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Sindicalistas das 6 maiores centrais declaram apoio a Lula
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Fernando Rodrigues

Manifesto será entregue nesta 4ª ao ex-presidente

Documento fala em golpe e defende petista na Casa Civil

Apenas CUT e CTB apoiam o governo publicamente

Brasília - O novo ministro da Casa Civil, Luiz Inácio Lula da Silva, durante cerimônia de posse (José Cruz/Agência Brasil)

Luiz Inácio Lula da Silva, durante cerimônia de posse no Palácio do Planalto

Sindicalistas das 6 maiores centrais sindicais do país (CUT, UGT, CTB, Força Sindical, CSB e NCST) prepararam um manifesto de apoio ao governo e ao ex-presidente Lula.

O petista participa de solenidade nesta 4ª feira (23.mar.2016), na Casa de Portugal, em São Paulo. São esperadas 700 pessoas.

As informações são do repórter do UOL, Luiz Felipe Barbiéri.

Estarão presentes trabalhadores de diferentes tendências sindicais. Hoje, apenas CUT e CTB apoiam o Palácio do Planalto publicamente. As entidades fazem parte da Frente Brasil Popular. As demais centrais declaram-se neutras por abrigarem oposicionistas e governistas.

O documento obtido pelo Blog corrobora o argumento do Planalto ao chamar de “golpe” o processo de impeachment contra a presidente Dilma Rousseff.

O manifesto compara ainda a conjuntura política de hoje com a de outros momentos do século 20, citando o suicídio de Getúlio Vargas, em 1954, e a deposição de João Goulart, em 1964.

Eis a íntegra.

 Garantir a democracia brasileira e o respeito à Constituição Cidadã Impeachment sem crime de responsabilidade é golpe

 A ameaça de golpe de quem quer rasgar a Constituição está aprofundando a recessão econômica e aumentando o desemprego no Brasil. Estão em sério risco à democracia, os direitos da classe trabalhadora e a soberania nacional.

 Para fazer frente a esta conjuntura, nós, sindicalistas de diferentes tendências sindicais, reunidos neste ato, manifestamos total solidariedade à presidente Dilma Rousseff, legitimamente eleita pela maioria do povo brasileiro, e ao companheiro e ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, e exigimos a imediata efetivação de sua posse como ministro chefe da Casa Civil.

 Expressamos a convicção de que Lula, na condição de maior líder político e popular do país, merece e goza da plena confiança e solidariedade dos dirigentes e da classe trabalhadora brasileira e irá contribuir de forma decisiva para solucionar a crise política e institucional que perturba o Brasil.

 Somente a via democrática, sem subterfúgios ou à margem da Constituição, poderá criar as condições para a retomada do crescimento e a geração de empregos no país.

 O momento requer unidade e demanda repúdio a atitudes antidemocráticas que, a pretexto do combate à corrupção, resultaram no suicídio de Getúlio Vargas, em 1954, e na deposição de João Goulart, em 1964.

 Forjada sua liderança política no movimento sindical, Lula exerceu um governo marcado por importantes conquistas da classe trabalhadora e do povo, entre as quais cumpre destacar:

  • A política de valorização do salário mínimo;
  • O arquivamento do projeto de reforma trabalhista que estabelecia a prevalência do negociado sobre o legislado;
  • A legalização das centrais sindicais;
  • Os programas Bolsa Família e Minha Casa, Minha Vida

 

Com notória habilidade de negociação, Lula, como ministro-chefe da Casa Civil, poderá dialogar com as diversas forças políticas do país, o que reforçará a preservação das conquistas sociais dos últimos 13 anos. O ex-presidente poderá também dar sequência às propostas inscritas no documento “Compromisso pelo Desenvolvimento”, lançado por sindicalistas e empresários em dezembro de 2015, como contribuição efetiva para a retomada do crescimento econômico.

 Por essas razões, dentre tantas outras que levaram ao engrandecimento da nossa Nação, conclamamos a todos os cidadãos brasileiros, sobretudo os trabalhadores, com serenidade e firmeza, defenderem a nossa democracia, nossa Constituição e nossos direitos sociais duramente conquistados.

 São Paulo, 23 de março de 2016

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6 maiores centrais sindicais crescem 85% em 5 anos
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Fernando Rodrigues

Ligada ao PT, CUT foi a maior beneficiada de 2011 a 2015

UGT supera Força Sindical e torna-se a 2ª central do país

Organizações já  receberam R$ 1 bilhão em impostos desde 2008

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Centrais sindicais em ato pela defesa de melhorias nas condições do trabalho na Avenida Paulista

As 6 maiores centrais sindicais brasileiras (CUT, UGT, Força Sindical, CTB, NCST e CSB) alcançaram a marca de 9.818.853 trabalhadores associados em 2015.

É quase o dobro do registrado em 2011, quando o número ficou em 5.301.325, um crescimento de 85,22%.

A aferição de 2016 foi obtida com exclusividade pelo Blog. O Ministério do Trabalho deve divulgar os dados no Diário Oficial da União nos próximos dias.

As informações são do repórter do UOL, Luiz Felipe Barbiéri.

A CUT (Central Única dos Trabalhadores) foi a que mais cresceu no período. Mais de 1 milhão de operários associaram-se à organização. Foram 518 mil só no ano passado.

Já a Força Sindical perdeu o status de 2ª maior central sindical do país para a União Geral dos Trabalhadores (UGT) em 2015.

A contabilidade de sindicalizados ligados às centrais é divulgada todos os anos pelo Ministério do Trabalho, Emprego e Previdência Social.

A contagem considera o número de sócios declarados nas atas eleitorais e o número de sindicatos filiados às organizações até o último dia útil do ano anterior.

