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Após breve flerte com Aécio, MD diz não ter decidido quem apoiar em 2014
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Fernando Rodrigues

A Mobilização Democrática, partido recém-criado com a fusão de PPS e PMN, soltou nota no final de hoje (18.mai.2013) para dizer que não se decidiu ainda sobre qual candidato a presidente apoiar em 2014.

Pode ser Aécio Neves (PSDB), mas as portas estão abertas a outros projetos. Até agora, havia uma aproximação grande da MD com Eduardo Campos (PSB).

Um pouco antes, o presidente da MD, Roberto Freire, havia dado uma declaração ambígua na convenção do PSDB, em Brasília: “Não é fácil dizer que podemos estar juntos com Aécio. Podemos. Estivemos juntos em Minas, no Brasil, nas duas últimas eleições presidenciais. E estaremos em 2014, sem nenhuma dúvida. A oposição brasileira precisa ter a unidade”.

Agora, em nota, Roberto Freire informa que a frase “estaremos em 2014, sem nenhuma dúvida” deve ser interpretada da seguinte forma: “estaremos em 2014, sem nenhuma dúvida [na oposição ao PT]”.

Não deixa de ser um revés para Aécio Neves e para o PSDB justamente no dia em que o tucano deu um passo importante no seu projeto para ser candidato ao Planalto em 2014. Por enquanto, ele só tem o apoio (parcial) de seu partido e do DEM.

A seguir, a íntegra da nota da MD:

“O presidente da MD (Mobilização Democrática), deputado Roberto Freire (SP) disse, neste sábado, que o partido criado pela fusão do PPS com o PMN ainda não definiu quem será o candidato a presidente que a nova legenda deve apoiar nas eleições de 2014”.

“ ‘Esse é um assunto sem definição na MD’, afirmou Freire, ao reafirmar que a sigla estará do mesmo lado que os demais partidos de oposição no projeto para derrotar, nas urnas, o governo do PT no próximo ano”.

“O posicionamento de Freire foi manifestado após participação na convenção do PSDB, em Brasília. No encontro, ele disse os tucanos ‘tem como desafio enfrentar aqueles que não respeitam a democracia e nem as instituições republicanas e criar alternativas. Estivemos juntos lá em Minas e estivemos nas duas últimas eleições presidenciais e estaremos em 2014, sem nenhuma dúvida [na oposição ao PT]’ ”.

“ ‘As oposições estarão unidas, mas nos estados a questão ainda está muito distante. O PPS e o MD vão ter uma postura oposicionista contra os antidemocratas e antirrepublicanos que estão no governo’, disse Roberto Freire”.

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“Há um acordo tácito para não falar na candidatura de Aécio”, diz secretário-geral tucano
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Fernando Rodrigues

O novo secretário-geral do PSDB, deputado federal Antônio Carlos Mendes Thame (SP), 66 anos, afirmou ao Blog que há um acordo tácito entre os caciques do partido para ainda não reconhecer publicamente a candidatura do senador Aécio Neves (MG) a presidente da República em 2014.

O objetivo seria deixar o nome do mineiro “emergir das bases” nos próximos meses, enquanto ele tenta mobilizar os diretórios tucanos nos Estados e municípios. Esse foi o espírito da declaração de vários integrantes do PSDB hoje (18.mai.2013) na convenção nacional da legenda, em Brasília.

Eis a conversa do Blog com Mendes Thame, que é ligado ao grupo de José Serra, o tucano ainda mais cético sobre a candidatura presidencial de Aécio Neves em 2014:

Como será trabalho do sr. na secretaria-geral do PSDB?
O trabalho é mais do que um desafio, é um encargo. Não é um bônus, é um ônus. Não vai caber ao secretário-geral sozinho organizar o partido. É característica do Aécio distribuir as tarefas e empoderar as pessoas para executá-la.

Já foi definido que Aécio será o candidato do partido à Presidência em 2014?
Há um acordo tácito entre todos para não falar na candidatura dele. Para deixar isso emergir das bases.

