Blog do Fernando Rodrigues

Arquivo : PT

Conheça a evolução e queda do PT em grandes centros urbanos em duas décadas
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Fernando Rodrigues

Partido de Lula chegou a 25 prefeituras relevantes em 2008

Agora em 2016, pode cair para menos de 5 após o 2º turno

Partido mais regular nas principais cidades tem sido o PSDB

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Lula e Fernando Haddad em evento da campanha do petista, em setembro

O Brasil tem mais de 5.000 cidades, mas as que contam para valer nas projeções políticas para 2018 são as 26 capitais e as que têm mais de 200 mil eleitores. Esses municípios formam o G93, um universo que abriga 38% de todos os eleitores do país.

Nesse tabuleiro de grandes centros urbanos, o PT sofreu sua pior derrota em 20 anos. A sigla de Luiz Inácio Lula da Silva tem hoje 13 prefeitos nessas cidades do G93. No 1º turno, manteve apenas uma: Rio Branco, capital do Acre. Disputa em outras 7 no 2º turno, com chances reais de eleger mais 3 ou 4 prefeitos.

Em 2008, no auge do lulismo, o PT chegou a ter 25 prefeituras grandes. Os centros urbanos sempre foram o forte do partido quando começou a caminhada de Lula para o Palácio do Planalto, ainda em 2000, ano em que Marta Suplicy (então filiada à legenda) conquistou a cidade de São Paulo.

Para entender o que se passa com o petismo no G93, a tabela a seguir mostra de maneira didática a trajetória de legenda nessas cidades. O PT, que já esteve na primeira colocação, hoje fica apenas no 8º lugar quando se consideram os resultados de ontem (2.out.2016), no 1º turno das eleições municipais.

Eis a síntese de cada partido no G93 (clique na imagem para ampliar ou aqui para ler em PDF):

G93-10turnoComo se observa, entre as siglas de grande porte, o PSDB é o partido que apresentou até hoje mais estabilidade nos últimos 20 anos no G93. Os tucanos passaram por um período de vacas magras durante mais de uma década de lulopetismo, mas nunca deixaram de figurar entre os “top 3” da tabela.

Também merece menção neste ano de 2016 o desempenho do PSB, que elegeu prefeitos em duas grandes cidades e vai ao 2º turno em outras 9. Ou seja, no limite pode chegar a 11.

O PSB é uma legenda que tem um papel importante reservado para daqui a 2 anos. Essa tem sigla sido a aliada prioritária do PSDB paulista nos últimos anos. É cada vez mais plausível uma aliança entre o governador de São Paulo, o tucano Geraldo Alckmin, com o PSB na corrida presidencial de 2018.

Outros partidos médios com desempenho acima de suas médias históricas no G93 são o PSD (de Gilberto Kassab), o PPS (que apoia o governo Michel Temer e ocupa o Ministério da Defesa, com Raul Jungmann) e o PDT (sigla que se mantém na oposição ao Planalto). Essas 3 legendas, no limite (com resultados positivos no 2º turno), podem chegar cada uma a 9 prefeituras cada uma no G93.

A seguir, as tabelas com os resultados finais nas 26 capitais e nas 67 cidades com mais de 200 mil eleitores, com as indicações de quais terão 2º turno em 30 de outubro (clique nas imagens para ampliar e aqui/capitais e aqui/67 cidades para ler em PDF):

26capitais-1oTurno-2out201667cidades-1oTurno-2out2016O Blog está no Facebook, Twitter e Google+.


Pesquisas mostram PT perto de ser expelido de grandes centros urbanos
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Fernando Rodrigues

Sigla de Lula já teve 25 cidades importantes e deve cair para até 5

Em São Paulo, petistas são favoritos só em 2 centros relevantes

PSDB e PMDB devem ser os maiores vitoriosos no “grupo das 93”

G93 abriga as 26 capitais e municípios com mais de 200 mil eleitores

Leia aqui neste post o resumo de todas as pesquisas mais recentes

Ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva

Ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva

Pesquisas recentes, divulgadas até ontem (30.set), antevéspera da eleição, indicam que o Partido dos Trabalhadores está prestes a sofrer sua maior derrota eleitoral nas cidades grandes em 20 anos.

A sigla de Lula já teve 25 dos maiores centros urbanos sob seu controle, em 2008, no auge do governo do petista. Agora, tem apenas 5 candidatos competitivos no G93, o grupo que reúne as 26 capitais e as 67 cidades com mais de 200 mil eleitores (e nas quais é possível haver 2º turno).

Candidatos competitivos são aqueles que estão na 1ª colocação das pesquisas de intenção de voto, seja de maneira isolada ou dentro da margem de erro dos levantamentos.

O PT só aparece com 1 candidato franco favorito em uma cidade do G93: a capital, Rio Branco (AC), onde o prefeito Marcus Alexandre pode se reeleger já no 1º turno. No Estado de São Paulo, berço da sigla, há 2 candidatos competitivos, em Guarulhos e em São Bernardo do Campo.

PSDB e PMDB devem ficar com o maior número de prefeitos eleitos em 2 de outubro nas principais cidades do país, segundo as pesquisas mais recentes. Os 2 partidos têm os maiores números de candidatos competitivos no G93. O PSDB tem 23 candidatos nessa condição. O PMDB, 18.

As informações são dos repórteres do UOL Douglas Pereira, Gabriel Hirabahasi, Gabriela Caesar, Guilherme Moraes, Luiz Felipe Barbiéri, Pablo Marques, Victor Fernandes, Victor Gomes e Rodrigo Zuquim.

Blog analisou e compilou pesquisas de 86 das 93 cidades mais importantes do país. Em 7 municípios ainda não há levantamentos de intenção de voto recentes, dos últimos 30 dias.

G93 abriga 54,5 milhões de eleitores. Isso equivale a 37,8% dos 144,4 milhões de brasileiros aptos a votar para prefeito no próximo domingo (2.out.2016).

Quando se consideram apenas as 86 cidades para as quais há pesquisas recentes disponíveis, trata-se de um universo de 52,7 milhões de eleitores –ou seja, 36,3% do país.

