Blog do Fernando Rodrigues

Arquivo : Datafolha

Aécio e Eduardo Campos começam a ser vistos como agentes de mudança
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Fernando Rodrigues

Somados, os dois oposicionistas são apontados por 29% como os mais preparados para mudar o Brasil

Dilma Rousseff é vista só por 15% como a mais habilitada para implantar uma nova forma de governar

Com 38%, ex-presidente Lula ainda é, disparado, o político mais identificado com mudanças

Um dado interessante da pesquisa Datafolha dos dias 7 e 8 de maio se refere ao desejo de mudanças na forma de governar o país e sobre quem estaria mais preparado para conduzir tais ações.

Houve 3 movimentos detectados pelo Datafolha:

1) com 38%, Lula subiu e é apontado disparadamente como o mais apetrechado hoje para operar mudanças na forma de governar o Brasil. Há um mês, a taxa do ex-presidente era de 32%;

2) Dilma Rousseff está em queda e cada vez menos brasileiros enxergam a petista como alguém que possa mudar o país. Tinha 19% em fevereiro. Hoje, está em 15%;

3) Os oposicionistas Aécio Neves (PSDB) e Eduardo Campos (PSB) dobraram suas taxas de fevereiro para cá. Juntos, já são vistos por 29% como os que podem alterar a forma de administrar o Brasil. É quase o dobro do percentual obtido por Dilma.

Hoje, 74% dos brasileiros dizem desejar que “a maior parte das ações do próximo presidente sejam, de um modo geral, diferentes das ações da presidente Dilma Rousseff”.

Eis os gráficos apurados pelo Datafolha:

Datafolha-7-8maio2014-mais-preparado-para-fazer-mudancas

Datafolha-7-8maio2014-desejo-de-mudancas

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João Santana errou primeira previsão sobre Dilma
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Fernando Rodrigues

Marqueteiro disse que a petista teria aprovação recorde em dezembro

Aposta de vitória com reeleição no 1º turno ainda está valendo

Logo depois dos protestos de rua em junho de 2013, o marqueteiro petista João Santana afirmou que a presidente da República estaria novamente com taxas de aprovação recorde para seu governo já em dezembro do ano passado.

João Santana errou feio. O gráfico a seguir (clique na imagem para ampliar) fala por si só:

Datafolha-Dilma-taxa-popularidade

A segunda previsão de João Santana ainda está valendo. Ele acha que Dilma Rousseff será reeleita no primeiro turno. Hoje, isso seria possível: a petista tem 38% contra 32% de todos os adversários somados. Só que para o marqueteiro ganhar essa aposta. o cenário atual terá de ser replicado no dia 6.out.2014. Eis o quadro hoje (clique na imagem para ampliar):

Datafolha-eleitoral-2-3abr2014-cenario-A

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Dilma terá de enfrentar avanço do “volta Lula”
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Fernando Rodrigues

Movimento pelo retorno do ex-presidente ganha força

Embora a presidente Dilma Rousseff esteja hoje com uma liderança folgada nas pesquisas de intenção de voto, a partir da pesquisa Datafolha de 2 e 3 abril ela enfrentará uma ofensiva dos governistas que defendem a volta do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

O “Volta Lula” andou encapsulado por alguns meses na virada de 2013 para 2014. Se Dilma não estava fazendo uma administração espetacular, pelo menos mantinha-se estável num patamar razoável de aprovação para seu governo e nas pesquisas eleitorais. Agora, esse não é mais o caso.

O Blog tem ouvido dezenas de políticos governistas em Brasília. Uma maioria acha que a melhor solução poderia ser a troca de candidaturas: sai Dilma Rousseff e entra Lula. Muitos empresários, banqueiros e agentes econômicos também pensam dessa forma. Como são avessos ao risco, preferem a volta de Lula (com quem já se acostumaram) em vez de arriscarem-se com um dos dois candidatos de oposição que se apresentam no momento. Ou até pior, dizem, ter de aguentar mais 4 anos de péssimo relacionamento com Dilma.

O problema para Dilma Rousseff é que o Datafolha não mostra apenas que ela teve uma queda de 44% para 38% nas intenções de voto. A pesquisa indica que há vários fatores que podem manter a curva descendente da presidente.

Há mais pessimismo no ar:

– 63% dos brasileiros dizem que Dilma faz pelo país menos do que eles esperavam. Há cerca de um ano, essa taxa era de 34%;

– 72% querem que o próximo presidente atue de maneira diferente da de Dilma;

– a expectativa negativa em relação à inflação cresceu 20 pontos percentuais em 12 meses. Hoje, 65% acham que a inflação vai aumentar;

– o pessimismo sobre o poder de compra cresceu 17 pontos;

– o medo do desemprego subiu 14 pontos;

– o otimismo em relação à condição econômica do país e do entrevistado caiu 24 e 22 pontos, respectivamente.