Mas há outros nomes?
Quem é presidente do partido tem uma vantagem natural em relação aos outros pretendentes, pela exposição que tem. Temos outros bons nomes, mas o Aécio é hoje o depositário da confiança dos tucanos.

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PSDB quer desmontar noção de que Lula criou programas de proteção social
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Fernando Rodrigues

documento atribui a FHC a “arquitetura da rede de proteção social”

fim da inflação é apontado com essencial para programas criados

ideia é usar o argumento na campanha de Aécio Neves a presidente

O iFHC (Instituto Fernando Henrique Cardoso) publicou nesta 4ª (15.05.2013) um artigo que detalha as políticas sociais implementadas pelo tucano em sua passagem pelo Palácio do Planalto. A ideia é distribuí-lo no sábado (18.mai.2013), durante a convenção nacional do PSDB na qual o senador Aécio Neves será escolhido presidente da legenda –e dará mais um passo como pré-candidato da legenda ao Palácio do Planalto em 2014.

O documento faz parte do plano de Aécio Neves de valorizar o governo FHC, nunca bem defendido pelos candidatos tucanos à Presidência.

O texto enumera as datas e leis que fundamentaram os projetos sociais do governo tucano. E conclui que o Bolsa Família, criado pelo governo Lula, foi a união de quatro programas da era FHC: Bolsa Escola, Bolsa Família, Auxílio Gás e PETI (Programa de Erradicação do Trabalho Infantil).

Em outras palavras: o PSDB deseja alterar a noção sempre difundida pelo PT de que os programas de proteção social são criações do PT a partir da posse de Luiz Inácio Lula da Silva como presidente, em 2003.

Eis um trecho do documento, ao qual o Blog teve acesso e pode ser baixado aqui:

“As políticas sociais no Brasil mudaram de paradigma durante o período governamental de FHC. Antes, predominavam auxílios variados, quase sempre intermediados pelo poder público local: doações de cestas básicas, entrega de leite, distribuição de água na seca. Depois, estruturou-se uma rede de proteção social para combater a pobreza, introduzindo ações públicas coordenadas contra suas causas estruturais e transferências diretas de renda aos cidadãos”.

“A arquitetura da rede de proteção social construída no período governamental de FHC dependeu, inicialmente, da estabilização da economia. Com o fim do “imposto inflacionário”, que penalizava fortemente os mais pobres, pôde-se alcançar um novo patamar de combate à exclusão social, atacando as fontes geradoras da miséria”.

Xico Graziano, ex-chefe de gabinete de Fernando Henrique e autor do documento, afirma que o objetivo não é discutir o passado, mas “resgatar uma agenda liderada por FHC”.

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No Paraná, irmãos Dias se enfrentam por uma vaga no Senado
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Fernando Rodrigues

Álvaro Dias, do PSDB, quer se reeleger senador em 2014.

Osmar Dias, do PDT, tem apoio do PT para derrotar o irmão.

Os irmãos Álvaro e Osmar Dias estarão em campos opostos na eleição de 2014: ambos querem a única vaga de senador em disputa no Estado do Paraná.

O Senado tem 81 cadeiras, 3 para cada uma das 27 unidades da Federação. Os senadores têm mandato de 8 anos. Só que a renovação da Casa se dá a cada 4 anos, de maneira alternada. Em 2010, cada Estado elegeu 2 senadores. Em 2014, será apenas 1 senador por Estado. Em 2018, novamente 2 senadores. E assim por diante.

Filiado ao PSDB, Álvaro Dias é um dos mais ácidos opositores do governo petista de Dilma Rousseff. O seu mandato de senador está no final. Sua candidatura à reeleição já foi lançada pelo governador do Paraná, Beto Richa, na convenção estadual do PSDB, no último 28 de abril.

Osmar Dias, por sua vez, é um grande apoiador de Dilma no Paraná. No passado, ele foi senador e esteve filiado ao PSDB. Agora, está no PDT. Aliou-se ao PT e pretende disputar o Senado na chapa da ministra Gleisi Hoffmann (Casa Civil), provável candidata petista ao governo do Paraná.

