Blog do Fernando Rodrigues

Arquivo : DEM

Petista toma painel do DEM e começa confusão na Câmara
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Fernando Rodrigues

Amaury Teixeira (PT-BA) levou embora placa com a notícia do mensalão…

…painel foi feito pelo DEM para criticar o PT.

A Liderança do DEM na Câmara fez, na tarde desta 4ª feira (27.fev.2013), um ato de crítica ao PT que quase terminou em confronto físico. O líder democrata, Ronaldo Caiado (GO), inaugurou um painel no túnel que liga a Câmara a seus anexos que mostra a capa da edição da “Folha” de 2005 que noticiou o mensalão, capas de outros veículos e fotos dos petistas condenados pelo STF por causa do escândalo.

A placa dos Democratas foi colocada em frente a fotos coladas na parede do túnel para uma exposição sobre os 33 anos do PT. Na exposição, petistas excluíram o ano de 2005. Pularam de 2004 para 2006.

O Blog filmou o momento em que Caiado tirou um lençol vermelho de cima do painel e também o momento em que o deputado Amaury Teixeira (PT-BA) passou pelo túnel e levou embora o painel dos adversários.

Simpatizantes do PT vaiaram a iniciativa do DEM. Outros presentes começaram a gritar “mensaleiro” para protestar contra a atitude de Amaury Teixeira. Em seguida, o deputado petista desafiou presentes a xingá-lo de mensaleiro sem esconder o rosto. E a confusão começou. Assessores precisaram separar os presentes para evitar uma briga.

Sobre o painel, um funcionário da Câmara filmou o momento em que os petistas guardaram o painel do DEM na sala de sua própria Liderança. O Blog teve acesso ao vídeo e o publicou aqui. A imagem abaixo é um frame do vídeo que mostra o painel sendo levado para dentro da Liderança do PT.

O Blog foi à liderança do PT, mas não pode entrar. Funcionários negaram que o painel estivesse dentro da sala. A secretária do partido tomou o celular com o qual o Blog fazia imagens. Após reclamação, devolveu o aparelho ao repórter.

A assessoria de imprensa da Liderança do PT não atendeu o Blog até a publicação deste post às 17h06 de 27.fev.2013.

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Duda e Lavareda fundem suas agências
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Fernando Rodrigues

Marqueteiros fizeram carreira e fama trabalhando para PT, PP, PSDB e DEM.

O publicitário Duda Mendonça e o cientista político Antonio Lavareda anunciaram a fusão de suas empresas, a Duda Mendonça Propaganda e a Blackninja. A nova empresa, divulgada com o nome DM/Blackninja, terá contas nos ramos de varejo, telefonia, imóveis e bebidas, segundo comunicado enviado à imprensa. Os escritórios serão em São Paulo, Pernambuco, Distrito Federal e Maranhão.

Duda foi protagonista de notícias nos principais jornais do país nos últimos anos porque foi réu no processo do mensalão –o STF o absolveu em 15.out.2012. O escândalo foi um dos desdobramentos do serviço prestado por Duda ao PT na campanha de 2002 –que levou Lula ao poder pela 1ª vez e rendeu grande reconhecimento profissional ao publicitário. Ele também já fez campanhas para Paulo Maluf (PP) e Marta Suplicy (PT). Agora, depois de absolvido, tem dito que quer sair da área política.

Já Lavareda é velho conhecido dos partidos que hoje fazem oposição ao PT. Além da Blackninja, ele possui um instituto de pesquisas, o Ipespe. Foi um dos responsáveis, em 2007, pela sugestão malsucedida da troca do nome do PFL para DEM. Para o PSDB, seu último trabalho grande foi uma pesquisa apresentada em setembro de 2011, que orientou mudanças na comunicação do partido –entre elas, voltar a destacar a imagem do ex-presidente Fernando Henrique.

O comando da DM/Blackninja será compartilhado. Enquanto Duda será presidente de criação –responsável pelas campanhas– o presidente geral da empresa será Bejamin Azevedo, da Blackninja. E Lavareda dará eventuais pitacos nos trabalhos, segundo informou a assessoria da empresa.

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Cesar Maia psicanalisa João Santana
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Fernando Rodrigues

Para ex-prefeito do Rio, marqueteiro do PT prepara saída de Dilma da disputa em 2014.

