor.

Sem uma reação melhor do que a entrevista dos ministros Rossetto e Cardozo será difícil a presidente Dilma se recuperar politicamente.

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Brasil e França acertam “caminho rápido” para governo ter dados do HSBC
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Fernando Rodrigues

Ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo se reuniu com embaixador francês

Governo quer dados bancários para investigar “no âmbito criminal e fazendário” os brasileiros com contas na Suíça

Pedro Ladeira/Folhapress - 7.nov.2013

José Eduardo Cardozo cogita viajar à França para acelerar a obtenção do acervo de dados do HSBC

Fernando Rodrigues
Do UOL, em Brasília

O ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, teve uma reunião na semana passada com o embaixador da França no Brasil, Denis Pietton, e discutiu todas as possibilidades de colaboração para ter acesso aos dados dos clientes brasileiros na agência de “private bank” do HSBC de Genebra, na Suíça.

“Estive na reunião com o assessor especial da Presidência, Marco Aurélio Garcia. O embaixador francês foi muito solícito e nos disse que o pedido deve ser enviado a um juiz de instrução, na França, e que certamente seria concedida a autorização para termos acesso aos dados e receber tudo. Será um caminho rápido, de alguns dias. Embora não seja possível dizer exatamente quando chegam os dados”, relata Cardozo.

Se for necessário, o ministro disse que pode viajar à França para acelerar o processo. “Todos esses fatos devem ser apurados com muito rigor. Mas precisamos, primeiro, ter acesso oficial às informações. Só assim será possível investigar no âmbito criminal, por meio da Polícia Federal, e no âmbito fazendário, com a Receita Federal”.

Cardozo disse ter considerado as revelações publicadas na 5ª feira (12.mar.2015) no UOL e no jornal “O Globo” “de grande abrangência e mostrando como se trata de algo que merece ser averiguado”.

Embora os dados sejam de uma agência do HBSC na Suíça, é o governo francês que teve acesso a todo o acervo de informações por meio de um ex-funcionário daquela instituição bancária, Hervé Falciani. Ele retirou tudo do escritório do banco em Genebra e entregou os arquivos para o governo da França.

Em 2010, a então ministra da Economia da França, Christine Lagarde, repassou os dados para o governo da Grécia. Mais adiante, as informações foram fornecidas para outros países que se interessaram –como Reino Unido, Bélgica e Espanha. A Argentina recebeu os arquivos no ano passado, 2014.

São cerca de 106 mil clientes (8.667 relacionados ao Brasil) que mantinham perto de US$ 100 bilhões no HSBC de Genebra, nos anos de 2006 e 2007, segundo informações compiladas pelo Consórcio Internacional de Jornalistas Investigativos, que comanda a investigação desse caso em parceria com o jornal francês “Le Monde”. No caso do Brasil, o saldo total das contas é de aproximadamente US$ 7 bilhões. A apuração brasileira está sendo publicada no UOL e no “Globo”.

Segundo José Eduardo Cardozo, o acordo de cooperação na área judicial entre Brasil e França deverá facilitar o acesso aos dados.

O acordo em vigor entre o Brasil e a Suíça é mais restrito do que o firmado com o governo francês e não autoriza fornecer informações apenas com base em possíveis crimes fiscais ou de evasão de divisas.

Lei permite recuperar os US$ 7 bi na Suíça, diz ex-secretário da Receita

Os brasileiros “encrencados” com a Justiça que tinham conta no HSBC da Suíça

Leia tudo sobre o caso SwissLeaks-HSBC no Brasil

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“Torcem e retorcem o que eu digo”, afirma Joaquim Barbosa
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Fernando Rodrigues

Ex-ministro do STF diz que recebia advogados

Mas condena interferência política em processos judiciais

O ex-ministro do Supremo Tribunal Federal Joaquim Barbosa voltou a critica no Twitter o episódio no qual o ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, recebeu advogados de acusados de corrupção na Operação Lava Jato.

Barbosa foi criticado por advogados e defensores de Cadozo, que o acusaram o ex-ministro do STF de ter aversão ao contato com advogados.

“Incrível como torcem e retorcem o que eu digo!”, rebateu Barbosa hoje (19.fev.2015) à tarde, na sua conta no Twitter.

