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Record cancela debate em SP
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Fernando Rodrigues

As campanhas de Fernando Haddad (PT) e de José Serra (PSDB) a prefeito de São Paulo acertaram ontem (16.out.2012) o cancelamento do debate que fariam na TV Record no dia 22.

A razão do cancelamento foi o fato de a emissora propor o início do debate em torno das 23h00. PT e PSDB consideraram essa uma faixa de pouca audiência e que nada acrescentaria às campanhas.

Dessa forma, com o cancelamento no evento na Record, restarão 3 debates no segundo turno paulistano: TV Bandeirantes (amanhã, dia 18), SBT/UOL (24) e Globo (26).

No primeiro turno, a Record também não realizou debate.

Além do cancelamento do debate na Record, já tinham sido descartados outros encontros como os propostos pelas emissoras RedeTV!, Cultura e Gazeta. Também foi vetado por PT e PSDB o debate Folha/UOL, que seria realizado pela internet e teria um formato diferente, sem tempos rígidos para perguntas e respostas –e seria no horário nobre da web, às 11h da manhã do dia 25.

O formato dos debates será engessado, segundo o acordo entre as campanhas e imposto às emissoras. O tempo será cronometrado. Jornalistas não terão direito a réplica quando fizerem perguntas aos candidatos.

O mais arejado dos 3 debates deve ser o do SBT em parceria com o UOL. Primeiro, porque começará às 18h (quando a audiência flutua em torno de 10 pontos no Ibope). Segundo, porque serão usadas perguntas enviadas por internautas.

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Viradas como a de SP são mais comuns
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Fernando Rodrigues

O 2º colocado passa o 1º quando a diferença foi pequena entre ambos no primeiro turno…

…mas inversão é sempre rara: Brasil já teve 135 segundos turnos e só em 30 houve viradas

Cidade de São Paulo nunca teve uma virada em toda a sua história eleitoral

A pesquisa Datafolha que inverte as posições de Fernando Haddad (PT) e José Serra (SPDB) na disputa pela Prefeitura de São Paulo mostra ser possível haver uma virada na capital paulista. Será um fato inédito se ocorrer no dia 28 de outubro: nunca um candidato que passou para a rodada final como segundo colocado terminou depois na primeira colocação e venceu a eleição.

Por outro lado, a história moderna de eleições municipais no Brasil mostra que as viradas, quando ocorrem, são exatamente em situações semelhantes a essa protagonizada por Haddad e Serra: 1) o segundo colocado chega ao final da primeira fase da campanha em alta e 2) a diferença para o que está na frente não é muito grande –no caso, Serra só ficou 1,8 ponto percentual à frente de Haddad.

O Brasil teve até hoje 135 segundos turnos municipais desde 1996 (não há dados disponíveis e confiáveis sobre 1992, quando esse sistema começou a ser usado nas cidades). Nesses 135 segundos turnos, só 30 tiveram viradas, com a inversão de posição dos candidatos entre o primeiro e o segundo turnos. Ou seja, só 22% de reviravoltas.

Eis um resumo dos segundos turnos no país de 1996 a 2008 nas eleições municipais:

É possível então analisar o que ocorre nas viradas. Nota-se que situações como as de Haddad e Serra são as mais comuns –o que não garante, é sempre bom ressaltar, que isso vai se cristalizar nas urnas eletrônicas em 28.out.2012.

Como dito no início deste post, há um padrão mais ou menos lógico nas viradas: quanto mais perto terminam os candidatos que vão ao segundo turno, mais fácil é de as posições se inverterem.

No caso das 30 reviravoltas até agora nas cidades, de 1996 para cá, apenas 15 ocorreram quando o segundo colocado foi para o turno final com mais de 5 pontos percentuais atrás do líder. Ou seja, só em 11% dos casos esse “milagre” ocorre.

