Para prefeito, titubeio de Fernando Haddad abriu caminho para Serra

O prefeito Gilberto Kassab (PSD) tem feito longas análises sobre o cenário atual. A um interlocutor, fez uma síntese do que se passou até agora na disputa pela sua sucessão, sobretudo a respeito do namoro de várias semanas entre ele o PT para uma possível aliança em torno do petista Fernando Haddad:

“O prefeito de São Paulo vai até você e oferece apoio. Junto iriam a máquina da Prefeitura e 20 vereadores. Aí você vai até o Lula e ele diz para você fechar o acordo. Aí você vai até a presidente Dilma e ela diz para você fechar esse acordo. Mas você fica sonhando na esperança de unificar o PT inteiro. E o PT bateu cabeça. Enquanto isso, o outro lado teve tempo de se reorganizar. Eu acho que esse episódio foi a primeira grande derrota do Haddad para ele próprio. É óbvio que se o acordo tivesse sido fechado e formalizado com o PT eu não teria mais como apoiar o Serra. Aliás, se eu tivesse fechado o acordo com o PT, o Serra não sairia candidato. Mas não houve o acordo por causa da atitude titubeante do Fernando Haddad e de alguns gatos pingados do PT”.

Aos 51 anos de idade e visto em Brasília como um dos mais habilidosos operadores políticos do país, o prefeito de São Paulo nunca fala com ressentimentos ao analisar cenários políticos. Ele de fato queria ter fechado um acordo com o PT. Mas os petistas foram lentos na operação.

Kassab afirma a seus aliados que manteve um relacionamento franco e aberto, de alto nível, tanto com o ex-presidente Lula como com a presidente Dilma Rousseff e com o restante da cúpula do PT. E ressalta que seu partido, o PSD, ficará com petistas em muitas disputas municipais neste ano. Por fim, que se o acordo na cidade de São Paulo não saiu, a culpa não foi dele.

Para Kassab, agora haverá necessariamente uma polarização entre Serra e Haddad, PSDB e PT. E nada mais: “Todos os outros vão virar pó. Não tem jeito. Só se fala nessas duas candidaturas agora”.

Mas e o candidato a prefeito de São Paulo pelo PMDB, Gabriel Chalita, que tem muito tempo de TV por conta do tamanho de seu partido? E Kassab: “Vai ser só Serra e Haddad. O Serra, pela sua dimensão política, pelo que representa para a cidade. E o Haddad porque terá o apoio do ex-presidente Lula e da presidente Dilma. Não sobrará espaço para os demais”.

A partir de agora, os candidatos começam a caça por aliados com o objetivo de aumentar o tempo de TV e rádio durante o horário eleitoral. A tendência é o PT arrebanhar mais apoios e ter o maior espaço para fazer propaganda.

“Mas isso é irrelevante no caso do Serra e do Haddad. Nesse jogo de alianças, há muitas análises equivocadas. A disputa ficou e ficará polarizada. E no segundo turno os tempos são iguais para os dois candidatos”, pondera Kassab.

O futuro de Kassab
Afinal, o que pensa e o que deseja Kassab para seu futuro político?

O prefeito de São Paulo vislumbra 3 caminhos para si: ser governador paulista, vice-governador ou senador

Kassab, tem um plano bem delineado sobre quais são suas opções e a viabilidade de cada uma delas.

Engenheiro de formação e sistemático por vocação, ele começa o fluxograma com duas possibilidades: vitória ou derrota de José Serra (PSDB) na disputa para prefeito de São Paulo.

Na hipótese de derrota –na qual ele não acredita– ficará pavimentado o caminho para um eventual rompimento entre Serra e o atual governador de São Paulo, Geraldo Alckmin. Claro, porque Serra atribuirá o fracasso em parte à falta de apoio do partido. E Alckmin terá uma responsabilidade razoável no pagamento dessa fatura.

Em caso de derrota de Serra neste ano, Kassab passaria a ser candidato declarado a governador de São Paulo em 2014.