Segundo ele, houve um “desvirtuamento”, pois “passou-se a falar sem parar sobre direito de advogado ser recebido por autoridades” e que ele “não recebia advogados”.

O ex-ministro do STF diz que recebia advogados. Citou o caso em que aceitou conceder uma audiência a Márcio Thomas Bastos (1935-2014) quando comandava o julgamento do mensalão.

“Bastos pediu-me para ser recebido. Recebi-o, na presença do PGR [procurador-geral da República]”, escreveu Joaquim Barbosa –sugerindo que, entre outros problemas, no caso de José Eduardo Cardozo houve também falta de transparência, pois as audiência com advogados da Lava Jato não constava originalmente na agenda do ministro da Justiça.

A seguir, as imagens dos “tweets” de Barbosa e a transcrição em texto:

Joaquim-19fev2015

ÍNTEGRA DOS  ‘TWEETS’ DE JOAQUIM BARBOSA:

Incrível como torcem e retorcem o que eu digo! O objetivo é claro: desviar a atenção da essência daquilo que foi objeto do meu comentário“.

S o q eu falei? S matéria jornalística em que se relatava uma tentativa de interferência da Política em assunto “jurisdicionalizado”. Só

Desvirtuamento: passou-se a falar sem parar sobre direito de advogado ser recebido por autoridades; que eu não recebia advogados!

Noblat disse que eu queria aparecer! Qual a sua isenção, se eu o processei por racismo? Falta-lhe tbm isenção p outras razões“.

Eu recebia advogados? Sim, recebi-os às centenas! Mas informava a parte contrárioa, para que ela pudesse estar presente, se quisesse. P que?”

Explico: o processo judicial cuida de interesses ferrenhamente contrapostos. Tem de ser transparente, da igualdade de chances às partes“.

No processo judicial não devem existir encontros “en cantimini”, às escondidas, entre o juiz e uma das partes. Igualdade de armas é o lema“.

Exemplo? No meio do julgamento da ap. 470, o saudoso Marcio T. Bastos pediu-me para ser recebido. Recebi-o, na presença do PGR“.

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Dilma tende a escolher substituto de Joaquim Barbosa só depois da eleição
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Fernando Rodrigues

A presidente Dilma Rousseff já nomeou 4 ministros para o Supremo Tribunal Federal. Tempo para ela não problema. Exceto no caso de Teori Zavascki, cujo processo de escolha foi bem rápido (10 dias), os demais demoraram de 3 a 6 meses (Luiz Fux, Rosa Weber e Roberto Barroso).

O ministro Joaquim Barbosa anunciou sua saída do STF no final deste mês de junho. Em julho, o Judiciário está em recesso e não faria a menor diferença ter uma nomeação nesse período –o Supremo não trabalha nesse mês.

Sobrariam então agosto e setembro (dia 5 de outubro é o primeiro turno da eleição). Por que Dilma Rousseff deveria se apressar e fazer a nomeação durante os 2 meses que antecedem a disputa eleitoral? Não há razão objetiva.

As indicações são todas as de que a presidente vai esperar o resultado eleitoral de outubro para então se decidir a respeito de quem indicará para substituir Joaquim Barbosa.

Há um aspecto que reforça esse argumento dentro do Palácio do Planalto. Dois dos possíveis candidatos (soluções “caseiras”) à vaga de Joaquim Barbosa são os ministros José Eduardo Cardozo (Justiça) e Luís Inácio Adams (Advocacia Geral da União). Ambos são mais úteis a Dilma onde estão agora –por causa do processo eleitoral.

No último fim de semana, o “Correio Braziliense” publicou um quadro que mostra como Dilma administrou o tempo nas suas outras indicações ao STF:Dilma-ministros-STF

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Poder e Política na semana – 17 a 23.mar.2014
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Fernando Rodrigues

Nesta semana, o Planalto busca entendimento com Eduardo Cunha e o Congresso vota vetos presidenciais de Dilma Rousseff.

Dilma empossa nesta 2ª feira os 6 novos ministros do seu governo. À noite, participa de evento com a senadora Gleisi Hoffmann no Paraná. Na 4ª feira, Dilma deve ir a Fortaleza e Sobral, no Ceará, para entrega de máquinas agrícolas e anúncio de investimentos federais. Na 5ª feira, está programada sua ida a Belém e a Marabá, no Pará.