Já em cidades como São Paulo e Salvador, a inversão não é tão improvável. Na capital baiana, a decisão do 1º turno foi ainda mais apertada do que na disputa paulistana. Entre os eleitores soteropolitanos, apenas 0,4 ponto percentual separou o líder ACM Neto (DEM) de Nelson Pelegrino (PT) –e o petista esteve em clara ascensão nos últimos dias.

 

INEDITISMO

Outro fator a ser considerado também é a tradição de algumas cidades. Em São Paulo nunca o segundo colocado conseguiu passar para a primeira colocação no turno final.

Mas, pela configuração atual, 6 cidades que nunca tiveram virada de resultado entre 1º e 2º turnos são as que mais têm chances de registrar reviravolta agora em 2012: São Paulo (SP), Salvador (BA), Ponta Grossa (PR), Montes Claros (MG), Duque de Caxias (RS) e Cuiabá (MT).

Em quatro delas o PT está em segundo e tem chances de virar. Em uma o cenário é oposto para o petista na disputa. E em uma não há representante do PT no turno final.

Por fim, um último dado estatístico: nas 30 viradas registradas nos segundos turnos em cidades de 1996 a 2008, o PMDB é o detentor do recorde de 7. Em seguida, vem o PT, com 5. Depois, PSDB e o PP, com 4 cada um.

Eis o quadro geral dos 50 segundos turnos no país e a diferença em pontos percentuais dos finalistas:

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PT e PSB são vencedores; PSDB se fragiliza
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Fernando Rodrigues

um balanço preliminar sobre as eleições municipais de 2012

O PT e o PSB saem mais fortes das eleições municipais. Embora menor em tamanho, e até por isso conseguiu avançar mais, o PSB teve mais sucesso do que o PT.

O PSDB está mais frágil. Poderá minimizar esse fato com vitórias em disputas de segundo turno para as quais a legenda se qualificou – sobretudo em São Paulo.

Partidos que perderam em tamanho e devem fazer uma autocrítica: PMDB, PP, PDT, PTB e DEM. O Democratas é o que enfrenta a maior crise, pois perdeu mais de 200 prefeituras e quase 5 milhões de votos se comparado ao que obteve em 2008.

Outras leituras destas eleições municipais:

Reeleição não garante vitória – os críticos da possibilidade de reeleição acham que esse modelo dá vitória na certa para quem está no cargo e tenta mais um mandato. A tese não se sustenta em grandes centros. Nas capitais, 8 prefeitos tentaram se reeleger. Só 4 tiveram sucesso. Outros 3 foram ao segundo turno e 1 perdeu já no primeiro.

PT continua no ciclo de crescimento – o Partido dos Trabalhadores é a única legenda entre as de médio e grande porte que a cada eleição para prefeito sempre sai maior do que entrou. Agora, passou dos 600 prefeitos.

PSD substitui DEM – o partido criado pelo prefeito Gilberto Kassab disputou suas primeiras eleições e já ocupa a 4ª colocação em número de prefeitos eleitos e a 6ª posição em número de votos nas cidades. O PSD virou um ator relevante na política brasileira.

DEM definha – a grande aposta do Democratas agora é vencer a disputa pela Prefeitura de Salvador no segundo turno. A legenda que um dia já foi PFL (um braço dissidente da antiga Arena, que sustentou a ditadura militar) parece estar quase sem saída a não ser tentar a fusão com alguma outra de tamanho similar.

O efeito do mensalão – por décadas muita gente ainda vai discutir se o julgamento do mensalão influiu ou não nas eleições de 2012. O mais sensato é acreditar que algum efeito houve. Em São Paulo, o Datafolha apurou que 19% dos paulistanos disseram ter trocado de voto por causa do mensalão. Também em São Paulo, mostraram as urnas, 3 em cada 10 eleitores se abstiveram, votaram nulo ou branco. Foi por causa do mensalão? Não se sabe ao certo, mas algum deve ter havido.