Dessa forma, a aferição de 2012 leva em conta os dados referentes a 2011 e assim por diante. Eis a evolução do número de trabalhadores e sindicatos associados às 6 maiores centrais nos últimos 5 anos (clique nas imagens para ampliar).

trabalhadores-associados

sindicatos-filiados

IMPOSTO SINDICAL
A lei que regulamentou a atuação das centrais sindicais foi sancionada pelo ex-presidente Lula em 2008.

A norma determina que 10% do arrecadado pelos sindicatos com o imposto recolhido de trabalhadores seja destinado às centrais.

A CUT arrecadou R$ 340 milhões desde 2008. Em 2015, a Força Sindical recebeu R$ 40 milhões e a UGT R$ 37 milhões.

Para ter acesso à fatia do imposto, entretanto, as centrais devem cumprir 4 requisitos estipulados na legislação.

O principal deles é filiar sindicatos que representem, no mínimo, 7% da soma de sindicalizados em âmbito nacional.

Por isso, é divulgada pelo Ministério do Trabalho desde 2008 a relação das organizações que cumprem tais exigências.

A aferição do número de associados é realizada por um grupo de trabalho formado por técnicos do órgão e representantes das centrais.

As únicas 6 organizações que têm acesso aos repasses são CUT, UGT, Força Sindical, CTB, NCST e CSB.

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Sindicalistas e empresários articulam pauta conjunta de desenvolvimento
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Fernando Rodrigues

Objetivo é definir medidas consensuais de retomada da produção

Documento fala em criação de empregos e oferta de crédito

Pautas serão entregue à presidente Dilma Rousseff em dezembro

VagnerFreitas-foto-DinoSantos-CUT-16out2015

Vagner Freitas, presidente da CUT, que está na organização da reunião

Dirigentes de 6 centrais sindicais convidaram grandes empresários e entidades patronais para discutir uma estratégia conjunta para a retomada do crescimento econômico do país.

O objetivo é elaborar um documento que será entregue à presidente Dilma Rousseff no dia 9 de dezembro, com sugestões consensuais de incentivo ao crédito, manutenção da produção industrial e geração de empregos.

Uma proposta preliminar dos sindicalistas, chamada de “Compromisso Permanente para o Desenvolvimento”, será apresentada aos empresários em encontro hoje (23.nov.2015) em São Paulo, para servir de base para as discussões.

Para o encontro, foram convidados representantes dos 4 setores da economia: serviços, comércio, agricultura e, principalmente, indústria. Entre os convidados, entidades patronais como a CNI (Confederação Nacional das Indústrias), Fecomércio (Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo), Anfavea (Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos) e dirigentes de grandes empresas como a CSN (Companhia Siderúrgica Nacional), Magazine Luiza, Gerdau e Embraer.

Do lado dos sindicalistas, integram a iniciativa dirigentes da CUT (Central Única dos Trabalhadores), Força Sindical, UGT (União Geral dos Trabalhadores), CTB (Central das Trabalhadoras e Trabalhadores do Brasil), Nova Central e CSB (Central Sindical do Brasil). As informações são dos repórteres do UOL Mateus Netzel e André Shalders.

PROPOSTAS
Segundo o secretário-geral da CUT, Sérgio Nobre, alguns temas que serão avaliados já são consensuais, como a criação de iniciativas de aumento do crédito produtivo e de facilitação do comércio exterior.

Outra posição consensual é o pedido para que a Presidência da República determine urgência constitucional para o projeto de lei 3.636 de 2015. De autoria do senador Ricardo Ferraço (PMDB-ES), o projeto cria um “fast track” para os acordos de leniência, ao permitir que a advocacia pública e o Ministério Público conduzam e concluam tais negociações. O projeto é considerado vital para combater a paralisia das empreiteiras atingidas pela Operação Lava Jato.

“Com a cadeia da Petrobras paralisada, cria-se uma estagnação da economia. Que as instituições investiguem o que tenham que investigar, mas temos que pensar também em soluções para retomar o crescimento”, defende o presidente da CUT, Vagner Freitas.

Para ele, o “Compromisso” precisar dar atenção a 3 eixos principais: medidas que estimulem a geração de empregos, a oferta de crédito para as empresas retomarem os níveis de produção e a criação de condições jurídicas de resolução de conflitos entre empresas e trabalhadores.

AGENDA
Para depois do encontro de hoje já estão planejados outras eventos para discussão da estratégia. No dia 3 de dezembro, sindicalistas e empresários voltam a se reunir em São Paulo. No dia 8 de dezembro, as centrais sindicais organizam uma manifestação no Rio de Janeiro.

A entrega do manifesto com as propostas consensuais para a presidente Dilma Rousseff está agendada para o dia 9 de dezembro, em Brasília, com presença dos sindicalistas e empresários.

Além do documento para ser entregue à presidente, há a perspectiva de que a discussão resulte num projeto de lei a ser apresentado ao Congresso Nacional ainda em 2015.

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Centrais farão campanha para defender empregos contra efeitos da Lava Jato
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Fernando Rodrigues

Sindicalistas querem manter empresas em atividade

Entidades têm reunião em 9.nov sobre estratégia

Petroleiros iniciam greve neste domingo (01.nov)

Vista do canteiro de obra da refinaria de Abreu e Lima, no complexo industrial de Saupe, companhia petrolífera Petrobras, em Recife (PE). *** Picture taken during the construction of the Abreu e Lima refinery, at the Suape industrial complex of the Brazilian state oil company Petrobras, in Ipojuca, 46 km from Recife, in the Brazilian northeastern state of Pernambuco, on May 30, 2011. Petrobras, which presented the refinery to the press, said it is awaiting confirmation from the government of Venezuela to know if its Venezuelan counterpart PDVSA will join as a partner in the project, as it was initially planned. AFP PHOTO/ARI VERSIANI

Obras da refinaria de Abreu e Lima (PE), uma das atingidas pela Lava Jato

6 das principais centrais sindicais brasileiras lançarão uma campanha para defender os empregos nas empresas afetadas pela operação Lava Jato.