E Serra? Aí tudo dependeria da correlação de forças partidárias em 2014, da popularidade do governo Dilma, do estado da economia e da disposição de um grupo de oposição querer um candidato presidencial de fora do PSDB. Serra, é claro, seria um postulante ao Planalto –mas esse cenário tem tantas variáveis que projetá-lo hoje com precisão é impossível.

Já num cenário de vitória de Serra na disputa para prefeito de São Paulo o horizonte fica mais claro para Kassab. Ele fará o que melhor se adequar aos planos de seu principal benemérito e mentor na política. Os dois caminhos mais exequíveis são encaixar-se (bancado por Serra) como vice-governador de Geraldo Alckmin quando o tucano disputar a reeleição, em 2014, ou sair como candidato ao Senado.

Esse exercício de futurologia em política, como se sabe, é muito arriscado. Kassab tem ciência dessa dificuldade, mas os planos são esses mesmos.

O prefeito de São Paulo tem a vantagem de ter transitado em todo o espectro político e coletado pouquíssimos inimigos irreconciliáveis –exceto parte da cúpula do DEM, sigla que mais sofreu com a criação do PSD.

Quando esteve com o PT e com o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, Kassab sempre disse de maneira clara que teria de apoiar José Serra se o tucano se lançasse candidato a prefeito. Usou uma máxima de ouro na política: “Pactos claros, amizades longas”.

Lula e os petistas podem estar chateados que Kassab de fato cumpriu o que disse, assumindo de vez a sua encarnação serrista. Mas nenhum petista poderá acusar o prefeito de não ter avisado antes como procederia.

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efeito colateral também importante é evitar críticas de cunho religioso contra Fernando Haddad

A decisão da presidente Dilma Rousseff de dar um cargo no governo federal para o senador Marcelo Crivella (PRB-RJ) tem um objetivo certeiro: tentar derrubar a candidatura de Celso Russomano a prefeito de São Paulo. Por tabela, facilitar a vida do petista Fernando Haddad, que também disputará a prefeitura paulistana neste ano.

Russomano era do PP, mas se indispôs com Paulo Maluf e bandeou-se para o PRB em 2011. O Partido Republicano Brasileiro, criado em 2005, tem ligação estreita com a Igreja Universal do Reino de Deus. Nas pesquisas de opinião, Russomano aparece com até 21% das intenções de voto, muito por conta de suas aparições em programas populares na TV. Aqui, a página mais completa da web com todos os levantamentos eleitorais disponíveis neste ano.

Com a ida do senador Marcelo Crivella (PRB-RJ) para a Secretaria da Pesca e Aquicultura, o Planalto espera ter pavimentado o caminho para que a direção nacional do PRB elimine do mapa a candidatura de Russomano –Crivella nega (leia a parte final deste post).

A nomeação de um representante do PRB para a Esplanada dos Ministérios é a primeira reação objetiva do PT e de Dilma Rousseff à entrada de José Serra (PSDB) na corrida pela sucessão de Gilberto Kassab na Prefeitura de São Paulo.

Os petistas correm para fechar o maior arco de alianças possível em torno de Haddad –e assim garantir um grande tempo de TV e rádio durante o horário eleitoral.

Religião & Haddad
Outro efeito colateral importante da nomeação de Marcelo Crivella é um acordo tácito para que os políticos evangélicos sob o guarda-chuva do PRB evitem críticas de cunho religioso contra Fernando Haddad.

Quano era ministro da Educação, Haddad envolveu-se na polêmica da cartilha sobre respeito a homossexuais em escolas. Logo os evangélicos e religiosos em geral classificaram a iniciativa de “kit gay”. A operação foi abortada, mas a imagem de liberal do petista permaneceu.

Há um temor do PT de que durante a campanha eleitoral deste ano Haddad possa ser alvo de políticos conservadores. Com a presença do PRB na Esplanada dos Ministérios, há um entendimento entre o governo Dilma e a cúpula do partido de Crivella para que sejam evitados os debates em torno de aspectos religiosos durante as disputas por prefeituras, sobretudo na cidade de São Paulo.