Sobre São Paulo, quatro análises:

José Serra (PSDB) teve sua pior votação das últimas 4 eleições em SP.

Fernando Haddad (PT) registrou a 3ª pior votação do PT na cidade.

Celso Russomanno (PRB) teve mais de 1 milhão de votos. Ou seja, foi mais votado do que bem mais da metade dos prefeitos brasileiros em cidades pequenas. Resta saber o que fará com esse patrimônio

Gabriel Chalita (PMDB) recolocou o seu partido numa disputa relevante na cidade de São Paulo. Pode ser uma opção para reconstruir a imagem peemedebista também no Estado.

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PT perdeu dois terços de seus eleitores pobres
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Fernando Rodrigues

O jornalista e pesquisador da FGV-SP, Fabiano Angélico, envia análise sobre onde o PT está fazendo água em São Paulo. Eis o artigo:

De 2008 a 2012, PT perdeu dois terços de seus eleitores de baixa renda

Movimento similar ocorreu entre os eleitores de baixa escolaridade

Por Fabiano Angélico, jornalista e pesquisador da FGV-SP

Com uma distância de exatos quatro anos, o Datafolha divulgou duas pesquisas eleitorais sobre a corrida à Prefeitura de São Paulo em que chama a atenção a disparidade na intenção de votos entre os dois candidatos do Partido dos Trabalhadores (PT): 22 pontos percentuais separam a Marta de 18 de setembro de 2008 do Haddad de 18 de setembro de 2012:

Uma pergunta bastante pertinente para se fazer aos números é: em quais grupos de eleitores a diferença entre Marta e Haddad são mais pronunciadas?

As tabelas divulgadas no site do Datafolha ajudam a responder essa pergunta. Vamos então analisar o eleitorado que declara voto no PT nos recortes de renda, escolaridade e idade:

A maior diferença entre Marta e Haddad está na porção do eleitorado que ganha até 2 Salários Mínimos: 30 pontos percentuais. Isso quer dizer que de cada três eleitores do PT em setembro de 2008 apenas um mantém o voto no partido em setembro de 2012.

A segunda maior diferença está nos eleitores de 35 a 44 anos: 29 pontos.

E a terceira maior diferença localiza-se entre os eleitores com Ensino Fundamental: 28 pontos porcentuais.

Os menos escolarizados e de baixa renda mudaram a intenção de voto por causa do partido ou por causa do candidato? Por que a faixa etária dos 35 aos 44 anos mudou tanto, em relação ao candidato do PT?

Deixo aos sociólogos, cientistas políticos e observadores mais atentos as respostas a essas novas perguntas.

Acesse os dados do Datafolha de setembro de 2008 e os dados do Datafolha de 18 de setembro de 2012.

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Haddad tem menos da metade do PT em SP
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Fernando Rodrigues

33% dos paulistanos dizem achar “ótimo” ou “bom” o PT na Prefeitura

Mas o candidato de Lula só tem 15% e não consegue se conectar aos eleitores

Por que o candidato do PT a prefeito de São Paulo, Fernando Haddad, não decola?

Tem sido comum analisar essa situação procurando alguma razão exógena à disputa local. Algum fato externo estaria provocando o estancamento de Haddad. Seria o julgamento do mensalão? Seria o desgaste do PT? Seria a propaganda negativa que os adversários fazem contra ele?

Todos esses fatores podem influir, claro. Mas há também um aspecto real e mais objetivo: a dificuldade do próprio candidato para ser um “político eleitoral”, fazer campanha com gosto e empolgar os militantes de sua legenda e os eleitores paulistanos. Esses são predicados inexistentes até agora no desempenho pessoal de Haddad.

O Datafolha investigou o tema. Descobriu algo desolador para Fernando Haddad –e também, em grande medida, para o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, responsável direto pela escolha do candidato. Continua firme e forte na cidade de São Paulo a teoria de que um terço dos paulistanos “é PT”.

