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Arquivo : Datafolha

Dilma tem maior rejeição e menor aprovação entre candidatos à reeleição
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Fernando Rodrigues

Na comparação com FHC (1998) e Lula (2006), a petista larga em pior situação

Última pesquisa pré-TV mostra oposição com melhor marca histórica em ano reeleitoral

Dilma Rousseff melhorou a avaliação de seu governo na pesquisa Datafolha divulgada hoje (18.ago.2014), mas ela começa a propaganda eleitoral em rádio e TV (amanhã) numa situação mais adversa do que os outros dois presidentes que tentaram (e conseguiram) se reeleger até hoje no Brasil.

Os dados comparativos são do Datafolha. Dilma tem um governo rejeitado por 23% e aprovado por 38% dos brasileiros. Parece bom, mas não quando se observa cenários de anos de reeleição anteriores.

Em 2006 nesta mesma época, o governo do petista Lula era rejeitado por 18% e aprovado por 45%.

Também neste momento pré-propaganda na TV, em 1998, o tucano FHC tinha uma taxa de rejeição de 18% para sua administração, e um percentual de aprovação de 39%.

Lula e FHC foram reeleitos. Eis os dados na tabela:

Comparacao-Aprova-Desaprova-governos-pre-TV-ago2014

REJEIÇÃO AO CANDIDATO
Quando se compara a rejeição aos candidatos que tentaram a reeleição ao Planalto com a de Dilma hoje, a petista também está em desvantagem neste momento imediatamente antes do início da propaganda na TV. Segundo o Datafolha, 34% dos eleitores dizem que não votariam nela de jeito nenhum.

Em 2006, a aversão ao candidato Lula era de 29%. Em 1998, só 21% rejeitavam FHC. Eis os dados:

Comparacao-Rejeicaocandidatos-pre-TV-ago2014INTENÇÃO DE VOTOS
Quando se trata de intenção de votos, mais notícias desagradáveis para Dilma Rousseff. Hoje, diz o Datafolha, 36% votariam para reeleger a petista.

Em 2006, Lula entrou na propaganda eleitoral com uma taxa de intenção de votos de 47%. Em 1998, FHC tinha 42% nesta mesma época.

Como não poderia deixar de ser, os votos neste ano estão mais dentro do grupo de oposição. Aécio Neves (PSDB), Marina Silva (PSB) e Pastor Everaldo (PSC), os 3 principais adversários de Dilma, têm 44%.

Em 2006, os 3 adversários diretos de Lula somavam apenas 37%. E em 1998, o grupo anti-FHC tinha, somado, também 37%.

A má notícia para a oposição é que os votos dos 2 principais candidatos (Aécio e Marina) estão no mesmo patamar de 20%. Isso significa que possivelmente eles também terão de se atacar entre si, gastando uma energia que talvez preferissem usar para derrotar a candidata governista.

E sobre Aécio Neves, outro dado histórico negativo: ele é o tucano que entra no horário eleitoral de rádio e de TV com a pior taxa de intenção de votos nos últimos 12 anos. Está apenas melhor do que José Serra, que nesta mesma época, em 2002, tinha 13%.

Os dados estão na tabela a seguir:

Comparacao-Intencao-voto-candidatos-pre-TV-ago2014O blog está no Twitter e no Facebook.


Potencial de Marina continua incerto
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Fernando Rodrigues

Ex-senadora tem 21% no Datafolha, um grande patrimônio eleitoral…

…mas seu tempo de TV é exíguo e o financiamento não está garantido

Desejo de mudança dos eleitores tampouco é claro, pois PMDB é líder nos Estados

Eraldo Peres/AP - 4.out.2013

A ex-senadora Marina Silva é a grande novidade da pesquisa Datafolha divulgada hoje (18.ago.2014), aparecendo com 21% das intenções de voto. Ela está empatada tecnicamente com Aécio Neves (PSDB), que registra 20%. E Dilma Rousseff (PT) está com 36%.

Numa simulação de 2º turno, Marina Silva teria 47% contra 43% de Dilma Rousseff. Não há dúvida de que a ex-senadora é hoje o nome mais competitivo para tentar retirar o PT do Palácio do Planalto.

Mas o fato a ser considerado é que continua incerto o potencial eleitoral real de Marina Silva. Eis algumas dúvidas e observações que emergem a partir dos números da pesquisa Datafolha:

1) Momento emocional: nos últimos dias, Marina Silva foi citada como nunca no rádio e na TV (os veículos de comunicação tradicionais que atingem a maioria da população de maneira maciça durante uma eleição). A pesquisa Datafolha foi realizada em 14 e 15 de agosto, em seguida à trágica morte de Eduardo Campos, que era o cabeça de chapa do PSB na disputa presidencial, tendo Marina como candidata a vice-presidente.

É possível dizer que os eleitores pesquisados pelo Datafolha foram influenciados pelo clima transmitido na TV e no rádio? Essa é uma pergunta difícil de ser respondida com precisão. Mas com certeza é correto dizer que poucos brasileiros deixaram de tomar conhecimento da tragédia ocorrida com Eduardo Campos. A maioria também percebeu que Marina Silva era apontada por todos os analistas, na TV e no rádio, como a substituta natural de Campos.

Um argumento a ser considerado é que com 21% Marina teve menos intenção de votos agora do que os 27% que obteve em abril, quando não estava certo que a chapa do PSB seria encabeçada por Eduardo Campos. Esse percentual menor hoje seria um argumento para dizer: o momento emocional atual não teve influência nas respostas captadas pelo Datafolha.

Mas de maneira oposta também é lícito afirmar o seguinte: sem o clima de consternação transmitido na TV e no rádio, talvez a taxa de intenção de votos não chegasse aos 21% apurados pelo Datafolha.

 

2) Horário eleitoral: uma parte considerável dessas dúvidas sobre o potencial real de votos de Marina Silva será dirimida nos próximos 10 dias, depois que o impacto da tragédia tiver sido mais assimilado pelos brasileiros. Nesse período de 10 dias também já terá sido computada pelos eleitores a mensagem dos candidatos a presidente no horário eleitoral de rádio e de TV, que começa amanhã (19.ago.2014).

Nunca é demais lembrar que Marina Silva, uma vez confirmada candidata a presidente pelo PSB, terá um tempo exíguo para fazer a propaganda de rádio e de TV. Dilma tem 11min24seg. Aécio, 4min35seg. E Marina fica com apenas 2min03seg.