“Só tivemos conversas técnicas”
Após ser anunciado como novo ministro do governo Dilma, Marcelo Crivella negou que a nomeação tenha por objetivo tirar Celso Russomanno da disputa pela Prefeitura de São Paulo. “Acho que o PRB em São tem um candidato, que é o Celso Russomano, e em nenhum momento quando a presidente me convidou isso foi aventado. Pelo contrário, só tivemos conversas técnicas”, afirmou, segundo publicou a Folha.com. “Ela [Dilma] queria fazer uma homenagem ao povo fluminenese”, disse Crivella.

O político disse ainda ter “muita honra” de integrar a bancada evangélica no Congresso, mas que sua entrada no governo se deve à posição de filiado ao PRB e não à de integrante da bancada evangélica.

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Com seu país mergulhado na crise econômica e pessoalmente envolvido em escândalos sexuais, Silvio Berlusconi renunciou ao cargo máximo da política italiana. Mas nem por isso o ex-presidente do Conselho de Ministros da Itália deixa de aparecer no noticiário por conta de polêmicas bizarras.

Sem as responsabilidades do ex-cargo, Barlusconi se colocou a compor um novo hino para seu partido, o Povo da Liberdade (PdL). Mas agora se vê acusado de plágio pelo rapper J-Ax (Alessandro Aleotti, antigo líder do grupo Articolo 31).

Para o rapper, o hino de Berlusconi –que diz “nós somos o povo da liberdade, gente que espera, que luta e que crê no sonho da liberdade”– parece demais com uma de suas canções, chamada “Gente que espera”.

O caso foi repercutido amplamente na Itália, inclusive pelo jornal “Corriere della Sera” e pelo site italiano da revista “Rolling Stone”. Pode ser mais uma pendência judicial se aproximando do político fanfarrão.

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BRASÍLIA – Há duas discussões na praça sobre o foro privilegiado para autoridades. Acabar com o sistema resolve ou não a impunidade crônica para uma certa parcela da elite política? A outra indagação é se essa norma é justa. Leia mais (para assinantes do UOL e da Folha).

Depois de perder deputados, senadores, prefeitos e até um governador para o PSD, o DEM tenta evitar que o novo partido leve também seus recursos financeiros.

O DEM já divulgou os argumentos que vai apresentar ao TSE (Tribunal Superior Eleitoral) para barrar a perda de dinheiro do fundo partidário para a sigla fundada por seu ex-filiado Gilberto Kassab, prefeito de São Paulo. Aqui página do TSE com detalhes sobre o fundo partidário.

Segundo o Democratas, uma decisão favorável a Kassab representaria “violação ao direito adquirido das legendas partidárias que concorreram nas eleições gerais de 2010”.

Kassab quer que sua sigla tenha direito a mais que a parcela mínima do fundo (5%) dividida igualmente entre todos os partidos existentes. Ele quer entrar no rateio dos 95% do fundo, divididos entre os partidos de acordo com o nº de votos recebidos para deputados federais. Nesse caso, o PSD tomaria dinheiro do DEM pois muitos de seus filiados disputaram a eleição em 2010 ainda filiados ao DEM.

A de fesa do Democratas afirma que a legislação eleitoral não permite incluir na divisão dos 95% do fundo um partido que não participou da última eleição de deputados –no caso, a de 2010, quando o PSD não existia.

O DEM sugere também que a Justiça Eleitoral pode cair em descrédito se aceitar mudar as regras do fundo. O documento que o partido vai entregar ao TSE diz: “Uma repentina e surpreendente revisão dos critérios de gestão do Fundo Partidário, sem qualquer alteração legislativa do marco normativo em vigor, representa, ainda, uma irrefutável violação ao princípio da proteção da confiança”. A “proteção da confiança” é um princípio jurídico segundo o qual as pessoas podem confiar na estabilidade da aplicação e efeito das leis.

Caso perca na questão do fundo partidário, o DEM leva de brinde mais uma derrota: perde também tempo de TV. Kassab também vai pedir para ter mais tempo de propaganda de TV do que o mínimo concedido a todos os partidos. O tempo extra que pode ganhar sairá, na maior parte do DEM. E a decisão da Justiça Eleitoral nesse caso deve ser embasada na decisão sobre o fundo partidário, pois o critério de divisão é o mesmo: votos para deputados federais.

