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Globo notificará sites que falam de operação da emissora com o BNDES
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Fernando Rodrigues

TV contesta versão citada por Mirian Dutra

Crédito: Junius-13fev2010

Sede da Rede Globo no Rio de Janeiro

O Grupo Globo decidiu notificar extrajudicialmente sites e blogs que têm noticiado um suposto empréstimo do BNDES que teria beneficiado a emissora.

O assunto foi levantado pela ex-funcionária da TV Globo Mirian Dutra, que teve um relacionamento pessoal com o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso. Ela afirmou em entrevista que a Globo a teria ''exilado'' com contratos na Europa para evitar que sua volta ao Brasil e a relação com FHC prejudicassem a imagem do então presidente. Em troca, a emissora teria recebido financiamentos do BNDES a juros baixos.

A Globo tem em seu site uma versão para essa história: o BNDES era sócio da Globo Cabo, companhia de TV por assinatura do Grupo Globo, e acompanhou o aumento de capital da empresa realizado em 1999. O banco não teria realizado nenhum financiamento ou empréstimo a empresas do grupo.

A novidade neste episódio foi o Grupo Globo tomar a iniciativa de notificar os sites e blogs para que reafirme a informação ou se retratem. A ideia é processar os que não responderem de acordo com o que a emissora considera a versão correta dos fatos.

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“A culpa é do FHC”, ironiza ex-presidente sobre acusações contra o PT
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Fernando Rodrigues

Fernando Henrique grava vídeo sarcástico sobre crise política

“Não conseguem se explicar: botam a culpa no FHC. Virou gozação”

FHC-video-24fev2016

Ex-presidente em vídeo no qual ironiza o ''lulopetismo''

Em vídeo gravado para divulgar em suas redes sociais, o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso ironiza o comportamento de petistas frente às acusações de corrupção no escândalo investigado pela Operação Lava Jato.

''A culpa é do FHC!'', diz, simulando o que considera ser a reação dos petistas quando pessoas ligadas ao partido são presas por corrupção. O ex-presidente afirma ainda que, nesses casos, seus adversários políticos divulgam mentiras sobre ele para tentar confundir a opinião pública.

''Ora, podem me investigar no que quiserem. Eu não temo o Ministério Público, nem a Polícia Federal'', diz.

O vídeo foi gravado na semana seguinte à acusação de que FHC teria usado um contrato fictício com uma empresa de exportação e importação para enviar dinheiro à jornalista Mirian Dutra, com quem teve relações no final da década de 1980, antes de ser eleito presidente. O tucano nega ter cometido irregularidades.

Eis a íntegra do vídeo:

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Sem opção, Dilma escolhe petista para liderar governo no Senado
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Fernando Rodrigues

Humberto Costa (PE) assume cargo após saída de Delcídio

Aliados do Planalto pediram nome fora da bancada do PT

humberto-costa_AgSen_02-2016

Humberto Costa (PT-PE), novo líder do governo no Senado

O Palácio do Planalto confirmará hoje a indicação do senador Humberto Costa (PT-PE) como líder da bancada governista no Senado Federal.

A informação é do repórter do UOL André Shalders.

O cargo de líder do governo no Senado está vago desde a prisão de Delcídio do Amaral (PT-MS), em 25.nov.2015. Nos últimos meses, José Pimentel (PT-CE) vinha exercendo a função de forma interina.

No início do ano, o governo sondou nomes do PMDB para assumir a função. O escolhido deveria ter bom trânsito com as demais bancadas da Casa, inclusive da oposição.

A indicação de Costa, considerado um petista “de raiz”, pode provocar ciúmes nos demais partidos da base aliada. Reclamações sobre o apetite do PT e sobre um suposto favorecimento ao partido, por parte do Planalto, são frequentes entre deputados e senadores.

O cargo de líder do governo é um dos mais importantes na estrutura do Senado. Cabe a ele apresentar e defender a posição oficial do Planalto durante as votações e articular em favor das propostas apresentadas pela presidente Dilma Rousseff.

Humberto Costa tem 58 anos e é médico. Filiou-se ao PT ainda em 1980, pouco depois da fundação do partido. Nunca deixou a legenda. O primeiro cargo eletivo foi como vereador em Recife, de 2001 a 2005. Assumiu como senador por Pernambuco em 2011.