Hoje, 33% dos paulistanos dizem que consideram “ótimo” ou “bom” ter um prefeito do PT na capital do Estado. A esta altura da campanha, a maioria dos eleitores sabe quem é do PT e quem não é. O problema é que Haddad está hoje com uma taxa de intenção de votos de apenas 15%, menos da metade do que seria o potencial de seu partido. Mesmo com uma propaganda de TV de primeira linha. Mesmo com o apoio de petistas ilustres. E com recursos fartos para gastar.

Ou seja, o PT até que não vai tão mal na cidade de São Paulo. Aliás, o PT mantém uma popularidade muito boa com seus 33% de seguidores fiéis. Quem não está bem é o candidato do PT. E, por óbvio, todas as estrelas petistas que se apresentam como fiadores de Fernando Haddad.

Numa eventual derrota, o fracasso não terá sido só de Haddad. Serão sócios majoritários desse projeto o ex-presidente Lula (o maior responsável pela escolha do candidato), a presidente Dilma Rousseff e a ex-prefeita e agora ministra da Cultura, Marta Suplicy –que era contra Haddad, mas converteu-se ao “haddadismo” após ser bajulada pelo Palácio do Planalto.

Eis os dados do Datafolha sobre o que pensam os paulistanos e o partido do próximo prefeito da cidade:

A pesquisa Datafolha realizada na cidade de São Paulo nos dias 18 e 19 de setembro mostra um quadro de estagnação perigoso para Fernando Haddad. Ele oscilou em uma semana de 17% para 15%.

Ao mesmo tempo, José Serra (PSDB) oscilou de 20% para 21%. E Celso Russomanno (PRB) foi de 32% para 35%.

Tem sido usual nesta corrida paulistana ouvir a muitas perorações sobre o “fenômeno Russomanno” e sobre o “declínio de José Serra”. Quando o assunto é Haddad, o senso comum é um só: na reta final da campanha o candidato petista vai crescer, porque essa tem sido a lógica há décadas.

Por enquanto, essa profecia petista não tem se provado verdadeira quando se compara o que se passou em disputas anteriores.

A esta altura da disputa pela Prefeitura de São Paulo, todos os candidatos petistas que foram ao segundo turno em todas as eleições passadas já estavam em condições mais confortáveis se comparados aos 15% de Haddad hoje. Eis os dados:

 

1992 (23.set): Eduardo Suplicy tinha 22%

1996 (23.set): Luiza Erundina tinha 22%

2000 (22.set): Marta Suplicy tinha 35%

2004 (17.set): Marta Suplicy tinha 33%

2008 (18.set): Marta Suplicy tinha 37%

 

Nada impede que Fernando Haddad dê uma disparada nos próximos 17 dias até a data do primeiro turno (em 7 de outubro). Ocorre que os dados históricos mostram que ele terá de suar muito mais a camisa.

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Veja: Lula era o chefe do mensalão
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Fernando Rodrigues

Reportagem diz se basear em declarações de Marcos Valério

Dinheiro total movimentado pelo esquema teria chegado a R$ 350 milhões

Do ponto de vista jurídico, o efeito pode ser nulo. O processo do mensalão está em fase de julgamento e não serão mais acrescentadas provas. Do ponto de vista político, a reportagem da revista “Veja” desta semana pode ter grande impacto na reta final das eleições municipais, sobretudo nas grandes cidades nas quais o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva tem interesse direto, junto com o PT, em garantir vitórias para alavancar a sigla em 2014.

Entre outras, eis algumas das informações divulgadas por “Veja”:

 

1) “O caixa do PT foi de R$ 350 milhões” – o valor anotado no processo formal é de R$ 55 milhões. Mas Marcos Valério afirmaria que esse montante seria subestimado. O caixa total do mensalão seria bem maior: “Da SMP&B [uma de suas agências de publicidade] vão achar só os 55 milhões, mas o caixa era muito maior. O caixa do PT foi de 350 milhões de reais, com dinheiro de outras empresas que nada tinham a ver com a SMP&B nem com a DNA”.