Osmar já teve apoio do PT em 2010 quando disputou o governo do Paraná. Perdeu. Com Dilma Rousseff no Planalto, foi acomodado num cargo no Banco do Brasil: vice-presidente de agronegócios e de pequenas empresas.

O Blog ouviu os irmãos Dias. Negam que vão concorrer um contra o outro para o Senado. Mas nos bastidores, todas as conversas são no sentido oposto. Álvaro e Osmar têm grandes chances de disputar a mesma vaga em 2014.

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Infeliz no PSDB, Arthur Virgílio almoça com Dilma
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Fernando Rodrigues

Presidente convidou prefeito de Manaus para conversar sobre política.

Encontro será nesta 6ª feira (10.mai.2013) com tempo indeterminado.

A presidente Dilma Rousseff (PT) receberá nesta 6ª feira (10.mai.2013) o prefeito de Manaus, Arthur Virgílio (PSDB), no Palácio do Planalto. A partir das 10h30, segundo apurou o Blog, eles discutirão por cerca de 1 hora parcerias entre o governo federal e a capital do Amazonas. Participarão desse encontro ministros e secretários municipais. Depois da reunião, haverá um almoço em que a presidente pretende conversar com o prefeito sobre política. Ela não determinou tempo de duração para essa conversa.

O encontro acontece no momento em que Arthur Virgílio fala abertamente em deixar o PSDB. O jornal “A Crítica”, de Manaus, publicou a seguinte declaração do prefeito: “Apenas estou esperando, nesse episódio do ICMS, coerência e sobriedade do meu partido. Se votarem contra a diferenciação do ICMS, não vou nem discutir, vou mandar minha desfiliação e está acabada a conversa.”

A saída de Virgílio do PSDB não é uma vitória para Dilma nem para o PT. Será vitória caso ele deixe o partido e também a oposição, como fizeram Gilberto Kassab, que era filiado ao DEM e fundou o PSD, e Gustavo Fruet, que era do PSDB e foi para o PDT.

Os problemas de Arthur Virgílio com o PSDB tem a ver com a Zona Franca de Manaus. Líderes tucanos, como o governador Geraldo Alckmin, de São Paulo, defendem mudanças nos impostos, como o ICMS, que podem reduzir os ganhos de Manaus e da Zona Franca.

Caso os representantes do PSDB no Congresso aprovem medidas que prejudiquem a Zona Franca, Virgílio disse que deixará o partido. A reforma do ICMS foi aprovada nesta 3ª feira (7.mai.2013) na Comissão de Assuntos Econômicos do Senado e, em breve, poderá ser votada no plenário da Casa. Com a votação se aproximando, sabe-se que o almoço oferecido por Dilma a Virgílio têm tudo a ver com a possibilidade de cooptá-lo para o projeto governista.

 

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Dilma é omissa com armamento da população, diz Aécio
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Fernando Rodrigues

Presidenciável do PSDB diz que omissão petista “encoberta” mortes por arma de fogo.

O senador Aécio Neves (PSDB-MG) afirmou em sua coluna de hoje (25.mar.2013) na “Folha” que o governo de sua adversária Dilma Rousseff (PT) é leniente com o uso de armas pela população civil. Ele atribuiu ao governo federal responsabilidade pelas mortes causadas por armas de fogo.

A gestão petista, segundo Aécio, tenta “se livrar da questão da segurança como se fosse um “abacaxi” a ser resolvido pelos governos estaduais”. Para o tucano, “as 39 mil mortes causadas por armas de fogo por ano no país não podem continuar encobertas pela omissão e um silêncio inaceitáveis [do governo federal]”.

Possível candidato do PSDB à Presidência da República em 2014, Aécio Neves ainda não assumiu em público essa condição. Mas não perde oportunidades de criticar o governo Dilma e falar o que gostaria que o governo fizesse. Assim, ele insinua quais atitudes tomaria caso eleito. Esse tem sido seu discurso no Senado e também em eventos do PSDB.