Um manifesto sobre o tema foi assinado por CUT, Força Sindical, CTB, NCST, UGT e CSB. Dirigentes sindicais se encontrarão para definir a agenda da campanha em 9.nov, em São Paulo.

O texto assinado pelas centrais não faz críticas às investigações. Diz apenas que é preciso conciliar o combate à corrupção com a manutenção da atividade econômica.

Discurso parecido é o adotado pelo coordenador-geral da Federação Única dos Petroleiros (FUP), José Maria Rangel. A entidade deflagra greve na Petrobras neste domingo (01.nov), por tempo indeterminado.

“As investigações tem que penalizar aqueles que de fato cometeram crimes, e não o conjunto da sociedade. Estamos perdendo empregos, perdendo investimentos. Nossa pauta é a retomada dos investimentos da Petrobras”, disse ele.

“Consideramos que, a exemplo de outros países que enfrentaram esse mesmo problema, o Brasil precisa ter mecanismos céleres e eficazes de promover, ao mesmo tempo, a investigação, julgamento e punição dos culpados e criar instrumentos complementares que permitam aos órgão responsáveis liberar e viabilizar a atividade das empresas nas suas finalidades produtivas”, diz um trecho do manifesto.

O secretário-geral da CUT, Sérgio Nobre, estima que as empresas afetadas pela Lava Jato respondam por 2% do PIB do país. “O setor de construção tem um potencial de estímulo à economia. Essas empresas, embora denunciadas, são empresas de alta tecnologia e engenharia nacional”, disse.

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Dilma vai à CUT, cujo presidente falou em pegar em armas para apoiá-la
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Fernando Rodrigues

Vagner Freitas propôs lutar contra impeachment

Em agosto, falou em ir às ruas “com arma na mão”

Lula e Mujica também vão ao evento em São Paulo

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Vagner Freitas (CUT), que defendeu pegar em armas para defender Dilma

Em ofensiva para se aproximar mais de seu grupo político, a presidente Dilma Rousseff definiu no final da manhã de hoje (13.out.2015) que vai logo mais à noite assistir à abertura do 12º Congresso da CUT (Central Única dos Trabalhadores).

O presidente nacional da CUT, Vagner Freitas, defendeu recentemente “ir para a rua entrincheirados, com arma na mão, se quiserem tentar derrubar a presidente Dilma”.

A frase estava em um discurso feito por Freitas dentro do Palácio do Planalto, na presença de Dilma Rousseff, em 13.ago.2015.

Como sua declaração teve repercussão negativa, Freitas depois disse que se referia a “armas da classe trabalhadora”. Explicou: “Pegar nas armas é uma figura de linguagem que usamos em assembleias”.

Durante o Congresso da CUT, no Pavilhão de Exposições do Anhembi, em São Paulo, Vagner Freitas deve ser eleito para mais um mandato à frente da entidade.

Também estão confirmado no evento hoje à noite o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva e o ex-presidente do Uruguai Pepe Mujica.

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Centrais sindicais atacam ideia de fusão de Trabalho e Previdência
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Fernando Rodrigues

CUT e Força Sindical se unem contra reforma de Dilma

Leia aqui, em primeira mão, nota conjunta que será divulgada na 3ª

Miguel Torres (dir.) e Vagner Freitas, presidentes da Força e da CUT

Além de estar com dificuldades para acomodar os políticos governistas na Esplanada dos Ministérios com um corte de 10 pastas, agora a presidente Dilma Rousseff terá de enfrentar também o descontentamento do movimento sindical. Uma nota oficial de 6 centrais, a ser divulgada nesta terça-feira (29.set.2015), faz duras críticas à possível fusão dos Ministérios do Trabalho e da Previdência Social.

O Blog teve acesso ao conteúdo da nota (aqui). Dilma Rousseff conseguiu unir centrais normalmente antagônicas, como CUT e Força Sindical. Os trabalhadores classificam a aglutinação de Trabalho com Previdência Social de “retrocesso”. Aproveitam para falar que é “nefasta” a proposta de unir vários ministérios de áreas sociais em um só, como tem sido maquinado dentro do Planalto.

O texto é  assinado pelos presidentes da UGT, Ricardo Patah; da CTB, Adilson Araújo; da NCST, José Calixto Ramos; e da CSB, Antonio Neto. Pela CUT e Força, assinam os respectivos presidentes, Wagner Freitas e Miguel Torres.

Juntas, essas 6 centrais controlam 78% dos sindicatos do país, segundo a última aferição do MTE, divulgada em abril. Colaborou com este post o repórter do UOL André Shalders.

No texto, as centrais consideram um “grave retrocesso” a possível fusão do Ministério do Trabalho e Emprego (MTE) com qualquer outro ministério. Cobram ainda o fortalecimento da pasta.  “(…) Não nos parece razoável qualquer tipo de fusão do MTE com outros Ministérios, o que constituiria grave retrocesso. Assim como também é nefasta a tentativa de fusão de outros Ministérios, voltados para o desenvolvimento social, que visam desenvolver políticas aos menos favorecidos”, diz um trecho.

O Ministério do Desenvolvimento Social (MDS) também está cotado para ser “fundido” na reforma. Pastas voltadas para mulheres, negros e direitos humanos devem ser aglutinadas em uma só.

As centrais ressaltam ainda que o MTE é o “órgão de interlocução” do governo com os “representantes dos trabalhadores”. “A ideia da fusão (do MTE com a Previdência) já foi levantada antes, resultando, por força da realidade, no modelo atual, com dos Ministérios distintos”, continua a nota. Os sindicalistas avaliam julgam que a fusão prejudicará a atuação dos dois ministérios, e “não trará benefícios” para a sociedade.