 

2) Lula seria o chefe, junto com José Dirceu: segundo informação que “Veja” atribui a Marcos Valério, empresários se reuniram em várias ocasiões com o então presidente da República para combinar contribuições não declaradas ao PT. A contabilidade informal ficava com o então tesoureiro do partido, Delúbio Soares.

Frase em “Veja” atribuída a Valério: “Dirceu era o braço direito do Lula, um braço que comandava”.

 

3) Valério e Lula no Palácio do Planalto: Outra frase em “Veja” atribuída a Valério: “Do Zé [Dirceu] ao Lula era só descer a escada. Isso se faz sem marcar. Ele dizia vamos lá embaixo, vamos”. Trata-se de referência à confirguração das salas no Palácio do Planalto.

E mais: “Não podem condenar apenas os mequetrefes. Só não sobrou para o Lula porque eu, o Delúbio e o Zé não falamos”.

 

4) Contato era Paulo Okamotto: outra frase atribuída a Valério: “Eu não falo com todo mundo no PT. O meu contato com o PT era o Paulo Okamotto”. E mais: “O papel dele era tentar me acalmar”. Okamotto é um amigo antigo de Lula, que hoje trabalha com o ex-presidente no Instituto Lula.

Segundo a reportagem, quando Valério foi preso uma vez pós-mensalão, a mulher do publicitário, Renilda Santiago, foi a São Paulo para falar com Okamotto e pedir que dessem um jeito de soltar o marido. Okamotto teria reagido de maneira brusca, segundo relato atribuído a Valério: “Ele deu um safanão na minha esposa. Ela foi correndo para o banheiro, chorando.”

 

5) Delúbio dormia no Palácio da Alvorada: frase atribuída por “Veja” a Valério: “O Delúbio dormia no Alvorada. Ele e a mulher dele iam jogar baralho com Lula à noite. Alguma vez isso ficou registrado lá dentro? Quando você quer encontrar (alguém), você encontra, e sem registro”.

 

6) Dinheiro do Rural teve aval de Lula e de Dirceu: mais Valério, segundo a revista: “O banco ia emprestar dinheiro para uma agência quebrada?”. Segundo a reportagem, a decisão do Banco Rural de dar dinheiro emprestado ao PT teria sido um favor direto ao governo Lula. “Você acha que chegou lá o Marcos Valério com duas agências quebradas e pediu: ‘Me empresta aí 30 milhões de reais pra eu dar pro PT’? O que um dono de banco ia responder?”. Sobre José Augusto Dumont (morto em 2004), que presidiu o Rural, “Veja” diz que Valério falou: “O Zé Augusto, que não era bobo, falou assim: ‘Pra você eu não empresto’. Eu respondi: ‘Vai lá e conversa com o Delúbio’ (…) Se você é um banqueiro, você nega um pedido do presidente da República?”

 

Em resumo, a reportagem da revista “Veja” fala que teve acesso a “revelações de parentes, amigos e associados” de Marcos Valério, o empresário e publicitário que teria sido o operador do esquema do mensalão, descoberto em 2005.

Segundo a revista, “o publicitário começa a revelar os segredos que guardava –entre eles, o fato de que o ex-presidente sabia do esquema de corrupção armado no coração do seu governo”. Esse foi sempre um dos grandes pontos de interrogação do mensalão: Lula sabia ou não sabia? Ao final, o ex-presidente acabou sendo poupado e não foi incluído como réu na denúncia apresentada pela Procuradoria Geral da República.

Marcos Valério é um dos réus e o que deve pegar o maior número de anos de prisão pelos delitos cometidos. “Veja” faz uma conta e afirma que os crimes de lavagem de dinheiro, corrupção ativa e peculato, evasão de divisas e formação de quadrilha podem dar a Valério mais de 100 anos de reclusão.