Os agentes econômicos e políticos em geral entendem que toda essa deterioração nas expectativas se deve ao estilo de governar de Dilma Rousseff: ouve pouco os aliados e toma decisões intempestivas (como quando reagiu ao caso da Petrobras e deu condições para a instalação de uma CPI no Congresso).

Lula neste momento não está propenso a arriscar todo o seu patrimônio político entrando na disputa eleitoral. O petista sabe que seria uma operação de altíssimo risco.

Uma troca de Dilma por Lula daria para a oposição um discurso fácil. Diriam que Lula errou e prejudicou o país tendo indicado alguém que não merecia ser presidente. Como pode agora querer voltar? Além disso há também a própria Dilma a ser convencida. Por menos ambição política que possa ter, seria uma humilhação reconhecer que fez um péssimo governo e teve de chamar o padrinho de volta para consertar seus equívocos.

Por essas razões, apesar de a situação não ser tranquila, a decisão no comando do petismo é persistir com o projeto para tentar reeleger Dilma –que, afinal, ainda ganharia no primeiro turno se a disputa fosse hoje. Para reverter as expectativas, uma das providências tomadas pela presidente em comum acordo com seu antecessor foi a de promover uma espécie de “retorno do lulismo ao governo”.

Isso já foi sentido, sobretudo, na entrada de Aloizio Mercadante na Casa Civil e de Ricardo Berzoini na articulação política –em substituição a Gleisi Hoffmann e Ideli Salvatti, respectivamente.

Mercadante e Berzoini têm assento dentro do Palácio do Planalto. Devem funcionar, a partir de agora, como fiadores de que o governo Dilma terá novamente uma linha mais moderada no trato com aliados. Tudo no estilo Lula. Berzoini já estreou com um discurso leve. Falou ao “Poder e Política” que o PT precisa fazer mais concessões.

Essa estratégia da volta do lulismo tem dois meses para funcionar. Eis aqui uma análise a respeito. Em meados de junho, os partidos precisam oficializar os seus candidatos. Até lá, o Planalto terá de medir diariamente a pressão do “volta Lula”, que hoje é fortíssima.

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Pesquisa também revela fragilidade da oposição
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Fernando Rodrigues

Aécio Neves e Eduardo Campos não se beneficiam de queda de Dilma

Tucano tem o pior desempenho desde 2002 entre nomes do PSDB

A pesquisa Datafolha realizada nos dias 2 a 3 de abril traz dois fatos políticos mais relevantes. Primeiro, que a intenção de votos de Dilma Rousseff cai em relação a fevereiro. Segundo, que nenhum candidato de oposição se beneficia disso neste momento.

Em resumo, Dilma está mais frágil. Mas há também fragilidade dos nomes da oposição, sobretudo daquele que está em segundo lugar.

Agora, no cenário com todos os possíveis candidatos, Dilma Rousseff (PT) tem 38%. O segundo colocado, Aécio Neves (PSDB), está com 16%. E Eduardo Campos (PSB) registra 10%. É importante dizer que a petista ainda venceria hoje nesse cenário no primeiro turno. O percentual de votos nulos, em branco, indecisos e dos que dizem não saber quem escolher foi de 29%.

Na pesquisa dos dias 19 e 20 de fevereiro, Dilma tinha (também no cenário com todos os candidatos que se apresentaram até agora) 44% das intenções de voto. Aécio, 16%. Eduardo Campos, 9%. Os votos nulos, brancos, indecisos e a categoria “não sabe” eram de 26%.

Como se observa, apesar de a petista enfrentar um desgaste no momento, os 6% dos eleitores que se desgarraram de Dilma parecem apenas estar fazendo um “pit stop” na categoria do “não voto” –ou distribuindo-se de maneira pulverizada até entre nanicos. A oposição se beneficia pouco da atual conjuntura.

O fato mais alarmante para os adversários do PT é protagonizado pelo senador Aécio Neves (PSDB-MG): ele tem o pior desempenho de um segundo colocado desde 2002. O tucano continua com uma pontuação nesta época da campanha inferior à que tiveram outros colegas de seu partido em pleitos anteriores num mês de abril do ano eleitoral.

