Blog do Fernando Rodrigues

Arquivo : São Paulo

Absolvido, Duda ganha conta de R$ 16 milhões
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Fernando Rodrigues

Publicitário venceu licitação do Sesi e do Senai de São Paulo.

Entidades são comandadas, via Fiesp, por Paulo Skaf (PMDB).

Skaf concorreu ao governo de SP em 2010 e Duda fez a campanha.

O marqueteiro José Eduardo Cavalcanti de Mendonça, o Duda Mendonça, venceu licitação para prestar serviços de publicidade ao Sesi e ao Senai de São Paulo. São dois contratos de R$ 8 milhões (total R$ 16 milhões). Cada entidade deve gastar seus R$ 8 milhões em 6 meses. O prazo é prorrogável por 4 meses.

O resultado da disputa ficou conhecido na última 5ª feira (1º.nov.2012), quando foram divulgadas as notas obtidas pelas empresas concorrentes. A Duda Propaganda ficou à frente de agências de peso como DPZ e DM9.

A vitória de Duda aconteceu duas semanas depois de o Supremo Tribunal Federal inocentá-lo, em 15.out.2012, das acusações de evasão de divisas e lavagem de dinheiro. O processo da licitação estava arrastado há alguns meses e desencantou logo depois de o marqueteiro ficar livre do processo do mensalão.

Duda fez a campanha presidencial vitoriosa de Luiz Inácio Lula da Silva (em 2002). Ele não é o único a comemorar o contrato de R$ 16 milhões. O resultado é também útil para Paulo Skaf, presidente da Fiesp (Federação das Indústrias do Estado de São Paulo) –que controla o Sesi e o Senai em São Paulo.

Skaf teve sua campanha para governador de 2010 feita por Duda. Perdeu. À época, o marqueteiro associou a imagem do empresário-político à de uma zebra (assista ao vídeo). Ficou também bem conhecido outro vídeo no qual o então candidato fala de sua vida, emociona-se e pede água de maneira não muito delicada.

Skaf em 2010 era do PSB. Saiu e foi para o PMDB. Quer ser candidato novamente ao governo paulista em 2014. Sofrerá forte resistência porque os peemedebistas de São Paulo estão construindo uma imagem nova da legenda com Gabriel Chalita.

Ainda assim, ter por perto um marqueteiro como Duda Mendonça sempre pode ser útil.

FATOS INUSITADOS
Houve alguns fatos inusitados na concorrência do Sesi-Senai.

Algumas regras foram alteradas. Os contratos deixaram de ser anuais e renováveis para assumirem o caráter de “job pontual” (apenas 6 meses). Duda venceu nas duas licitações com grande pontuação.

Eis o que o Blog ouviu de quem conhece detalhes do processo: “Causou estranheza as notas muito baixas em alguns quesitos para empresas de notório conhecimento técnico e competência em itens básicos, em alguns casos até causando desclassificação”. Ao todo, 9 agências concorreram pelos contratos, incluindo DPZ, DM9, Lew Lara e Borghi Lowe.

Em tese, nesta semana as agências derrotadas podem entrar com algum recurso para embananar o processo. O prazo vai até sexta-feira (9.nov.2012).

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Gastos superam doações oficiais em SP
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Fernando Rodrigues

Candidatos a prefeito na capital paulista já gastaram R$ 11 milhões, mas receita foi só de R$ 3,8 milhões.

Os candidatos a prefeito de São Paulo vivem uma situação surrealista. Juntos, os 12 postulantes já dizem ter realizado despesas de R$ 11,003 milhões. Mas a receita somada de todos eles é de apenas R$ 3,776 milhões. Ou seja, produziram um déficit de R$ 7,227 milhões.

São caloteiros? Fazem despesas e não pagam? Não necessariamente. É que a lei eleitoral brasileira permite prestações de contas parciais. É o que ocorreu na semana passada.

Os políticos preferem ir dizendo quais são suas despesas, mas optam por revelar os nomes dos doadores e quanto recebem apenas mais adiante –de preferência só depois da eleição, o que é (incrível) perfeitamente permitido pela lei.

Assim, os eleitores brasileiros votam sem saber exatamente quem financia os políticos.

Outro detalhe importante: os gastos e despesas associados aos candidatos no quadro acima dizem respeito apenas aos valores atribuídos nominalmente a eles. Ou seja: aos gastos de campanha declarados em seus nomes e a doações efetuadas diretamente a eles.

Não estão contabilizados no quadro acima os gastos da campanha pagos por meio de contas dos partidos e dos comitês de campanha. Também estão de fora as doações recebidas pelo partidos e pelos comitês.