Durante o primeiro mandato de Luiz Inácio Lula da Silva como presidente, Humberto Costa foi ministro da Saúde (de 2003 a julho de 2005).

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PMDB volta a colocar Marta em destaque nos seus comerciais na TV
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Fernando Rodrigues

Pré-candidata a prefeita de São Paulo, senadora domina inserções

Ex-petista também terá exposição grande no programa de 5ª feira

Michel Temer prega “união'' e ''debate” em comercial do PMDB

Renan Calheiros defende lista de projetos que propôs em 2016

Marta-Suplicy-comerciais-PMDB

Senadora Marta Suplicy (SP) em comercial do PMDB

A senadora Marta Suplicy (SP) dominará as inserções do PMDB  na TV aberta, que vão ao ar nesta 3ª e 5ª feiras e sábado (23, 25 e 27.fev.2016).

Pré-candidata à Prefeitura de São Paulo, Marta aparecerá em pelo menos 3 inserções do partido, uma nacional e duas que vão ao ar apenas em São Paulo. No programa nacional, a peemedebista critica o desemprego na cidade governada atualmente por Fernando Haddad (PT).

Nas peças locais, tenta se consolidar principal opositora na corrida paulistana. Em um dos comerciais, faz críticas à situação da saúde pública.  No outro, a senadora refere-se a São Paulo como uma “cidade de inovações” e cita a criação do Bilhete Único e dos CEUs (Centros Educacionais Unificados), projetos implementados em seu mandato como prefeita da capital, de 2001 a 2004.

Presidente nacional do partido e em campanha pela reeleição na convenção nacional da legenda, em março, Michel Temer também aparece nas inserções. O vice-presidente da República diz ser preciso renovar o PMDB –embora ele próprio esteja à frente da legenda há uma década e meia. Fala que o partido pode  “mudar o estado em que as coisas estão” e cita que o diálogo deve ser realizado com o intuito de “manter e ampliar as conquistas sociais”.

Em sua aparição, o presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), defende a Agenda Brasil, um conjunto de projetos de lei patrocinados por ele em 2015, como forma de o país reativar a economia. A agenda é apresentada como uma iniciativa para “retomar o crescimento e promover uma ampla convergência em relação ao futuro do país”.

Eis os vídeos, cuja criação e produção são da agência Pública Comunicação, com direção do publicitário Elsinho Mouco:

SUJEITO OCULTO
O presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), não gravou nenhum comercial exclusivo de 30 segundos como Marta, Temer e Renan. Ele aparecerá somente no programa mais longo, de 10 minutos, que será veiculado em rede nacional pelo PMDB nesta 5ª feira, às 20h30.

A peça deve apresentar de 10 a 12 pré-candidatos peemedebistas a prefeituras importantes. Quem voltará a figurar com destaque é Marta Suplicy. Ela será a penúltima a falar, antes de Michel Temer encerrar o programa.

AS FACÇÕES DO PMDB
Os comerciais partidários servem no Brasil como sinalização sobre quem está mandando num determinado partido. No caso do PMDB, as inserções de 30 segundos e o programa longo, de 10 minutos, indicam que a legenda tem hoje 2 vértices principais de poder.

De um lado, ao centro e sempre flertando com a oposição ao governo, está o vice-presidente da República, Michel Temer. Do outro, também ancorado no centro, mas sempre pendendo mais para o lado do Palácio do Planalto, está Renan Calheiros.

Marta Suplicy aparece em meio a essas duas facções, de maneira híbrida, pois tem boa relação política tanto com Temer como com Renan. Ela, uma ex-petista, incorpora uma estratégia do PMDB para se reapresentar como partido com alguma aspiração de chegar ao poder sozinho.

O PMDB (antes MDB) ajudou o Brasil a sair da ditadura militar (1964-1985), mas nunca chegou à Presidência da República numa eleição direta.

Por fim, os comerciais do PMDB na TV e no rádio nesta semana também são a comprovação de como o presidente da Câmara, Eduardo Cunha, perdeu poder dentro da legenda. Afinal, ele ocupa o 3º cargo na hierarquia da República –mas ficará sem destaque nas propagandas partidárias.