Em 2002, José Serra tinha 22% no Datafolha de abril daquele ano (Lula, do PT, liderava com 32%). Em 2006, Geraldo Alckmin neste mês estava com 23%. E em 2010, Serra mantinha-se ainda na frente nas pesquisas, com 40%. Mesmo estando naquelas eleições mais bem colocados do que Aécio hoje, nenhum desses nomes tucanos conseguiu vencer o PT.

Eduardo Campos (PSB) está agora em terceiro lugar, com uma pontuação modesta de 10%. Mas esse desempenho é compatível com outros que estiveram como terceiros colocados em disputas passadas neste momento da disputa. E o político pernambucano é o menos conhecido entre os que estão na corrida pelo Planalto: 42% dizem ainda não conhecê-lo. No caso de Aécio Neves, ele é desconhecido para 25% do eleitorado. O percentual de desconhecimento de Dilma é só de 1%.

Aécio Neves e outros políticos de oposição costumam falar que agora é muito difícil crescer nas pesquisas porque 1) os eleitores não estão pensando nesse assunto e 2) a presidente Dilma Rousseff está diariamente exposta (de forma direta) no noticiário televisivo ou (indiretamente) com obras do governo sendo mostradas em propagandas.

Tudo isso é verdade. Mas esse tipo de cenário também existia em eleições anteriores. Mesmo assim, os segundos colocados nas eleições passadas sempre estiveram mais bem posicionados do que Aécio Neves está hoje. O Blog compilou os dados arquivados na sua página de pesquisas:

Datafolha-2002-2010-segundos-colocados-abril

Aécio Neves sempre poderá dizer que Serra e Alckmin, apesar de terem estado nesta época do ano eleitoral em posição melhor, depois acabaram perdendo. É verdade. Mas nada garante tampouco que ele, Aécio, por estar em posição mais frágil agora poderá ganhar mais adiante.

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Candidatos nanicos são incógnita na eleição presidencial
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Fernando Rodrigues

Em disputas passadas, influência desse grupo foi pequena

Em 2014, Datafolha mostra que juntos eles somam agora  5%

Ainda não está claro qual será o quadro final de candidatos a presidente na eleição de 5 de outubro. A influência dos candidatos de partidos pequenos é uma das incógnitas.

Nas últimas 3 eleições, os candidatos nanicos tiveram uma votação somada sempre inferior a 3%. Influíram, portanto, pouquíssimo no resultado final, como se observa neste quadro:

(clique na imagem para ampliar)

Nanicos-1989-2014

Tome-se 2010, por exemplo. Dilma Rousseff teve 46,91% dos votos no primeiro turno. Todos os nanicos somados receberam 1,15%. Mesmo que eles não tivessem existido e seus eleitores tivessem apoiado a petista, ela teria recebido 48,06%. Esse percentual teria sido insuficiente para que Dilma vencesse sem a necessidade de ir ao segundo turno.

A pesquisa Datafolha de 19 e 20 de fevereiro mostra que os possíveis candidatos nanicos deste ano somam 5% das intenções de voto no momento.

Eis a tabela:

(clique na imagem para ampliar)

Datafolha-Nanicos Como se observa, Dilma Roussef se mantém favorita com folga, pontuando 44% e vencendo a disputa neste momento no primeiro turno. A soma de todos os seus adversários, neste cenário com nanicos, é de apenas 30%. A petista tem larga vantagem de 14 pontos percentuais.

O que ninguém sabe ainda é se todos esses nanicos de fato serão candidatos a presidente. De longe, o mais estruturado é o Pastor Everaldo Pereira (PSB), que tem 3% no Datafolha e fez uma grande ofensiva com comerciais do partido defendendo valores cristãos e da família (o slogan é “família, eu apoio”).

Se Everaldo sair da disputa, o grupo dos nanicos fica desidratado. Em 2010, ele e o PSC ficaram na coligação oficial de Dilma Rousseff. Ajudaram na interlocução com grupos religiosos que criticavam a petista por declarações a respeito de liberar o aborto.

Nos últimos meses, houve várias tentativas de aproximação do governo com Everaldo. Interessa a Dilma Rousseff cooptá-lo, junto com o PSC. Em junho de 2013, o vice-presidente Michel Temer convidou o pastor para uma viagem internacional.

Nesta época do ano eleitoral é sempre muito prematuro cravar com segurança quem e quantos serão os candidatos a presidente. Em 2010, neste período, havia a expectativa de que 13 nomes entrariam na disputa: Dilma Rousseff (PT), José Serra (PSDB), Marina Silva (PV), Ciro Gomes (PSB), Américo de Souza (PSL), Ivan Pinheiro (PCB), José Maria Eymael (PSDC), Levy Fidelix (PRTB), Mario de Oliveira (PT do B), Oscar Silva (PHS), Rui Costa Pimenta (PCO), Zé Maria (PSTU) e alguém do PSOL.