A revista colocou um trecho da reportagem em seu site.

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Os convidados de Marta Suplicy
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Fernando Rodrigues

A maior dúvida dentro do Palácio do Planalto neste momento é: Fernando Haddad vai comparecer à posse da nova ministra da Cultura, Marta Suplicy?

Ou ainda: é conveniente ele estar presente?

Fernando Haddad tem desculpas de sobra para faltar. É o candidato do PT a prefeito de São Paulo. Está em campanha.

Mas não há impedimento legal para Haddad participar da posse da sua talvez mais vistosa aliada na disputa pela prefeitura paulistana. A lei impede a ida de candidatos a inaugurações de obras públicas. A posse de Marta Suplicy não é propriamente uma “obra pública”. Trata-se de uma cerimônia privada e ocorrerá dentro do Palácio do Planalto, nesta quinta-feira (13.set.2012), às 11h da manhã.

E há também outras dúvidas sobre a posse de Marta. Por exemplo, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva estará presente?

E os representantes de partidos políticos que estão sendo relegados ao segundo plano em São Paulo na eleição atual. Por exemplo, o ministro da Pesca, Marcelo Crivella, do PRB, vai prestigiar a posse de Marta Suplicy sabendo que a petista está sendo colocada nessa cadeira pelo apoio e fidelidade à campanha de Haddad? Como se sabe, no momento, o líder nas pesquisas em São Paulo é Celso Russomanno, do PRB.

Tudo considerado, a posse de Marta Suplicy será um espetáculo político tanto pelas presenças como pelas ausências de algumas personalidades.

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PT lidera 2 capitais contra 6 do PSDB
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Fernando Rodrigues

PSB, de Eduardo Campos, está na frente em 4 capitais.

Levantamento do Blog com as pesquisas mais recentes sobre as eleições 2012 indica que apenas 2 petistas lideram as disputas por prefeituras de capitais. Já o PSDB, principal partido de oposição ao PT, é a sigla com mais primeiros colocados: está à frente em 6 das 26 capitais.

O PT está na frente em Goiânia (GO) e em Rio Branco (AC). O PSDB, em João Pessoa (PB), Maceió (AL), Manaus (AM), São Luís (MA), Teresina (PI) e Vitória (ES).

Em seguida no ranking aparece o PSB, com 4 primeiros colocados. DEM e PMDB têm 3 cada um. PDT e PV, 2 –mesmo patamar do PT. Com apenas 1 primeiro colocado aparecem PC do B, PRB, PSC, PSD e PSOL.

Foram consideradas apenas pesquisas realizadas a partir de agosto.

O quadro é pessimista para o PT. Atualmente, o partido tem 7 prefeitos de capitais contra apenas 1 do PSDB e 3 do PSB. Ou seja: as pesquisas mostram tendência de mudança no equilíbrio das forças políticas nas capitais.

É preciso considerar, no entanto, que pesquisas mostram apenas o retrato do momento atual. Até a eleição, em 7.out.2012, muito pode mudar –principalmente por causa da propaganda eleitoral na TV que começou recentemente, em 21.ago.2012.

As próprias pesquisas do levantamento mostram que os partidos têm outros candidatos competitivos. Nessa categoria estão incluídos não só os políticos em 1º lugar nas pesquisas, mas também aqueles que ocupam o 2º lugar e têm chances de disputar eventual segundo turno.

Segundo o levantamento do Blog, o PT tem ainda 4 segundos colocados com chance de disputar eventual segundo turno. O PDT tem 4 candidatos nessa situação. PSDB, PSB, PC do B e PMDB, têm 3 cada. PSOL, PTB e PP têm 2 cada. PPS, PMN, PSC e PTC têm 1 cada.

As cidades onde o PT tem um segundo colocado com alguma chance de ir para o 2º turno são: São Paulo (SP), Fortaleza (CE), Recife (PE) e Vitória (ES). Já o PSDB está nessa situação em São Paulo, Belém (PA) e Rio Branco (AC).