No artigo publicado na “Folha”, o presidenciável tucano chamou de “ineficaz” a política de entrega voluntária de armas instituída pelo Estatuto do Desarmamento. E cobrou que o governo assuma o papel de “coordenador no combate à criminalidade”. Segundo Aécio, é preciso que o governo integre as forças de segurança, “inclusive as estaduais”; atue para melhorar o sistema prisional; e amplie seus investimentos em segurança.

 

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PSDB acusa PT de plágio legislativo
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Fernando Rodrigues

Tucanos acusam petistas de copiarem trechos de projeto do deputado Bruno Araújo (PSDB-PE).

Proposta estabelece desoneração para a cesta básica.

Numa semana tensa, em que até os ex-presidentes Lula e Fernando Henrique trocaram farpas públicas, o bate-boca entre PT e PSDB só fica mais tumultuado. Tucanos publicaram no fim da tarde desta 6ª feira (22.fev.2013), no site do partido, uma nota em que acusam deputados do PT de plagiarem trechos de um projeto de lei apresentado em 2012 por Bruno Araújo, do PSDB de Pernambuco.

A proposta de Araújo estabelecia redução de impostos para desonerar a cesta básica. Foi aprovada pela Câmara e pelo Senado, mas vetada pela presidente Dilma. Agora, segundo os tucanos, os deputados Assis Carvalho (PT-PI) e José Guimarães (PT-CE) apresentaram um texto de mesmo teor, na forma de emenda à Medida Provisória 603 (que trata de benefícios a agricultores).

O texto publicado no site do PSDB afirma que “o texto idêntico em ambas as propostas é: Art. Ficam reduzidas a zero (0) as alíquotas para a Contribuição para os Programas de Integração Social e de Formação do Patrimônio do Servidor Público – PIS/PASEP, para a Contribuição para Financiamento de Seguridade Social – COFINS e para o Imposto sobre Produtos Industrializados – IPI para os produtos alimentares de consumo humano que compõem a Cesta Básica Nacional”.

Procurado pelo Blog, o deputado José Guimarães, líder do PT na Câmara, disse ser a favor de “plagiar o que é bom”, tanto se o plágio for feito pelo PT quanto pelo PSDB. “Não tem mal nisso. Isso é bom”. Guimarães, no entanto, disse não saber se a emenda petista usou o projeto do tucano Bruno Araújo como modelo. “Subscrevi como líder. Dei apoio à ideia do Assis [do PT-PI]”, afirmou.

O Blog telefonou para o gabinete do deputado Assis Carvalho, mas não foi atendido até a publicação deste post às 19h40 de 6ª feira (22.fev.2013).

p.s.: a assessoria de imprensa da Liderança do PT na Câmara dos Deputados procurou o Blog após a publicação do post e, às 23h53, enviou a seguinte nota:

“A propósito de nota publicada hoje (22) no blog, com o título Tucanos acusam petistas de copiarem trechos de projeto do deputado Bruno Araújo (PSDB-PE), a Liderança do PT na Câmara lamenta que, mais uma vez, a difusão de informações distorcidas pelos tucanos não contribui em nada para a elevação do debate fiscal, político e econômico no Brasil.

O Congresso Nacional inteiro sabe que foram os tucanos que plagiaram a proposta do PT isentando de impostos os alimentos da cesta básica. Trata-se do Projeto de Lei 3154/12, elaborado a partir de debates no Núcleo de Finanças e Tributação da bancada e subscrito por nove parlamentares petistas. Juntamente com este projeto, também apresentamos outro que visa criar o Imposto sobre as Grandes Fortunas (IGF), que tramita na Câmara na forma do PLP 130/12.

O referido projeto que trata da desoneração de cesta básica foi plagiado pelo PSDB, que o apresentou na forma de emenda a uma medida provisória (MP 563/12) que fortalece o Plano Brasil Maior, aprovada na sessão da Câmara do dia 16 de julho do ano passado. É preciso lembrar que o então líder tucano na Câmara, deputado Bruno Araújo (PE), reconheceu a autoria petista do projeto, mas o portal oficial do partido omitiu esta informação em notícia publicada no dia (17), sob o título “PSDB zera imposto da cesta básica”.