No final, ficaram 9 candidatos a presidente na eleição de 2010.

Neste ano de 2014, é provável que não permaneçam na disputa todos os que hoje anunciam suas candidaturas. Essa tem sido a praxe.

E é sempre bom lembrar: quanto menos candidatos houver, maiores serão as chances de vitória de Dilma Rousseff, hoje a grande favorita na corrida pelo Palácio do Planalto.

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Há 3 meses Dilma Rousseff não sai do lugar
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Fernando Rodrigues

O que mostram as pesquisas divulgadas nos últimos dias por Datafolha, Ibope e CNT/MDA? Mostram que a presidente Dilma Rousseff não sai do lugar há 3 meses.

A aprovação do governo federal chegou ao patamar de 40% por volta de novembro de 2013. Hoje as taxas são: Datafolha (41%), Ibope (39%) e CNT/MDA (36,4%). Eis os gráficos evolutivos, que demonstram com clareza como as curvas de popularidade da administração dilmista tem sido estável nos últimos meses:

Clique na imagem para ampliar

Datafolha-Ibope-CNT-MDA

Embora as variações negativas do governo federal tenham sido além da margem de erro nas pesquisas Ibope e CNT/MDA, o mais provável, pelas curvas vistas nos gráficos acima, é que a presidente sempre tenha estado no patamar dos 40%.

Só mais um ou dois meses de pesquisas poderão dizer se há, de fato, uma queda real na aprovação do governo. O que se vê no momento é uma estagnação.

É claro que a taxa na redondeza de 40% para a aprovação do governo Dilma é bem razoável. O problema para quem deseja se reeleger em outubro é não sair do lugar. Indica uma fragilidade na líder das pesquisas –a petista venceria a disputa hoje no primeira turno no cenário mais provável de candidaturas, tendo como adversários Aécio Neves (PSDB), Eduardo Campos (PSB) e mais outros 8 nanicos.

O período em que a presidente apenas ficou fazendo pique no lugar (de nov/2013 a fev/2014) coincidiu com as festas de fim de ano. Nessa época, em geral, os eleitores ficam mais benevolentes e com o coração mole na hora de fazer julgamentos sobre os políticos. Quase sempre a aprovação de vários governos registra uma alta. O Ibope captou esse movimento. Só que Dilma não conseguiu reter o presente natalino.

Também na virada do ano de 2013 para 2014, o país assistiu a um bombardeio fantástico de propagandas do governo. Hoje só um E.T. vindo de Marte não saberia o que é o programa Mais Médicos no Brasil. É impossível ligar a TV e ficar sem assistir a um comercial a respeito.

O marketing de Dilma pode argumentar: se essa estratégia de propaganda não tivesse sido lançada, a presidente poderia estar em situação pior.

É uma verdade possível. Mas alguém poderia apresentar um argumento mais cético: ou o produto é ruim ou a propaganda não presta. Ou as duas coisas. Mesmo porque o governo faz mais comerciais do que sabão em pó e cerveja. A taxa de aprovação teria de crescer um pouco. Que o diga a Friboi com suas propagandas de Toni Ramos falando que carne tem nome.

Mas, enfim, está ruim a situação de Dilma? No momento, não.

O que essas pesquisas indicam é muito simples: 1) o produto “Dilma Rousseff” não é tão fácil assim de ser empacotado e vendido; não está conseguindo ampliar sua presença no mercado e 2) a concorrência não parece apta a  ocupar o espaço deixado pelo produto líder nas vendas no momento.

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Em São Paulo: Dilma Rousseff 41% X 40% Joaquim Barbosa
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Fernando Rodrigues

Pesquisa Datafolha estratificada mostra cenário difícil para petista em SP e RJ

Marina Silva ganha de Dilma em São Paulo e fica empatada com a presidente no Rio

Presidente do STF tem até final de março para se decidir se disputa eleição em 2014

A pesquisa Datafolha realizada nos dias 28 e 29 de novembro de 2014 mostra uma recuperação da presidente Dilma Rousseff. Mas existe um cenário pouco confortável para a petista nos Estados de São Paulo e do Rio de Janeiro, donos do primeiro (22,3% do total) e do terceiro (8,5%) maiores eleitorados do país. Juntos, paulistas e fluminenses têm quase 31% dos votantes brasileiros.