O quadro a seguir mostra o desempenho dos partidos políticos nas eleições municipais das últimas duas décadas:

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As 7 cidades para as quais não há levantamentos publicados nas últimas semanas são os seguintes: Belford Roxo (RJ), Carapicuíba (SP), Franca (SP), Itaquaquecetuba (SP), Maringá (PR), Montes Claros (MG) e Santa Maria (RS).

MAIOR DERROTA EM 20 ANOS
A eleição de amanhã (2.out) pode  pode ser o pior resultado do PT desde 1996, quando elegeu 9 prefeitos dessas 93 cidades mais relevantes do país. A sigla sempre teve desempenho crescente até 2008. Em 2012, caiu para 17 prefeitos eleitos nesse universo.

O envolvimento com casos de corrupção e o desgaste produzido pelas crises política e econômica durante o governo de Dilma Rousseff (que teve o mandato de presidente cassado em 31.ago.2016) são alguns dos fatores que podem explicar o baixo desempenho do partido em 2016. Os grandes centros urbanos foram vitais para o PT nas sua fase mais vitoriosa. Mas as cidades mais populosas são também os locais nos quais o humor do eleitorado tende a se degradar mais rapidamente em momentos de recessão econômica como o atual.

Depois de eleger 17 prefeitos em 2012, o Partido dos Trabalhadores já perdeu 4 deles ao longo do mandato. Hoje, há apenas 13 petistas comandando cidades no grupo das 93 mais importantes.

Um dos casos mais emblemáticos deste eventual desempenho ruim do PT pode ser o prefeito de São Paulo, Fernando Haddad, candidato à reeleição. Ele tem crescido nas pesquisas, mas ainda está numericamente em 4º lugar, com 13% de intenções de voto, segundo pesquisa Ibope. Está tecnicamente empatado com Marta Suplicy (PMDB), que tem 16%. João Doria (PSDB) e Celso Russomanno (PRB) lideram com 28% e 22%, respectivamente.

Mesmo com alguma oscilação positiva na sua de intenção de voto nos últimos levantamentos, Haddad continua em situação difícil: ele tem uma das maiores taxas de rejeição entre prefeitos que tentam a reeleição em cidades grandes.

PMDB
Embora o PMDB tenha 18 candidatos competitivos, o partido de Temer corre o risco de não ir ao 2º turno nas maiores cidades: São Paulo e Rio. Nesta última, a sigla pode perder a hegemonia conquistada com a chegada de Sérgio Cabral ao governo do Estado e de Eduardo Paes à prefeitura.

Pedro Paulo, candidato de Paes, está empatado tecnicamente em 2º lugar com Marcelo Freixo (Psol), Índio da Costa (PSD), Jandira Feghali (PC do B) e Flávio Bolsonaro (PSC). Marcelo Crivella (PRB) lidera, com 30%.

O presidente do Senado, Renan Calheiros, é outro cacique peemedebista que deve sair enfraquecido no domingo. As intenções de voto de seu aliado em Maceió (AL), Cícero Almeida, caem pesquisa após pesquisa. Ele corre risco de ficar de fora do 2º turno.

Já o atual prefeito, Rui Palmeira (PSDB), chega às urnas como favorito. Se vencer, Palmeira se cacifa para enfrentar o governador Renan Filho (PMDB) em 2018.

Outros 2 dirigentes peemedebistas, o senador Romero Jucá e o ministro Eliseu Padilha, apoiam candidatos competitivos em seus Estados. Jucá é aliado da prefeita de Boa Vista (RR) Teresa Surita, que tem 73% das intenções de voto, de acordo com levantamento do Ibope. Padilha apoia a candidatura do vice-prefeito de Porto Alegre, Sebastião Melo, que está na frente nas pesquisas, com 26%.

GERALDO ALCKMIN
Um dos maiores vencedores destas eleições deverá ser o governador de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB). Seu partido tem candidatos competitivos em 12 das 25 maiores cidades do Estado com pesquisas divulgadas nos últimos 30 dias. Na capital, João Doria lidera isolado. Doria é uma escolha pessoal do governador, que bancou sua candidatura contra outros caciques do partido, como o ministro José Serra.

O resultado das eleições municipais no Estado de São Paulo é fundamental para Geraldo Alckmin pavimentar o caminho de sua candidatura nas eleições presidenciais daqui a 2 anos. O PSDB tem outros 2 pré-presidenciáveis: Aécio Neves e José Serra.

A seguir, o quadro com as pesquisas compiladas pelo Blog nas capitais (clique na imagem para ampliar).

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Abaixo, os levantamentos mais recentes das 60 cidades com mais de 200 mil eleitores (clique na imagem para ampliar).

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Fernando Haddad é esperança do PT para evitar fracasso nas eleições
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Fernando Rodrigues

Prefeito pode se tornar o 1º candidato à reeleição que não chega ao 2º turno

Em 4º lugar, mas crescendo, petista acredita que ainda ultrapassa Marta

Estratégia do PT na reta final é centrar fogo no 2º colocado, Russomanno

Gabriel Chalita, Fernando Haddad e Lula na convenção do PT em São Paulo

Gabriel Chalita, Fernando Haddad e Lula na convenção do PT em São Paulo

O prefeito de São Paulo, Fernando Haddad, vai ao debate de hoje (5ª) à noite, na TV Globo, com duas responsabilidades: 1) ele é a última esperança do PT de um mínimo de sucesso nestas eleições; e 2) pode ser o 1º caso na história das disputas paulistanas de um prefeito candidato à reeleição que não chegou ao 2º turno.

O petista deve centrar críticas em Celso Russomanno. O candidato do PRB está numericamente na 2ª posição, segundo a última pesquisa Ibope. Mas perdeu 11 pontos percentuais em relação ao início da campanha.

João Doria (PSDB) lidera o levantamento com 28% das intenções de voto. Russomanno (PRB) tem 22%. Marta (PMDB), 16%, e Fernando Haddad (PT), 13%.

Aliados do prefeito Haddad entendem que a candidata peemedebista, Marta Suplicy, atingiu o seu piso nas pesquisas. Ou seja, dificilmente deve ter resultado abaixo dos registrados nos últimos levantamentos.

O petista deve tentar avançar sobre o eleitorado de Russomanno, pois acha que o candidato pode se liquefazer e deixar seus votos disponíveis para a candidatura do PT.