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Novos cortes irritam CUT e movimentos sociais
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Fernando Rodrigues

Medidas foram mal recebidas por sindicalistas

Haverá atos de protesto já nesta 3ª e 6ª feiras

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O presidente da CUT, Vagner Freitas, em reunião no Planalto em abril

Movimentos sociais organizam-se para ir às ruas contra as medidas de corte de gastos e aumento de impostos anunciadas pelo governo nesta 2ª feira (14.set.2015). A CUT (Central Única dos Trabalhadores), a CSP-Conlutas (Central ligada ao PSTU) e o MTST (Movimento de Trabalhadores Rurais Sem Teto) farão atos nos próximos dias contra o ajuste fiscal e os itens apresentados na proposta de orçamento do ano que vem.

As informações são dos repórteres do UOL Victor Fernandes e André Shalders.

A CUT organiza ato nesta 3ª feira (15.set.2015), em São Paulo. A manifestação será feita por categorias que têm data-base (rediscussão de contratos de trabalho) neste semestre. O grupo reúne-se em frente à sede da Fiesp, na Avenida Paulista. Os atos já estavam marcados antes do anúncio dos novos cortes, mas agora ganharam importância.

Vagner Freitas, presidente da CUT, afirmou que haverá novos protestos contra o adiamento do reajuste de servidores públicos.

“Não vamos aceitar. A crise existe, mas há outras saídas. Não é possível que os trabalhadores paguem por isso”, afirmou. Freitas defende a taxação de grandes fortunas como forma de aumentar a arrecadação da União.

Além de adiar o reajuste de servidores públicos, o governo anunciou a suspensão de concursos públicos previstos para o ano que vem.

O MTST (Movimento de Trabalhadores Sem Teto) irá às ruas a partir da semana que vem. O líder do movimento, Guilherme Boulos, disse que o grupo não aceita as propostas que prejudicam os investimentos do Minha Casa, Minha Vida, principal programa habitacional do governo.

“A crise não pode ser jogada nas costas dos mais pobres. Faremos uma ampla mobilização, pois essas medidas não serão aceitas”, disse ao Blog.

O Minha Casa, Minha Vida (MCMV) terá cortes de R$ 4,8 bilhões. A faixa 1 do programa (voltada para clientes de menor renda) poderá ser custeada com recursos do FGTS, segundo a proposta anunciada ontem (14.set.2015) pelos ministros Joaquim Levy (Fazenda) e Nelson Barbosa (Planejamento).

A CSP-Conlutas organiza protesto nesta 6ª feira (18.ago.2015) contra o governo. Ajuste fiscal e a chamada “Agenda Brasil” serão criticados.

A central reclama da ausência de medidas direcionadas ao “andar de cima” e avalia que os novos cortes apresentados por Levy e Barbosa prejudicarão os assalariados. “Pelo lado dos trabalhadores, significará mais e maiores manifestações”, disse um integrante da central.

Dirigentes da Força Sindical, que já fazia oposição ao governo, disseram que a central engrossará as manifestações, especialmente contra o adiamento nos reajustes de servidores.

“Se até a CUT vai para a rua, é porque a coisa está feia mesmo”, disse o presidente licenciado da central sindical, deputado Paulinho da Força (SD-SP). Paulinho ressaltou que não fala oficialmente pela Força.

O Blog entrou em contato com o presidente atual da Força Sindical, Miguel Torres, que também é o presidente do Sindicato do Metalúrgicos de São Paulo. Ele disse que se o pacote fiscal de Dilma for implantado “vai sobrar de novo para população, que vai pagar o pato”. Para o sindicalista, “aumentar imposto não resolve o problema, afeta toda a sociedade, sobretudo os mais pobres”.

A posição oficial da Força Sindical, disse Miguel Torres, será tomada ainda nesta semana.

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Centrais sindicais se unem para defender Dilma Rousseff
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Fernando Rodrigues

Anuncios-centrais-sindicais-14ago2015

trecho de anúncio que sindicatos filiados a várias centrais publicam nesta 6ª feira

Sindicatos assinam manifesto a favor do “calendário eleitoral”

Falam em “desmontar” os “intentos desestabilizadores”

Quase sempre adversárias entre si, várias das principais centrais sindicais do país se uniram para assinar um manifesto, por meio de seus principais sindicatos, a favor da manutenção da presidente Dilma Rousseff no cargo.

Um anúncio (veja aqui uma reprodução) será publicado em jornais impressos desta 6ª feira (14.ago.2015) com a assinatura de importantes sindicalistas ligados a Força Sindical, CUT, UGT, CTB, Nova Central e CSB.

O manifesto prega o respeito ao “calendário eleitoral” e à “estabilidade institucional”. É bem explícito ao condenar proposta de parte dos partidos de oposição sobre troca de governo: “É necessário desmontar o cenário político em que prevalecem os intentos desestabilizadores”.

Houve uma tentativa inicial de fazer com que as próprias centrais sindicais assinassem o documento. Mas seria um processo demorado, com plenárias e muitas reuniões antes de a decisão ser tomada. Optou-se pela via rápida, com a escolha de sindicados representativos de todas elas para assumirem essa tomada de posição.

Trata-se de uma vitória política para Dilma Rousseff. Hoje à tarde (13.ago.2015), a maioria das centrais sindicais estava representada no ato montado a favor da presidente –embora em alguns momentos a plateia atacasse o ministro da Fazenda, Joaquim Levy.  Segundo relato do repórter Victor Fernandes, que acompanhou a cerimônia, os presentes cantavam: “Fora já, fora já daqui, o Eduardo Cunha junto com Levy”. E mais: “Ô, Levy, fala [sic] pra tu, volta pro Bradesco e pro banco Itaú”.

Um ministro presente comentou: “Isso é tudo lateral. O foco é mostrar que estão se organizando para ir às ruas, se necessário”. Em resumo: se a onda pró-impeachment das manifestações de domingo (16.ago.2015) ficar muito forte, as tropas governistas ancoradas em movimentos sociais vão reagir.