A entrevista do marqueteiro João Santana publicada ontem (26.nov.2012) pela “Folha de S.Paulo” foi comentada na edição de hoje (27.nov.2012) do ex-Blog do Cesar Maia –boletim enviado por e-mail pelo ex-prefeito de Rio de Janeiro, filiado ao DEM e opositor do PT.

Maia cita um trecho da entrevista de João Santana e, em seguida, apresenta a opinião de um “conhecido psicanalista”, sem revelar quem seria o profissional. A análise afirma que, por trás do que disse o marqueteiro, está a vontade de tirar a presidente Dilma Rousseff da disputa pela reeleição para que o ex-presidente Lula possa ser o candidato do PT a presidente.

Eis o que diz o psicanalista que Cesar Maia diz ter consultado:

“Se João Santana fosse um publicitário recém-formado, seriam ‘arroubos da juventude’. Mas um profissional maduro, que já venceu e perdeu eleições em todos os níveis e com a avaliação que o mercado lhe dá, suas palavras devem ser lidas pelo que ocultam. Os exageros em relação à Dilma apenas denotam a preocupação de Santana quanto às possibilidades dela em 2014. Porém, há outra possibilidade de ocultamento. É o que se chama de promoção para baixo nas empresas. Lendo o que não foi dito, mas oculto, se pode garantir das duas uma e, em ambas, sua preocupação com a competitividade de Dilma. Uma é tentar levantá-la junto à opinião pública, com adjetivos de imagem que nem os publicitários de Kennedy ou Clinton ousariam usar. Outra é que o verdadeiro candidato dele é Lula. E nada melhor que exaltar Dilma para que ela ‘desista’ da candidatura, orgulhosa e com a alma cheia por uma missão cumprida. Eu aposto nesta segunda hipótese. Mas há uma certeza: Dilma não faz parte do jogo dele para 2014. Repare neste trecho da resposta de Santana e entenda o que ele pensa e tenta ocultar: ‘(…) ela sabe fazer parcerias, especialmente com Lula’. Parceria, especialmente com Lula, é sair e passar, com pompas e circunstâncias, a candidatura para Lula”.

O comentário foi feito com base na seguinte fala de João Santana:

“Dilma Rousseff será candidata e vai ganhar a eleição. Provavelmente no primeiro turno. Se a eleição fosse hoje, novembro de 2012, ganharia no primeiro turno. Ela está firmando uma imagem vigorosa de grande consolidadora das políticas sociais, de ampliadora dos direitos da classe média, de reformadora moral e modernizadora do país. Está se formando a imagem de uma mulher firme, honesta, que não tem medo de tomar medidas duras. Uma mulher que não se deixa mandar. Que sabe fazer parcerias e alianças com setores importantes, especialmente com Lula. Uma presidenta que enfrenta uma das maiores crises da economia internacional sem titubear. Uma mulher de raça. Que enfrenta os bancos para abaixar os juros, as empresas de energia para abaixar a tarifa elétrica. Eu não estou inventando: estou relatando a leitura de estudos profundos de opinião”.

Filiado ao DEM, Cesar Maia despontou no passado como um dos principais analistas de conjuntura política da oposição. Foi até cotado para disputar a Presidência da República –fato recentemente lembrado por ACM Neto (DEM), prefeito eleito de Salvador, em entrevista ao “Poder e Política”, do UOL e da “Folha”. Mas, assim como seu partido, Maia decaiu e, em 2012, elegeu-se vereador no Rio de Janeiro e viu seu filho, Rodrigo Maia (DEM), perder a eleição para prefeito da cidade.

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DEM é “inimigo de classe”, diz Luciana Genro
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Fernando Rodrigues

Líder política do PSOL, ex-deputada rebate discurso conciliador de Clécio Luís, prefeito eleito de Macapá.

A ex-deputada federal Luciana Genro (PSOL-RS), uma das principais líderes do seu partido, envia carta para rebater os argumentos apresentados pelo prefeito eleito de Macapá, Clécio Luís.

Em entrevista ao “Poder e Política“, Clécio, o primeiro prefeito eleito pelo PSOL em uma capital, disse não ver erro em receber apoio de qualquer partido político, inclusive do DEM. Dependente de ajuda do governo federal, ele também não fez críticas ao governo de Dilma Rousseff. Acesse os textos e vídeos da entrevista de Clécio Luís.