Haddad acredita também que a boca de urna da militância petista pode lhe garantir um crescimento mínimo de 3 pontos percentuais nas eleições em relação às pesquisas.

As informações são dos repórteres do UOL Tales Faria e Victor Fernandes.

O Ibope divulgou ontem (4ª) pesquisa sobre a disputa paulistana. O Blog comparou o desempenho dos candidatos neste ano e em 2012, a 4 dias das eleições:

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Assim como em 2012, não é possível saber quem irá ao 2º turno. Por enquanto, a tendência é que Russomanno, Marta e Haddad tenham intenções de voto muito parecidas na véspera da disputa. João Doria está em situação mais confortável.

Fernando Haddad tenta convencer eleitores e diz que, há 4 anos, as pesquisas também não indicavam que iria ao 2º turno. O petista conseguiu uma virada e venceu a disputa. A situação neste ano, porém, é mais complicada.

Em 2012, Haddad estava tecnicamente empatado com o 2º colocado, José Serra (PSDB). Hoje, por causa da margem de erro, ocupa a 3ª posição ao lado de Marta. Mas a 4 dias das eleições, tem 5 pontos percentuais a menos do que nas últimas eleições.

Nas últimas duas semanas, o petista melhorou nas pesquisas. Até 24 de setembro, não tinha ultrapassado os 9% de intenção de votos. A partir de então, cresceu 4 pontos percentuais.

A disputa da prefeitura de São Paulo virou prioridade para o partido no país. A sigla pode ter o pior desempenho desde 1996 em grandes centros urbanos. O Blog analisou e compilou pesquisas de 81 das 93 cidades brasileiras mais importantes

Apenas 2 candidatos do partido lideram pesquisas eleitorais nas capitais. Marcus Alexandre, candidato à reeleição em Rio Branco (AC) e Roberto Sobrinho, que está empatado tecnicamente com outros 3 candidatos, em Porto Velho (RR).

O envolvimento com casos de corrupção e o desgaste produzido pela crise política e econômica durante o governo de Dilma Rousseff (que teve o mandato de presidente cassado em 31.ago.2016) são alguns dos fatores que explicam a queda do partido em 2016.

Depois de eleger 17 prefeitos em 2012, o Partido dos Trabalhadores já perdeu 4 deles ao longo do mandato. Hoje, há apenas 13 petistas comandando cidades no grupo das 93 mais importantes.

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PSDB lidera em metade das principais cidades paulistas
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Fernando Rodrigues

Partido do governador tem 11 candidatos no topo das pesquisas

Resultado tem peso nas pretensões de Alckmin em 2018

PMDB de Michel Temer tem 2  favoritos

PT só tem 1 nome na liderança

Geraldo Alckmin (PSDB), governador de São Paulo

Geraldo Alckmin (PSDB), governador de São Paulo

O partido do governador Geraldo Alckmin será o maior vencedor das eleições municipais no Estado, caso se confirmem as expectativas das pesquisas eleitorais.

28 municípios paulistas estão incluídos no levantamento realizado pelo blog no chamado G93 (grupo das 26 capitais do país  e 67 cidades com mais de 200 mil eleitores). 

PSDB lidera em metade das 22 maiores cidades de São Paulo com pesquisas divulgas nos últimos 30 dias.

Dos 11 candidatos tucanos considerados  competitivos –ou seja, que ocupam a 1ª posição isolada ou empatada dentro da margem de erro–, 8 lideram os levantamentos de forma isolada.

Além disso, 4 tucanos estão aptos a vencer as eleições no 1º turno, porque têm mais de 50% das expectativas de votos, considerando inclusive a margem de erro para o segundo colocado.

Aliado do governador Alckmin, o PSB ocupa a segunda posição, com 3 candidatos na lidança.

Já o PMDB do presidente Michel Temer tem 2 nomes entre os mais competitivos. O mesmo resultado de PSD, PV, PPS e PDT.

O PT tem só 1 candidato competitivo entre as maiores cidades de São Paulo pesquisadas.

Em 2012, os 2 partidos elegeram 8 prefeitos cada nas 28 principais cidades paulistas.

As informações são do repórter do UOL Victor Fernandes.

O quadro a seguir mostra o desempenho dos partidos políticos em São Paulo nas últimas eleições municipais e o desempenho das legendas nas pesquisas eleitorais deste ano (clique na imagem para ampliar):

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Candidatos competitivos em 2016: são os que estão na 1ª colocação das pesquisas de intenção de voto, seja de maneira isolada ou dentro da margem de erro dos levantamentos. Só há pesquisas disponíveis em 22 dos 28 principais municípios paulistas do país. Até o fechamento da edição deste post, não foram divulgadas pesquisas nas últimas semanas nestas 6 cidades: Carapicuíba, Franca, Guarulhos, Itaquaquecetuba, Suzano e Taboão da Serra.

A seguir, o quadro com as pesquisas em São Paulo compiladas pelo Blog (clique na imagem para ampliar).

28.set-prefeitos-SP-eleicoes-2016CAPITAL
O candidato do PSDB na capital paulista, João Doria, lidera as pesquisas eleitorais. O tucano é uma escolha pessoal do governador Geraldo Alckmin. Outros líderes do partido eram contra o nome de Doria. José Serra e Fernando Henrique Cardoso apoiavam Andrea Matarazzo, derrotado nas prévias.

Matarazzo migrou para o PSD, partido de Gilberto Kassab. É candidato a vice-prefeito na chapa com Marta Suplicy (PMDB).

OLHO EM 2018
O resultado das eleições municipais em Estado de São Paulo são fundamentais para Geraldo Alckmin pavimentar sua candidatura nas eleições presidenciais daqui a 2 anos. O PSDB tem outros 2 pré-presidenciáveis: Aécio Neves e José Serra.

Aécio, candidato do partido em 2014, também busca um bom resultado em Minas Gerais. Os tucanos querem fortalecer suas bases locais para conseguir apoio. (Clique aqui para ler post sobre o desempenho do PSDB em MG).