Uma análise do Datafolha indica que Marina vai bem em grandes centros. Nas simulações de 2º turno, “os moradores das capitais e regiões metropolitanas dão uma vantagem de 13 pontos à ambientalista. Separando-se apenas as cidades com mais de 500 mil habitantes, sua dianteira chega a 20 pontos. São os locais onde se concentram em maior proporção a insegurança, o pessimismo e o desencanto”.

Ou seja, para ampliar sua potencialidade eleitoral, Marina precisa descer para os municípios médios e pequenos. E aí só é possível chegar aparecendo no rádio e na TV, pois o Brasil tem cerca de 5.600 cidades e é impossível um candidato visitar a imensa maioria dessas localidades durante uma campanha.

 

3) Financiamento escasso: dinheiro é fundamental numa campanha presidencial no Brasil. Embora Marina tenha sido muito hábil para se aproximar de alguns setores do establishment nos últimos anos (banco Itaú e empresa Natura, entre outros), as finanças da chapa anterior, encabeçada por Eduardo Campos, não iam muito bem.

É possível reverter esse quadro agora, claro. Afinal, empresários e endinheirados gostam de apostar em quem está na frente.

Ocorre que é necessário também dar eficiência à doação de campanha. O dinheiro precisar ser recebido e tem de chegar na ponta, até os militantes que vão montar estruturas locais e defender o nome de Marina durante o processo. Não é uma operação simples, pois exige muita logística e o tempo até a eleição é curto.

 

4) Reação de Dilma e de Aécio: na política, assim como na física, cada ação produz uma reação. Seria ingênuo imaginar que Dilma Rousseff e Aécio Neves ficarão parados, inertes, vendo suas candidaturas ameaçadas indo para o ralo com o eventual avanço de Marina Silva.

Até a semana passada, a chapa Eduardo Campos-Marina Silva vinha sendo poupada tanto por Dilma como por Aécio. Ambos visavam a obter o apoio do PSB num eventual segundo turno. Agora, as coisas mudaram de figura. Não vai demorar para que Marina passe a ser criticada de maneira robusta pelo PT e pelo PSDB.

Vai funcionar? Não se sabe. Mas certamente drenará um pouco da energia vital do PSB e de Marina Silva, que terão de se defender –num momento em que precisam se concentrar em serem propositivos para avançar. Antes, Marina e Eduardo ficavam incólumes na campanha, apenas assistindo à troca de chumbo entre PT e PSDB. Agora, todos estarão na linha de tiro.

 

5) Popularidade presidencial em recuperação: nos últimos 30 dias, foi notório o esforço de Dilma Rousseff para reduzir sua taxa de rejeição. Os resultados foram captados na pesquisa Datafolha, embora a situação da petista não seja totalmente confortável.

Em 15 e 16 de julho, a taxa dos que consideravam o governo Dilma “ruim” ou “péssimo” era de 29%. Agora, na pesquisa dos dias 14 e 15 de agosto, passou a ser de 23%.

Esses 6 pontos percentuais de “ruim” e “péssimo” migraram (não de maneira automática, claro) para o grupo dos que consideram o governo Dilma “bom” e “ótimo”: a taxa subiu de 32% em julho para 38% em agosto.

Aqueles que classificam o governo dilmista como “regular” se mantiveram estáveis, em 38% –o percentual ficou idêntico em julho e agosto. Esse percentual é perto da taxa de intenção de votos da petista (36%).

Como se sabe, um governante que tenta a reeleição “pesca” votos entre os que consideram sua administração ótima, boa ou regular –no caso de Dilma, trata-se de um grupo com 76% dos eleitores do país.

 

6) PSB dividido: o pior que pode acontecer para um candidato numa eleição é ter o inimigo dormindo ao lado. Há inúmeros exemplos na política brasileira de candidatos que sofreram desse mal em disputas presidenciais.

Ulysses Guimarães (PMDB) foi boicotado por sua legenda em 1989. José Serra (PSDB) teve grandes dificuldades com os tucanos em 2002 e 2010.

Não é segredo que o PSB está sendo empurrado para escolher Marina Silva como sua candidata a presidente. O nome da ex-senadora não é resultado de um clamor consensual dentro do establishment pessebista. Trata-se apenas de uma legenda inorgânica (como a maioria) e fragilizada pela morte de seu líder. Para resumir, O PSB sendo compelido a fazer uma escolha de fora para dentro.

Em vários Estados, compromissos assumidos pelo PSB e por Eduardo Campos não têm como ser totalmente honrados por Marina Silva, sobretudo com setores ligados ao agronegócio. É evidente que nada disso será vocalizado em público. O discurso será de união pela vitória. Mas no subterrâneo do PSB muita gente vai se perguntar: “Por que vou ajudar Marina Silva se eleger presidente se ela, ao ganhar, pode perfeitamente tentar conduzir um expurgo dentro da legenda e me retirar todo o apoio político?”.

Em resumo, pacificar o PSB a seu favor é uma tarefa de alta complexidade para Marina Silva.

 

7) Desejo de mudanças, “ma non troppo”: todas as pesquisas desde 2013 apontam para um desejo difuso de mudanças na forma como os políticos governam o país. É um dado que ainda merecerá profundas análises e pesquisas de acadêmicos e estudiosos.

O desejo de mudanças é mais notado em áreas metropolitanas. Mas no Estado mais rico do país, os eleitores estão dizendo que não desejam nada alterado na política tradicional –pretende reeleger Geraldo Alckmin (PSDB) como governador, possivelmente no 1º turno. Aliás, quando se consideram todos os 26 Estados e o Distrito Federal, São Paulo é o único local do Brasil no qual o mesmo partido (o PSDB) vem vencendo todas as eleições desde 1994, há 20 anos.

Há outro dado interessante a respeito de como o desejo de mudanças na política é paradoxal entre os brasileiros. Nas 27 disputas para governador neste ano, o partido que mais tem candidatos competitivos, com chances de vitória, é o PMDB. Há hoje 9 peemedebistas despontando como favoritos nos Estados.

Esse é um número bem maior do que os 4 favoritos do PSDB e os 4 favoritos do PT nas disputas estaduais.

E quantos candidatos favoritos próprios tem o PSB, que é o partido de Marina Silva, nas 27 disputas de governadores? A resposta é: 0. Isso mesmo, zero. Para saber mais, leia detalhes na mais ampla página da internet com todas as pesquisas eleitorais desde o ano 2000, mantida pelo Blog.