Luciana Genro constestou: “Não rompemos com o PT para repetir o mesmo caminho. Por isso não aceitaremos alianças indiscriminadas com os partidos do governo Dilma, que são hoje os gerentes dos negócios do capitalismo brasileiro. Também não apresentaremos inimigos de classe como grandes aliados, como fizeram Clécio e o Senador Randolfe [Rodrigues, PSOL-AP] ao receber o apoio do líder do DEM em Macapá”.

A seguir, a íntegra da carta de Luciana Genro:

Não rompemos com o PT para repetir o mesmo caminho

Por Luciana Genro

Prezado Fernando Rodrigues,

Gostaria de fazer algumas considerações sobre a entrevista que o prefeito eleito Clécio Luís lhe concedeu no programa Poder e Política. Antes de mais nada registro minha avaliação de que o PSOL obteve uma grande vitória política e eleitoral. Nosso partido está ligado ao povo para poder cumprir seu dever de impulsionar as lutas sociais pelas demandas necessárias para melhorar a vida. Num momento em que o capitalismo encontra-se em crise e despejando sobre os trabalhadores, jovens e aposentados o peso desta crise, é decisivo avançar na mesma direção pela qual fundamos o PSOL: organizar um partido por uma nova política, conectada com as lutas anticapitalistas, independente, democrático e socialista.

Mas sempre que um partido aumenta seu peso social as pressões sobre seu rumo político aumentam. Até a classe dominante tenta incidir nas definições de sua linha estratégica. Com o crescimento do peso do PSOL, os debates sobre os rumos do partido tendem a ser tornar públicos. Vou aqui fazer um contraponto ao Prefeito Clécio porque considero que suas posições são bem minoritárias no partido. E seria muito ruim que posições minoritárias erradas apareçam como se fossem do PSOL. Não digo que foi esta a intenção do companheiro, mas se a mesma não tem um contraponto pode parecer assim.

Sobre a política de alianças do PSOL, o prefeito eleito diz que é “daqueles que defende que o PSOL deve ter uma política de reaproximação com o PC do B, com o próprio PPS, com o PV, com o PT”. Em seguida, em relação ao financiamento das campanhas, Clécio diz que a sua posição é de que “ nós podemos aceitar, sim, o financiamento, na atual conjuntura, de empresas e bancos”. Ao final, perguntado sobre uma avaliação do governo Dilma, Clécio limita-se a dizer que é uma continuidade de Lula, e mesmo diante da insistência do repórter nega-se a fazer um juízo sobre a qualidade do governo.

As três questões estão interligadas. É claro que o Prefeito tem todo o direito de propor mudanças no Estatuto e no Programa do PSOL. Mas afirmo, e tenho certeza que falo em nome da maioria da militância do PSOL , estas mudanças não passarão. Não passarão porque nós, que fundamos o PSOL, rompemos com o PT justamente por que este partido abandonou a defesa dos interesses dos trabalhadores. A reforma da previdência, cujo voto contra foi o estopim da nossa expulsão (minha, de Heloísa Helena, Babá e João Fontes), foi o ápice desta mutação do PT, que se transformou em um agente dos interesses do capital. O interesse dos bancos e empreiteiras em financiar o PT não aconteceu por acaso. Deu- se justamente por que o partido, ao ocupar prefeituras e governos estaduais, iniciou este processo de mudança de lado, consolidado ao chegar no gover no federal. Esta é a definição necessária, que Clécio não fez na sua entrevista.

Não rompemos com o PT para repetir o mesmo caminho. Por isso não aceitaremos alianças indiscriminadas com os partidos do governo Dilma, que são hoje os gerentes dos negócios do capitalismo brasileiro. Também não apresentaremos inimigos de classe como grandes aliados, como fizeram Clécio e o Senador Randolfe ao receber o apoio do líder do DEM em Macapá.

Bom exemplo dá o prefeito do PSOL eleito em Itaocara, RJ. Gelsimar Gonzaga anunciou que reduzirá o próprio salário, cortará cargos de confiança e garantirá a participação do povo em seu governo através de Conselhos Populares. A campanha do PSOL no Rio de Janeiro, onde chegamos a 30% dos votos, sem alianças espúrias e sem financiamento de empreiteiras e bancos , mostra que é possível sim uma disputa real pelo poder nas capitais sem mudar de lado.