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PF apreende coleção de carros de operador da Lava Jato
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Fernando Rodrigues

Frota inclui modelos clássicos da Mercedes, Porsche, Chevrolet e Alfa Romeo

Veículos pertencem ao engenheiro Zwi Skornicki, apontado como operador 

Ele  é acusado de repassar U$$ 4,5 milhões a marqueteiro do PT

Carros-lava-jato-22fev2016

Carros apreendidos pela Lava Jato nesta 2ª feira (22.fev.2016)

 

Um vídeo gravado durante a 23ª fase da Operação da Lava Jato mostra agentes da Polícia Federal vistoriando uma coleção de carros antigos do engenheiro Zwi Skornicki. Os automóveis foram apreendidos.

Apontado pela PF como um dos operadores de propina da Petrobras, Skornicki foi preso esta manhã em sua casa, na Barra da Tijuca, no Rio.

O engenheiro é acusado de repassar U$$ 4,5 milhões ao marqueteiro do PT, João Santana –que nega ter cometido irregularidades.

Pelo menos 6 modelos clássicos aparecem no vídeo obtido pelo Blog. 

Um Porsche 911 Targa 1978 (branco); um Mercedes-Benz 280 SL Pagoda 1963-1971 (verde escuro); um Chevrolet Corvette conversível 1966 (prateado); uma Alfa Romeo Spider (vermelho); um Chevrolet Bel Air 1955 ''hot rod'' (azul metálico) e um Mercedes SL R107 1972-1989 (preto). Skornicki teve ainda uma lancha apreendida na operação.

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Grupos anti-Dilma acusam Facebook de dificultar convocação de ato no dia 13
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Fernando Rodrigues

Vem Pra Rua e Endireita Brasil reclamam de restrições em suas páginas

Facebook diz que eventos com muitos convidados às vezes passam por spam

Oposição quer manifestações de 13.mar para incentivar volta às ruas

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Manifestação pró-Impeachment na orla de Copacabana, no Rio de Janeiro

Integrantes dos grupos Vem Pra Rua e  Movimento Endireita Brasil queixam-se de dificuldades na utilização do Facebook para divulgar as manifestações pró-impeachment convocadas para 13.mar. Esses atos são vistos pelo oposição como uma possível volta às ruas de grandes protestos contra a administração da presidente Dilma Rousseff (PT).

Recursos básicos da rede social, como fazer publicações e enviar convites, estão (em parte do tempo) indisponíveis aos administradores e simpatizantes dos movimentos nas suas páginas no Facebook.

As informações são do repórter do UOL, Luiz Felipe Barbiéri.

Os problemas começaram na semana passada. Seriam resultado de acusações contra as páginas oficiais dos grupos.

Isso estaria ocorrendo porque o Facebook permite que seus usuários apontem conteúdos considerados impróprios. Essa facilidade, entretanto, pode ser utilizada como estratégia para tirar do ar uma página ou perfil.

Um grande volume de ''denúncias'' contra um determinado site é suficiente para impor restrições aos usuários da rede. O Facebook restringe de forma automática as interações com a plataforma.

“O que está ocorrendo é gravíssimo. Há ataques contra nossa página, o Facebook sabe desses ataques e não faz nada. Não há qualquer tipo de filtro”, afirma Rogerio Chequer, porta-voz do Vem Pra Rua.

Ele explica que os administradores da comunidade faziam, em média, 12 publicações diárias. Esse número teria caído para 5 em razão de obstruções impostas pela rede social. O Blog contou, entretanto, 27 postagens nos últimos 3 dias.

Patrícia Bueno, uma das 5 administradoras da página do Movimento Endireita Brasil, diz que ficou impedida de publicar na comunidade no sábado (20.fev).

“Não tenho dúvidas de que tenha relação com as manifestações do próximo dia 13”, afirma, em referência aos protestos pró-impeachment convocados para o mês que vem.

PERFIL PESSOAL
Às vésperas das manifestações de 13.dez.2015, os grupos queixaram-se dos mesmos problemas. A diferença é que, agora, as limitações no uso das ferramentas da rede social impõem-se também a contas pessoais de administradores e simpatizantes.