Se a disputa fosse realizada hoje, Dilma Rousseff empataria tecnicamente com o presidente do Supremo Tribunal Federal, Joaquim Barbosa, num hipotético segundo turno entre ambos em São Paulo. A petista teria 41% e o ministro do STF ficaria com 40%. A margem de erro da pesquisa é de 2 pontos percentuais, para mais ou para menos.

No Rio, Dilma leva vantagem sobre Barbosa: 48% a 34%. E no cenário nacional, considerando o que o Datafolha apurou em todo o país, a distância a favor da presidente é ainda maior: 54% a 30%.

Hoje, a Folha publica uma reportagem com esses dados estratificados. E chama a atenção para o fato de que Dilma Rousseff  tem, no momento, muito menos intenção de votos em São Paulo e no Rio de Janeiro do que recebeu de apoios nesses Estados ao se eleger em 2010. Naquele ano, ela venceu no Rio, com 60,5% dos votos no segundo turno. Em São Paulo, perdeu, mas com expressivos 46%.

Eis os dados do Datafolha:

Datafolha-segundo-turno-BR-SP-RJ

Como se observa, a ex-senadora Marina Silva (atualmente filiada ao PSB) é quem mais ameaça Dilma Rousseff num eventual segundo turno na eleição de 2014. No Brasil, Dilma venceria com 50% contra 38% de Marina. Mas em São Paulo seria derrotada: teria só 39% contra 45% da adversária que hoje está propensa a ser apenas candidata a vice-presidente na chapa de Eduardo Campos. No Rio, Dilma empataria tecnicamente com Marina. A petista ficaria numericamente à frente, com 44%, ante 43% da ex-senadora. A margem de erro da pesquisa no Rio é de 3 pontos percentuais.

Os principais pré-candidatos de oposição têm um desempenho pouco animador quando se observa o resultado estratificado da pesquisa Datafolha. Aécio Neves (PSDB), num eventual segundo turno contra Dilma, no plano nacional, perderia (57% a  27%). Em São Paulo, a diferença entre ambos diminui, mas a petista ainda fica muito à frente: 46% a 31%. E no Rio o tucano tem números piores do que sua média no Brasil, perdendo por 55% a 23%.

Eduardo Campos (PSB) perde nacionalmente para Dilma por 58% a 22%. Em São Paulo, o desempenho do socialista é quase idêntico ao de Aécio Neves. Entre os paulistas, Dilma tem 47% e Campos 27%. No Rio, a petista vai a 55% contra 21% do governador de Pernambuco.

O que esses números indicam? Que Dilma de fato está numa situação de certo conforto no plano nacional, mas que seu desempenho é ainda problemático em Estados grandes como São Paulo e Rio. E que nomes que hoje não figuram como candidatos a presidente pela oposição (Marina Silva e Joaquim Barbosa) parecem ser players com mais potencial do que os já lançados na disputa.

Em resumo, Dilma e o PT estão à frente na disputa pela reeleição. Só que há sinais contraditórios emitidos por grandes eleitorados do país.

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Aprovação a ações de Joaquim indica cansaço com política tradicional
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Fernando Rodrigues

É um sinal de alerta para políticos em geral a altíssima aprovação dos brasileiros atos de Joaquim Barbosa ao mandar prender mensaleiros condenados durante o feriado da Proclamação da República, 15 de novembro último.

Os brasileiros parecem estar cansados da política tradicional. Querem mais julgamentos, condenações e punições de quem não trata corretamente a coisa pública.

A população aprova com entusiasmo quando são presos os políticos acusados e condenados por prática de corrupção.

A pesquisa do Datafolha que mostra esses dados é um caso especial de estudo científico que desnuda cabalmente o establishment de um partido político –como foi o caso agora do PT. A cúpula petista reclamou das prisões dos mensaleiros, alguns se autodenominaram “presos políticos” e houve muitas críticas sobre o tratamento supostamente desumano na condução das prisões.

Essa avaliação da cúpula petista está a léguas de distância do que pensam os militantes da legenda. Segundo o Datafolha, entre simpatizantes do PT, 87% dizem também aprovar as atitudes de Joaquim Barbosa na execução das penas dos condenados do mensalão.

Eis os dados (clique nas imagens para ampliar):

Datafolha-JoaquimBarbosa-geral

Datafolha-JoaquimBarbosa-partidos

O Datafolha foi além. Problematizou perguntando se o presidente do Supremo Tribunal Federal não tentou se promover pessoalmente ao mandar prender mensaleiros justamente no dia da Proclamação da República. De novo, os brasileiros apoiaram Joaquim Barbosa, com 78% dizendo que ele “agiu de acordo com a Justiça”. Entre petistas, a taxa foi de 80%.