Nossa atividade eleitoral – campanhas e eventuais vitórias – devem servir para que o PSOL demonstre o sentido da sua existência. Este sentido só é dado pela nossa prática de negação da velha política e pela construção de uma alternativa política e eleitoral que responda aos interesses da maioria do povo. Esta é a grande tarefa colocada para o PSOL, ainda mais desafiadora agora que conquistamos duas prefeituras. De minha parte aposto sempre que a influência da juventude combativa e dos trabalhadores em luta tenham peso cada vez maior nas definições estratégicas de nosso partido. Por isso sempre convido a todos estes para que participem dos comitês, núcleos e plenárias do partido, que tomem o PSOL para si, pois a participação ativa da militância é que pode assegurar um partido cada vez mais conectado com a luta anticapitalista.

Grata pela atenção, Luciana Genro.

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2012 teve 13 viradas no 2º turno
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Fernando Rodrigues

Este é o ano com o maior número de reviravoltas entre 1ª e 2ª votação…

…pesquisas indicaram chance de reviravolta em 22 cidades.

Das 50 cidades que fizeram 2º turno de suas eleições para prefeito neste domingo (28.out.2012), 13 elegeram o candidato que havia ficado em segundo lugar no 1º turno. Trata-se de um recorde de viradas. Até agora, o máximo de inversões de resultado registradas em eleições para prefeito foi 12, em 2004. Em 1996, foram 7 viradas. Em 2000, 6. E em 2008, 5.

Neste ano também houve 6 viradas significativas –aquelas em que o vitorioso recuperou uma diferença de mais de 5 pontos percentuais que o separavam do adversário no resultado do 1º turno. Essa quantidade também havia sido registrada em 2004. Em 1996, foram 5. Em 2000 e em 2008, 4 para cada ano.

O candidato que conseguiu a recuperação mais expressiva neste domingo (28.out.2012) foi Alexandre Kireeff (PSD), em Londrina (PR). Ele terminou o 1º turno com 25,3% dos votos válidos contra 45,4%  de seu adversário, Marcelo Belinati (PP) –diferença de 20,1 pontos percentuais. No segundo turno, ficou 1,1 ponto à frente e venceu.

Entre os partidos, o que mais inverteu resultados foi o PT (3 viradas), seguido por PMDB e PDT (2 viradas cada um) e PP, PSC, PSD, PV, PTC e PSOL (1 cada).

O quadro abaixo mostra os resultados do 2º turno nas cidades que tiveram mudança das posições dos candidatos em relação ao resultado do 1º turno. Clique na imagem para ampliá-la.

O Blog já publicou levantamento sobre o histórico de viradas em eleições municipais. Nas 135 disputas em segundo turno que ocorreram de 1996 a 2008, só 30 terminaram com vitória de quem havia ficado atrás no 1º turno. Com os 50 segundos turnos e as 13 viradas de 2012, esse dado passa a 185 segundos turnos com 43 viradas.

Pesquisas
Levantamento publicado pelo Blog no sábado (27.out.2012), véspera do 2º turno, mostrou que as pesquisas apontavam chance de virada em 22 das 50 votações. Em 8 delas, a virada era dada como certa, porque o candidato que havia terminado o 1º turno em 2º lugar era líder isolado. Em outras 14, havia empate técnico entre os concorrentes.

Nas 8 cidades que tinham líderes isolados, a virada ocorreu em 7. Deste grupo, só Ponta Grossa (PR) não teve reviravolta. As outras tiveram: São Paulo (SP), Belém (PA), Curitiba (PR), Porto Velho (RO), Diadema (SP), Montes Claros (MG) e Petrópolis (RJ).

Nas outras 14 cidades, só Fortaleza (CE), Macapá (AP), Londrina (PR) e Sorocaba (SP) terminaram, de fato, com uma virada. As outras 10 cidades, não. São Gonçalo (RJ) e Joinville (SC) tiveram a inversão de posições, mas as pesquisas não mostravam essa possibilidade.

A tabela abaixo mostra as pesquisas usadas pelo Blog no post de sábado e aponta quais, realmente, tiveram virada. Clique na imagem para ampliá-la.

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PSD já é o 5º com mais candidatos a vice-prefeito
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Fernando Rodrigues

Partido de Gilberto Kassab tem 740 candidatos a vice-prefeito nas eleições deste ano.