“A todo momento é solicitada troca de senha, pedem verificação visual. Eu levo 15 minutos para fazer uma simples postagem no meu perfil”, reclama Chequer.

Uma moderadora da conta do Vem Pra Rua diz que é comum ter de trocar a senha 5, 6 vezes ao dia.

“No meu perfil não consigo ‘curtir’ nada, responder mensagens, fazer compartilhamentos”, conta Patrícia.

OUTRO LADO
Em nota, o Facebook não explicou por que as restrições ao uso da rede atingem as contas pessoais de integrantes dos movimentos.

Esclareceu, no entanto, que eventos com grandes listas de convidados, algumas vezes, são denunciados como spam e os administradores podem ser impactados por notificações de segurança.

“A nossa Central de ajuda explica e detalha como criar, administrar e fazer promoção de eventos no Facebook''. 

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Lula assinou acordo de extradição que pode trazer João Santana ao Brasil
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Fernando Rodrigues

Marqueteiro petista está na República Dominicana

Prisão de Santana foi pedida para 23ª fase da Lava Jato

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Dilma, João Santana e Lula durante a campanha de 2010

Há uma ironia na 23ª fase da Operação Lava Jato, deflagrada hoje pela Polícia Federal. Um  decreto assinado em 2009 pelo então presidente Luiz Inácio Lula da Silva pode servir de base para um eventual pedido de extradição para o Brasil de seu marqueteiro,  João Santana, e da mulher dele,  Mônica Moura.

Esse decreto serviu para formalizar o Tratado de Extradição que foi assinado em 2003 pelo Brasil e pela República Dominicana.

João Santana e Mônica Moura estão no momento atuando na campanha pela reeleição do presidente da República Dominicana, Danilo Medina. O casal teve prisão temporária decretada na 23ª fase da Operação Lava Jato, deflagrada nesta 2ª feira (22.fev.2016).

Contexto: eis um texto com as principais referências sobre o publicitário.

DIPLOMACIA
O Tratado de Extradição entre Brasil e República Dominicana estabelece que os 2 países são obrigados a entregar reciprocamente pessoas que respondam a processo criminal ou tenham sido condenadas por autoridades e que se encontrem no território da outra.

No caso de ser requerida a extradição, os advogados do casal poderão alegar que os 2 são apenas investigados pela Lava Jato. Mas o tratado tem dispositivos ambíguos. Por exemplo: se a pessoa não foi ainda condenada, o pedido oficial de extradição deverá ser feito por autoridade diplomática mediante a apresentação de mandado de prisão.

23ª FASE DA LAVA JATO
Batizada de Acarajé, a 23ª fase da Lava Jato, mobilizou 300 policiais federais em 9 cidades. São 55 mandados: 40 de busca e apreensão, 2 de prisão preventiva, 8 de prisão temporária e 5 de condução coercitiva.

A tese da 23ª fase da Lava Jato é que João Santana levou dinheiro do esquema na Petrobras. Tanto da Odebrecht (US$ 3 milhões) quanto de Zwi Skornicki (US$ 4,5 milhões). Os  delegados não afirmam, por enquanto, que os pagamentos foram para a campanha de Dilma. Mas ela está agora mais perto do centro da investigação. Santana nega em nota no site de sua empresa.

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Sem CPMF, saúde pública deve ter déficit pelo 3º ano seguido
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Fernando Rodrigues

Projeção indica SUS com rombo de R$ 16,7 bilhões em 2016

Saúde faz estudo para pressionar pela aprovação do tributo

carlos-ocke-reis_cebes2013

Diretor do Departamento de Economia da Saúde do MS, Carlos Ocké-Reis

O Sistema Único de Saúde (SUS) poderá ter déficit pelo 3º ano seguido em 2016 caso a CPMF não seja aprovada, alerta o diretor do Departamento de Economia da Saúde do Ministério da Saúde, Carlos Ocké-Reis.

Projeções de Ocké-Reis, feitas no fim de 2015, indicam que o déficit no SUS pode chegar a R$ 16,7 bilhões neste ano.

A estimativa é anterior ao corte orçamentário anunciado na última 6ª feira (19.fev). Houve o bloqueio de R$ 2,5 bilhões na Saúde e parâmetros econômicos (como o crescimento da economia e a arrecadação do governo) foram revistos para baixo.