 

CONCLUSÃO
Daqui a 10, 20 ou 30 dias Marina Silva poderá ter superado todas essas adversidades? Claro que sim. Até porque, se ela tiver um bom percentual na pesquisa Datafolha, tudo se arruma por decantação.

Imagine o que acontecerá se daqui a 15 ou 20 dias Marina aparecer já bem à frente de Aécio Neves e empatada com Dilma Rousseff? Cria-se uma onda quase incontrolável a favor da candidata do PSB.

Nesse cenário hipotético a seu favor, a ex-senadora poderá se eleger presidente, pois é uma política com muita habilidade, consegue incorporar (como nenhum outro de seus adversários) o anseio pelo “novo”.

Só que para ter sucesso, Marina terá resolver todas as pendências listadas neste post (e sabe-se quantas mais). Possível, é. Mas é também uma tarefa dificílima de ser cumprida até o dia 5 de outubro.

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Poder e Política na semana – 18 a 24.ago.2014
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Fernando Rodrigues

Nesta semana, o PSB deve anunciar sua nova chapa presidencial, que deve ser encabeçada por Marina Silva como candidata ao Planalto. E nesta semana também começa o horário eleitoral gratuito em rádio e TV.

O início da semana será tomado por desdobramentos da morte de Eduardo Campos. Na 2ª feira, a cúpula nacional do PSB reúne-se no Recife para discutir sua chapa para presidente da República. Na 3ª feira, a legenda deve entregar a Marina Silva documento com os compromissos assumidos pelo partido nestas eleições. Na 4ª feira, a ex-ministra deve ser confirmada candidata à Presidência da República.

Na 2ª feira, o Datafolha divulga resultado de pesquisa sobre as eleições presidenciais com o nome de Marina Silva em um dos cenários. Na 3ª feira, começa o horário eleitoral em rádio e televisão.

A presidente Dilma Rousseff, candidata à reeleição, concede entrevista ao vivo nesta 2ª feira ao Jornal Nacional, da TV Globo, no Palácio da Alvorada. Na 3ª feira, faz campanha em Porto Velho e deve visitar as obras das usinas hidrelétricas de Santo Antônio e Jirau. Na 4ª feira, Dilma vai a Belo Horizonte e, no sábado, participa de eventos de campanha em Porto Alegre.

Aécio Neves, candidato do PSDB a presidente, visita nesta 2ª feira a UPP Santa Marta, no Rio. Na 3ª feira, faz campanha em Dourados (MS) e Cuiabá e, na 4ª feira, participa de encontro de sindicatos em São Paulo. Na 5ª feira, o tucano faz campanha em Natal e Pombal (PB). No dia seguinte, vai a Uberlândia (MG) e, no sábado, participa de eventos de campanha em Salvador e Iguatu (CE).

A TV Bandeirantes realiza os primeiros debates entre os candidatos a governador. Na 3ª feira, com os nomes em disputa pelos governos do Rio de Janeiro e do Distrito Federal e, no sábado, com os candidatos em São Paulo.

Eis, a seguir, o drive político da semana. Se tiver algum reparo a fazer ou evento a sugerir, escreva para frpolitica@gmail.com. Atenção: esta agenda é uma previsão. Os eventos podem ser cancelados ou alterados.

 

2ª feira (18.ago.2014)
Dilma no Jornal Nacional – presidente Dilma Rousseff é entrevistada pelo Jornal Nacional, da TV Globo, no Palácio do Alvorada. A entrevista teria sido na quarta-feira (13.ago.2014), mas nessa data morreu Eduardo Campos e tudo foi adiado.

Aécio no Rio – Aécio Neves, candidato do PSDB a presidente, visita a UPP Santa Marta, no Rio.

Jorge em SP – Eduardo Jorge, candidato do PV a presidente da República, é entrevistado pelo jornal “O Estado de S.Paulo”.

Pesquisa Datafolha – instituto divulga resultado de pesquisa sobre as eleições presidenciais. Questionário pergunta quem o PSB deveria indicar como candidato a presidente e coloca o nome de Marina Silva em um dos cenários.

PSB decide seu futuro – cúpula nacional do PSB reúne-se no Recife para discutir sua chapa para presidente da República.

Candidatura de Paulo Câmara – Renata Campos, viúva de Eduardo Campos, participa de reunião com Paulo Câmara, candidato do PSB ao governo de Pernambuco, para confirmar o apoio à sua campanha.

Skaf e a educação – Paulo Skaf, candidato do PMDB ao governo de SP, acompanha apresentação de estudantes da Olimpíada do Conhecimento, na escola Senai Suíço-Brasileira, em SP, às 15h.

Padilha na Gazeta – Alexandre Padilha, candidato do PT ao governo de SP, participa do programa A Hora do Voto, da TV Gazeta.

Mauro Paulino, do Datafolha, no Roda Viva – programa Roda Viva, da TV Cultura, entrevista Mauro Paulino, diretor do Datafolha, para analisar os cenários eleitorais mostrados nas pesquisas. Às 22h.

Jornais reunidos – Associação Nacional de Jornais realiza o 10° Congresso Brasileiro de Jornais. Evento deve reunir 600 profissionais no WTC Events Tower, em SP. Até 3ª feira (19.ago.2014).

Economia – FGV divulga o IACE (Indicador Antecedente Composto da Economia) e o ICCE (Indicador Coincidente Composto da Economia).

 

3ª feira (19.ago.2014)
Dilma em Rondônia – presidente Dilma Rousseff faz campanha em Porto Velho e deve visitar as obras das usinas hidrelétricas de Santo Antônio e Jirau.

Aécio no Centro-Oeste – Aécio Neves, candidato do PSDB a presidente, faz campanha em Dourados (MS) e Cuiabá.

PSB e Marina – legenda deve entregar a Marina Silva documento com os compromissos assumidos pelo partido nestas eleições. Texto servirá de base para cobrar da ex-ministra respeito aos acordos firmados.

Everaldo no Jornal Nacional – Pastor Everaldo, candidato do PSC a presidente, é entrevistado pelo Jornal Nacional, no Rio. Entrevista teria sido no dia 14.ago.2014, mas foi tudo adiado por causa da morte de Eduardo Campos.

Horário eleitoral – início do horário eleitoral em rádio e televisão.