Em uma campanha os candidatos têm auxílio de seus partidos e podem realizar gastos sem associar seu nome a eles. Outro post do Blog comenta essa anomalia da lei brasileira que permite aos políticos esconderem os nomes de seus doadores.

O quadro mostra, por exemplo, que José Serra (PSDB) não desembolsou nada em sua campanha até agora. Mesmo que ele quisesse, isso não seria possível: já apareceu na TV, produziu material de campanha e gastou com outras coisas. Tudo, na verdade, é pago por meio de seu partido, o PSDB.

O Blog listou nos quadros abaixo as informações disponíveis: nomes de quem doou diretamente em nome dos candidatos a prefeito de São Paulo.

Além dos doadores listados, é possível conhecer outros apoiadores das campanhas de José Serra (PSDB) e de Miguel (PPL). São doadores que repassaram recursos para as contas dos comitês das campanhas para prefeito e não para as contas dos candidatos. Como o valor caiu na conta do comitê para prefeito, pode-se saber que os prefeitáveis se beneficiaram da doação, diferente do que acontece quando a doação vai para o comitê da campanha para vereador ou para o comitê único do partido (nessas situações, não é possível saber quem usufrui do recurso).

O comitê de José Serra recebeu R$ 500 mil da JHS F Incorporações, R$ 1,2 milhão do PSDB estadual e R$ 250 mil de Adibe Zarzur Zogbi. O comitê de Miguel recebeu R$ 3.750 de Vilson Ferreira Dornelles.

A seguir, lista dos doadores que repassaram recursos em nome dos candidatos a prefeito de São Paulo:

 

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Pós-Haddad, Erundina vira hit nas redes sociais
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Fernando Rodrigues

Deputada do PSB tem 17 mil referências no Twitter e 8 mil no FB.
A deputada federal e ex-prefeita de São Paulo Luiza Erundina (PSB-SP), de 77 anos, foi mencionada 17.274 vezes por 9.162 usuários do Twitter das 18h de ontem (19.jun.2012) até as 13h de hoje (20.jun.2012). Para efeito de comparação, o nº de menções equivale a 8% dos 214,1 mil votos que a deputada teve na eleição de 2010.

 

Os dados levantados por Manoel Fernandes, diretor da Bites Consultoria, refletem a repercussão nas redes sociais da desistência de Erundina de ser candidata a vice-prefeita de São Paulo na chapa de Fernando Haddad (PT). “Ela entrou 64 vezes no Trending Topics Brasil [assuntos mais comentados do Twitter] desde segunda-feira às 17h quando se começou a dizer que sairia da chapa de Haddad”, diz Fernandes. A deputada abandonou o barco após petistas se aliarem a Paulo Maluf (PP-SP), seu adversário histórico.

 

No Facebook, segundo a Bites, Erundina foi mencionada mais de 8 mil vezes no mesmo período.

 

Fernandes afirma que um perfil de Belo Horizonte com 232 seguidores foi o que mais twitou sobre Erundina (74 vezes).

 

Outros perfis que se destacaram foram os do senador Cristovam Buarque (PDT-DF) e do apresentador Milton Neves. Para o diretor da Bites, o senador usa seu perfil “para criticar ostensivamente a aproximação de Lula com Maluf”. Já Milton Neves, “elogiou a deputada para os seus 408.000 seguidores”.

 

 

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Embate Serra X Haddad fica, por ora, adiado
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Fernando Rodrigues

corrida pela prefeitura paulistana permanece quase inalterada

O grande embate nacionalizado na disputa pela Prefeitura de São Paulo ainda não aconteceu –se é que vai acontecer. O PSDB, com José Serra, continua a liderar a disputa. Ele tem 31%. O suposto grande adversário do tucano, Fernando Haddad, do PT, está com 3%.

Esses são os resultados de uma pesquisa realizada pelo Ibope na cidade de São Paulo sob encomenda do jornal “O Estado de S.Paulo” e da TV Globo. Aqui, pesquisas anteriores sobre a disputa paulistana.

Esse cenário quase sem alterações em relação ao que se via há dois meses é um sinal de que a campanha ficará parada até o início das propagandas partidárias na TV, em agosto. Não se deve esquecer que haverá também Olímpiadas no meio do ano e o clima político tende a esfriar durante esses grandes eventos esportivos.