O presidente do TSE, ministro Ricardo Lewandowski, afirmou que uma decisão deve fundamentar a outra em entrevista concedida ao UOL e à Folha, no programa “Poder e Política”. Abaixo, vídeo com a declaração de Lewandowski. Para ver a gravação em tablets e iPhones, clique aqui.

Em tempo: o que é levado em conta para se distribuir o Fundo Partidário e o tempo de TV e rádio apra os partidos?

Fundo Partidário: são considerados todos os votos que o partido teve na última eleição para deputado federal –tanto de candidatos que venceram como dos derrotados;

Tempo de TV e de rádio: considera-se o tamanho da bancada eleita de deputados no último pleito.

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Partido de Dilma e Lula tem 20% do eleitorado do G83, grupo das maiores cidades do país…

…tucanos têm apenas 8%; os outros partidos da oposição, nada.

Vencer a eleição na capital paulista, cidade com o maior nº de eleitores do país, é a chance que o PSDB tem de garantir respiro para si e para a oposição até 2014, quando haverá nova eleição presidencial. Caso o partido perca em São Paulo para o PT ou outro aliado do governo federal, a situação da oposição toda tende a se agravar ainda mais do que no cenário atual.

Hoje já é imenso o abismo entre o nº de eleitores comandados por governistas e oposicionistas no G83 –o grupo de 83 grandes municípios, formado pelas 26 capitais e as 57 cidades com mais de 200 mil eleitores. Juntas, essas 83 localidades têm 49,8 milhões de eleitores (37% dos eleitores que votarão para prefeito em 2012).

O PT e seus aliados no governo federal comandam 72% dos eleitores do G83 (correspondentes a 36 milhões de eleitores). O PSDB, único partido de oposição entre os 11 que têm prefeitos no G83, controla só 8% desse eleitorado (3,8 milhões).

Como é certo que o PSD, do prefeito Gilberto Kassab, não continuará na Prefeitura paulistana (ele não pode se reeleger nem tem candidatos competitivos) o partido que o substituir vai agregar para si 8,5 milhões de eleitores. A sigla que for vitoriosa na capital paulista subirá várias posições no ranking do G83 em termos de eleitores governados. Assim, poderá também ter mais influência em disputas futuras.

Se apenas São Paulo mudar o partido no poder e as outras 82 grandes cidades continuarem como estão, uma vitória do PSDB o deixaria com 25% do eleitorado do G83. Esse percentual pode não ser grandioso perante os 72% do PT e seus aliados governistas. Mas ganha importância perante os 20% do eleitorado do G83 que o PT continuaria a governar. Abaixo, quadros com detalhes sobre o G83:

Para comparar os partidos, o Blog cruzou os nomes e partidos dos prefeitos do G83 com dados do eleitorado nacional referentes a jan.2012 atualizados pelo TSE (Tribunal Superior Eleitoral).

Eleições e o G83
Em 2012 haverá eleições para prefeito no Brasil –o 1º turno será em 7.ou.2012 e o 2º turno em 28.out.2012. Segundo dados do TSE referentes a jan.2012, estão aptos a votar neste ano 134,5 milhões de brasileiros em 5.568 municípios.

Não votam para prefeito os eleitores residentes em Brasília (1,8 milhão de eleitores), em Fernando de Noronha (2,2 mil) e no exterior (212 mil).

O 2º turno só pode ocorrer em cidades com, pelo menos, 200 mil eleitores. Os dados do TSE de jan.2012 indica que há 81 cidades encaixadas nesse critério. Apesar disso, para efeito de análise, o Blog inclui as 2 capitais que não se enquadram nesse critério entre as cidades grandes. São elas: Palmas (141,3 mil eleitores) e Boa Vista (176,7 mil eleitores). Por serem capitais, têm relevância política suficiente para estar no “clube” dos grandes municípios.

