Blog do Fernando Rodrigues

Categoria : Mídia

44% não sabem que é necessário autorização do Estado para operar rádio e TV
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Fernando Rodrigues

Maioria desaprova posse de emissoras por políticos, diz pesquisa

Quase metade da população brasileira – 44% – desconhece que é obrigatório ter autorização do Estado para operar um canal de televisão ou emissora de rádio no país.

O dado consta de pesquisa divulgada hoje (17.out.2013) pelo Instituto Patrícia Galvão. O levantamento também indica que 63% das pessoas são contra que políticos tenham emissoras de rádio e TV.

A Constituição Federal proíbe que deputados e senadores sejam proprietários ou diretores de empresas de radiodifusão, mas uma brecha permite que eles integrem o quadro societário dos veículos.

No primeiro semestre de 2011, 56 congressistas eram sócios ou tinham parentes em emissoras rádio de e TV, revelou reportagem publicada na “Folha”.

Segundo a pesquisa, 69% da população avalia que um candidato dono de emissoras de rádio ou televisão tem mais chances de ser eleito em relação aos demais.

Os canais por onde transitam as ondas de rádio e televisão são públicos, concedidos para que particulares os explorem. No caso dos rádios, o período da concessão é de 10 anos. Para TV, 15 anos, sempre renováveis.

O levantamento foi realizado em setembro pelo instituto Data Popular, que aplicou o questionário a 1.500 pessoas maiores de 16 anos, presencialmente, em 50 municípios do país. A margem de erro é de 2,5 pontos percentuais, para mais ou para menos.

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Policiais e manifestantes agridem 20 jornalistas em protestos do 7 de Setembro
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Fernando Rodrigues

Fábio Braga/Folhapress - 07.set.2013

O levantamento da Abraji acaba de ser divulgado: foram contabilizados 21 casos de violação contra 20 profissionais da imprensa durante os protestos realizados no 7 de Setembro.

Segundo a entidade, “a polícia foi a autora de 85% das agressões –18 casos– na maioria das vezes por uso ostensivo de spray de pimenta”. Mas “os números podem aumentar conforme mais casos forem confirmados”.

Os 21 casos registrados no último sábado estão em uma planilha disponível para download.

A cidade mais violenta foi Brasília: 12 jornalistas foram agredidos na capital da república, todos por policiais militares.

No Rio de Janeiro, o repórter da Globo News Júlio Molica foi duplamente atingido: pelo spray de pimenta da PM e por chutes de manifestantes, que tentavam expulsá-lo do local. Há um vídeo a respeito.

Desde o dia 13 de junho, segundo a Abraji, já foram contabilizadas 82 violações contra jornalistas durante a cobertura de manifestações. Há uma planilha completa com os nomes de todos os profissionais agredidos, veículos para os quais cada um trabalhava, datas e locais das agressões.

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No Reino Unido, mais de 90% do tempo de leitura de jornais ainda é na versão impressa
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Fernando Rodrigues

Estudo da City University, de Londres, lança dúvidas sobre a máxima de que leitores de jornal trocaram as edições impressas pela versão online dos periódicos.

Pelo menos no Reino Unido, 96% do tempo de leitura total dedicado a esses veículos ainda se dá na plataforma papel, segundo artigo divulgado na 4ª feira (7.ago.2013) pelo professor Neil Thurman.

Para calcular o tempo de leitura total, ele multiplicou o número de leitores pelo tempo médio gasto com os periódicos, tanto no papel quando nos sites dos mesmos jornais.

A base da pesquisa são dados de audiência de 12 jornais de abrangência nacional na Inglaterra.

Na somatória das versões impressa e online, o tempo total de leitura está em queda, segundo Thurman. O número de minutos em que olhos de leitores pousaram sobre notícias de jornais, seja no papel ou na internet, encolheu 4% ao ano no período de 2008 a 2011. Segundo ele, a leitura online é mais efêmera e não compensa a queda de leitura no impresso provocada por redução na tiragem.

Entre os veículos pesquisados, apenas o “The Guardian” viu crescer o tempo que seu leitores dedicavam a suas notícias, na soma das duas plataformas. Os outros 11 jornais registraram queda.