Missa para Eduardo – Catedral de Brasília realiza missa de 7º Dia pela morte de Eduardo Campos, Pedro Valadares, Carlos Percol, Marcelo Lyra, Alexandre Severo e os pilotos Marcos Martins e Geraldo Cunha. Às 12h15.

Eleições no DF e no Rio – TV Bandeirantes realiza debates entre candidatos a governador do Distrito Federal e do Rio.

Skaf na Globo – Paulo Skaf, candidato do PMDB ao governo de SP, é entrevistado pelo SPTV 2ª edição, da TV Globo.

STF julga políticos – 1ª Turma do Supremo Tribunal Federal analisa inquéritos contra o deputado Bernardo Santana de Vasconcellos (PR-MG), o senador Lindberg Farias (PT-RJ) e o senador licenciado Ivo Cassol (PP-RO). 2ª Turma analisa inquéritos contra os deputados João Lyra (PSD-AL), Augusto Coutinho (SDD-PE) e Jânio Natal (PRB-BA).

FHC no Rio – ex-presidente Fernando Henrique Cardoso apresenta palestra sobre política na Academia Brasileira de Letras, no Rio, no ciclo “Novos olhares”.

Inflação – FGV divulga o IPC-S Capitais.

Serviços – IBGE apresenta resultado de sua Pesquisa Mensal de Serviços.

 

4ª feira (20.ago.2014)
Marina e a Presidência – PSB deve anunciar Marina Silva como candidata do partido à Presidência da República.

Pedro Ladeira/Folhapress - 17.ago.2014

Dilma em Minas – presidente Dilma Rousseff comanda formatura de alunos do Pronatec em Belo Horizonte.

Aécio em SP – Aécio Neves, candidato do PSDB a presidente, participa de encontro de sindicatos em São Paulo.

Everaldo em SP – Pastor Everaldo, candidato do PSC a presidente, é entrevistado pelo jornal “O Estado de S.Paulo”.

Luciana em SP – Luciana Genro, candidata do PSOL a presidente, participa de ato da Frente de Solidariedade ao MTST e à Luta por Moradia, no vão livre do MASP.

Padilha no interior – Alexandre Padilha, candidato do PT ao governo de SP, faz campanha em Franca e São Carlos, no interior paulista.

Homenagem a Campos – Senado realiza sessão especial em homenagem a Eduardo Campos.

Vargas e Argôlo – Conselho de Ética da Câmara vota parecer do deputado Júlio Delgado (PSB-MG), relator do processo contra o deputado André Vargas (sem partido-PR), e dá andamento ao processo contra o deputado Luiz Argôlo (SDD-BA).

Petrobras – CPI Mista da Petrobras colhe depoimento de Carlos Cesar Borromeu de Andrade, gerente jurídico internacional da estatal, e Pedro Aramis de Lima Arruda, diretor de Segurança Empresarial da empresa.

Ferrovias – ocorre em Brasília o evento “VI Brasil nos Trilhos”, sobre perspectivas de desenvolvimento do setor ferroviário nacional.

Economia – Fiesp e Ciesp divulgam Revisão do Cenário Econômico do primeiro semestre.

Inflação – IBGE divulga o IPCA-15.

 

5ª feira (21.ago.2014)
Aécio no Nordeste – Aécio Neves, candidato do PSDB a presidente, faz campanha em Natal. Em seguida, viaja para Pombal (PB).

Padilha na Globo – Alexandre Padilha, candidato do PT ao governo de SP, é entrevistado pelo SPTV 2ª edição, da TV Globo.

Candidaturas – último dia para os pedidos de registro de candidatura serem julgados pela Justiça Eleitoral.

Voto em trânsito – último dia para eleitores se habilitarem a votar em trânsito para presidente. Quem estiver fora do seu domicílio eleitoral pode votar em capitais ou cidades com mais de 200 mil eleitores.

Indústria – FGV divulga a prévia da Sondagem da Indústria.

Emprego – IBGE apresenta resultado da Pesquisa Mensal de Emprego.

 

6ª feira (22.ago.2014)
Aécio em Minas – Aécio Neves, candidato do PSDB a presidente, faz campanha em Uberlândia (MG).

Luciana em SP – Luciana Genro, candidata do PSOL a presidente, é entrevistada pelo jornal “O Estado de S.Paulo”.

Economia – Banco Central divulga relatório sobre as contas externas do país em julho.

Inflação – FGV divulga o Indicador de Expectativa de Inflação dos Consumidores.

Literatura – começa em SP a 23ª Bienal Internacional do Livro.

 

Sábado (23.ago.2014)
Dilma no Rio Grande do Sul – presidente Dilma Rousseff faz campanha em Porto Alegre.

Aécio no Nordeste – Aécio Neves, candidato do PSDB a presidente, participa de eventos de campanha em Salvador e Iguatu (CE).

Governo de SP – TV Bandeirantes realiza debate entre os candidatos ao governo de SP.

Candidato do PSB – último dia do prazo para a coligação PSB-PPS-PRP-PPL-PHS-PSL protocolar o perdido do registro da sua nova candidatura à Presidência.

Hackers e eleições – Transparência Brasil e Google reúnem 48 programadores em hackaton sobre eleições.

Márlon em SP – juiz Márlon Reis, um dos idealizadores da Lei da Ficha Limpa, participa da Bienal do Livro com sua obra “O Nobre Deputado”. O texto apresenta um deputado federal fictício disposto a revelar os bastidores da corrupção eleitoral.

 

 

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Dilma tem rejeição recorde para esta fase da campanha
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Fernando Rodrigues

O principal problema para Dilma Rousseff não é a sua taxa de intenção de votos estar em 36%, mas o fato de ela não conseguir se livrar a alta taxa de rejeição ao seu governo, agora em 29%, segundo a pesquisa do Datafolha dos dias 15-16.jul.2014.

Mesmo Lula, enfrentando o rescaldo do mensalão, em 2006, tinha uma rejeição menor ao seu governo nesta época da campanha –de 21%, em 17 e 18 de julho daquele ano.

Quando se trata da rejeição pessoal, Dilma é descartada por 35% dos eleitores. É uma taxa, para este momento da campanha, mais alta do que a de todos os outros candidatos a presidente vencedores em todas as eleições desde 1994.

Datafolha-Rejeicao-11-16jul2014

Em 2010, Dilma era rejeitada nesta fase da campanha por 20% dos eleitores.

Em 2006, a taxa de rejeição a Lula (não ao seu governo) era de 31%. Em 2002, o petista era descartado por 32%.