A 2ª etapa da votação ocorre se nenhum candidato conseguir, no 1º turno, mais da metade dos votos válidos (que são todos os votos menos os brancos e nulos). Nos municípios com  menos de 200 mil habitantes a disputa termina obrigatoriamente no 1º turno, mesmo que o vencedor não tenha mais da metade dos votos válidos.

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O Ministério Público, um dos mais fechados Poderes da República, decide nesta 3ª feira (28.fev.2012) se tornará públicos documentos e sessões do MP em nível federal e estadual. As reuniões poderão ser todas abertas e transmitidas ao vivo, pela internet.

A análise do projeto de resolução começou em janeiro. Até agora, 2 dos 14 conselheiros do Conselho Nacional do Ministério Público (CNMP) já votaram a favor da medida: Mário Bonsaglia e Almino Afonso. Os outros 12 devem votar na sessão desta 3ª feira, que começa às 9h.

Se aprovada, a resolução entrará em vigor em 90 dias. Ou seja: passará a valer em maio de 2012, mesmo mês em que passa a vigorar a Lei de Acesso a Informações Públicas, sancionada pela presidente Dilma Rousseff em nov.2011.

Segundo a Lei de Acesso, o MP já seria obrigado a fornecer a qualquer cidadão seus documentos públicos (aqueles não classificados em nenhuma categoria de sigilo). Mas a resolução sistematiza e esclarece os procedimentos para o fornecimento das informações, explicou a assessoria do CNMP.

A seguir, os principais pontos da resolução que será analisada amanhã pelo CNMP e poderá, se aprovada, diminuir a falta de transparência do Ministério Público:

1) Qualquer pessoa terá acesso aos documentos públicos (não sigilosos) dos MPs da União e dos Estados. Toda proibição de acesso a informações deverá ser justificada ao cidadão;

2) Sessões dos órgãos colegiados da administração superior do MP serão públicas, inclusive as que tratam de questões disciplinares. A resolução permite sigilo se a preservação da intimidade não prejudicar o interesse público à informação.

3) Sessões do Conselho Superior de cada MP deverão ser transmitidas ao vivo via internet. As pautas das reuniões deverão ser divulgadas no site da instituição com antecedência mínima de 48 horas. Se não puderem executar a transmissão ao vivo em 90 dias a partir da aprovação da resolução, os MPs deverão disponibilizar o áudio das sessões na internet em até 24 horas.

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O tucano José Serra anunciou nesta manhã (27.fev.2012) que deve participar das prévias do seu partido, o PSDB, para que seja escolhido o nome da legenda que será candidato a prefeito de São Paulo.

No seu perfil no microblog Twitter, Serra escreveu em três post separados:

1) Bom dia.

2) Hoje comunicarei por escrito  à direção do PSDB de São Paulo minha disposição de disputar a prefeitura de SP

3) Sempre fui favorável às prévias para a escolha do candidato a prefeito do PSDB. E delas pretendo agora participar.

Ou seja, Serra diz pretender participar das prévias do PSDB. Mas não está claro se essa disputa interna tucana continuará ou não marcada para domingo, 4 de março, ou se haverá alguma prorrogação.

Também é importante notar a escolha das palavras na principal frase escrita pelo tucano: “Sempre fui favorável às prévias para a escolha do candidato a prefeito do PSDB. E delas pretendo agora participar”. Ou seja, há uma pretensão. Mas essa pretensão pode não se cristalizar… se as prévias não forem realizadas. Mas aí seria necessário fazer uma costura grande para que todos os outros pré-candidatos renunciem a favor de Serra –o que, no momento, parece improvável.

Eis a imagem dos 3 posts de Serra no Twitter:

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O Ano Novo começa em Brasília nesta semana pós-Carnaval.

Mas as atenções do mundo da política estarão voltadas para São Paulo, pois deve ser oficializada a candidatura de José Serra (PSDB) a prefeito da capital paulista.

No Congresso, senadores e deputados voltam à ativa depois de dois meses e meio de descanso –eles só trabalharam até a metade de dezembro.