Eis os dados (clique nas imagens para ampliar):

Datafolha-JoaquimBarbosa-geral-uso-pessoal

 

Datafolha-JoaquimBarbosa-partidos-uso-pessoal

O que esses dados expressam? Muito simples. Os brasileiros indicam que há um gigantesco divórcio entre o que falam os dirigentes partidários e o que pensam os eleitores em geral quando o assunto é julgar, condenar e punir quem comete atos de corrupção na política.

Esse é um sinal maiúsculo de que não colou o discurso de que houve injustiça nas condenações do mensalão. Os políticos que insistirem nessa tese podem sair de mãos abanando nas eleições de 2014.

Na eleições do ano que vem, parece haver poucos eleitores propensos a embarcar apenas no discurso tradicional usado pelos partidos políticos há tantas décadas.

Mas é necessário também fazer uma ressalva importante. Não há garantia de que haverá mudança com certeza em 2014. Até porque a candidatura oficial a presidente (de Dilma Rousseff) e os principais nomes até agora pré-lançados pela oposição (Aécio Neves e Eduardo Campos) não chegam nem perto de um discurso que possa desafiar os cânones da política tradicional.

E Joaquim Barbosa? É muito difícil para um outsider sozinho ter sucesso numa empreitada dessas, sem uma estrutura partidária nacional que possa empurrá-lo numa campanha presidencial.

Ou seja, há uma situação na qual a sociedade brasileira parece pronta para um curto-circuito (quem não se lembra dos protestos de rua em junho?). Mas vai acontecer algo assim em 2014? Ninguém sabe.

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Chapa Dilma-Temer perde no Sudeste para Marina-Eduardo
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Fernando Rodrigues

pesquisa Datafolha mostra fragilidades de todos os candidatos

petista é hoje a favorita, mas apresenta alguns pontos fracos

A notícia principal na pesquisa Datafolha realizada na sexta-feira (11.out.2013) é que Dilma Rousseff (PT) seria reeleita hoje no primeiro turno se os candidatos fossem apenas Aécio Neves (PSDB) e Eduardo Campos (PSB).

A petista teria 42% contra 21% do tucano Aécio e 15% do socialista Eduardo. Ou seja, 42% X 36%. Como a margem de erro da pesquisa é de 2 pontos percentuais, a fatura estaria liquidada e Dilma passaria mais 4 anos no Palácio do Planalto.

Mas há outros aspectos que devem ser considerados numa análise neste momento, quando ainda falta 1 ano para a eleição. O levantamento do Datafolha mostra fragilidades presentes em todas as pré-candidaturas consideradas.

Um dos aspectos mais relevantes trata de uma simulação qualificada de um eventual segundo turno. O Datafolha indagou aos eleitores em quem votariam se a disputa final ficasse entre as chapas de Dilma Rousseff (PT) + Michel Temer (PMDB) contra Marina Silva + Eduardo Campos (PSB). Nesse caso, o resultado muda de figura. A petista fica em situação de empate técnico no país (44% X 42%) e perde no Sudeste (40% X 44%). Eis os dados (clique na imagem para ampliar):

Uma má notícia para Eduardo Campos é que quando ele é o candidato a presidente (e Marina Silva ocupa a vaga de vice), a vitória da dupla Dilma-Temer seria certa se a eleição fosse hoje: 46% X 37%.

Mas há aí também um sinal de alerta para Dilma Rousseff. Mesmo com Eduardo Campos sendo o cabeça de chapa, a petista passa um aperto no Sudeste. Ela e Temer ficariam com 41% contra 40% da dupla Eduardo-Marina. Ou seja, empate técnico. Eis os dados (clique na imagem para ampliar):

Os cenários de segundo turno são bem diferentes quando o Datafolha apresenta apenas o nome de Dilma e o de um possível adversário (situação que não existe na vida real, pois a urna eletrônica traz sempre os nomes e as fotos dos candidatos a presidente e a vice, juntos).

O confronto “seco” entre Dilma X Marina fica em 47% X 41% (e não os 44% X 42% do cenário qualificado, quando são informados os nomes dos candidatos a vice-presidente, quando a diferença cai para dois pontos percentuais).

No caso do embate “seco” Dilma X Eduardo Campos, esse eventual segundo turno é amplamente favorável à petista: 54% X 28%, uma diferença de 26 pontos. Mas o abismo se reduz a meros 9 pontos (como mostra o quadro acima) quando Eduardo é apresentado tendo Marina Silva como candidata a vice-presidente.