Ainda nesta 2ª feira, os ministros Aloizio Mercadante, José Eduardo Cardozo e Ideli Salvatti tentam buscar um entendimento com o líder do PMDB na Câmara, Eduardo Cunha, sobre o Marco Civil da Internet.

Na 3ª feira, um teste de fogo para o governo no Congresso: deputados e senadores votam 12 vetos presidenciais, entre eles o que derrubou projeto de lei que permitia a criação de cerca de 400 novos municípios.

Na mesma data, o governador de Pernambuco Eduardo Campos participa de seminário em São Paulo.

Na 4ª feira, o Supremo pode definir novas regras para parcelamento de precatórios devidos por municípios e Estados.

Ao longo da semana, devem falar no Congresso Estadual dos Municípios de SP, em Campos do Jordão, Aécio Neves, Geraldo Alckmin, Paulo Skaf, Gilberto Kassab e Alexandre Padilha.

O Cade também pode decidir nesta semana, em data indefinida, se instaura processo administrativo contra as empresas suspeitas de envolvimento no cartel dos trens.

Eis, a seguir, o drive político da semana. Se tiver algum reparo a fazer ou evento a sugerir, escreva para frpolitica@gmail.com

 

2ª feira (17.mar.2014)
Novos ministros – presidente Dilma Rousseff empossa 6 novos ministros: Miguel Rosseto (Desenvolvimento Agrário), Eduardo Lopes (Pesca), Gilberto Occhi (Cidades), Clelio Campolina Diniz (Ciência e Tecnologia), Neri Geller (Agricultura) e Vinicius Nobre Lages (Turismo). Às 10h, no Palácio do Planalto.

Cada pasta realizará também cerimônias próprias para a transmissão dos cargos: às 15h no Desenvolvimento Agrário e no Turismo, às 16h na Pesca e às 17h na Ciência e Tecnologia. Em Cidades e Agricultura, a transmissão de posse ocorre na 3ª feira (18.mar.2014).

Dilma e Gleisi no Paraná – à noite, Dilma e a senadora Gleisi Hoffman, pré-candidata do PT ao governo do Paraná, participam de evento na Federação do Comércio do Estado sobre mulheres empreendedoras. Às 20h, em Foz do Iguaçu.

Planalto e Cunha – ministro-chefe da Casa Civil Aloizio Mercadante e ministro da Justiça José Eduardo Cardozo reúnem-se com o vice-presidente Michel Temer e o líder do PMDB na Câmara Eduardo Cunha para discutir o projeto de Marco Civil da Internet. A ministra das Relações Institucionais Ideli Salvatti também deve participar do encontro.

Mantega e Lew – Ministro da Fazenda Guido Mantega reúne-se com o secretário do Tesouro dos EUA, Jacob Lew. Às 18h, em São Paulo.

Músicos no STF – Supremo Tribunal Federal realiza audiência pública sobre a nova lei de direitos autorais, questionada pelo Ecad por meio de uma ação direta de inconstitucionalidade. O relator do processo é o ministro Luiz Fux. Devem participar da audiência os músicos Fernando Brandt, Frejat, Paula Lavigne e Roberto Menescal.

Campos e prefeitos – governador de Pernambuco Eduardo Campos participa do Congresso Pernambucano de Municípios, em Recife.

Professores em greve – Confederação Nacional dos Trabalhadores em Educação comanda paralisação de professores em todos os Estados até 4ª feira (19.mar.2014). O Ministério da Educação anunciou reajuste de 8,32% no valor do piso, para R$ 1.697, mas a categoria pleiteia reajuste de 13% a 15%.

Greve nas federais – servidores técnico-administrativos das instituições federais de ensino superior também entram em greve.

Aznar em SP – o ex-primeiro-ministro espanhol José Maria Aznar participa de seminário internacional sobre política e economia na América Latina, promovido pelo Espaço Democrático, do PSD, em São Paulo. Também estarão o ex-presidente do Banco Central Henrique Meirelles e o presidente nacional da legenda, Gilberto Kassab. O evento termina na 3ª feira (18.mar.2014). No Hotel Renaissance, em SP.