Pauta possível do Congresso: fundo de previdência dos funcionários públicos federais, Código Florestal, Lei Geral da Copa do Mundo e projeto sobre distribuição dos royalties do petróleo do pré-sal.

A presidente Dilma Rousseff começa a semana no Ceará. Na 2ª feira (27.fev.2012), com o governador Cid Gomes (PSB), visita obras de transportes no Estado. Na 3ª (28.fev.2012), vai ao Recife e se encontra com o prefeito João da Costa (PT), que é pré-candidato à reeleição.

Na 4ª (29.fev.2012) haverá uma reunião para decidir os novos presidentes das comissões de trabalho da Câmara. O PSD, que não tem direito a nenhuma presidência, ainda tenta reverter a situação.

Sobre o PSD: nesta semana o TSE deve publicar uma decisão convocando todos os 20 partidos que foram afetados por perda de filiados para a nova sigla. Essas legendas terão 3 dias para se manifestarem a respeito no processo em que o partido de Gilberto Kassab pede mais dinheiro do Fundo Partidário.

Na 5ª feira (1º.mar.2012), o Palácio do Planalto fará solenidade de lançamento do pacto da construção civil, que deve estabelecer parâmetros para os trabalhadores do setor.

Na 6ª feira (2.mar.2012) o PSD fará um debate sobre privatização. O mediador é Henrique Meirelles. Os debatedores, Delcídio Amaral (PT-MS) e  Aloysio Nunes (PSDB-SP). E o Irã realiza eleições parlamentares.

No domingo (4.mar.2012), em princípio, haverá a eleição prévia interna do PSDB paulistano para escolher quem será o candidato da sigla a prefeito de São Paulo. A disputa pode ser adiada ou até cancelada, a depender de como será a entrada de José Serra no processo.

Também no domingo (4.mar.2012), o ministro Paulo Bernardo, que está em tour pela Europa, chega à Alemanha. Ele se junta à equipe brasileira em Hannover. A presidente Dilma Rousseff tem compromisso na cidade na próxima 2ª feira (5.mar.2012).


A seguir, o drive político da semana:


Segunda (27.fev. 2012)
Dilma no Ceará – com o governador Cid Gomes assinará ordem de serviço para início das obras civis do VLT Parangaba-Mucuripe (a partir das 10h, na estação Virgílio Távora, em Maracanaú, Região Metropolitana de Fortaleza). Também visitarão obras de construção da nova Estação de Tratamento de Água Oeste (ETA-Oeste), em Caucaia, às 15h.

Debate tucano – os pré-candidatos do PSDB a prefeito de São Paulo, José Aníbal e Ricardo Tripoli, participam de debate às 19h, com transmissão ao vivo pela internet. Esperam participação de José Serra, que entrou na disputa com apoio de Andrea Matarazzo e Bruno Covas, que desistiram de concorrer nas prévias do partido.

Brasil e Direitos Humanos – a ministra Maria do Rosário (Direitos Humanos) discursa na 19ª sessão do Conselho de Direitos Humanos da ONU.

FHC em Nova York – ex-presidente será líder da comitiva de 12 empresários no “Board of Boards – CEO Conference” , evento sobre filantropia e  investimentos sociais das corporações.

Paulo Bernardo em Barcelona – ministro das Comunicações participa do Congresso Mundial de Telefonia Móvel da GSMA (Groupe Speciale Mobile Association).

Cesar Maia & Garotinho – dupla lança carta com princípios da aliança entre DEM e PR no Rio de Janeiro. Rodrigo Maia, filho de Cesar, será candidato a prefeito do Rio. Clarissa, filha de Garotinho, será vice.

Urna eletrônica – prazo para inscrição de interessados em testar a segurança do sigilo do voto. Participantes aprovados terão acesso até ao código fonte dos sistemas de votação. Mais informação no site do TSE.

Transportes e greve – trabalhadores dos serviços de ônibus e de metrô de Barcelona pretendem fazer greve durante o Mobile World Congress (Congresso Mundial de Comunicações Móveis), que acontecerá na cidade até 5ª feira (1º.mar.2012).