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PSDB e PMDB lideram mapa de pesquisas nas 93 maiores cidades do país
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Fernando Rodrigues

Os 2 partidos são os que têm mais candidatos no topo das pesquisas

Tucanos têm 22 nomes competitivos na disputa; o PMDB chega a 18

PT pode ter pior desempenho desde 1996 em grandes centros urbanos

Só 5 petistas lideram nas principais cidades; apenas 1 está isolado à frente

O cálculo leva em conta a margem de erro das pesquisas divulgadas

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João Doria e João Leite, candidatos do PSDB em São Paulo e Belo Horizonte, respectivamente

PSDB e PMDB devem ficar com a maior parte de prefeitos eleitos em outubro de 2016 nas principais cidades do país, segundo as pesquisas mais recentes. Os 2 partidos têm os maiores números de candidatos competitivos no G93, o grupo que reúne as 26 capitais e as 67 cidades com mais de 200  mil eleitores (e nas quais é possível haver 2º turno).

Candidatos competitivos são aqueles que estão na 1ª colocação das pesquisas de intenção de voto, seja de maneira isolada ou dentro da margem de erro dos levantamentos. O PSDB tem 22 candidatos nessa condição. O PMDB, 18.

O Blog analisou e compilou pesquisas de 81 das 93 cidades mais importantes do país. Em 12 municípios ainda não há levantamentos de intenção de voto recentes, dos últimos 30 dias.

O G93 abriga 54,5 milhões de eleitores. Isso equivale a 37,8% dos 144,4 milhões de brasileiros aptos a votar para prefeito no próximo domingo (2.out.2016).

Quando se consideram apenas as 81 cidades para as quais há pesquisas recentes disponíveis, trata-se de um universo de 50,9 milhões de eleitores –ou seja, 35,2% do país.

O quadro a seguir mostra o desempenho dos partidos políticos nas eleições municipais das últimas duas décadas (clique na imagem para ampliar):

v3-tabela-sintese

Só há pesquisas disponíveis em 81 dos 93 principais municípios do país. Eis as 12 cidades para as quais não há levantamentos publicados nas últimas semanas: Belford Roxo (RJ), Carapicuíba (SP), Caxias do Sul (RS), Franca (SP), Guarulhos (SP), Itaquaquecetuba (SP), Maringá (PR), Montes Claros (MG), Petrópolis (RJ), Santa Maria (RS), Suzano (SP) e Taboão da Serra (SP)

As informações são dos repórteres do UOL Douglas Pereira, Gabriel Hirabahasi, Gabriela Caesar, Luiz Felipe Barbiéri, Pablo Marques, Victor Fernandes, Victor Gomes e Rodrigo Zuquim.

PT: PIOR DESEMPENHO EM 20 ANOS
Como se observa no quadro acima, o PT chega a esta fase da campanha com apenas 5 candidatos competitivos nas principais cidades do país. Apenas 1 está isolado na 1ª posição –e pode, em tese, vencer já no 1º turno. Trata-se do prefeito de Rio Branco (AC), Marcus Alexandre, que tenta a reeleição.

Esse pode ser o pior resultado do partido desde 1996, quando elegeu 9 prefeitos dessas 93 cidades mais relevantes do país. De lá para cá, esse número cresceu. O pico foi em 2008, no auge do governo Lula, com 25 prefeitos e a hegemonia nacional.

O envolvimento com casos de corrupção e o desgaste produzido pela crise política e econômica durante o governo de Dilma Rousseff (que teve o mandato de presidente cassado em 31.ago.2016) são alguns dos fatores que explicam a queda do partido em 2016.

Depois de eleger 17 prefeitos em 2012, o Partido dos Trabalhadores já perdeu 4 deles ao longo do mandato. Hoje, há apenas 13 petistas comandando cidades no grupo das 93 mais importantes.

Um dos casos mais emblemáticos deste eventual desempenho ruim do PT pode ser o prefeito de São Paulo, Fernando Haddad, candidato à reeleição. Ele tem apenas 11% das intenções de voto, segundo o Ibope. Está tecnicamente empatado com Marta Suplicy (PMDB), que tem 15%. João Doria (PSDB) e Celso Russomanno (PRB) lideram com 30% e 22%, respectivamente.

Mesmo com alguma oscilação positiva na sua de intenção de voto nos últimos levantamentos, Haddad continua em situação difícil: ele tem uma das maiores taxas rejeição entre prefeitos que tentam a reeleição em cidades grandes.

A seguir, o quadro com as pesquisas compiladas pelo Blog nas capitais (clique na imagem para ampliar). Se preferir, clique aqui para baixar o arquivo em PDF.

vale-este-pesquisa-prefeitos-capitais-2016Abaixo, os levantamentos mais recentes das 55 cidades com mais de 200 mil eleitores (clique na imagem para ampliar). Se preferir, clique aqui para baixar o arquivo em PDF.

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Candidatos pioram nas pesquisas após receber apoio de Dilma Rousseff
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Fernando Rodrigues

Petista gravou programas eleitorais e participou de eventos de campanha

Jandira Feghali (Rio) e Raul Pont (Porto Alegre) pioraram nas pesquisas

Ex-presidente Dilma participa de evento no Rio de Janeiro

Ex-presidente Dilma participa de evento no Rio de Janeiro

A presença da ex-presidente Dilma Rousseff na campanha eleitoral pode ter piorado o desempenho dos candidatos apoiados por ela nas pesquisas que projetam o 1º turno das eleições municipais.

Após a aparição de Dilma em eventos e programas partidários no rádio e na TV, candidatos que tiveram o apoio da petista perderam pontos nas pesquisas de intenções de voto.

As informações são do repórter do UOL Victor Fernandes.

Depoimentos de Dilma foram exibidos nos programas eleitorais de Raul Pont (PT), em Porto Alegre, e Jandira Feghali (PC do B), no Rio, e Alice Portugal (PC do B), em Salvador.

O depoimento a Raul Pont, em Porto Alegre, foi exibido a partir de 16 de setembro. Pesquisa Ibope feita de 20 a 22 de setembro na capital gaúcha registrou redução de 2 pontos percentuais na intenção de voto do petista em relação a levantamento de 10 de setembro. A vantagem do candidato do PMDB, Sebastião Melo, aumentou de 3 para 12 pontos percentuais. Eis as principais pesquisas em Porto Alegre.