Isso fica claro no final do manifesto: “Os Sindicatos (…) conclamam os demais segmentos da sociedade civil organizada a restabelecer as pontes para o necessário diálogo visando a construção de compromissos e acordos para fortalecer a democracia, o crescimento econômico e o desenvolvimento nacional”.

O documento dos sindicatos fala também em crescimento da economia, mas o objetivo principal foi redigir um texto se contrapondo a setores da oposição que hoje flertam com a possibilidade de impeachment e convocação de novas eleições.

Leia a seguir a íntegra do manifesto dos sindicatos:

Chamado ao diálogo pela democracia,
por crescimento econômico, inclusão
social e desenvolvimento nacional

“Brasil já deu mostras de que é um país capaz de promover equidade, bem-estar social e qualidade de vida para todos. Por isto, precisamos retomar rapidamente o investimento e a atividade produtiva para aumentar as oportunidades, o emprego, melhorar a distribuição da renda e as políticas sociais”.

“Tais desafios exigem, das forças vivas da sociedade brasileira, um claro posicionamento em defesa da democracia, do calendário eleitoral, do pleno funcionamento dos Poderes da República, da estabilidade institucional e dos fundamentos constitucionais como condição para a rápida e sustentada transição para o crescimento econômico. Mais do que isto, é necessário desmontar o cenário político em que prevalecem os intentos desestabilizadores, que têm sido utilizados como o condão para a aplicação de uma política econômica recessiva e orientada ao retrocesso político-institucional”.

“Assim sendo, reafirmamos que qualquer projeto de desenvolvimento nacional deve ser cimentado pelo fortalecimento das instituições e da democracia, sem descuidar do combate à corrupção, e tem que guiar-se pela superação das graves desigualdades econômicas, sociais e regionais, promovendo”:

 

  • Combate à inflação;
  • Juros baixos;
  • Aumento do investimento público e privado em infraestrutura econômica e social;
  • Defesa do emprego e do poder de compra dos trabalhadores;
  • Política cambial que incentive a atividade produtiva, especialmente a industrial;
  • Investimentos na qualidade da educação;
  • Ciência, tecnologia e inovação para agregar valor à produção de bens e serviços;
  • Fortalecimento das micro, pequenas e médias empresas;
  • Consolidação do mercado interno de consumo de massa;
  • Fortalecimento e estímulo da participação competitiva do Brasil;
  • Modernização das instituições, das leis e do Estado

 

“O momento exige diálogo, compromisso com o País, com a democracia e com a necessária afirmação de um projeto de desenvolvimento nacional ancorado na produção, em uma indústria forte, um setor de serviços dinâmico, um comércio vigoroso, uma agricultura pujante e em um Estado indutor e coordenador das estratégias de crescimento econômico e de desenvolvimento social”.

“Por isto, os Sindicatos abaixo assinados declaram-se dispostos, e conclamam os demais segmentos da sociedade civil organizada, a restabelecer as pontes para o necessário diálogo visando a construção de compromissos e acordos para fortalecer a democracia, o crescimento econômico e o desenvolvimento nacional”.

São Paulo, 14 de agosto de 2015.

Sindicato dos Metalúrgicos de São Paulo e Mogi das Cruzes – Miguel Eduardo Torres, presidente

Sindicato dos Metalúrgicos do ABC – Rafael Marques, presidente

Sindicato dos Comerciários de São Paulo – Ricardo Patah, presidente

Sindicato dos Empregados em Hotéis de São Paulo – Francisco Calazans Lacerda, presidente

Sindicato dos Trabalhadores em Água, Esgoto e Meio Ambiente de São Paulo – Rene Vicente dos Santos, presidente

Sindicato dos Trabalhadores em Tecnologia da Informação de São Paulo – Antonio Neto, presidente

Sindicato dos Bancários de São Paulo – Juvandia Moreira Leite, presidenta

Sindicato dos Trabalhadores da Construção Civil de São Paulo – Antonio de Sousa Ramalho, presidente

Federação dos Empregados do Comércio do Estado de São Paulo – Luiz Carlos Motta, presidente

Sindicato dos Químicos e Plásticos de São Paulo – Osvaldo da Silva Bezerra, coordenador-geral

Sindicato dos Telefônicos de São Paulo – Almir Munhoz, presidente

Sindicato dos Empregados em Edifícios de São Paulo – Paulo Ferrari, presidente

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P.S.: o Blog recebeu a seguinte mensagem por meio da assessoria do Sindicato dos Metalúrgicos de São Paulo, às 16h37 de 14.ago.2015:

NOTA DE ESCLARECIMENTO
sobre informação publicada no Blog de Fernando Rodrigues (UOL)

Nós, dirigentes sindicais da Força Sindical abaixo assinados, manifestamos nossa discordância em relação à informação divulgada pelo jornalista Fernando Rodrigues em seu blog, de que “Centrais sindicais se unem para defender Dilma Rousseff”.

Primeiramente, deixamos claro que a nota “Chamado ao diálogo pela democracia…” publicada nos jornais nesta sexta-feira, 14 de agosto de 2015, no nosso entendimento, não implica em apoio ao governo Dilma, que não dialoga com o movimento sindical, que vem adotando medidas contrárias aos interesses da classe trabalhadora, promovendo o esfacelamento da indústria, do setor agropecuário, aumento do desemprego, da inflação, dos juros e levando o país para um caminho contrário ao do crescimento e desenvolvimento econômico e social que tanto almejamos.

A classe trabalhadora continua pedindo diálogo para a organização e A retomada do crescimento. Neste sentido, defendemos, sim, esforços e ações claras e objetivas entre as forças políticas para a superação da crise e a retomada do desenvolvimento.