Criado no ano passado, o Partido Social Democrático já tem a 4ª maior bancada na Câmara dos Deputados. Nas eleições deste ano, o partido mostra que também tem grande infiltração na política fora do Congresso.

Levantamento do Blog indica que o PSD tem 740 candidatos a vice-prefeito em chapas encabeçadas por outros partidos para a disputa de 7 de outubro. A legenda novata de Kassab é 5ª com mais candidatos nessa condição –próxima dos tradicionais PP (820 candidatos a vice-prefeito) e PSDB (836). No topo da lista está o PMDB (1.197 candidatos a vice-prefeito), seguido pelo PT (1.208).

Mas o PSD está também em 887 chapas nas quais ocupa a vaga de candidato a prefeito com alguém de outro partido na vice. O partido é o 4º colocado no ranking dos que mais possuem cabeças de chapa mistas. O 1º lugar, de novo, está com o PMDB (1.703 candidatos a prefeito em chapas mistas), seguido por PT (1.208) e PSDB (1.170).

A seguir, uma tabela com um resumo das chapas impuras (formadas por dois partidos) nas eleições municipais deste ano:

Alianças mais comuns
Indicar um candidato a vice-prefeito numa chapa comandada por outra agremiação é um indicador do grau de flexibilidade ideológica de um partido. O PMDB é um dos mais flexíveis: foi a sigla que mais deu vices ao PT (212) e ao PSDB (166). O PT, por sua vez, foi o partido que mais aceitou ser vice do PMDB (288 vezes), seguido pelo PSDB (173 vices para peemedebistas).

Os partidos que o PSD mais apoia entrando como vice são: PMDB (153 vezes); PSDB (117 vezes); PT (92 vezes); PSB (60 vezes). Chamam atenção ainda os 45 vices que a sigla de Kassab deu para seu desafeto DEM.

O DEM, por sua vez, deu 49 vices ao PSD. E outros 27 a seu inimigo de todas as horas, o PT. Mas os partidos que mais ganharam vices do DEM foram PSDB (122) e PMDB (108).

O PSB, do governador de Pernambuco, Eduardo Campos, entrou 103 vezes como vice do PT, 100 do PMDB, 75 do PSDB e 63 do PSD.

Chapas puras
Quando se observam apenas os casos em que os partidos estão com chapas puras para prefeito (quando o titular e o vice são da mesma sigla), a liderança acaba ficando com a maior legenda do país, o PMDB. Os peemedebistas têm 680 chapas puras.

O PT vem a seguir, com 599 chapas puras. Depois vêm PSDB (475), PSOL (327), PP (320), PSB (266) e PSD (250).

A seguir, uma tabela com o número de chapas puras que os partidos têm nas eleições deste ano:

Método
O Blog usou números divulgados pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE) para fazer o levantamento. Vale lembrar que os dados não são definitivos e que a base de dados do tribunal apresenta algumas imperfeições, que não alteram os rankings de chapas por partidos, mas que geram inconsistências como um número de candidatos a vice maior que o de candidatos a prefeito.

Por exemplo: não são excluídos das estatísticas de candidaturas os candidatos que saíram ou foram retirados da disputa. Por isso pode haver um candidato associado a dois vices (ou o contrário) ou um candidato sem nenhum vice associado a ele (ou o contrário). Para constar das opções na urna, no entanto, a chapa precisa estar completa.

 

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PSDB na frente em 7 de 33 cidades
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Fernando Rodrigues

15 capitais e 18 cidades grandes têm pesquisas novas

PT tem favoritos em 5 cidades; o PSB apenas em 3

Pesquisas de intenção de voto mais recentes, realizadas em junho e julho em 33 grandes cidades, indicam uma liderança do PSDB.

Depois dos tucanos, o partido que mais tem favoritos é o PT, com 5 nomes. Em seguida, vem o PSB, com 3. Com apenas 1 favorito cada estão PTB, PSD, PSOL, PP, PMDB, PDT, DEM.

Há muitas cidades nas quais ainda não está claro o cenário, com vários candidatos embolados na disputa.

O Blog monitora os levantamentos nas cidades do G85 (26 capitais e 59 municípios com mais de 200 mil eleitores). Mas nem todas essas localidades têm ainda pesquisas recentes.