Em 20 de setembro, Dilma participou do 1º ato público após sua cassação. Foi ao Rio de Janeiro, onde acompanhou Jandira Feghali em eventos de campanha. Teve sua presença em um comício na Cinelândia amplamente divulgada. No evento, em 21 de setembro, chegou a dizer que “eleger Jandira no Rio é um ‘volta, Dilma'”.

Nos dias seguintes, imagens da ex-presidente nos locais passaram a ser exploradas nos programas eleitorais da candidata do PC do B.

O instituto Datafolha divulgou uma pesquisa nesta 3ª feira (27.set). O levantamento ouviu eleitores em 26 de setembro. Jandira Feghali ainda está tecnicamente empatada no 2º lugar, mas oscilou negativamente em 2 pontos percentuais em relação à pesquisa de 22 de setembro e viu a vantagem de Pedro Paulo (PMDB) ampliar de um empate para 4%. (Eis os levantamentos)

De acordo com a pesquisa, que tem margem de erro de 3 pontos percentuais, a comunista tem 7% da preferência do eleitorado. O mesmo resultado que tinha em 26 de agosto. No período, Jandira chegou a esboçar uma melhora e registrou até 9%.

A última pesquisa Ibope no Rio ouviu eleitores em 23, 24 e 25 de setembro. Jandira recebeu 6% das intenções de voto, 2 pontos percentuais a menos que no levantamento anterior, em 14 de setembro. A vantagem de Pedro Paulo, numericamente na 2ª posição, passou de 1% para 5%.

ALICE PORTUGAL
A candidata do PC do B em Salvador, Alice Portugal, também teve o apoio da ex-presidente Dilma Rousseff. Alice participou de evento com a presidente cassada em 22 de setembro. Desde então, passou a exibir imagens e depoimentos de Dilma nos programas partidários.

O Ibope e o Datafolha não divulgaram pesquisas depois dos eventos que tiveram a presença de Dilma.

A situação da comunista é muito complicada. O prefeito da cidade, ACM Neto (DEM), lidera os levantamentos com folga. Tem cerca de 70% da preferência dos eleitores nas pesquisas eleitorais. Alice oscila de 8% a 12%.

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Nas capitais, Fernando Haddad é o prefeito com menor intenção de voto
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Fernando Rodrigues

Das 26 capitais, 20 prefeitos tentam reeleição

Desses, petista tem a menor intenção de voto

João Alves, em Aracaju, é o mais rejeitado

Teresa Surita e ACM Neto são os mais populares

Fernando Haddad (PT), prefeito de São Paulo

Fernando Haddad (PT), prefeito de São Paulo

Das 26 capitais do país, 22 têm prefeitos aptos a disputar a reeleição. Em apenas duas (Florianópolis e Cuiabá), os governantes optaram por não concorrer a mais 1 mandato.

Rio de Janeiro, Belo Horizonte, Porto Alegre e Goiânia são capitais nas quais não é possível haver reeleição neste ano.

Entre os 20 que tentam se reeleger, o prefeito de São Paulo, Fernando Haddad (PT), é o que tem a menor intenção de voto nas pesquisas eleitorais. Só 9% do eleitorado diz que votará no petista.

As informações são do repórter do UOL Victor FernandesColaboraram com a apuração os repórteres Rodrigo Zuquim e Victor Gomes. 

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A prefeita de Boa Vista (RR), Teresa Surita (PMDB), é a mais bem colocada nas pesquisas eleitorais. Tem 74% das intenções de voto, segundo levantamento do Ibope divulgado em 16 de setembro.

ACM Neto (DEM), prefeito de Salvador (BA), é o 2º colocado. Atingiu 69% da preferência dos soteropolitanos, indica a mais recente pesquisa na capital baiana.

Em média, prefeitos que tentam se reeleger nas capitais têm 37% da preferência do eleitorado nas pesquisas.

Alcides Bernal (PP), prefeito de Campo Grande (MS), João Alves (DEM), prefeito de Aracaju, e Fernando Haddad (PT), prefeito de São Paulo, são os candidatos à reeleição com as menores intenções de voto.

REJEIÇÃO
O prefeito de Aracaju, João Alves (DEM), é o mais rejeitado pelo eleitorado. Pesquisa Ibope divulgada em 15 de setembro indica que 63% das pessoas não votariam “de jeito nenhum” no candidato.

Dr. Mauro Nazif (PSB), prefeito de Porto Velho (RO), tem 49% de rejeição. Fernando Haddad (PT), em São Paulo, atinge 48%.

 

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Teresa Surita (PMDB) e ACM Neto (DEM) são os mais populares. Não seriam escolhidos “de jeito nenhum” por apenas 11% dos eleitores de suas cidades.

Em média, prefeitos que tentam se reeleger nas capitais têm 27% de rejeição.

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PT perde 87% de seus eleitores pobres em São Paulo
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Fernando Rodrigues

6% dos que têm baixa renda pretendem votar na sigla

Em 2008, partido tinha 46% desse eleitorado

Blog compara pesquisas em datas similares 

Melhor desempenho de Haddad é na classe média

Ex-presidente Lula e Fernando Haddad, prefeito de São Paulo

Ex-presidente Lula e Fernando Haddad, prefeito de São Paulo

A 13 dias do 1º turno das eleições municipais, o PT está em uma situação complicada na cidade de São Paulo. O prefeito Fernando Haddad, candidato à reeleição, tem apenas 9% das intenções de voto nas pesquisas eleitorais.

Entre os mais pobres, a situação de Haddad é ainda pior. De acordo com a última pesquisa Datafolha, o prefeito alcança apenas 6% da preferência das pessoas com renda familiar mensal de até 2 salários mínimos.

O resultado é 87% menor do que o registrado pela sigla em 2008, quando Marta Suplicy disputou a prefeitura pelo PT. Naquele ano, na mesma fase da campanha, Marta tinha 46% da preferência dos mais pobres.

As informações são do repórter do UOL Victor Fernandes.

A cerca de 20 dias da disputa, data em que as pesquisas foram divulgadas, nunca um candidato do partido teve números tão baixos entre os eleitores de baixa renda.