O tucano Fernando Henrique Cardoso, no início de julho em 1994 e 1998, tinha taxas de rejeição de 16% e 21%, respectivamente.

É necessário registrar que a presidente Dilma tem feito um grande esforço de marketing nas últimas semanas. A pesquisa Datafolha foi realizada em meio a uma super exposição da petista, recebendo mais de uma dezena de chefes de Estado em Brasília –fazendo o papel de “rainha”, como costuma dizer seu marqueteiro, João Santana.

Nas semanas anteriores, o país viveu em regime de semiferiado, com a Copa do Mundo alegrando a todos.

Mas o mau humor contra Dilma não passa. Basta olhar para o gráfico embedado acima neste post para perceber que a presidente nunca se recuperou do baque das manifestações de junho de 2013.

É bem verdade que os outros candidatos que são adversários diretos da petista também não apresentam um desempenho muito positivo, longe disso.

Mas quando se observa a taxa de rejeição aos demais a situação é prospectivamente mais confortável que a de Dilma. O tucano Aécio Neves é rejeitado por 17%. Eduardo Campos, do PSB, tem uma taxa de rejeição de 12%. Os dois opositores têm, em tese, mais espaço disponível para garimpar votos.

Em resumo, Dilma lidera, mas sua situação está longe de ser tão tranquila como desejaria o PT e o marketing da campanha a esta altura.

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Poder e Política na semana – 14 a 20.jul.2014
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Fernando Rodrigues

Acabou a Copa do Mundo e nesta semana o Brasil recebe diversos chefes de Estado para encontro dos Brics e da Unasul. Na economia, destaque para o Banco Central que anuncia a nova taxa básica de juros, a Selic.

A presidente Dilma Rousseff reúne-se nesta 2ª feira com Vladimir Putin, presidente da Rússia, no Palácio do Planalto. Na 3ª feira, comanda em Fortaleza a 6ª Cúpula dos Brics, com Putin e Xi Jinping, presidente da China, Jacob Zuma, presidente da África do Sul, e Narendra Modi, primeiro-ministro da Índia. Na 4ª feira, Dilma recebe Modi para audiência do Palácio da Alvorada e comanda encontro dos chefes de Estado dos países dos Brics com presidentes de países da Unasul, no Palácio do Itamaraty. Na 5ª feira, reúne-se em audiência particular com Jinping, no Planalto.

Joseph Blatter, presidente da Fifa, divulga nesta 2ª feira balanço da Copa do Mundo do Brasil, em coletiva de imprensa no Rio com Aldo Rebelo, ministro do Esporte, José Maria Marin, presidente da CBF, e Jérôme Valcke, secretário-geral da Fifa.

UOL, “Folha”, SBT e rádio Jovem Pan sabatinam Eduardo Campos, candidato do PSB a presidente da República, na 3ª feira, em SP. No dia seguinte, é a vez de Aécio Neves, candidato do PSDB. Dilma disse ter intenção de participar, mas não disse ainda em qual data.

Na 4ª feira, o Comitê de Política Monetária do Banco Central anuncia a nova taxa básica de juros, a Selic, no momento em 11% ao ano. A expectativa do mercado é a manutenção da taxa no mesmo patamar.

Na 3ª e na 4ª feira o Datafolha vai a campo fazer pesquisa nacional sobre eleições presidenciais, organização da Copa do Mundo e comando da seleção brasileira de futebol. Nesse mesmo levantamento, o Datafolha vai sondar a intenção de voto sobre as eleições para governador em São Paulo e no Rio.

Na 6ª feira, Aécio viaja a Queimados, no Rio, para ato de pemedebistas do movimento “Aezão”, que defende o tucano para presidente e Luiz Fernando Pezão (PMDB) para governador do Estado.

Também na 6ª feira, Dilma deve tirar uma última casquinha da Copa do Mundo e pode se reunir com o chamado movimento Bom Senso F.C., que pede mudanças na gestão do futebol do país. Sobre os efeitos político-eleitorais de outras derrotas da seleção brasileira, o Blog publicou post a respeito com comparações históricas.

Na manhã de sábado, Campos participa de ato da campanha de Benedito de Lira (PP) ao governo de Alagoas, que tem como vice Alexandre Toledo (PSB). À tarde, vai a debate sobre a bacia do Rio São Francisco em Juazeiro, na Bahia.

Eis, a seguir, o drive político da semana. Se tiver algum reparo a fazer ou evento a sugerir, escreva para frpolitica@gmail.com. Atenção: esta agenda é uma previsão. Os eventos podem ser cancelados ou alterados.

 

2ª feira (14.jul.2014)
Dilma e Putin – presidente Dilma Rousseff recebe Vladimir Putin, presidente da Rússia, no Palácio do Planalto. Entre os temas em pauta, a organização da Copa do Mundo, que em 2018 será realizada na Rússia.

Brics em Fortaleza6ª Cúpula dos Brics (grupo composto por Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul) em Fortaleza. Encontro será aberto com reunião dos presidentes dos Bancos Centrais e ministros de Comércio Exterior e da Fazenda dos 5 países. A cúpula termina na 4ª feira (16.jul.2014) e deve anunciar a criação de um novo banco de desenvolvimento, o “Banco dos Brics”. Empresários e organizações civis das nações envolvidas realizam encontros paralelos.

Balanço da Copa – Fifa e Comitê Organizador Local divulgam balanço da Copa do Mundo no Brasil. Participam da coletiva de imprensa Joseph Blatter, presidente da Fifa, Aldo Rebelo, ministro do Esporte, José Maria Marin, presidente da CBF, Ronaldo, membro do Comitê Organizador Local, e Jérôme Valcke, secretário-geral da Fifa. No Maracanã, no Rio.

Campanha de Dilma – coordenadores da campanha da presidente Dilma Rousseff à reeleição reúnem-se em Brasília.

Presidência do STF – ministro Joaquim Barbosa, presidente do Supremo Tribunal Federal –que adiou a sua aposentadoria para 6 de agosto–, entra em férias até 31 de julho. Nesse período, o ministro Ricardo Lewandowski, atual vice-presidente da Corte, assume o comando do Tribunal.

Psique da seleção – Regina Brandão, psicóloga da seleção brasileira, é entrevistada no programa Roda Viva, da TV Cultura. Às 22h.

Conselhos populares – Câmara realiza esforço concentrado. Na pauta do plenário, está a votação de decreto legislativo que suspende os efeitos do decreto da presidente Dilma Rousseff sobre a criação dos conselhos populares.