O quadro abaixo mostra o resultado das pesquisas mais recentes nas 26 capitais (clique nas imagens para ampliá-las).

Acesse também a página do Blog com pesquisas eleitorais desde o ano 2000, com estudos sobre eleições nas capitais e em cidades do interior.

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Haddad igual a Kassab; Serra igual a Alckmin
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Fernando Rodrigues

Candidatos atuais a prefeito em SP repetem trajetórias dos nomes de 2008

Análise completa está na Folha de hoje. Um fato a destacar é que a disputa pela Prefeitura de São Paulo guarda similaridades com o que se passou em 2008. Eis 2 dados:

1) Nesta época, há 4 anos, Gilberto Kassab (então no DEM) estava com 14%. A mesma pontuação que tem hoje Fernando Haddad (PT).

2) E José Serra (PSDB) está com 22%, só 2 pontos a menos que os 24% registrados neste mesmo período em 2008 pelo tucano Geraldo Alckmin.

O que tudo isso quer dizer? Por enquanto, é só uma coincidência. Saberemos mais adiante.

Este Blog tem todas as pesquisas eleitorais do Brasil desde o ano 2000. Eis um quadro mostrando como estava a disputa paulistana nesta mesma época em 2008, 2004 e 2000:

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Governistas são favoritos em 4 cidades do Grande ABC
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Fernando Rodrigues

Candidatos à reeleição lideram em São Bernardo, Santo André e Diadema…

…em Rio Grande da Serra, candidato do prefeito está na frente.

Candidatos governistas são líderes isolados das pesquisas eleitorais em 4 das 7 cidades do Grande ABC, região industrial de São Paulo. O dado foi obtido por levantamento do Blog com os estudos mais recentes divulgados neste domingo (26.ago.2012) pelo “Diário do Grande ABC”.

Segundo as pesquisas, os prefeitos Luiz Marinho (PT) e Mário Reali (PT) seriam reeleitos no 1º turno se as eleições fossem hoje. Eles concorrem, respectivamente, em São Bernardo do Campo e em Diadema.

Em Santo André, o prefeito Aidan Ravin (PTB) enfrentaria um 2º turno, mas também lidera a pesquisa com vantagem (tem 30% contra 21,9% do 2º colocado).

Em Rio Grande da Serra, Gabriel Maranhão (PSDB), candidato do prefeito Adler Kiko Teixeira (PSDB), está na frente. Ele venceria no 1º turno porque a cidade tem menos de 200 mil eleitores. Para um município ter 2º turno é preciso ter 200 mil eleitores ou mais.

Abaixo, quadro com os resultados de pesquisas no Grande ABC. Clique na imagem para ampliá-la.

São Caetano do Sul não tem favorito. A cidade também termina a eleição obrigatoriamente no 1º turno e 2 candidatos estão tecnicamente empatados: Paulo Pinheiro (PMDB) e Regina Maura (PTB), apoiada pelo prefeito José Auricchio Júnior (PTB).

Nas outras 2 cidades do Grande ABC, Mauá e Ribeirão Pires, oposicionistas são favoritos.

Em Mauá a líder isolada da pesquisa é Vanessa Damo (PMDB). Donisete Braga (PT) está em 2º. Ele tem tido apoio público do prefeito Oswaldo Dias, que poderia se reeleger.

Em Ribeirão Pires, Saulo Benevides (PMDB) está na frente, também isolado. O vice-prefeito Dedé (PPS), apoiado pelo prefeito Clóvis Volpi (PV), está em 2º lugar.

Este Blog é a página de política em atividade mais antiga do Brasil. Disponibiliza um acervo de pesquisas eleitorais coletadas desde a eleição do ano 2000. O Blog também disponibiliza pesquisas sobre a popularidade dos presidentes da República desde José Sarney (1985-1990).

 

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