Quando se consideram os 33 grandes municípios para os quais há pesquisas mais recentes, nota-se que em 22 há um candidato favorito (aquele que lidera a pesquisa sem estar empatado com ninguém). Nas outras 11 cidades, a liderança é dividida por candidatos competitivos, mas que estão empatados.

Os quadros abaixo mostram quais cidades têm favoritos e quais têm candidatos empatados. Este Blog é o site de política mais antigo do Brasil. Desde o ano 2000 compila pesquisas eleitorais e as arquiva nesta página. Também estão disponíveis levantamentos de avaliação de popularidade de todos os presidentes brasileiros desde José Sarney. Em 2012 o Blog continua a compilação de pesquisas, já disponível aqui.

As 33 cidades analisadas pelo Blog somam 23,6 milhões de eleitores. Eles são 16,8% dos 140,5 milhões de eleitores regularizados no país, segundo dados do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) referentes a jun.2012.

Quando se leva em conta as 22 cidades que não apresentam empate nas pesquisas, é possível comparar o cenário atual dos partidos com o que podem conseguir nas eleições de 7 de outubro.

Esse grupo de 22 municípios têm 19,7 milhões de eleitores. Atualmente, o partido que controla a maior parte é o PSD (9,1 milhões). Mas o PSD se beneficia do fato de comandar, com Gilberto Kassab, a cidade de São Paulo –cujo eleitorado é de 8,6 milhões, o maior do Brasil no plano municipal.

O PT é o partido que mais governa eleitores nos 22 municípios grandes em que já há claramente um favorito para a eleição deste ano. Os petistas comandam um eleitorado de 2,5 milhões. Depois vêm PTB (2,5 milhões), PSB (2,1 milhões), PSDB (1,1 milhão), PMDB (605 mil), PV (526 mil), PP (444 mil), PDT (382 mil) e PC do B (367 mil).

Se o resultado das pesquisas atuais coincidir com o das eleições, o cenário passará ao seguinte: PSDB (10,7 milhões, incluindo São Paulo), PT (3 milhões), PSB (2,5 milhões), PSOL (1 milhão), PTB (553 mil), PDT (526 mil), PMDB (427 mil), DEM (367 mil), PSD (278 mil) e PP (224 mil).

Abaixo, lista com nomes e partidos dos prefeitos atuais das cidades do levantamento:

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Aliança PSB-PSD é a mais comum nas capitais
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Fernando Rodrigues

Siglas de Eduardo Campos e de Gilberto Kassab pavimentam caminho para futuras coligações.

Neste período pré-eleições municipais, todos os holofotes se voltam para os aliados de PT e de PSDB. Mas um aspecto não menos lateral chama a atenção nas disputas deste ano: a forte associação entre PSB e PSD, a mais comum nas capitais de Estado.

Ao todo o partido de Gilberto Kassab (PSD) e de Eduardo Campos (PSB) estão juntos em 15 das 26 capitais nas quais há eleição para prefeito neste ano (Brasília, a 27ª capital, não tem prefeito nem eleição em 2012). Ou seja, o binômio PSB-PSD é o que mais se repete no país nas principais cidades.

O levantamento do Blog foi produzido pelo repórter Fábio Brandt. Juntas, as 26 capitais tem 30,8 milhões de eleitores, o que equivale a 22% dos eleitorado brasileiro.

As 15 capitais nas quais PSD e PSB estão juntos têm um total de 17,2 milhões de eleitores –12,2% do eleitorado nacional.

A afinidade entre os dois partidos não é coincidência: sempre foi especulada a possibilidade de fusão entre o PSD, criado em 2011, e o PSB. O chefe do PSB, Eduardo Campos (também governador de Pernambuco), tem linha direta com o prefeito paulistano Gilberto Kassab.

Os partidos estão juntos em Salvador, Fortaleza, Vitória, Campo Grande, BH, Belém, João Pessoa, Recife, Curitiba, Rio, Natal, Boa Vista, Porto Alegre, Florianópolis, Aracaju.

A 2ª coligação que mais aparece no levantamento é do PSDB com o DEM: estão juntos em 13 capitais. Em seguida, aparecem PSD e PMDB (11), PSD e DEM (10), PSB e PT (10), PSD e PSDB (9). Os principais aliados da presidente Dilma Rousseff, PT e PMDB, se uniram em 8 coligações para prefeito de capital.

Acesse aqui documento em pdf (66Kb) com a lista de todas as coligações da eleição de 2012.