 

3ª feira (15.jul.2014)
Brics em Fortaleza – presidente Dilma Rousseff reúne-se com os presidentes da Rússia (Vladimir Putin), China (Xi Jinping) e África do Sul (Jacob Zuma) e o primeiro-ministro da Índia (Narendra Modi) em Fortaleza na 6ª Cúpula dos Brics.

Sergei Karpukhin/Reuters - 5.set.2013

Dilma Rousseff, Manmohan Singh (ex-primeiro-ministro da Índia), Vladimir Putin (presidente da Rússia), Xi Jinping (presidente da China) e Jacob Zuma (presidente da África do Sul) em encontro dos Brics na Rússia, em 5.set.2013

Sabatina com CamposUOL, “Folha”, SBT e rádio Jovem Pan sabatinam Eduardo Campos, candidato do PSB a presidente da República. Às 11h, no Teatro Folha em SP, com transmissão ao vivo.

Taxa Selic – Comitê de Política Monetária do Banco Central reúne-se para definir a nova taxa básica de juros, a Selic, hoje em 11% ao ano. A reunião termina na 4ª feira (16.jul.2014).

Congresso e os vetos – sessão do Congresso Nacional vota 21 vetos totais ou parciais da presidente Dilma Rousseff a projetos aprovados pelo Legislativo. Entre eles, ao texto que estabelece novas regras para a criação de municípios e a trechos da minirreforma eleitoral.

Pesquisas – Datafolha vai a campo fazer pesquisa nacional sobre eleições presidenciais, organização da Copa do Mundo e comando da seleção brasileira de futebol e pesquisas estaduais sobre as eleições em São Paulo e no Rio. Até 4ª feira (16.jul.2014).

Padilha e empresários – Lide (Grupo de Líderes Empresariais) realiza seminário sobre propostas para o governo de São Paulo com Alexandre Padilha, candidato do PT ao Palácio dos Bandeirantes.

Vargas e Argôlo – Conselho de Ética da Câmara colhe depoimento de testemunhas no processo contra o deputado André Vargas (sem partido-PR) e dá andamento ao processo contra o deputado Luiz Argôlo (SDD-BA).

Trabalho escravo – Comissão Mista do Congresso analisa emendas a projeto de lei que estabelece a expropriação de propriedades rurais e urbanas onde for constatada a prática de trabalho escravo.

Trabalho doméstico – Comissão Mista do Congresso analisa emenda a projeto de lei que regulamenta os direitos de empregados domésticos.

Orçamento – Comissão Mista de Orçamento vota relatório preliminar da Lei de Diretrizes Orçamentárias de 2015.

Alianças do PMDB – bancada do PMDB no Congresso reúne-se para fazer balanço das alianças nos Estados.

Voto em trânsito – abertura do prazo para o eleitor que está fora do seu domicílio eleitoral e deseja votar em trânsito habilitar-se perante a Justiça Eleitoral. Nessa modalidade, é possível votar apenas para presidente, em municípios com mais de 200 mil eleitores.

 

4ª feira (16.jul.2014)
Dilma e Modi – presidente Dilma Rousseff reúne-se com o primeiro-ministro da Índia, Narendra Modi, no Palácio da Alvorada.

Brics e latinos em Brasília – presidente Dilma Rousseff comanda encontro de chefes de Estado dos países dos Brics com presidentes de países da Unasul. No Palácio do Itamaraty, em Brasília.

Jinping no Congresso – Xi Jinping, presidente da China, participa de sessão solene do Congresso Nacional sobre os 40 anos de relações diplomáticas entre o Brasil e o país asiático.

Sabatina com AécioUOL, “Folha”, SBT e rádio Jovem Pan sabatinam Aécio Neves, candidato do PSDB a presidente da República. Às 11h, no Teatro Folha em SP, com transmissão ao vivo.

Luciana e a OAB – Luciana Genro, candidata do PSOL a presidente da República, reúne-se com Marcus Vinicius Furtado Coêlho, presidente do Conselho Federal da Ordem dos Advogados do Brasil. Em Brasília.

Taxa Selic – Comitê de Política Monetária do Banco Central anuncia no final do dia a nova taxa básica de juros, a Selic, no momento em 11% ao ano. A expectativa do mercado é a manutenção da taxa no mesmo patamar.

Aumento para juízes e promotores – plenário do Senado realiza 5ª sessão de discussão e pode votar em 1º turno a PEC 63/2013, que estabelece o pagamento de adicional por tempo de serviço a juízes e membros do Ministério Público.

Propaganda eleitoral – ministro Dias Toffoli, presidente do Tribunal Superior Eleitoral, conduz audiência pública com representantes dos partidos e das emissoras de rádio e televisão e define o tempo do horário eleitoral gratuito de cada coligação. Em Brasília.

Petrobras – CPI Mista da Petrobras vota a quebra de sigilos fiscal, telefônico e telemático do doleiro Alberto Youssef e de Paulo Roberto Costa, ex-diretor de Refino e Abastecimento da estatal.

Comércio – IBGE divulga pesquisa mensal sobre o comércio.

Inflação – FGV divulga o IGP-10.

Indústria nos EUA – Banco Central dos EUA divulga índice da produção industrial do país.

 

5ª feira (17.jul.2014)
Dilma e Jinping – presidente Dilma Rousseff recebe Xi Jinping, presidente da China, no Palácio do Planalto.

Durão Barroso no Brasil – José Manuel Durão Barroso, presidente da Comissão Europeia, inicia visita oficial ao Brasil. Ele permanece no país até 2ª feira (21.jul.2014).

Congresso em recesso – Congresso Nacional entra em recesso branco até o dia 1º de agosto.

Serviços – IBGE divulga pesquisa mensal sobre o setor de serviços.

 

6ª feira (18.jul.2014)
Aezão – Aécio Neves, candidato do PSDB a presidente, participa em Queimados, no Rio, de ato de pemedebistas do movimento “Aezão”, que defende o tucano para presidente e Luiz Fernando Pezão (PMDB) para governador do Estado.

Padilha e Lula em campanha – Alexandre Padilha, candidato do PT ao governo de SP, faz caminhada no centro da capital paulista, entre o Teatro Municipal e a Praça da Sé, e vai à cerimônia de posse da nova diretoria do Sindicato dos Bancários de SP. O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva comparece aos 2 eventos.