Uma falha: Thurman não computou o tempo de leitura em aplicativos dos jornais para tablets ou celulares, cuja utilização vem crescendo nos últimos anos. Para contornar essa falta de dados, estimou que tais dispositivos elevem de 20% a 25% o tempo de leitura online. Segundo ele, insuficiente para compensar a queda de leitura no impresso provocada pela redução das tiragens.

O jornal “The Times” publicou reportagem (reprodução abaixo) em tom positivo sobre a pesquisa. Escreveu que os números podem ajudar a explicar porque Jeff Bezos, o bilionário dono da Amazon, comprou o diário norte-americano “The Washington Post” por US$ 250 milhões na última semana.

Reprodução

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Amazon, do novo dono do ‘Washington Post’, publica entrevista exclusiva com Obama
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Fernando Rodrigues

Carolyn Kaster/AP

O site de vendas online Amazon publicou nesta 4ª feira (7.jul.2013) uma entrevista exclusiva com o presidente dos EUA, Barack Obama, que pode ser acessada no dispositivo de leitura da companhia, o Kindle.

A entrevista integra uma série de publicações curtas da Amazon e foi publicada na mesma semana em que o dono da empresa, Jeff Bezos, anunciou a compra do tradicional jornal norte-americano “The Washington Post” por US$ 250 milhões. Um dos objetivos da aquisição é fortalecer a influência de Bezos e sua empresa na agenda política dos EUA.

Na conversa, realizada em 30 de junho nas instalações da Amazon no Tennessee (EUA), Obama falou de programas governamentais para alavancar a economia, reclamou de “intransigência” do Partido Republicano nas votações de interesse do presidente e criticou o culto a celebridades.

O entrevistador foi o jornalista David Blum, que já trabalhou nas revistas “New York” e “Esquire”.

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‘Washington Post’ teve queda de 38% na circulação em 10 anos
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Fernando Rodrigues

A venda do jornal norte-americano “Washington Post” para Jeff Bezos, dono da Amazon, por US$ 250 milhões, anunciada na 2ª feira (6.ago.2013), foi o desfecho de uma década de queda de circulação do periódico que revelou o escândalo de Watergate.

O site Statista fez as contas. De 2004 a 2013, a circulação média diária do impresso foi de 726 mil para 447 mil exemplares, um tombo de 38%. No mesmo período, a tiragem da edição de domingo caiu de 1 milhão de exemplares para 646 mil, redução de 36%. Veja no gráfico abaixo.

Mas a queda de circulação do impresso não explica sozinha a fragilidade do “Washington Post”. O periódico não conseguiu se adaptar à realidade digital na mesma velocidade de seus concorrentes. Segundo a Alliance for Audited Media, a circulação diária digital do “Post” foi, na média, de 42.313 leitores entre outubro de 2012 a março de 2013. O “The New York Times” e o “The Wall Street Journal” têm uma audiência digital 20 vezes maior.

Modelos. O “New York Times” foi pioneiro ao implementar um sistema de paywall poroso, no qual os leitores precisam pagar para ler mais do que 10 reportagens por mês. O aumento da receita com assinaturas digitais, se não compensou, pelo menos amenizou a queda de receita com publicidade. No 1º trimestre deste ano, o “Times” registrou aumento de 7% na receita de assinaturas, frente a uma queda de 11,2% da receita com publicidade.

O jornal inglês “The Guardian” também encontrou seu caminho para lucrar no mundo digital, mas sem o paywall. Em julho, a empresa controladora do diário anunciou que saiu do prejuízo registrado nos 12 meses anteriores devido a um aumento de 29% das receitas com publicidade digital. O crescimento foi suficiente para cobrir a queda de 10% na circulação impressa no mesmo período.

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Recuo de Temer mostra governo perdido
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Fernando Rodrigues

A barbeiragem verbal cometida pelo vice-presidente da República, Michel Temer, mostra como o governo está atordoado e ainda não encontrou um eixo correto para enfrentar as atuais dificuldades políticas depois dos protestos de rua em junho.

Hoje (4.jul.2013) no final da manhã, Michel Temer saiu de uma reunião de líderes partidários e falou o seguinte a respeito da realização de um plebiscito sobre reforma política: “Não há mais condições de fazer qualquer consulta antes de outubro. Não havendo condições temporais para fazer essa consulta, qualquer reforma que venha se aplicará para as próximas eleições e não para esta [2014]”.