PT e DEM
Em nenhuma capital PT e PSDB fizeram aliança formal para eleger o prefeito. Isso quase aconteceu em Belo Horizonte, mas de última hora o PT resolveu lançar candidato próprio, o ex-ministro Patrus Ananias, e deixou de lado Márcio Lacerda (PSB), que tem o apoio do PSDB.

Petistas estão juntos com o DEM, outro de seus inimigos ferrenhos, em 2 capitais: São Luís e Boa Vista.

Na capital maranhense, a governadora Roseana Sarney (PMDB) é responsável pela aliança. Ela apoia oficialmente a candidatura do vice-governador Washington Luiz (PT) para prefeito da capital e colocou no mesmo rumo seu ex-partido (ela foi do PFL, sigla substituída pelo DEM em 2007). Na capital de Roraima, os partidos se reuniram em torno do candidato Mecias de Jesus (PRB).

Vereadores
Como os partidos não são obrigados a repetirem as coligações da eleição para prefeito nas chapas de vereadores, o quadro muda um pouco. A coligação que mais se repete nas disputas por vagas nas Câmaras Municipais é entre PSD e PSDB: 7 vezes.

Em seguida, aparecem PSD e PMDB (5), PSB e PSD (4) e PSDB e DEM (4). PT e PMDB estão juntos em 3 coligações para vereador de capital.

Abaixo, lista de capitais onde os principais partidos brasileiros estão coligados na eleição de 2012:

Prefeitos
PT e PMDB
Maceió, Manaus, Goiânia, São Luís, BH, Cuiabá, Rio, Aracaju

PT e DEM
São Luís, Boa Vista

PSDB e DEM
Rio Branco, Macapá, Salvador, Vitória, BH, Cuiabá, Teresina, Curitiba, Natal, Florianópolis, Aracaju, São Paulo, Palmas

PSDB e PMDB
Vitória, Boa Vista, Palmas

PMDB e DEM
Vitória, São Luís, Campo Grande, Palmas

PSB e PSD
Salvador, Fortaleza, Vitória, Campo Grande, BH, Belém, João Pessoa, Recife, Curitiba, Rio, Natal, Boa Vista, Porto Alegre, Florianópolis, Aracaju

PSB e PSDB
BH, Belém, Curitiba, Florianópolis

PSB e DEM
Maceió, BH, Campo Grande, João Pessoa, Curitiba, Florianópolis,

PSB e PT
Rio Branco, Macapá, Salvador, Vitória, Goiânia, Rio, Boa Vista, Aracaju, São Paulo, Palmas

PSD e PT
Maceió, Manaus, Salvador, Boa Vista, Vitória, São Luís, Rio, Boa Vista, Aracaju

PSD e PMDB
Rio Branco, Maceió, Manaus, Macapá, Palmas, Fortaleza, São Luís, Campo Grande, Recife, Rio, Aracaju, Palmas

PSD e PSDB
Palmas, Goiânia, BH, Belém, Teresina, Curitiba, Porto Velho, Florianópolis, São Paulo

PSD e DEM
Palmas, São Luís, BH, Campo Grande, João Pessoa, Teresina, Curitiba, Boa Vista, Florianópolis, São Paulo

Vereadores
PT e PMDB
Goiânia, BH, Aracaju

PSDB e DEM
Salvador, Curitiba, Natal, São Paulo
PSDB e PMDB
Vitória, Palmas

PMDB e DEM
São Luís

PSB e PSD
Vitória, Recife, Curitiba, Aracaju

PSB e PSDB
Curitiba

PSB e DEM
Campo Grande, Curitiba

PSB e PMDB
Recife

PSB e PT
Boa Vista, São Paulo, Palmas

PSD e PT
Salvador

PSD e PMDB
Rio Branco, Maceió, Macapá, Recife, Palmas

PSD e PSDB
Goiânia, Belém, Teresina, Curitiba, Porto Velho, São Paulo, Palmas

PSD e DEM
São Paulo, Curitiba

 

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Recife: Costa (PT) 34% x 24% Mendonça (DEM)
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Fernando Rodrigues

Pesquisa do Instituto Opinião sobre a eleição para prefeito do Recife mostra o senador Humberto Costa (PT) como líder da disputa. Ele tem a preferência de 34,4% dos eleitores contra 24% do 2º colocado, o deputado federal Mendonça Filho (DEM).