A informação publicada no blog, de que “optou-se pela via rápida, com a escolha de sindicatos representativos de todas elas para assumirem a tomada de posição”, para divulgação ágil da nota é tendenciosa. As centrais sindicais, bem como os sindicatos têm compromisso sério com suas bases e não podem, por falta de tempo, divulgar posições que não sejam discutidas democraticamente e tiradas por consenso.

Lamentamos a interpretação distorcida do jornalista, uma vez que é clara a nossa posição crítica às tantas medidas do governo, bem como em favor do combate à corrupção, à inflação, ao corte dos juros, sempre em defesa da classe trabalhadora.

Reafirmamos nosso compromisso com o diálogo permanente como meio de construção de uma sociedade mais justa e igualitária.
São Paulo, 14 de agosto de 2015

MIGUEL TORRES
Presidente do Sindicato dos Metalúrgicos de São Paulo e Mogi das Cruzes

ANTONIO DE SOUSA RAMALHO
Presidente do Sindicato dos Trabalhadores da Construção Civil de São Paulo

PAULO FERRARI
Presidente do Sindicato dos Empregados em Edifícios de São Paulo

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Incomodado, Levy quer evitar imagem de “resolvedor-geral” no governo
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Fernando Rodrigues

Ministro teme que todas as demandas acabem chegando à Fazenda

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Levy ao chegar ao Ministério da Fazenda em 19 de maio de 2015

Ao fazer uma análise do noticiário sobre sua atuação ontem (19.mai.2015) para entrar no prédio invadido do Ministério da Fazenda, o titular da pasta ficou incomodado. Joaquim Levy achou que passou a imagem de que poderia estar se tornando uma espécie de “resolvedor-geral” do governo –algo que não quer e que poderia atrapalhar sua atuação na construção de consensos no Congresso para aprovar as medidas do ajuste fiscal.

Depois de algumas conversas internas no governo, ficou acertado que Levy será preservado, quando possível, de receber associações, federações ou outros grupos de pressão.

O ministro da Fazenda ficou surpreso com a repercussão de sua breve conversa com representantes da Federação Nacional dos Trabalhadores e Trabalhadoras na Agricultura Familiar (Fetraf), que ocuparam o prédio do ministério na terça-feira (19.mai.2015). Embora o noticiário tenha descrito o episódio como uma negociação entre Levy e os agricultores, o que se passou foi algo diferente –conforme relato do ministro para integrantes do governo.

O ministro afirma que sua conversa com os manifestantes durou poucos minutos e não teria entrado no mérito das reivindicações. Ao chegar para trabalhar, ele apenas pediu aos manifestantes que o deixassem entrar no prédio da Fazenda, que desocupassem o edifício e que se preparassem para ser recebidos às 11h30 da manhã no Ministério do Desenvolvimento Agrário (MDA), o que acabou ocorrendo.

O noticiário (inclusive o da agência oficial do governo, a EBC) registrou a frase do ministro quando estava na porta da Fazenda falando com os manifestantes: “O governo brasileiro tem canais institucionais para responder às reivindicações. Então, temos que ajudar esses canais institucionais. Há disposição para conversar, particularmente no Ministério do Desenvolvimento Agrário, para vermos qual é a pauta. Ainda não sei qual é a pauta”.

Hoje (20.mai.2015), Levy fez esse relato a alguns integrantes do governo. Disse que seria desconfortável para ele ter de receber reinvindicações que não são diretamente ligadas à Fazenda.

Outro motivo de desconforto do ministro foi o fato de que a Fetraf é filiada à CUT (Central Única dos Trabalhadores), ligada ao Partidos dos Trabalhadores –que é a legenda da presidente Dilma Rousseff.

Joaquim Levy e muitos integrantes do governo, conforme o Blog ouviu mais de uma vez no Palácio do Planalto, entendem que setores do PT têm atuado nas últimas semanas de maneira hostil em relação às medidas do ajuste fiscal em discussão no Congresso.

O caso dos trabalhadores na agricultura familiar é emblemático. Essa área é comandada pelo Ministério do Desenvolvimento Agrário, que tem o petista Patrus Ananias à frente. Ainda assim, embora os manifestantes sejam ligados à CUT (e ao PT), foram bater à porta do Ministério da Fazenda, invadindo o edifício de Joaquim Levy numa tentativa de constranger o ministro que foi comissionado pela presidente Dilma Rousseff para consertar as contas públicas.

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Poder e Política na semana – 9 a 15.mar.2015
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Fernando Rodrigues

Nesta semana, a presidente Dilma Rousseff tenta reconstruir pontes com o PMDB e o Congresso e manifestações de rua medem forças sobre a crise política no país. Não será uma tarefa simples. O governo enfrenta um certo mau humor generalizado em grandes centros urbanos, como mostraram os protestos de domingo (8.mar.2015) em reação ao pronunciamento presidencial em cadeia nacional de TV.

Dilma comanda, nesta 2ª feira, reunião do conselho político com o vice-presidente Michel Temer e recebe líderes dos partidos que apoiam o governo no Senado. Será uma conversa difícil devido à duríssima reação do presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL) à abertura de inquéritos contra ele no âmbito da Operação Lava Jato e a necessidade de o Planalto aprovar no Congresso projetos que fortalecem o ajuste fiscal. Outro que mostrou descontentamento foi o presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ),

Também nesta 2ª feira, Dilma sanciona lei que torna o feminicídio crime hediondo. Na 3ª feira, a presidente participa do 21º Salão Internacional da Construção, em São Paulo, e na 4ª feira vai ao Acre visitar áreas atingidas pelas enchentes e entregar unidades habitacionais do programa Minha Casa, Minha Vida. Dilma também deve ir nesta semana ao Rio anunciar investimentos no Porto do Futuro.