Mutirão no Judiciário – Conselho Nacional de Justiça lança a I Semana Nacional do Tribunal do Júri, para acelerar a conclusão de julgamentos do tribunal do júri (quando o réu é acusado de crime doloso contra a vida). O objetivo do CNJ é julgar, até o mês de outubro todos os processos no país cujas denúncias tenham sido recebidas até 31.dez.2009.

Carandiru – Quarta etapa do julgamento de policiais acusados pelo massacre do Carandiru, ocorrido em SP em 1992. No Fórum Criminal da Barra Funda, capital paulista.

Inflação – FGV divulga resultado do IGP-10.

 

3ª feira (18.mar.2014)
Congresso e os vetos – sessão conjunta do Congresso Nacional vota 12 vetos presidenciais. Entre eles, o veto da presidente Dilma ao projeto de lei que permite a criação de cerca de 400 novos municípios. Às 19h.

PMDB reunido – bancada peemedebista na Câmara analisa proposta do vice-líder do partido, Danilo Forte (CE), de realizar uma pré-convenção em abril para rediscutir o apoio da legenda ao governo Dilma.

Posse de ministros – ministério da Agricultura realiza cerimônia de transmissão de posse para o ministro Neri Geller, às 10h. Ministério das Cidades também organiza cerimônia para transmitir a posse ao ministro Gilberto Occhi, às 11h.

Tombini no Senado – presidente do Banco Central Alexandre Tombini participa de audiência na Comissão de Assuntos Econômicos do Senado. Às 11h.

Aécio e Agripino – presidente do PSDB e pré-candidato à Presidência da República Aécio Neves reúne-se com o senador José Agripino (DEM) para discutir a coligação das siglas na campanha estadual do Rio Grande do Sul.

Krugman e Campos em SP – economista Paulo Krugman, prêmio Nobel de economia em 2008, abre seminário organizado pela revista “Carta Capital”, em SP. O governador de Pernambuco Eduardo Campos também participa do evento.

Skaf em Campos do Jordão – o presidente da Fiesp e pré-candidato do PMDB ao governo paulista Paulo Skaf participa da abertura do 68º Congresso Estadual dos Municípios de SP, em Campos do Jordão. O evento vai até sábado (22.mar.2014) e reunirá outros líderes políticos.

Prefeitos em Brasília – prefeitos de todo o país vão à capital federal para encontro da Associação Brasileira de Municípios. A ministra da Cultura Marta Suplicy deve participar do evento.

Padilha com empresários – pré-candidato do PT ao governo de SP almoça com grupo de empresários na capital paulista, em local não divulgado.

Haddad na São Francisco – prefeito de SP Fernando Haddad vai a debate com estudantes da Faculdade de Direito do Largo São Francisco. Às 11h, no pátio da faculdade.

PSOL discute programa – legenda realiza primeiro de uma série de 12 seminários para elaborar o programa de governo para as eleições presidenciais. O tema desta edição será “Democracia direta, participação popular e democratização dos meios de comunicação”. Em Brasília.

Orçamento público – Fundação Getúlio Vargas e Instituto Brasiliense de Direito Público promovem seminário sobre os 50 anos da Lei Geral dos Orçamentos. Participam o presidente do Senado, Renan Calheiros e o ministro do STF Gilmar Mendes, entre outros. Em Brasília, a partir das 9h, com transmissão pela internet.

Europeus em Brasília – Câmara dos Deputados recebe visita de técnicos do Parlamento Europeu para agenda de cooperação entre as duas Casas. Eles permanecem em Brasília até sábado (21.mar.2014).

Acadêmicos dos Brics – 6º Fórum Acadêmico dos Brics, no Rio, reúne especialistas e professores de comunidades acadêmicas dos países-membros para intercâmbio de pesquisas. O evento termina na 4ª feira (19.mar.2014). No Palácio da Cidade.

PT na TV – partido tem 3 min. de propaganda em rádio e televisão, divididos em inserções de 30 segundos ou 1 minuto.

Emprego – IBGE divulga resultados da Pesquisa Industrial Mensal: Emprego e Salário.

Serviços – IBGE apresenta sua Pesquisa Mensal de Serviços.