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Em 18 de setembro de 2008, 17 dias antes do 1º turno, 46% dos eleitores com renda mensal de até 2 salários mínimos votariam em Marta Suplicy. À época, Marta tinha nesse eleitorado o seu melhor desempenho. No geral, 37% diziam votar na candidata.

Em 2012, Fernando Haddad tinha 15% das intenções de voto. Entre os mais pobres, alcançava 16%. Neste ano, os números são ainda piores. Haddad tem 9% da preferência dos eleitores.

Entre os mais pobres, apenas 6%. O porcentual significa uma perda de 87% em relação a 2008 e de 63% em relação a 2012.

PT NAS ÚLTIMAS 3 ELEIÇÕES
A cerca de 20 dias da disputa, candidatos do PT estavam em situações diferentes em 2008, 2012 e 2016.

Marta Suplicy foi a que conseguiu a melhor colocação nesta etapa da campanha. Em 2008, liderou a disputa durante todo o 1º turno. Depois, porém, foi ultrapassada por Gilberto Kassab (DEM). Disputaram o 2º turno, que acabou vencido pelo demista (hoje, Kassab está no PSD).

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Em 2012, Fernando Haddad tinha 15% da preferência dos paulistanos a 18 dias do 1º turno. Seu desempenho era parecido nas famílias pobres e ricas. Oscilava de 13% a 18% de acordo com a classe social do eleitor.

Haddad chegou ao 2º turno. Na disputa, venceu José Serra (PSDB) e tornou-se prefeito de São Paulo.

Neste ano, o petista tenta a reeleição. Sua popularidade, porém, é muito baixa. O prefeito tem 46% de rejeição.

Seu melhor desempenho é entre as famílias de classe média (12%), especificamente as com renda mensal de 5 a 10 salários mínimos. Entre os que ganham de 2 a 5 salários e os mais ricos, 10% afirmam votar no candidato que tenta se reeleger.

RUSSOMANNO E MARTA
Os candidatos Celso Russomanno (PRB) e Marta Suplicy (PMDB) lideram com folga a preferência do eleitorado de baixa renda. Russomanno alcança 31% e Marta, 27%. João Doria (PSDB) atinge 9%. Fernando Haddad (PT) tem 6% e Luiza Erundina (PSOL) 5%.

O resultado é parecido entre os menos escolarizados. Russomanno é o preferido por 36% das pessoas que estudaram até o ensino fundamental. Nesse segmento, Marta atinge 26% das intenções de voto. Doria, com 8%, Haddad, com 7%, e Erundina, com 3%, completam a lista dos mais bem posicionados.

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Aliados de Aécio Neves lideram em 5 das 8 maiores cidades de Minas Gerais
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Fernando Rodrigues

PSDB têm apenas 3 candidatos próprios nas 8 cidades

João Leite (PSDB) lidera disputa em Belo Horizonte

PT não tem nenhum nome na liderança absoluta

8 maiores cidades têm 27% dos eleitores de Minas

Convenção do PSDB em Belo Horizonte

Convenção do PSDB em Belo Horizonte – 28.jul.2016

Candidatos apoiados pelo senador Aécio Neves (PSDB) lideram disputas em 5 das 8 cidades mineiras mais relevantes (a capital, Belo Horizonte, e as 7 com mais de 200 mil eleitores, ou seja, que podem ter 2º turno nas eleições municipais).

Em Belo Horizonte, Uberlândia e Betim aliados do tucano estão na frente nas pesquisas eleitorais. Em Juiz de Fora e Uberaba, estão em situação de empate técnico (dentro da margem de erro) com quem está na 1ª colocação. Em duas cidades, não há pesquisas divulgadas: Governador Valadares e Montes Claros. Eis um panorama dos 8 principais municípios mineiros (clique na imagem para ampliar):

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Nessas 8 cidades, o PSDB tem candidaturas próprias apenas em 3 municípios (Belo Horizonte, Contagem e Governador Valadares). Nas outras, o partido apoia nomes do PP, PMDB, PHS, PSB e DEM.

Aécio Neves tenta recuperar o prestígio no seu Estado natal, no qual foi derrotado nas eleições presidenciais de 2014. Um bom desempenho nas disputas municipais é vital para o senador tucano pavimentar o caminho de uma nova candidatura ao Planalto em 2018.

O eleitorado dessas 8 cidades mineiras corresponde a 27% de todo o Estado. Nas eleições presidenciais de 2014, o tucano ganhou em somente 3 delas: Belo Horizonte, Contagem e Governador Valadares.

As informações são do repórter do UOL Victor Fernandes. Colaboraram com a apuração os repórteres Rodrigo Zuquim e Victor Gomes.

BELO HORIZONTE
O candidato do PSDB na capital mineira, João Leite, é o líder isolado, segundo as pesquisas eleitorais. De acordo com levantamentos publicados em agosto, oscila de 21% a 30% das intenções de votos. O 2º colocado, Alexandre Kalil (PHS), ex-presidente do Clube Atlético Mineiro, tem de 11% a 19%, a depender do instituto.

O candidato apoiado por Aécio Neves é o que tem o maior espaço nos programas partidários e inserções publicitárias.

Délio Malheiros (PSD), nome apoiado pelo prefeito Marcio Lacerda (PSB), tem de 3% a 5% da preferência do eleitorado.

O Blog mostra um panorama geral de todas as pesquisas eleitorais disponíveis em Belo Horizonte. Para ler, clique aqui.

CIDADES MINEIRAS
Das 7 outras grandes cidades de Minas Gerais, 5 têm pesquisas eleitorais registradas e divulgadas. Somente em Contagem o candidato apoiado por Aécio Neves não lidera. Na cidade, o nome escolhido pelo PSDB foi Alex de Freitas. O tucano está na 3ª colocação, atrás de Ademir Lucas (PR) e Carlin Moura (PC do B).

Em Betim e Uberlândia, nomes apoiados por Aécio lideram as pesquisas com folga. Em Juiz de Fora e Uberaba, aliados do tucano ocupam a 1ª colocação junto de outros adversários.

As cidades de Montes Claros e Governador Valadares não tinham pesquisas disponíveis até a publicação deste post.