O que isso quer dizer? Que quando os eleitores são informados da situação que pode existir de fato, com a aliança entre Eduardo Campos e Marina Silva, um pode realmente ajudar o outro, pois eles se transferem votos mutuamente.

Eis o quadro de segundo turno quando são apresentados aos eleitores apenas os nomes dos cabeças de chapa (clique na imagem para ampliar):

Vale olhar também os 4 cenários pesquisados pelo Datafolha para a disputa no primeiro turno (clique na imagem para ampliar):

Essas 4 simulações de primeiro turno mostram o seguinte, pelo menos:

 

  •  muitos indecisos: um percentual alto de eleitores ainda diz preferir votar em branco, nulo ou nenhum (variando de 15% a 23%).Boa parte dessa turma indecisa tende a se dispersar entre todos os candidatos, na mesma proporção dos votos que cada um já tem. Só que essa regra de dispersão tende a ser incerta quando o percentual dos indecisos é maior: justamente quando os adversários de Dilma são Aécio e Eduardo Campos;
  •  Dilma vence no 1º turno só com os menos conhecidos: o cenário mais suave para a presidente petista é quando a disputa se dá contra Aécio Neves e Eduardo Campos, os candidatos hoje com menos projeção nacional. Eis a taxa de conhecimento de cada um dos pré-candidatos:Dilma Rousseff : 99%
    José Serra: 97%
    Marina Silva: 88%
    Aécio Neves: 78%
    Eduardo Campos: 57%O que esses percentuais significam? Que os menos conhecidos são os que têm mais chances de ainda conquistar novos eleitores –desde que, é claro, ao terem suas imagens mais divulgadas consigam cativar os brasileiros ainda indecisos.Chama a atenção o fato de que no caso de Eduardo Campos, meros 8% dos eleitores dizem conhecê-lo muito bem –contra 56% de Dilma, 23% de Marina, 40% de Serra e 17% de Aécio;
  •  Candidatos mais estáveis são os do PSB: Eduardo Campos tem 15% nas duas simulações em que é testado na pesquisa estimulada. Marina Silva oscila na margem de erro, com 28% e 29%. Os dois dão a impressão de terem votos mais cristalizados, pois ficam com seus eleitores independentemente de quem sejam os adversários.O mesmo não ocorre com Dilma Rousseff, cujo percentual de intenção de votos varia de 37% a 42%. Aécio Neves vai de 17% a 21%. E José Serra de 20% a 25%.

Outro dado relevante é a intenção de voto espontânea, quando o entrevistado é apenas indagado sobre em quem pretende votar, mas sem ver a cartela com os nomes dos possíveis candidatos. Eis o resultado (clique na imagem para ampliar):

Como se observa, Dilma Rousseff nesse gráfico não se recuperou nada desde o tombo do meio do ano. Tinha 16% em junho. Tem 17% agora.

Os demais pré-candidatos têm desempenho desprezível. Aécio e Marina registram 4% cada um. E Serra e Eduardo Campos empatam com 2%.

Esse gráfico demonstra que o grau de envolvimento do eleitorado brasileiro com o processo eleitoral ainda é mínimo: 53% dos entrevistados dizem não saber em quem votar. Outros 7% afirmam que votarão em branco, nulo ou nenhum. Ou seja, “eleição presidencial” é um tema que não faz parte do cotidiano de 60% dos eleitores.

Outra fragilidade dos candidatos no momento é a taxa de rejeição. Exceto Marina Silva, repelida apenas por 17% dos eleitores, todos os demais tem taxas na faixa ou acima de um quarto do eleitorado. Eis os dados (clique na imagem para ampliar):

Chama a atenção a taxa alta de José Serra, com 36%. É um pré-candidato que já na saída perderia o voto de quase 4 entre 10 eleitores. Ou seja, sua competitividade é baixa.

Dilma (27% de rejeição), Eduardo (25%) e Aécio ( 24%) são repelidos por cerca de um terço dos eleitores cada um.

Nesse caso, o mais intrigante é a situação de Eduardo Campos: apesar de ser pouco conhecido, já é rejeitado por 25% dos eleitores.

A propósito, Eduardo Campos e Marina terão de gastar ainda muita sola de sapato para informar aos eleitores sobre a aliança que selaram há poucos dias. Até porque os brasileiros parecem desinteressados pelo assunto: só 14% dizem ter assistido, ainda que em parte, o programa partidário do PSB na TV da última 5ª feira, quando Eduardo e Marina se apresentaram juntos ao país. Eis os dados (clique na imagem para ampliar):

Tudo considerado, a pesquisa Datafolha mostra fragilidades ainda presentes em todas as candidaturas. Se a disputa presidencial fosse hoje, Dilma Rousseff venceria até no primeiro turno só em um dos cenários (contra os menos conhecidos no momento).