A emenda plagiada pelo PSDB foi vetada pelo Executivo, tendo em vista que a efetiva desoneração da cesta básica deve levar em conta tributos federais e também estaduais, assim como a geração de créditos tributários ao longo da cadeia produtiva. Grupo de trabalho criado pelo governo já avançou muito no assunto e em breve apresentará proposta de composição da cesta básica e sua respectiva desoneração.

A retomada da proposta, pelo deputado Assis Carvalho (PT-PI), um dos subscritores do projeto no ano passado, junto com o apoio do atual Líder na Câmara, José Guimarães (PT-CE), portanto, é legitima tanto do ponto vista legislativo quanto ético. Infelizmente, quando se trata de construir um país mais justo, os tucanos não tem nada a nos ensinar.”

 

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FHC diz que PT parece “criança” e faz “picuinha” sobre governo tucano
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Fernando Rodrigues

Em vídeo, ex-presidente diz que gostaria que os petistas fossem “mais felizes”

Tucano responde previamente a comparação entre governos do PT e do PSDB

O ex-presidente Fernando Henrique Cardoso acaba de postar um vídeo na internet no qual rebate previamente a comparação entre as administrações do PT e do PSDB no Palácio do Planalto. Os petistas fazem uma festa amanhã (20.fev.2013) pelos 33 anos da fundação da sigla e 10 anos no comando da República.

FHC governou o Brasil por 8 anos, de 1995 a 2002. No vídeo, diz achar “uma coisa engraçada” a forma “de o PT comemorar”. Para o tucano, que aparenta estar de bom humor, o PT “em vez de ficar satisfeito com o que fez, não, ficam falando o que o outro não fez”. O PT governa o Brasil há 10 anos: de 2003 a 2010, com Lula, e de 2011 até agora, com Dilma Rousseff.

O tucano defende “comemorar a vitória do Brasil”, e não ficar “o tempo todo olhando pra trás”. Para FHC, “isso é coisa de criança, parece picuinha”. Na sua festa neste 20.fev.2013, o PT pretende apresentar números para argumentar que administra melhor o país do que na época do PSDB.

“Ainda bem que eu já estou maduro o suficiente para deixar para lá. Eles são assim mesmo. O que eu vou fazer? Preferiria que eles fossem mais espontâneos, mais felizes com o que estão fazendo e com o que o Brasil está fazendo. Mas cada um tem seu jeito. Deixa lá”.

Eis o vídeo de 48 segundos postado no Observador Político:

Eis a íntegra da fala de FHC:

Uma coisa engraçada é o modo de o PT comemorar. Em vez de ficar satisfeito com o que fez, não, ficam falando o que o outro não fez. E esquecem… Eles pensam que o Brasil começou agora. Não começou. No meu governo, eu mudei o rumo do Brasil, que estava muito desorganizado. Mas eu sei reconhecer o que no passado se fez de bom no Brasil. E cada vez que o PT acerta, meu Deus, é bom para o Brasil. O mal é quando ele erra. Quando atrapalha a Petrobras, atrapalha a Eletrobras. Aí, complica. Complica não é a mim, complica o Brasil. Mas é curioso. A gente deve comemorar a vitória do Brasil, e não ficar o tempo todo olhando pra trás. Isso é coisa de criança, parece picuinha. Meu Deus. Ainda bem que eu já estou maduro o suficiente para deixar para lá. Eles são assim mesmo. O que eu vou fazer? Preferiria que eles fossem mais espontâneos, mais felizes com o que estão fazendo e com o que o Brasil está fazendo. Mas cada um tem seu jeito. Deixa lá”.

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Parceria Folha/UOL publicou 37 entrevistas exclusivas em 2012
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Fernando Rodrigues

O projeto “Poder e Política – Entrevista”, do jornal “Folha de S.Paulo” e do portal UOL, completa neste dezembro de 2012 1 ano e meio de existência. Foram realizadas 61 entrevistas exclusivas. Dessas 37 são de 2012.