Na viagem que fará a São Paulo na 3ª feira, Dilma pode se encontrar com Luiz Inácio Lula da Silva. Nessa eventual reunião, a petista vai procurar conselhos com o antecessor para tentar superar o atual momento político.

Na 3ª feira, o plenário do Senado deve votar a PEC da desincompatibilização, que obriga o presidente da República, os governadores e os prefeitos a deixarem seus cargos em até seis meses antes do pleito se forem disputar a reeleição.

Na 4ª feira, sessão do Congresso Nacional analisa o veto presidencial que reduz de 6,5% para 4,5% a correção na tabela do Imposto de Renda. Será um teste importante para a articulação política do Planalto. No mesmo dia, o ministro Cid Gomes, da Educação, vai à Câmara prestar esclarecimentos sobre sua declaração recente de que haveria “uns 400 deputados, 300 deputados” que achacam o governo.

Na 3ª feira, a Câmara define quem presidirá o Conselho de Ética e a Comissão de Direitos Humanos.

Nesta semana estão previstos 2 atos que medirão forças sobre a crise política. Na 6ª feira, CUT e movimentos sociais vão às ruas em 16 cidades em defesa da Petrobras, pela reforma política e contra a redução de direitos trabalhistas e previdenciários. No domingo, movimentos descentralizados promovem atos em protesto contra a corrupção na Petrobras e o governo Dilma em cerca de 250 cidades, com apoio de políticos da oposição. Haverá manifestações em defesa do impeachment da presidente.

O procurador-geral da República, Rodrigo Janot, também deve pedir ao Superior Tribunal de Justiça abertura de inquérito contra os governadores citados na Lava Jato: Luiz Fernando Pezão (PMDB-RJ) e Tião Viana (PT-AC).

Eis, a seguir, o drive político da semana. Se tiver algum reparo a fazer ou evento a sugerir, escreva para frpolitica@gmail.com. Atenção: esta agenda é uma previsão. Os eventos podem ser cancelados ou alterados.

 

2ª feira (9.mar.2015)
Dilma e as mulheres – presidente Dilma Rousseff sanciona às 15h lei que torna o feminicídio crime hediondo.

Dilma e o Congresso – às 17h30, Dilma comanda reunião do conselho político com o vice-presidente Michel Temer. A presidente também recebe líderes dos partidos que apoiam o governo no Senado.

Sérgio Lima/Folhapress - 18.dez.2014

Lava Jato – juiz Sergio Moro, da Justiça Federal no Paraná, colhe depoimento de José Ubiratan Ferreira de Queiroz, ex-diretor corporativo da Galvão Investimentos, testemunha no processo da Operação Lava Jato.

Petrobras 1 – PPS pede na CPI da Petrobras a convocação dos 47 políticos e dois operadores investigados pelo Supremo no âmbito da Operação Lava Jato. Legenda também solicitará o afastamento dos 2 membros da comissão alvos de inquéritos relativos ao tema: Lázaro Botelho (PP-TO) e Sandes Júnior (PP-GO).

Petrobras 2 – juiz Jed Rakoff, do distrito sul da Corte de Nova York, promove audiência em ação coletiva de indenização proposta contra a Petrobras.

Juca no Ceará – Juca Ferreira, ministro da Cultura, visita equipamentos culturais nas cidades de Crato e Fortaleza, no Ceará, e participa de sessão na Assembleia Legislativa do Estado. Até 3ª feira (10.mar.2015).

Caminhoneiros – Comissão de Direitos Humanos e Legislação Participativa do Senado promove audiência sobre as condições de trabalho dos caminhoneiros no país. Às 9h.

Tecnologia – Apple deve lançar seu novo produto, o “Apple Watch”. Mercado de tecnologia acompanha impacto da novidade.

Inflação – Dieese divulga resultados do índice de custo de vida na cidade de São Paulo.

 

3ª feira (10.mar.2015)
Dilma e a construção civil – presidente Dilma Rousseff participa do 21ª Salão Internacional da Construção, no Anhembi, em São Paulo.

Dilma e Lula – na sua viagem a São Paulo, a presidente Dilma Rousseff pode se encontrar com seu antecessor, Luiz Inácio Lula da Silva. A reunião não consta da agenda oficial, mas ambos preparam um eventual almoço para discutirem a deterioração da situação política.

PEC da desincompatibilização – plenário do Senado deve votar a PEC 73/2011, que obriga o presidente da República, os governadores e os prefeitos a deixarem seus cargos em até seis meses antes do pleito se forem disputar a reeleição.

Petrobras – CPI da Petrobras na Câmara colhe depoimento de Pedro Barusco, ex-gerente da estatal. Às 9h30.

Caminhoneiros – Ministério dos Transportes recebe representantes dos caminhoneiros em mesa de diálogo para discutir a criação de uma tabela referencial de frete.

Romário e o PSB – legenda deve homologar decisão de lançar Romário à disputa pela Prefeitura do Rio em 2016.

Direitos Humanos – Comissão de Direitos Humanos da Câmara define seu presidente. Há acordo para que a vaga fique com um deputado do PT, mas a bancada evangélica manobra para lançar candidato avulso ao cargo.

Ética – Conselho de Ética da Câmara elege seu presidente e vice-presidentes.

Salário mínimo – plenário da Câmara pode votar projeto de lei que institui política permanente para o reajuste do salário mínimo, semelhante à atual, para os próximos dez anos.

Trabalhadores domésticos – também está na pauta da Câmara a regulamentação dos direitos dos trabalhadores domésticos, como o Fundo de Garantia do Tempo de Serviço, seguro-desemprego e indenização por demissão sem justa causa.

Toffoli e Aragão na Câmara – ministro Dias Toffoli, presidente do Tribunal Superior Eleitoral, e Eugênio Aragão, vice-procurador-geral eleitoral, participam de Comissão Especial sobre a reforma política, na Câmara.