Como a eleição é só em 5 de outubro de 2014, o desfecho ainda continua totalmente imprevisível.

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Pesquisa revela fragilidade tucana para 2014
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Fernando Rodrigues

Aécio recua e Serra não consegue se viabilizar como alternativa

Que a pesquisa Datafolha sobre 2014 foi boa para Dilma Rousseff (PT) e Marina Silva (Rede) é fácil de ver. Mas o que chama a atenção também a imensa debilidade dos nomes do PSDB colocados no tabuleiro. Os tucanos Aécio Neves e José Serra têm um desempenho ruim para quem representa o maior partido anti-petista.

Ao mesmo tempo deve ser registrada a resiliência do governador de Pernambuco, Eduardo Campos (PSB), que se mantém na faixa de 6% a 8% –e  não computou perda de intenção de voto de junho para cá.

Ao oscilar negativamente de 17% para 13% no cenário mais provável hoje para 2014, Aécio Neves exprime toda a fragilidade de sua candidatura. O tucano assistiu a uma espetacular queda de Dilma, que tinha 58% das intenções de voto em março e caiu para 30% em junho.

Em vez de engrenar, Aécio ficou no mesmo lugar. A margem de erro da pesquisa é de dois pontos percentuais, para mais ou para menos. O senador mineiro pelo PSDB tinha 10% em março e foi a 14% no início de junho. Oscilou para 17% no final do mês dos protestos. E agora escorregou para 13%. Ou seja, voltou para onde sempre esteve antes de o Brasil ter assistido aos protestos de rua.

Quem, em tese, poderia dar uma incendiada no cenário tucano seria José Serra. Mas essa suspeita era apenas uma miragem. Quando Serra aparece na cartela (imagem acima) disputando junto com Aécio, fica com apenas 14%. Serra não é uma solução para o PSDB a esta altura, mas apenas um outro problema.

É evidente que esse cenário com Serra e Aécio disputando o Planalto só seria possível se o paulista fosse para uma outra legenda –cada partido só pode ter um candidato a presidente. Mas que ânimo terá Serra para encarar esse desafio agora? Fora do PSDB, teria de passar metade da campanha explicando a razão de ter deixado a agremiação que ajudou a fundar. Correria o risco de terminar a disputa menor do que entrou.

Tudo somado, a pesquisa Datafolha revela o seguinte a respeito dos nomes hoje mais prováveis na disputa:

1) Dilma Rousseff: segue sendo uma candidata forte pela força inercial que herda por estar no governo. Se vai voltar aos patamares anteriores, vai depender de uma série de fatores ainda indefinidos –nível de emprego, inflação e capacidade de melhorar sua interlocução política;

2) Marina Silva: é hoje depositária de grande esperança dos eleitores que desejam uma mudança no poder central. Seu sucesso está relacionado à consolidação do seu partido (Rede Sustentabilidade), ampliação do leque de alianças e capacidade de emitir ao establishment alguma certeza sobre como seria o seu eventual governo;

3) Aécio Neves e José Serra: comandam um partido rachado e sem músculos para reagir diante da desidratação da administração federal do PT. Dilma perdeu 28 pontos de intenção de voto e Aécio conseguiu herdar apenas 7 desses pontos. Mas já devolveu 4 pontos agora. Ou seja, o ganho líquido do tucano mineiro foi de meros 3 pontos –próximo do limite da margem de erro do levantamento e uma marca quase humilhante.

Para complicar a vida do PSDB, Serra teve desempenho muito próximo a Aécio. E no plano regional paulista os tucanos (Serra incluso) ainda enfrentam o escândalo dos trens e do metrô.

4) Eduardo Campos: é um microcandidato dentro do campo governista. No quadro apresentado neste post, o pernambucano descreve uma gradual melhora: devagar, vai sempre avançando. Cresce na adversidade. Mas se vai consolidar sua candidatura é outra história. Campos, mais do que os outros, depende de um grande esfacelamento de Dilma para ter chances de herdar parte do eleitorado que votou no PT nas últimas disputas. Não parece, no momento, um cenário dos mais prováveis.

O internauta deve notar que está escrito acima que esta análise se refere aos “nomes hoje mais prováveis na disputa”. Não são consideradas especulações menos realistas, como Lula e Joaquim Barbosa. Mas é útil registrar que esses nomes, se entrarem mesmo no páreo, mudam o jogo. Por ora, a corrida presidencial de 2014 continua bem aberta.

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