 

4ª feira (19.mar.2014)
Dilma no Ceará – presidente deve ir a Fortaleza e a Sobral para entrega de máquinas agrícolas e evento do programa Água para Todos.

Mantega e Graça Foster em SP – ministro da Fazenda
Guido Mantega e presidente da Petrobras Graça Foster (foto) participam de seminário organizado pela revista “Carta Capital”, em SP.

Ricardo Moraes/Reuters - 18.dez.2013

Precatórios – está na pauta do Supremo julgamento de ação da OAB pedindo que o tribunal defina a modulação no tempo de decisão tomada em março de 2013 que derrubou dispositivos da emenda constitucional 62/2009. A emenda instituía um novo regime para o pagamento de precatórios, com parcelamento da dívida em até 15 anos, e limitava a 2% o comprometimento da receita de Estados e municípios com a rubrica. O ministro Luiz Fux já votou propondo a quitação dos precatórios em pagamentos parcelados até o fim de 2018. O julgamento estava pautado para a semana passada, mas acabou adiado.

Precatórios 2 – o prefeito de SP, Fernando Haddad, é esperado no 68º Congresso Estadual dos Municípios de SP, em Campos do Jordão, em palestra sobre precatórios. O ex-prefeito de SP e presidente do PSD, Gilberto Kassab, também participa do evento.

Zona Franca – Câmara dos Deputados pode votar projeto que prorroga a duração dos benefícios fiscais à Zona Franca de Manaus por mais 50 anos. Atualmente, a Constituição prevê a vigência até 2023.

Mulheres na política – Tribunal Superior Eleitoral lança a campanha “Mulheres na política” em sessão solene no plenário do Senado. Às 12h.

50 anos do golpe – USP realiza seminário sobre os 50 anos do golpe militar. A primeira palestra terá como tema a trajetória do populismo na América Latina, nos Estados Unidos e na Europa. Às 16h, na FFLCH.

 

5ª feira (20.mar.2014)
Dilma no Pará – de manhã, presidente deve ir a Belém para anunciar verbas do PAC 2. À tarde, segue a Marabá para entrega de máquinas agrícolas.

Temer em Santa Catarina – vice-presidente da República Michel Temer apresenta palestra na Associação Empresarial de Criciúma sobre o cenário político e econômico do Brasil. Às 19h.

Supremo julga políticos – estão na pauta do Supremo o julgamento de ações penais contra os deputados federais Abelardo Camarinha (PSB-SP), Chico das Verduras (PRP-RR) e Asdrubal Bentes (PMDB-PA) e a análise de inquéritos contra os deputados federais Anthony Garotinho (PR-RJ) e Romário (PSB-RJ).

Candidaturas do PT – Executiva nacional do PT reúne-se em Brasília para discutir as candidaturas da legenda nos Estados. A sigla deve baixar uma norma obrigando os diretórios regionais do partido a se enquadrarem na política nacional de alianças. Alguns petistas defendem a redução do número de candidaturas próprias em benefício da aliança com outros partidos, como o PMDB e o PSD.

Emendas parlamentares – prazo limite para cidades contempladas com emendas parlamentares no Orçamento de 2014 entregarem seus planos de trabalho ou projetos executivos.

Padilha em Campos do Jordão – pré-candidato do PT ao governo de SP Alexandre Padilha participa do 68º Congresso Estadual dos Municípios de SP, em Campos do Jordão. O evento também prevê a participação do ministro da Saúde, Arthur Chioro, mas sua presença não foi confirmada.

PRB na TV – partido tem 5 min. de propaganda em rádio e televisão, divididos em inserções de 30 segundos ou 1 minuto.

PRTB na TV – partido veicula propaganda em rede nacional. No rádio das 20h às 20h05; na TV, das 20h30 às 20h35.

 

6ª feira (21.mar.2014)
Mercosul e UE – técnicos do Mercosul e da União Europeia reúnem-se para discutir a proposta de criação de um acordo de livre comércio entre os dois blocos.

Hermanos em Paris – abertura do Salão do Livro de Paris, que neste ano homenageia a Argentina. O evento termina na 2ª feira (24.mar.2014).