Os entrevistados, pessoas públicas ou autoridades de vários níveis de governo, falaram sobre os principais temas relacionados ao poder neste ano: eleições municipais, mensalão, CPI do Cachoeira, sucessão da presidente Dilma Rousseff, Copa do Mundo e Olimpíadas.

As gravações são, em geral, no estúdio do Grupo Folha, em Brasília, ou no estúdio do UOL em São Paulo. Nesses locais foram recebidos o vice-presidente da República, Michel Temer (PMDB), o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso (PSDB), o governador de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB), e o presidente da CBF, José Maria Marin. Também falaram ao “Poder e Política” os presidentes nacionais do PT, Rui Falcão, e do PSDB, Sérgio Guerra.

Vários ministros e aliados do governo Dilma participaram do “Poder e Política” em 2012, como Guido Mantega (Fazenda), José Eduardo Cardozo (Justiça) e Aldo Rebelo (Esporte). E também líderes da oposição, como nos casos do senador mineiro Aécio Neves, lançado pelo PSDB como candidato a presidente em 2014, e ACM Neto, eleito prefeito de Salvador pelo DEM.

Abaixo, dois vídeos de restrospectiva do Poder e Política em 2012. Um com 59 segundos e outro com 2 minutos e 45 segundos. Esses vídeos estão disponíveis para smart phones e tablets, respectivamente, aqui e aqui.

 

 

Multiplataforma
O “Poder e Política” foi idealizado na sua origem para ser produto jornalístico para várias plataformas. Tem versões exclusivas para jornal impresso e para internet. Todas as entrevistas são publicadas na versão da “Folha” em papel. Na internet, o site da “Folha” e o UOL publicam reportagens sobre cada entrevista, a transcrição em texto dos depoimentos, o vídeo da entrevista na íntegra e também trechos em vídeo separados pelos temas das respostas. Ficam disponíveis ainda arquivos em áudio.

O vídeo abaixo explica o que é o “Poder e Política” (assista também em smart phones e em tablets):

 

 

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Oposição usa MP da energia contra governo
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Fernando Rodrigues

PSDB e PPS, em minoria, tentarão desgastar governo na aprovação da Lei da Conta de Luz.

Em minoria na Câmara dos Deputados, os partidos da oposição querem desgastar o governo na próxima 3ª feira (18.dez.2012), quando a Casa deverá terminar de votar a Medida Provisória do setor elétrico (a MP 579 de 2012).

A medida já foi aprovada na última 4ª feira (12.dez.2012), reduzindo preços e redefinindo contratos. Mas a oposição propôs alterações no texto original para que o governo federal abra mão de impostos incidentes sobre a energia: PIS/Pasep e Cofins.

Para constranger a base do governo, a oposição pediu que a votação da mudança, proposta por Arnaldo Jardim (PPS-SP), seja aberta. Ou seja: cada deputado federal deverá dizer se apoia ou não acabar com a tributação sobre a energia. O governo Dilma, que pode perder caixa, é contra. Mas PSDB, DEM e PPS esperam a adesão de governistas constrangidos a votar a favor da manutenção de impostos.

O líder do governo na Câmara, deputado Arlindo Chinaglia (PT-SP), disse que a estratégia da oposição não deve vingar, pois a redução do preço da energia já foi aprovado, inclusive com apoio da oposição. “É uma homenagem que a oposição faz à presidente, apoiar a redução da energia”, afirmou ao Blog. Segundo ele, as mudanças pretendidas pela oposição não têm chances de aprovação.

Os oposicionistas revidam dizendo que o fim da cobrança do PIS e Cofins pode aumentar o desconto final na conta de luz em 5%, além do que já foi proposto pelo governo na MP original (estimado inicialmente em torno de 16% para residências e até 28% para indústrias). “É oportunidade de o governo reduzir de forma efetiva, iniciar uma reforma tributária. É uma contribuição também de seu bolso [do governo], não só do bolso dos outros”, disse o líder do PSDB, deputado Bruno Araújo.

Depois de votada na Câmara, a MP da energia deverá ser analisada pelo Senado.

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