Comissões do Senado – Comissão de Assuntos Econômicos do Senado deve eleger Delcídio Amaral (PT-MS) ao cargo de presidente. Na Comissão de Relações Exteriores, Aloysio Nunes Ferreira (PSDB-SP) deve ser eleito ao cargo.

Orçamento da Educação – UNE promove mobilização para pressionar o Congresso a votar a Lei Orçamentária Anual de 2015 e garantir recursos para as universidades federais.

STF julga políticos – 1ª Turma do Supremo Tribunal Federal analisa inquéritos contra o senador licenciado Ivo Cassol (PP-RO) e o deputado Édio Lopes (PMDB-RR).

Energia – governo federal inicia campanha publicitária em rádio e TV para estimular a economia de energia e reduzir o risco de racionamento.

Violência contra mulheres – Congresso instala a Comissão Mista de Combate à Violência contra a Mulher.

Revista íntima – Assembleia Legislativa do Rio vota projeto de lei que proíbe as revistas íntimas nas entradas dos presídios do Estado.

PV na TV – legenda tem 5 minutos de propaganda em rádio e televisão, divididos em inserções de 30 segundos ou 1 minuto.

Agricultura – IBGE divulga resultado do Levantamento Sistemático da Produção Agrícola.

 

4ª feira (11.mar.2015)
Dilma no Acre – presidente Dilma Rousseff vai ao Acre visitar áreas atingidas pelas enchentes e entregar unidades habitacionais do programa Minha Casa, Minha Vida.

Congresso reunido – sessão do Congresso Nacional analisa vetos presidenciais. Em pauta, a análise do veto que reduz de 6,5% para 4,5% a correção na tabela do Imposto de Renda, que tranca a pauta. Nesta sessão, o Congresso também votará regulamentação que institui cédulas eletrônicas para o exame de vetos, hoje feito por meio de cédulas de papel.

Cid na Câmara – ministro Cid Gomes, da Educação, é convocado a prestar esclarecimentos a Comissão Geral da Câmara sobre declaração recente de que haveria “uns 400 deputados, 300 deputados” que achacam o governo.

PSDB e protestos – Aécio Neves, presidente do PSDB, lidera reunião da Executiva Nacional do partido para definir a posição tucana no protesto contra o governo Dilma convocado para domingo (15.mar.2015).

Encontro de vereadores – União dos Vereadores do Brasil promove o 10º Encontro Nacional de Legislativos Municipais. Em Porto Alegre. Até 6ª feira (13.mar.2015).

Cadeira no STJ – ministros do Superior Tribunal de Justiça definem lista tríplice de candidatos a uma vaga aberta na Corte.

Direitos Humanos – Paulo Abraão toma posse como secretário executivo do IPPDH (Instituto de Políticas Públicas em Direitos Humanos do Mercosul). Em Buenos Aires.

PIB –  IBGE divulga resultados do PIB de 2010 e de 2011 atualizados com nova metodologia de cálculo.

Economia – FGV divulga a Sondagem de Investimentos.

 

5ª feira (12.mar.2015)
Reforma política – Comissão Especial sobre reforma política da Câmara realiza audiência pública com os presidentes da Confederação Nacional dos Municípios, Paulo Ziulkoski, da Federação Nacional dos Municípios, José Fortunati, e da União dos Vereadores do Brasil, Gilson Conzatti. Às 9h.

Ata do Copom – Comitê de Política Monetária do Banco Central divulga ata da sua última reunião, que elevou a taxa Selic para 12,75% ao ano.

Comando do PDT – legenda realiza convenção em Brasília e elege novo diretório nacional.

Emprego – IBGE divulga a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua Mensal referente a janeiro. Levantamento traça panorama do emprego no Brasil.

PV na TV – legenda tem 5 minutos de propaganda em rádio e televisão, divididos em inserções de 30 segundos ou 1 minuto.

PTC na TV – legenda veicula propaganda partidária de 5 minutos de duração em rádio e televisão. No rádio, às 20h, e na TV, às 20h30.

 

6ª feira (13.mar.2015)
Ato de movimentos sociais – CUT e movimentos sociais promovem atos em 16 cidades em defesa da Petrobras, pela reforma política e contra a redução de direitos trabalhistas e previdenciários.

Comércio – IBGE divulga a Pesquisa Mensal de Comércio.

Mulheres no Legislativo – Instituto dos Advogados de São Paulo promove seminário sobre a mulher no Legislativo brasileiro e em posições de comando. Em SP.

 

Sábado (14.mar.2015)
PSB na TV – legenda tem 5 minutos de propaganda em rádio e televisão, divididos em inserções de 30 segundos ou 1 minuto.

 

Domingo (15.mar.2015)
Ato contra Dilma – movimentos descentralizados promovem atos em protesto contra a corrupção na Petrobras e o governo Dilma Rousseff em cerca de 250 cidades. Haverá manifestações em defesa do impeachment da presidente. A Força Sindical contratou caminhões de som para o protesto e membros da oposição devem participar.

30 anos do fim da ditadura militar; 30 anos de democracia – nessa data, em 1985, tomou posse no Palácio do Planalto José Sarney. Ex-presidente do PDS (partido de sustentação da ditadura) e que havia sido candidato a vice-presidente da República na chapa encabeçada por Tancredo Neves, ele assumiu o Palácio do Planalto de forma interina; depois, definitiva, pois Tancredo estava doente, nunca tomou posse e acabou morrendo em 21 de abril de 1985. Para todos os efeitos, com a posse do civil José Sarney nesse dia 15 de março de 1985 terminou, oficialmente, a ditadura militar de 1964.

Legislativo paulista – Fernando Capez deve ser eleito novo presidente da Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo. Carlos Giannazi (PSOL) disputa como candidato avulso.

PSDB na TV – legenda tem 2,5 minutos de propaganda em rádio e televisão, divididos em inserções de 30 segundos ou 1 minuto.

 

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