Para acessar levantamentos de outros Estados, clique aqui

PT: DESEMPENHO FRACO
O partido do governador Fernando Pimentel não tem candidatos liderando de maneira isolada nas 6 principais cidades mineiras com pesquisas eleitorais disponíveis. O melhor desempenho é de Margarida Salomão, em Juiz de Fora. A petista divide a 1ª posição da corrida eleitoral com Bruno Siqueira (PMDB).

O PT tem candidatos próprios em 6 dos 8 maiores municípios mineiros: Belo Horizonte, Betim, Governador Valadares, Juiz de Fora, Montes Claro e Uberlândia. Em Contagem e Uberaba, petistas apoiam nomes do PC do B e PP, respectivamente.

Em Belo Horizonte, Reginaldo Lopes, candidato do governador Pimentel, atinge no máximo 3% das intenções de votos, segundo as pesquisas disponíveis.

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PT e Dilma confundiram o mapa com o território e perderam o poder
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Fernando Rodrigues

Petista achava que narrativa da honestidade bastaria

Dilma teve várias oportunidades, mas falhou na política

Fisiologia foi usada, mas de maneira desajeitada e ineficaz

Enfrentamento com Eduardo Cunha foi mal calibrado

BRASILIA, DF, BRASIL, 16-04-2015, 10h00: Presidente Dilma Rousseff, na foto cumprimentando o presidente da camara dos deputados dep. Eduardo Cunha (PMDB-RJ), participa, ao lado do ministro da defesa Jaques Wagner e do comandante do exercito, general Eduardo Villas Boas, de cerimonia comemorativa do dia do exercito, no quartel general do exercito, em Brasilia. (Foto: Pedro Ladeira/Folhapress, PODER)

Cunha e Dilma, em abril de 2015: um ano antes do impeachment, relação era cordial

Todos conhecem o argumento usado pelo PT e por Dilma Rousseff para se defenderem do processo que levou à cassação do mandato da petista neste 31 de agosto.

Primeiro, a defesa diz que o impeachment foi um golpe.

Segundo, que as razões protocolares (as pedaladas fiscais) seriam um delito menor e não passível de ser considerado crime de responsabilidade.

Terceiro, que os senadores pró-impeachment são adversários da democracia.

A tríade argumentativa dilmista baseia-se em uma certa ingenuidade postiça misturada com um cinismo calculado.

Afinal, o PT comandava um governo em estado de degradação política. Inexistia diálogo produtivo com o Congresso. O Planalto desprezava os aliados usados (apenas usados) na trajetória para chegar ao poder. Todo mundo que é alguém na direção petista concordava com esse diagnóstico há muito tempo.

A economia se deteriorava num trilho paralelo ao da política. Decisões equivocadas tomadas por Dilma Rousseff se sucediam. A recuperação se tornou cada vez mais improvável.

Nesse cenário de crise de duas cabeças (política e econômica), o que esperavam Dilma Rousseff e o PT? Que a oposição fosse condescendente? Que o PSDB e o DEM aquiescessem e aceitassem aprovar projetos de lei de interesse do Palácio do Planalto?

Atenção: este post não pretende defender o impeachment de Dilma Rousseff nem as suas motivações. O afastamento de um presidente da República é traumático. Sempre deve ser evitado.

A ideia aqui é refletir sobre as barbeiragens políticas dos que agora estão sendo limados do poder.

A falta de destreza política é fatal em democracias representativas jovens como a brasileira.

O PT e Dilma Rousseff sabem disso.

Numa de suas respostas a senadores nesta semana, Dilma Rousseff afirmou que a “vida é dura”. Parafraseando a presidente cassada, a política então é duríssima. Política serve para chegar ao poder. Em seguida, para se manter no topo.

Vale aquela regra emprestada da física: em política não tem vácuo. Quando um espaço se abre, logo é preenchido.

Oposição numa democracia representativa é como 1 tubarão em busca de carne. Sente o cheiro do sangue à distância. São animais (a política e o tubarão) predadores. Matam o inimigo. Os petistas vivem há décadas nesse ecossistema. Quando chegaram ao Planalto, atingiram o topo da cadeia alimentar.

Há 17 anos, o PT patrocinou um pedido de impeachment do então presidente Fernando Henrique Cardoso (PSDB). O requerimento foi enviado ao arquivo pelo então presidente da Câmara, Michel Temer. Numa sessão noturna, em  18 de maio de 1999, uma série de deputados petistas tentou derrubar o arquivamento.

“A oposição tem o dever de dizer a outro poder [o Executivo] que não pode exercê-lo de maneira absoluta”, bradou o então deputado José Genoino (PT-SP). Outros falaram. Inclusive José Dirceu, hoje preso por causa das investigações da Lava Jato. Está tudo documentado em vídeo.

Este post, ressalto outra vez, não pretende defender o impeachment de Dilma Rousseff.

O que se deseja é refletir a respeito de como foi possível se chegar a essa situação.

No fundo, ocorreu algo muito comum entre aqueles que chegam ao poder. Ficam com a visão obnubilada pela luz ofuscante da miragem de prosperidade eterna. Perdem então a capacidade de fazer análise de conjuntura.

Quando tudo começou a degringolar, o PT e Dilma Rousseff confundiram o mapa com o território.

O mapa foram as bem-sucedidas políticas de inclusão social promovidas durante os 2 mandatos de Luiz Inácio Lula da Silva. A sensação de prosperidade dos brasileiros em 2010. Como poderia o Congresso e a população abandonarem um projeto desses?

O território era um esgotamento das medidas anticíclicas adotadas por Lula (e conservadas por Dilma) para manter a economia rodando após a crise econômica mundial de 2008. Uma crescente insatisfação entre os partidos políticos que entraram no ônibus petista e eram tratados a pontapés. E, claro, o impacto da corrupção envolvendo a Petrobras e empreiteiras, tudo desvendado pela Operação Lava Jato.

Ainda sobre o território (a realidade) basta olhar a tabela com a taxa de desemprego no país a partir de 2012. O percentual entre jovens de 18 a 24 anos subiu de maneira assombrosa. Chegou a assustadores a 24,5% em junho.

ERROS EM SÉRIE
Qual é o político que não comete equívocos? Esse não é o problema. O que diferencia os mais apetrechados dos néscios é a capacidade de aprender com os erros, corrigir a rota e seguir em frente.