O segundo colocado no levantamento do Ibope é Celso Russomano, do PRB, com 16%. Depois, a lista se completa com os seguintes concorrentes (todos ainda pré-candidatos):

 

Netinho (PC do B) – 8%

Soninha (PPS) – 7%

Gabriel Chalita (PMDB) – 6%

Paulinho da Força (PDT) – 5%

 

O fato de Fernando Haddad ter apenas 3% nessa pesquisa (ele tinha o mesmo no Datafolha de 1-2.março.2012) mostra que a mídia espontânea que o petista vem tentando ganhar tem sido insuficiente para promover sua candidatura.

Como o PT foi punido pela Justiça Eleitoral e não terá direito a fazer propaganda partidária neste semestre, a única esperança de Haddad fica por conta do horário eleitoral, só a partir de agosto. E do apoio direto e explícito que espera receber de Luiz Inácio Lula da Silva.

Outra esperança coletiva dos adversários de Serra é a alta taxa de rejeição do tucano: 35% dos paulistanos não votariam nele de jeito nenhum. Ou seja, o candidato do PSDB tem mais gente (35%) dizendo que não votaria nele do que eleitores o apoiando (31%).

Já o candidato do PT, Haddad, tem uma taxa de rejeição de 12%.

As outras taxas de rejeição são:

 

Celso Russomano (PRB) – 13%

Netinho (PC do B) – 38%

Soninha (PPS) – 17%

Gabriel Chalita (PMDB) – 11%

Paulinho da Força (PDT) – 18%

 

Segundo o Ibope, foram entrevistados 805 eleitores em todas as regiões de São Paulo nos dias5 a7 deste mês.

A partir de agora há 3 momentos de possíveis alterações nas pesquisas de opinião:

O mais próximo é na primeira quinzena de julho, quando já estarão definidos quem vai mesmo ser candidato. Aí as pesquisas só colocarão em seus levantamentos os nomes de quem vai de fato estar na disputa –agora, muita gente fica por ali apenas esquentado o lugar para depois abrir espaço para algum outro nome.

Outro momento de mudança possível no quadro das pesquisas é quando se inicia a propaganda eleitoral na TV e no rádio. Isso é só em agosto.

Por fim, o quadro sucessório terá sua decantação final quando faltarem uns 10 dias para a eleição, que neste ano é em 7 de outubro. Aí os eleitores ficarão mais ligados no processo e tomarão suas decisões finais.

 

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Serra fica fora do jogo se não disputar Prefeitura de SP, diz presidente do DEM
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Fernando Rodrigues

O presidente nacional do Democratas, senador José Agripino (RN), acha que o tucano José Serra deve entrar na disputa pela Prefeitura de São Paulo. “O Serra hoje está fora do jogo. Se não entrar, suas chances mais adiante são mínimas, quase nem existiriam”, diz o líder do DEM.

O PSDB enfrente no momento um impasse. O partido convocou eleições prévias entre seus filiados –que vão escolher quem será o candidato da sigla a prefeito de São Paulo. Essa votação está marcada para o dia 4 de março, mas Serra não se inscreveu.

“Ele não tem nada a perder, só a ganhar. Se ganhar, será prefeito de São Paulo e acumulará forte capital político. Se perder, também terá feito uma reentrada no jogo. Hoje, Serra está fora do jogo para2014”, diz Agripino.

Indagado sobre como Serra poderia eventualmente ser candidato a presidente em 2014 se entrar agora na disputa e ganhar a Prefeitura de São Paulo, Agripino respondeu: “Mas aí estamos antecipando muito as coisas. O fato é que hoje ele está fora do jogo. Se não entrar, continua de fora. A disputa para 2014 é uma outra história”.

Segundo o presidente nacional do DEM –partido que nos últimos 20 anos fez sólidas alianças eleitorais com o PSDB–, as conversas em São Paulo entre as duas siglas têm sido conduzidas pelo governador paulista, o tucano Geraldo Alckmin. “Ele nos disse que Serra tinha emitido sinais que indicavam uma possibilidade, mas não com certeza, de entrada na disputa pela Prefeitura de São Paulo”.

Agripino diz que o DEM já tem pré-candidato lançado para prefeito de São Paulo, Rodrigo Garcia, mas que a legenda estará “sempre disposta a conversar”. Agora, afirmou, “Serra terá dizer quais são as suas necessidades para que venha a ser candidato”. Por enquanto, ressaltou, “o candidato do DEM tem nome e é Rodrigo Garcia”.

Na semana passada, antes do Carnaval, Serra telefonou a Rodrigo Garcia e ambos ficaram de conversar pessoalmente. O encontro deve acontecer só agora, pois o tucano passou o feriado fora de São Paulo.

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