 

Sábado (22.mar.2014)
Aécio e Alckmin em Campos do Jordão – presidente do PSDB e pré-candidato tucano à Presidência da República Aécio Neves deve participar, ao lado do governador paulista Geraldo Alckmin, do 68º Congresso Estadual dos Municípios de SP, em Campos do Jordão.

Kassab em São José – presidente o PSD Gilberto Kassab participa de encontro regional da legenda em São José dos Campos, no Vale do Paraíba.

PSB e Rede – aliança PSB-Rede-PPS promove seu 3º encontro regional programático, em Salvador (BA).

Candidatura do PV – Eduardo Jorge, pré-candidato do PV à Presidência de República, apresenta diretrizes do seu programa de governo. Na Assembleia Legislativa de SP. Às 10h.

Protestos na Copa – central sindical Conlutas promove reunião para organizar protesto na capital paulista durante a cerimônia de abertura da Copa do Mundo.

50 anos da ditadura – grupos conservadores organizam passeatas em diversas cidades do país com o objetivo de reeditar a “Macha da Família com Deus pela Liberdade”, que antecedeu o golpe de 1964. Na mesma data, grupos de esquerda promovem a “Marcha Antifascista”, que sairá às 15h da Praça da Sé, capital paulista, rumo à antiga sede do DOI-Codi.

PRB na TV – partido tem 5 min. de propaganda em rádio e televisão, divididos em inserções de 30 segundos ou 1 minuto.

 

Domingo (23.mar.2014)
PT de Pernambuco – diretório estadual da legenda anuncia apoio à candidatura do senador Armando Monteiro Neto, do PTB, ao governo estadual. O candidato a Senado da chapa deverá ser o petista Joao Paulo Lima.

 

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PSDB boicota evento com ministro da Justiça em SP
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Fernando Rodrigues

O PSDB faltou em peso a um evento com o ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, em São Paulo.

Cardozo assinou hoje (24.mai.2013) o Termo de Adesão ao Programa “Crack, é Possível Vencer” com cidades paulistas e fez a entrega das bases móveis de videomonitoramento.

A cerimônia foi na parte da manhã, na Secretaria de Estado da Justiça e Defesa da Cidadania. O governador de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB), não compareceu. Nenhum secretário relevante o representou. Prefeitos paulistas tucanos também fizeram “forfait”.

Irritado, o ministro José Eduardo Cardozo soltou algumas farpas ao discursar. “O Estado é mais forte do que o crime organizado. Só não é quando os poderes, as instituições não se unem”, disse.

Cardozo, do PT, é um dos pré-candidatos a governador de São Paulo em 2014. Contra Alckmin e usando a bandeira da segurança pública.

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Guido Mantega corre por fora em SP
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Fernando Rodrigues

Depois que Aloizio Mercadante se declarou fora da disputa pelo Palácio dos Bandeirantes em 2014, sobraram 4 nomes dentro do PT para postular a vaga. Três são ministros e 1 é prefeito: Alexandre Padilha (ministro da Saúde), Guido Mantega (ministro da Fazenda), José Eduardo Cardozo (ministro da Justiça) e Luiz Marinho (prefeito de São Bernardo do Campo).

Não é segredo para ninguém que o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva prefere Luiz Marinho. Mas Lula não fará a escolha apenas com base em preferência pessoal.

Luiz Marinho e seu estilo arranca-tocos talvez não seja o ideal para conquistar a parte conservadora do eleitorado paulista, que quase sempre dá apoio aos tucanos.

Alexandre Padilha terá dificuldades por causa de sua gestão à frente da pasta da Saúde –considerada média ou ruim, inclusive por petistas.

José Eduardo Cardozo prefere muito mais fazer pique no lugar e esperar uma vaga no STF a governar São Paulo.

Sobra, portanto, Guido Mantega. O que fará do ministro da Fazenda candidato? O desempenho da economia. Suponha que o país cresça perto de 3% neste ano, o nível de emprego seja mantido e a sensação de bem-estar geral seja ampla? Nesse caso, até o slogan do PT já está pronto: “Guido vai fazer em São Paulo o que fez pelo Brasil”.

Mas e se a economia patinar e o país crescer pouco? Bom, nesse caso, a escolha petista volta à estaca zero e ninguém ainda despontou como favorito.

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