Na parte da tarde, Temer emitiu uma nota oficial e recuou: “Embora reconheça as dificuldades impostas pelo calendário, reafirmo que o governo mantém a posição de que o ideal é a realização do plebiscito em data que altere o sistema político-eleitoral já nas eleições de 2014”.

Michel Temer é uma das pessoas que menos comete erros no PMDB. Estuda cada palavra, como se medisse suas frases com um paquímetro. A derrapada do vice-presidente indica que o governo federal está atônito, adotou uma estratégia apenas retórica (prometer pactos e um plebiscito) e não sabe muito bem para onde caminha.

É claro que daqui a um ou dois meses toda essa turbulência pode ter passado. A presidente Dilma Rousseff continua no momento no pleno exercício do cargo, pode apertar muitos botões para fazer com que o país destrave e volte a crescer de forma mais robusta. Enfim, tudo pode. Mas esse cenário positivo para a petista é hoje mais do que incerto e muito difícil de ser vislumbrado.

Para complicar as coisas, muita gente no entorno de Dilma Rousseff parece comemorar as dificuldades pelas quais passa a presidente. Mas sinal.

A recomendação clássica que foi feita a Dilma é também de difícil execução. O ex-presidente Lula teria sugerido a ela que demitisse ministros e desse uma nova cara para a administração federal.

Mas como Dilma poderia fazer isso? Ela teria de fechar uns 10 dos 39 ministérios e optar por um corpo mais técnico do que político. O tempo então fecharia de uma vez no Congresso. A presidente seria trucidada pela sua suposta base de apoio no Poder Legislativo, que perderia muitos cargos na Esplanada.

Outra opção seria Dilma abrir negociação para uma ampla reforma ministerial política. Nesse caso, a voracidade dos congressistas poderia produzir a necessidade de criar ainda mais ministérios. Dilma acabaria com 45 pastas, totalmente desmoralizada e refém do PMDB e adjacências.

Outra opção é tentar seguir em marcha batida com essa estratégia de ganhar na retórica. Em junho, houve uma semana em que o Brasil assistiu a mais de 1 milhão de pessoas irem às ruas gritar contra tudo e contra todos. Agora, essas manifestações arrefeceram (embora outros protestos estejam em curso, com corporações à frente). O noticiário foi inundado pela discussão de uma miragem –o plebiscito e a reforma política.

O Brasil poderia estar debatendo sobre quando seu primeiro astronauta chegará à Lua. Discutir o plebiscito e reforma política é a mesma coisa. Ninguém sabe se e quando tudo isso vai acontecer. Uma coisa é certa: nada é para já.

Apesar da barbeiragem verborrágica de Temer hoje, o espaço político continua sendo mais ocupado organicamente pelo Planalto do que pela oposição.

Quando o plebiscito morrer oficialmente de “morte morrida” daqui a alguns dias ou semanas, Dilma continuará a dizer que propôs algo que todos querem –mais participação popular.

Mas como a população reagirá ao perceber que toda essa história de plebiscito e reforma política era só para ganhar tempo? Essa pergunta não tem resposta, por enquanto.

Um detalhe: chama a atenção que ninguém até agora esteja indo às ruas para pedir punição contra Renan Calheiros e Henrique Alves pelos passeios nas asas de jatinhos da FAB.

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52 jornalistas sofreram agressões em protestos
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Fernando Rodrigues

Levantamento da Abraji (Associação Brasileira de Jornalismo Investigativo) indica que 52 jornalistas sofreram algum tipo de agressão durante a atual onda de protestos de rua em todo o Brasil.

O estudo mostra que 34 agressões e ameaças foram de autoria da polícia, 12 vieram dos próprios manifestantes e ocorreram também 6 prisões –tudo em 11 cidades brasileiras.

“São Paulo foi o local onde houve mais casos –25, quase a metade do total. Fortaleza vem logo em seguida, com seis casos. O Rio de Janeiro teve cinco. O jornal Folha de S.Paulo foi o veículo com mais vitimas: 7 profissionais, entre repórteres e fotógrafos”.

No site da Abraji está disponível uma tabela com a relação completa dos jornalistas que sofreram as agressões e um breve relato de cada episódio.

O levantamento é parcial: há casos que podem não ter sido computados por diversas razões, inclusive quando veículos ou jornalistas preferem não ter suas estatísticas divulgadas.