O governante experiente também sabe que a ele quase tudo é permitido. Só não pode se enganar em uma coisa: na política.

Dilma e o PT cometeram erros seriais na política. O curioso é que sempre se abria uma janela para tentar um conserto. Só que essas oportunidades foram desprezadas ou mal aproveitadas, uma a uma.

Nos últimos dias, Dilma Rousseff liberou geral. Vários senadores dilmistas faziam o trottoir pelo plenário oferecendo ministérios e cargos em estatais em troca de votos para salvar a petista. Não deu certo. Era tarde demais.

O ponto então é: se houve agora essa liberação da “fisiologia esclarecida contra o golpe”, por que não foi usada a mesma estratégia antes? A resposta é: foi usada, mas de maneira equivocada, como sempre.

Em abril de 2016, algum gênio do Palácio do Planalto decidiu que o “pagamento” dos votos para barrar a autorização da abertura do processo de impeachment na Câmara deveria ser feito apenas após a entrega da mercadoria. Os cargos foram prometidos, mas as nomeações sairiam só depois de Dilma ter sido salva. Resultado: o pedido de afastamento foi aceito.

Política se faz com a realidade dada e não com a desejada.

Dilma e o PT estavam frágeis antes da votação do impeachment pela Câmara. Como poderiam esperar impor condições no pântano na fisiologia?

Faltou um pouco de Max Weber nas análises de conjuntura feitas dentro do Palácio do Planalto dilmista. Weber teorizou sobre a ética da responsabilidade (a do governante) em confronto com a ética da convicção (de todos os cidadãos).

No seu livro “Economia e Sociedade: fundamentos da sociologia compreensiva”, de 1921, Weber ensina: “Mesmo nos mais puros [partidos], de classe, costuma também ser decisivo para a atitude dos líderes e do quadro administrativo o interesse próprio (ideal ou material) em termos de poder, cargos e garantia de existência, enquanto que a defesa dos interesses de seus eleitores só se realiza na medida em que seja inevitável, para não por em perigo as possibilidades de reeleição”.

Ou seja, não se trata de louvar a fisiologia, mas de saber que um governante está premido por circunstâncias nas quais torna-se nefando apegar-se aos princípios da pureza política. Um governante tem responsabilidades diferentes das de um cidadão comum.

Como este Blog já registrou mais de uma vez, um presidente da República deve ter cautela antes de condenar uma ação criminosa e expressar repulsa pelo seu autor. Já um cidadão comum tem liberdade para ser mais direto nas suas preferências, vocalizando suas convicções de maneira aberta.

Um presidente da República precisa muitas vezes ceder cargos para deputados e senadores em troca de uma votação relevante, como uma reforma para reativar a economia. O cidadão comum poderá nutrir repulsa por um escambo dessa natureza, mas não precisa se preocupar em governar o país.

Às vezes, parece que o PT entende essa regra. Mas com muita má vontade, torcendo o nariz. Não foi à toa que Dilma Rousseff falou a senadores que jamais governaria novamente com o “PMDB do mal”. A frase é pedestre e infantil, pois revela que essa experiente mulher de 68 anos possa acreditar que exista um PMDB “do bem” e outro “do mal”. PMDB existe um só, depende de quem é o interlocutor.

O PT chegou ao Planalto com Lula em janeiro de 2003. A primeira providência do presidente foi chutar o PMDB para fora do governo –mesmo depois de José Dirceu ter negociado o apoio dos peemedebistas de maneira, vamos dizer, minuciosa. Lula preferiu montar sua administração com uma miríade de pequenos partidos. Essas siglas foram terceirizadas pelo petismo para executar certos trabalhos sujos e fisiológicos. Deu no mensalão, em 2005.

No caso do impeachment de Dilma Rousseff, há vários exemplos de erros políticos. Talvez o mais emblemático tenha se dado em 2 de dezembro de 2015. Naquela data, pela manhã, 3 deputados petistas desconhecidos decidiram votar pela abertura do processo por quebra de decoro contra o então presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ).

No mesmo dia 2 de dezembro de 2015, na parte da tarde, Eduardo Cunha deu andamento ao pedido de impeachment de Dilma Rousseff –prerrogativa de quem preside a Câmara.

A direção petista apoiou os 3 deputados obscuros (Léo de Britto, do Acre, Valmir Prascidelli, de São Paulo, e Zé Geraldo, do Pará).

É evidente que Dilma Rousseff não foi cassada por causa da posição adotada por Britto, Prascidelli e Zé Geraldo. Mas o que teria acontecido se naquele 2 de dezembro os 3 tivessem ajudado a salvar Eduardo Cunha de se tornar alvo de um processo de cassação?

As primeiras consequências seriam as notícias negativas: “PT se alia a Eduardo Cunha para salvar Dilma”. Nada agradável. Mas, e daí? Como estava e como está a imagem do PT hoje? Melhorou pelo fato de 3 deputados desconhecidos terem se posicionado contra Eduardo Cunha?

Uma coisa é certa. Caso o PT não tivesse abandonado Eduardo Cunha em 2.dez.2015, o processo de Dilma Rousseff não teria sido aberto imediatamente. Possivelmente, ficaria um pouco engavetado. Depois, viria o recesso do Congresso, em janeiro. O Carnaval. E só em março as pressões voltariam.

Como está publicado neste post de 30.ago.2016, dentro do Palácio do Planalto havia no final de 2015 uma opção clara pelo enfrentamento a Eduardo Cunha. Seria supostamente “o bem [Dilma] contra o mal [Cunha]”. O plenário da Câmara estaria cabeado para absolver a petista. Eram adeptos dessa teoria os ministros Jaques Wagner (Casa Civil), Edinho Silva (Secom) e Ricardo Berzoini (Secretaria Geral).

Foi um dos maiores erros de avaliação política da história recente. Quando a abertura do impeachment foi votada, em 17 de abril de 2016, Dilma sofreu uma derrota retumbante.

Se o PT tivesse trabalhado para salvar Eduardo Cunha naquele dia, a história teria sido outra? Não se sabe.

Sabe-se apenas que Dilma e o PT cometeram tantos erros, confundindo desejo com realidade, que o desfecho não poderia ser diferente do deste 31 de agosto de 2016.

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