A pesquisa mostra em 3º lugar Daniel Coelho (PSDB), com 9,5%. Geraldo Júlio (PSB) tem 4,1%. Também foram citados pelos eleitores Esteves Jacinto (PRTB), com 1,7%; Edna Costa (PPL), com 1%; Roberto Numeriano (PCB), com 0,7%; e Jair Pedro (PSTU), com 0,4%.

Dos mil eleitores ouvidos pelo Instituto Opinião em 4 e 5.jul.2012, 11,7 disseram que votarão em branco ou anularão o voto. Os indecisos são 12,5% do total. A pesquisa está registrada no TRE-PE com o nº 00037/2012 e tem margem de erro de 3,1 pontos percentuais para mais ou para menos.

Os dados foram divulgados hoje pelo Blog do Magno Martins, parceiro do Opinião na realização da pesquisa.

O dados dessa pesquisa em Recife podem acirrar um pouco mais as relações entre as direções nacionais do PT e do PSB. Como se sabe, o PT e o PSB romperam em Recife.

Os dados desta e de outras pesquisas sobre a eleição para prefeito do Recife em 2012 estão disponíveis aqui. Este Blog é o site de política mais antigo do Brasil. Desde o ano 2000 compila pesquisas eleitorais e as arquiva nesta página, que também disponibiliza levantamentos de avaliação de popularidade de todos os presidentes brasileiros desde José Sarney.

 

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PSD de Kassab sofre revés sobre tempo de TV
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Fernando Rodrigues

Procurador-Geral rejeita tese denova legenda pode ter mais dinheiro do Fundo Partidário

O PSD (Partido Social Democrático), criado e liderado pelo prefeito de São Paulo, Gilberto Kassab, acaba de sofrer um forte revés no processo para obter dinheiro do Fundo Partidário e tempo de rádio e de TV como se fosse uma agremiação de médio porte.

O Procurador-Geral Eleitoral, Roberto Gurgel, concluiu seu parecer a respeito do acesso que o PSD pleiteia ao Fundo Partidário. Aqui, a íntegra do parecer de Gurgel (881 Kb).

Segundo nota que acaba de ser divulgada pelo DEM –arqui-inimigo do PSD– Gurgel refutou a argumentação da legenda de Kassab.

Eis a nota do DEM:

“Em parecer proferido hoje, 09, pelo Procurador-Geral Eleitoral, Roberto Gurgel, o Partido Social Democrático (PSD) não terá direito à parcela do fundo partidário e nem ao tempo de TV proporcionais à sua bancada. O parecer do Procurador não acolheu nenhuma das argumentações apresentadas pelo PSD. A tese da ‘portabilidade dos votos proporcionais’ foi afastada pela Procuradoria, seguindo a mesma linha, aliás, das impugnações apresentadas pelos partidos políticos ao pedido do PSD. Para a PGE, ‘a representação [partidária], para efeito do direito pleiteado, é aquela decorrente da disputa eleitoral, da qual haja o partido político participado regularmente’, não sendo esse o caso do PSD, que ainda não participou de nenhuma eleição para a Câmara dos Deputados”.

Ou seja, tudo considerado, fica um pouco mais difícil para que o PSD de Kassab tenha sucesso no julgamento que deve ocorrer no TSE (Tribunal Superior Eleitoral) até o mês de maio. Não é impossível que os ministros da Justiça Eleitoral votem de maneira contrária ao Procurador-Geral, mas as coisas vão ficando mais difíceis para o prefeito de São Paulo.

Um problema a ser anotado é a incongruência que as regras eleitorais vão apresentando, de maneira recorrente. O Supremo Tribunal Federal tomou uma decisão em2007 arespeito de fidelidade partidária. Nesse julgamento, disse considerar legítimo que um político saísse da legenda pela qual se elegeu para formar uma nova agremiação –o deputado, vereador etc. poderiam levar consigo o mandato.

Agora, ao que tudo indica, a decisão será mais ou menos assim: pode formar um partido, mas terá de ir quase pelado, desprovido de votos –pois mesmo os votos nominais recebidos pelo político terão de ficar com o partido anterior (para efeito de distribuição de Fundão Partidário e dos tempos de rádio e de TV).

As regras eleitorais brasileiras podem ser tudo, menos claras.

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