Brasil na Antártida – o ministro Celso Amorim (Defesa) afirmou que o governo deve já começar a pensar na reconstrução da base brasileira na Antártida, destruída por um incêndio.

Farc e os sequestros – grupo armado colombiano anunciou no domingo (26.fev.2012) que pretende interromper os sequestros e liberar os reféns em seu poder.

Inflação – Fipe divulga IPC referente ao período de 24.jan a 21.fev.2012. FGV divulga IGP-M de fev.2012.

Nota do BC – Banco Central divulga nota “Mercado Aberto” para a imprensa.

Terça (28.fev.2012)

Dilma no Recife – terá agenda com o prefeito João da Costa (PT), pré-candidato à reeleição.

Serra candidato em SP – o tucano deve anunciar como será seu rumo na disputa paulistana. E o PSDB dirá o que fará com suas prévias marcadas, em tese, para domingo (4.fev.2012).

Previdência complementar – Câmara pode votar a criação de novo sistema para os funcionários públicos federais. A oposição deve obstruir a votação, prioritária para o governo. Seis Medidas Provisórias trancam a pauta da Casa.

Copa do Mundo – na volta do Carnaval, a comissão especial da Câmara ainda deve votar a Lei Geral da Copa, emperrada na Casa há muito tempo. Votação marcada para 14h30.

Romário e o futevôlei – deputado federal encontrará, em Brasília, com presidentes de todas as federações estaduais do esporte. Será oficializado como presidente de honra da Confederação Brasileira da modalidade. Em março, será capitão da seleção brasileira no mundial do Rio.

Brasil, México e os carros – negociações sobre o Acordo de Complementação Econômica nº 55 ocorrerão na Cidade do México.

Tombini no Senado – presidente do BC vai a audiência da Comissão de Assuntos Econômicos. Às 11h.

Senado e o CNJ – a corregedora nacional de Justiça, Eliana Calmon, é esperada em audiência da Comissão de Constituição e Justiça para discutir a PEC 97/2011, que estabelece e amplia as funções do CNJ. Também convidados: Nelson Jobim, ex-presidente do Supremo, e Paulo Schimidt, vice-presidente da Associação Nacional dos Magistrados do Trabalho.

Brasil x Bósnia – seleção fará amistoso na Suíça.
comentário do Blog: dia para os fotógrafos aproveitarem para fazer aquela clássica imagem de deputados e senadores refestelando-se em poltronas e assistindo ao jogo nas TVs colocadas no fundo do plenário das duas Casas.

Política monetária e operações de crédito – BC divulga nota sobre o assunto para a imprensa.

Quarta (29.fev.2012)
Disputa na Câmara – o presidente Marco Maia (PT-RS) marcou para 15h30 reunião que decidirá quais partidos presidirão as 20 comissões da Casa neste ano. Avisou que o PSD não pode assumir nenhuma, porque não existia na eleição de 2010.

Paulo Bernardo em Barcelona – ainda no Congresso de telefonia móvel, ministro dá palestra sobre banda larga na América Latina. Durante a estadia na Espanha, o ministro visitará a sede da Telefonica e se reunirá com representantes de outras operadoras.

STF e defensorias – na pauta do tribunal uma série de ações que envolvem Defensorias Públicas de diversos estados. Entre os temas das ações estão a relação das Defensorias com a OAB e com o governo estadual.

Deputado lança livro– “Brasil em dados comparativos das unidades federadas”, do deputado Júlio César (PSD-PI) será lançado na Câmara, às 16h.

Doenças raras em debate – Câmara promove seminário para debater o assunto das 14h às 18h.

Lady Gaga e Oprah Winfrey – lançam, na Universidade de Harvard, a Born This Way Foundation, que pretende inspirar uma cultura de aceitação entre jovens.

Emprego e desemprego – Dieese publica pesquisa mensal sobre o assunto.

Indústria – FGV divulga sondagem sobre o setor.

Nota de política fiscal – BC divulga comunicado para a imprensa.

Consumidor – CNI divulga Índice Nacional de Expectativa do Consumidor.