Luciana em SP – Luciana Genro, candidata do PSOL a presidente da República, faz caminhada de campanha na Avenida Paulista, em SP.

Hackers reunidos – início da conferência “Hackers on Planet Earth”, em Nova York. Até domingo (20.jul.2014).

 

Sábado (19.jul.2014)
Campos em Alagoas e Bahia – Eduardo Campos, candidato do PSB a presidente da República, participa de ato da campanha de Benedito de Lira (PP) ao governo de Alagoas, que tem como vice Alexandre Toledo (PSB). Às 10h, em Maceió. À tarde, Campos vai a debate sobre a bacia do Rio São Francisco em Juazeiro, na Bahia.

 

Domingo (20.jul.2014)
Voos da Copa – último dia da malha viária especial da Copa do Mundo, que aumentou a frequência de alguns voos a pedido das companhias aéreas.

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Segundo turno ainda é possível, mas Dilma melhora posição
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Fernando Rodrigues

Continua a existir uma probabilidade real de ser necessário um segundo turno na disputa presidencial de 2014, mas Dilma Rousseff (PT) reduziu um pouco essa margem.

O segundo turno é obrigatório em disputas presidenciais quando ninguém obtém, pelo menos, 50% mais 1 dos votos válidos (aqueles dados aos candidatos). Quando nenhum postulante ao Planalto consegue esse desempenho, os 2 mais bem colocados fazem uma disputa final no último domingo do mês de outubro (neste ano de 2014, será no dia 26).

Há um mês, todos os candidatos de oposição somados tinham 35% contra 34% de Dilma, segundo o Datafolha. Ou seja, tinham 1 ponto percentual a mais do que a petista –havia, portanto, uma chance razoável de ser preciso um segundo turno.

Hoje, todos os nomes de oposição juntos chegam a 38%. Ocorre que Dilma também foi a 38%. Não há mais diferença entre a presidente e seus adversários. Há um empate absoluto.

Como a margem de erro da pesquisa é de 2 pontos percentuais, para mais ou para menos, há ainda chance de ser necessário um segundo turno hoje, mas esse cenário ficou um pouco menos provável na pesquisa Datafolha deste início de julho de 2014.

Datafolha-julho-chance-2o-turno

TODAS AS PESQUISAS AQUI
E não se engane com os números das pesquisas eleitorais. Só aqui neste Blog você encontra a mais completa página de pesquisas eleitorais da internet brasileira, com levantamentos de todos os institutos desde o ano 2000. É possível consultar os cenários do 1º turno de 2014 para as disputas de presidente, governador e senador e do 2° turno de 2014 para presidente e governador.

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Desafio de Dilma é manter ganho eleitoral durante a “ressaca” do pós-Copa
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Fernando Rodrigues

A pesquisa Datafolha realizada nos dias 1 e 2 de julho trouxe boas notícias para Dilma Rousseff na corrida presidencial. Ela variou de 34% para 38% em um mês e foi a candidata com melhor desempenho nos últimos 30 dias (leia os números gerais no gráfico ao final deste post).

A petista parece ter se beneficiado do clima positivo que se instalou no país com a Copa do Mundo de Futebol da Fifa, uma megaevento inédito para o Brasil.

Mas a Copa do Mundo vai acabar. As propagandas estatais autolaudatórias também terão de sair do ar agora neste segundo semestre de 2014. Centenas de milhares de estrangeiros vão embora do Brasil daqui a duas semanas.

Haverá uma certa ressaca pós-Copa. Os estádios agora lotados serão frequentados por plateias mais minguadas. Por exemplo, quantos torcedores terá um confronto entre Internacional X Chapecoense no Beira-Rio durante a retomada do Campeonato Brasileiro? Ou Botafogo X Criciúma no Maracanã?

Embora a pesquisa Datafolha tenha mostrado uma melhora geral no humor dos brasileiros, basta olhar os indicadores econômicos para notar que não houve fatos relevantes que sustentem uma inversão total de expectativas.

Também é necessário lembrar que no período pré-Copa o mau humor geral que havia se instalado no país não derivava (como quer fazer crer o PT) apenas da mídia. O Brasil está, tudo indica, crescendo menos do que no ano passado.

A pergunta agora, portanto, é a seguinte: passado o fato gerador do atual clima positivo (a Copa), como será o desempenho de Dilma Rousseff? Até porque, neste mês de julho e até quase o final de agosto o governo não mais pode fazer propagandas para se autopromover –e ainda não estarão no ar os comerciais eleitorais.

Há um deserto de aproximadamente 30 dias a ser atravessado por Dilma Rousseff e pelos demais candidatos.

Se a presidente se mantiver no patamar em que está, o marketing poderá ajudar muito a partir do final de agosto. Mas até lá é quase só com ela.

O ponto de interrogação vale também para os candidatos de oposição: como vão fazer para aparecer e melhorar seus desempenhos, muito inferiores ao de Dilma? É um mistério.

Datafolha-1-2julho2014

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E não se engane com os números das pesquisas eleitorais. Só aqui neste Blog você encontra a mais completa página de pesquisas eleitorais da internet brasileira, com levantamentos de todos os institutos desde o ano 2000. É possível consultar os cenários do 1º turno de 2014 para as disputas de presidente, governador e senador e do 2° turno de 2014 para presidente e governador.

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Aécio fica à frente de Dilma e Campos entre eleitores que conhecem os 3
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Fernando Rodrigues

grupo ainda é pequeno: só 20% conhecem os 3 concorrentes, diz Datafolha

Este é apenas um exercício para ajudar a compreender como o cenário sucessório ainda é volúvel. Quando se isolam na pesquisa Datafolha os eleitores que dizem conhecer “muito bem” ou “um pouco” os 3 principais concorrentes, o resultado é o seguinte: Aécio Neves (PSDB) lidera com 29%, Dilma Rousseff (PT) tem 23% e Eduardo Campos (PSB) fica com 14%.

É importante notar que esse universo de eleitores é pequeno: só 20% dos eleitores brasileiros dizem conhecer muito bem ou um pouco os 3 principais concorrentes ao Planalto.

A margem de erro fica em 3 pontos percentuais, para mais ou para menos.

Também é relevante considerar que quando o grau de conhecimento dos candidatos for bem alto para todos (em meados de setembro), nada garante que os percentuais apurados agora sejam replicados para o universo completo do eleitorado.