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Construção do Mané Garrincha teve impacto negativo na imagem de Agnelo, diz pesquisa
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Fernando Rodrigues

A construção do Estádio Nacional Mané Garrincha, em Brasília, tende a piorar a opinião da população sobre o governo de Agnelo Queiroz (PT), segundo pesquisa do instituto O&P Brasil.

Para 32% dos entrevistados, o gasto de R$ 1,5 bilhão na arena piora a imagem do governador do Distrito Federal. É praticamente o dobro dos 16,4% que responderam que a inauguração do estádio melhora a imagem do governo. Para 47,9%, a construção do Mané Garrincha não altera sua percepção sobre o mandato de Agnelo.

Foram entrevistadas 1.000 pessoas, no período de 6 a 10 de junho. A margem de erro é de 3,1 pontos percentuais, para mais ou para menos. A pesquisa foi custeada pelo próprio instituto O&P.

Detalhe relevante: os dados foram coletados antes da onda de protestos dos indignados brasileiros contra aumento de tarifa de ônibus e contra as obras da Copa. Ou seja, não é desprezível a chance de o cenário ter piorado para Agnelo.

O levantamento também mostra que o governador de Brasília lidera com ampla margem o ranking de rejeição para governador do DF e perderia a eleição de 2014 em todos os cenários simulados. Em 2 deles, ficaria de fora do 2ª turno.

Agnelo não receberia o voto “de jeito nenhum” de 39,7% dos entrevistados. Em 2º lugar no índice de rejeição, está o ex-governador Joaquim Roriz (PMDB), com 24,7%.

O instituto traçou 5 cenários de disputa para o governo do DF, em pesquisa estimulada. Em 4 deles, o vencedor do 1º turno seria o senador Rodrigo Rollemberg (PSB), com 18,1% a 20,8% da intenções de voto. Rollemberg só perderia para a Roriz, que alcançou 27,2%.

Roriz, aliás, é o político que tem o melhor desempenho entre todos na pesquisa.

O deputado federal Reguffe (PDT) pontua 17% das intenções de voto, contra 18,1% de Rollemberg. Nos cenários com Roriz ou Reguffe na disputa, Agnelo estaria fora do 2º turno.

E talvez o dado mais eloquente seja o enorme universo de eleitores de Brasília que não deseja, pelo menos por enquanto, votar em nenhum dos pré-candidatos. A taxa dos que rejeitam todos varia de 35,1% a 47,6%.

Abaixo, a tabela com todos os cenários pesquisados:

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Jornal argentino Clarín lança versão em português
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Fernando Rodrigues

O jornal argentino “Clarín” lança, neste domingo (19.mai.2013), um site com seus principais artigos, reportagens e entrevistas traduzidos para o português, em versão resumida.

O periódico, que está sob pressão do governo de Cristina Kirchner, escolherá reportagens dirigidas a empresários e executivos do Brasil, assim como ao público em geral interessado na Argentina.

Nos fins de semana, o site em português do “Clarín” apresentará um resumo de 10 temas do noticiário.

Para acessar, visite o site do Clarin.

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Ministério Público abre canal para receber denúncias de crimes digitais
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Fernando Rodrigues

O MPF-SP (Ministério Público Federal no Estado de São Paulo) abriu um canal na internet para receber denúncias de crimes cometidos por meio da internet, como páginas ou mensagens com conteúdo homofóbico ou racista, imagens de abuso infantil ou outro material discriminatório ou ilícito.

O serviço, chamado “Digi Denúncia”, já existia há vários anos, mas não tinha um canal específico para receber informações sobre os crimes digitais. A página agora fornece um campo para que o internauta informe a URL do site denunciado e envie arquivos em anexo.

O cidadão pode optar ou não por se identificar, mas o Ministério Público alerta que o anonimato, em muitos casos, dificulta ou até mesmo inviabiliza a investigação, pois não permite entrar em contato para esclarecimentos.

O “Digi Denúncia” (imagem abaixo) foi reformulado em março, a partir de diagnóstico realizado por consultorias contratadas para avaliar o serviço. Segundo o procurador regional dos direitos do cidadão, Jefferson Aparecido Dias, o novo sistema permite que o internauta faça uma denúncia mais detalhada e forneça mais dados.

 

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