Quinta (1º.mar.2012)
Dilma e a construção – no Planalto, solenidade de lançamento do pacto da construção civil. A CUT cobra um piso nacional para o setor.

Candidatos e o meio-ambiente – pré-candidatos a prefeito assinam, na Academia Brasileira de Filosofia, no Rio, documento com compromissos de desenvolvimento sustentável.

Políticos no STF – pauta do tribunal inclui processos relacionados a políticos, como o ex-deputado Celso Russomanno (PRB-SP) e os deputados Natan Donadon (PMDB-RO) e Abelardo Camarinha (PSB-SP).

Tombini no Uruguai – presidente do BC participa da conferência “Macroprudencial Policies to Achieve Finance Stability”, organizada pelo BC uruguaio e pelo FMI.

Alckmin e os químicos – governador de São Paulo receberá sindicatos ligados à Federação dos Químicos, entidade filiada à Força Sindical.

PTC na TV – partido nanico tem 5 minutos em rede nacional. Das 20h às 20h05 no rádio. Das 20h30 às 20h35 na TV.

Inflação – FGV divulga IPC-S.

Sexta (2.mar.2012)
PSD e privatização – partido coloca um de seus filiados ilustres, Henrique Meirelles, para mediar debate sobre o tema. Debatedores: Delcídio Amaral (PT-MS) e  Aloysio Nunes (PSDB-SP).

Eleições no Irã – é o primeiro processo eleitoral desde aquele que terminou em onda de violência em 2009. Serão eleitos os integrantes do parlamento unicameral.

CUT na Câmara – Casa homenageia os 20 anos da Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf) da CUT.

Sábado (3.mar.2012)
Paulo Bernardo em Paris – ainda no tour pela Europa, ministro das Comunicações se encontrará com o ministro da Indústria, Energia e Economia Digital da França, Eric Bresson. Visitará também a empresa Arianespace e a fábrica de motores do foguete Vulcan.

PRB na TV – partido ligado à Igreja Universal e à TV Record tem 5 minutos em rede nacional dividido em vídeos de 30 segundos ou minuto.

Domingo (4.mar.2012)
Prévias do PSDB – até a publicação deste drive em 27.fev.2012, essa era a data escolhida pelo partido para que seus filiados escolhessem o candidato a prefeito de São Paulo. Concorrentes confirmados até então eram José Aníbal e Ricardo Trípoli. Bruno Covas e Andrea Matarazzo retiraram suas candidaturas a favor da entrada de José Serra na disputa, que é a grande novidade no processo.

Paulo Bernardo na Alemanha – vai a Hannover e deve se juntar à comitiva da presidente Dilma, que chega na cidade em 5.mar.2012. Participarão da CeBit 2012 –evento de negócios em tecnologia da informação.

Tombini na Suíça – presidente do BC participa das reuniões bimestrais com presidentes de Bancos Centrais no BIS (Banco de Compensações Internacionais).

Eleição na Rússia – país elegerá novo presidente. O primeiro-ministro e ex-presidente Vladimir Putin é o favorito.

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O Blog trata de poder e política, mas gosta de cinema. E há muitos separados no nascimento nos filmes que concorrem ao Oscar neste domingo, (26.fev.2012). Um pouco de humor para deixar o fim de semana mais leve.

No filme iraniano “A Separação”, que concorre ao Oscar 2012 na categoria de película estrangeira, há tantas coincidências que poderia se chamar “Separados no nascimento”.

E em “A Invenção de Hugo Cabret”, o ator Sacha Baron Cohen (sim, o Borat) está a cara de Paulo Betti.

Abaixo, 3 atores de “A Separação” e seus “separados no nascimento”. O ator principal Peyman Maadi é primo em primeiro grau do ministro Antonio Patriota (Relações Exteriores). A atriz principal Leila Hatami é a cara de Isabella Rossellini quando mais nova (à época do grande “Blue Velvet”). Nem a coadjuvante escapou: Sareh Bayat é sósia da atriz Juliana Paes.

Em “A  Separação”… Separados no nascimento:

E em “A Invenção de Hugo Cabret”…

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