Mesmo com todas essas ressalvas, chama a atenção a estratificação com os eleitores apenas do Estado de São Paulo. Isso foi possível porque houve uma amostra grande na pesquisa realizada nos dias 4 e 5 de junho pelo Datafolha, que também aferiu a intenção de votos entre os paulistas sobre a disputa pelo governo local.

Em solo bandeirante e entre os que conhecem os 3 principais candidatos, Aécio Neves tem 33%. Dilma Rousseff e Eduardo Campos ficam empatados em segundo lugar, com 17% cada um. Nesse caso, a margem de erro sobe para 4 pontos percentuais.

Eis os números (clique na imagem para ampliar):

Datafolha-3-conhecidos-5-6jun2014

O Datafolha fez uma estratificação desse tipo em abril de 2014. À época, havia um empate triplo entre Dilma, Aécio e Campos. Seria um erro fazer uma comparação do atual levantamento com o de abril, pois os universos são diferentes. Em abril, 17% diziam conhecer os 3 principais candidatos. Agora, são 20%.

Este Blog mantém a mais completa página de pesquisas eleitorais da internet brasileira, com levantamentos de todos os institutos desde o ano 2000. Também é possível ver em tabelas detalhadas os cenários do 1º turno de 2014 para as disputas de presidente, governador e senador.

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Ascensão dos nanicos empurra disputa ao 2º turno
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Fernando Rodrigues

 Pastor Everaldo (PSC) vai a 4% e entra no pelotão intermediário

O volume potencial de votos dos microcandidatos a presidente atingiu 9% na pesquisa Datafolha realizada nos dias 3, 4 e 5 de junho e publicada hoje pelo jornal “Folha de S.Paulo”.

Hoje, todos os candidatos de oposição somados têm 35%. Dilma Rousseff (PT) tem 34%. Há um empate técnico, pois a margem de erro da pesquisa é de 2 pontos percentuais, para mais ou para menos.

Ocorre que a tendência das últimas pesquisas tem sido de um estreitamento da diferença entre Dilma e seus adversários. O viés, pelo menos no momento, é de que haverá um segundo turno na disputa presidencial de 2014.

Mas é importante notar: não fossem os 6 microcandidatos que estão pontuando no Datafolha, Dilma Rousseff ainda estaria dando um passeio. Ela tem 34% contra apenas os 26% que Aécio Neves (PSDB) e Eduardo Campos (PSB) registram somados (o tucano tem 19% e o pessebista marca 7%).

O Pastor Everaldo, pré-candidato a presidente pelo PSC, chegou a 4%. Está na parte de baixo da tabela, mas já não pode ser classificado como um “nanico” clássico –no critério usado por este Blog ao longo de todas as eleições presidenciais desde 1989.

O critério da tabela a seguir é o seguinte: considera-se nanico quem teve nas urnas 2,75% ou menos dos votos válidos (mesmo percentual recebido pelo candidato Esperidião Amin, que em 1994 disputou o Planalto pelo PPR, hoje PP, e registrou 2,75%). Eis a tabela (clique na imagem para ampliar):

Nanicos-1989-2014-a

E eis a tabela com todos os pré-candidatos apresentados na disputa presidencial deste ano de 2014 (clique na imagem para ampliar):

Nanicos-2014

Como se observa, o percentual somado dos microcandidatos já chega a 9%. Sem o Pastor Everaldo, ainda sobram significativos 5%.

Um número grande de candidatos, como mostram essas tabelas, não determina necessariamente que a disputa presidencial vá ao segundo turno (o que ocorre quando nenhum dos postulantes obtém, pelo menos, 50% mais um dos votos válidos).

Em 1998, houve 12 nomes na corrida pelo Planalto, mas Fernando Henrique Cardoso (PSDB) foi reeleito no primeiro turno.

Em 2002 e 2006, a disputa teve apenas 6 e 7 candidatos, respectivamente. Mas Luiz Inácio Lula da Silva (PT) teve de enfrentar uma segunda rodada de votação para vencer. O mesmo ocorreu com Dilma Rousseff (PT), em 2010, quando a eleição teve 9 candidatos ao Planalto.

O que importa para a eleição ser decidida ou não no primeiro turno é a robustez de um número amplo das candidaturas de oposição.

Ainda não está claro que a disputa presidencial de 2014 terá, de fato, os 12 pré-candidatos anunciados. Nem muito menos que os nanicos manterão sua ascensão até outubro.

Mas para Dilma Rousseff, que continua na primeira colocação, segundo o Datafolha, sempre vai interessar um número menor de candidatos. Em tese, quando alguém desiste, seus votos são redistribuídos, mais ou menos, na mesma proporção dos apoios que os outros postulantes remanescentes têm.

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Comercial com discurso do medo foi eficaz para Dilma
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Fernando Rodrigues

Pesquisa Ibope indica que presidente pode ter estancado erosão na sua taxa de intenção de votos

Reprodução

Saiu uma pesquisa Ibope realizada nos dias 15 a 19 de maio de 2014. O resultado mostra Dilma Rousseff (PT) com 40% das intenções de voto. Em segundo lugar está Aécio Neves (PSDB), com 20%. Depois, Eduardo Campos (PSB), com 11%.

Um levantamento do Datafolha, no início de maio, mostrava um cenário semelhante: Dilma com 37%, Aécio em 20% e Eduardo Campos com 11%.

O que significa o resultado da pesquisa Ibope? Duas coisas principais.

Primeiro, que aparentemente os pré-candidatos a presidente estão se consolidando cada um no seu patamar. É uma escadinha muito parecida como todas as eleições anteriores na parte de cima da disputa: 40%, 20% e 11%

Segundo, que o “comercial do medo” (reprodução acima), narrativa usada com vigor pelos petistas em todos os níveis, teve o efeito esperado: Dilma Rousseff parece ter estancado a erosão de seus percentuais de intenção de votos.

Interessa ao PT e a Dilma manter um patamar mínimo de 35% (ou, preferencialmente, 40%, como mostra o Ibope) para atravessar confortavelmente o “deserto” de dois meses (junho e julho), quando o país estará ligado na Copa do Mundo. Em agosto, a campanha estará mais aberta nas ruas. Como o PT terá o maior tempo de propaganda em rádio e TV, o marqueteiro João Santana espera massacrar os adversários com seus comerciais.

Neste momento, como apontado nesta análise, Dilma não pode deixar nenhum voto mais se desgarrar do seu rebanho mais fiel. Foi esse o objetivo principal do comercial do medo. Por enquanto, deu certo.

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