A apuração é do repórter do UOL André Shalders.

Em 2014 foi registrado rombo de R$ 3,8 bilhões e há expectativa de déficit também em 2015. O número do ano passado (estimado inicialmente em R$ 5,9 bilhões) precisa ser revisado, conforme Ocké-Reis, que é economista, doutor em saúde coletiva e ex-pesquisador do Ipea.

O Ministério da Saúde está preparando um estudo (uma nota técnica) no qual defenderá a aprovação da CPMF (o imposto do cheque), com alíquota de 0,38%.

A tabela abaixo mostra as projeções feitas por Carlos Ocké-Reis no fim de 2015 para o déficit do SUS nos últimos 3 anos (clique na imagem para ampliar): tabela-deficit-susCOMO A CRISE ECONÔMICA PIORA A SITUAÇÃO DO SUS?
Segundo Ocké-Reis, a crise econômica ajuda a piorar o quadro crônico de falta de dinheiro no Sistema Único de Saúde. São 4 motivos principais:

1. Em 2016, o gasto da União com o SUS está fixado em 13,2% da Receita Corrente Líquida (arrecadação do governo menos repasses para Estados e municípios). Portanto, quando a arrecadação cai, a União fica obrigada a investir menos. Esse percentual foi estabelecido por uma emenda à Constituição aprovada pelo Congresso;

2. O aumento do desemprego faz com que mais pessoas deixem de ter acesso a planos de saúde fornecidos pelas empresas privadas. Essas pessoas passam a usar o SUS com mais frequência;

3. A alta do dólar diminui a capacidade do governo de importar medicamentos e equipamentos que não são produzidos no país e a inflação faz subir o preço de produtos e serviços fornecidos por brasileiros;

4. Crise econômica também significa aumento da ansiedade, do stress e dos casos de depressão. Depressão e ansiedade são hoje uma das causas que levam a população a adoecer, diz Carlos Ocké-Reis.

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Controle da corrupção contará pontos para empresa vencer licitação
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Fernando Rodrigues

Assunto é prioridade da CGU e de órgãos de fiscalização

Grupo terá 2 encontros em março para debater tema

Norma levará em conta tamanho e setor da empresa

dinheiro

Medidas contra a corrupção ajudarão empresas a vencer licitações públicas

Empresas que comprovarem ter programas internos de prevenção à corrupção poderão ganhar pontos extras em licitações do governo federal.

A proposta está sendo debatida por órgãos do governo reunidos na Estratégia Nacional de Combate à Corrupção e à Lavagem de Dinheiro (Enccla). É uma das prioridades do grupo para 2016.

A apuração é do repórter do UOL André Shalders.

Hoje, as empresas que são flagradas corrompendo pessoas do governo já podem atenuar as punições caso adotem programas de compliance.

De acordo com Beto Vasconcelos, titular da Secretaria Nacional de Justiça (SNJ), o objetivo é incentivar as empresas a adotar mecanismos de controle antes que a corrupção ocorra. Há 2 reuniões marcadas para tratar do tema, nos dias 10 e 24.mar.

A proposta faz parte da Ação 5 da Enccla, coordenada pela Controladoria Geral da União.

Contexto: programas compliance [palavra inglesa que significa ''obediência,  conformidade''] são criados por empresas para evitar que seus funcionários ajam de forma antiética ou ilegal. Podem incluir a criação de departamentos especializados em monitorar o cumprimento de regras internas.

Segundo Vasconcelos, há uma preocupação de que as novas regras não criem injustiça nas disputas por contratos com o governo.

Uma possibilidade é estabelecer critérios diferentes para cada setor ou tamanho de empresa. A outra, é que as exigências sejam incorporadas aos editais de cada licitação.

“O edital da obra de uma hidrelétrica não pode ter o mesmo nível de exigência de outro para comprar móveis, por exemplo”, exemplifica ele. Os próximos encontros discutirão experiências de outros países e de Estados brasileiros.

CRONOGRAMA
Eis as reuniões agendadas pela Enccla para os meses de fevereiro e março. Saiba aqui o que é cada ação.

22.fev – Ação 1

24.fev ­– Ação 7

29.fev – Ação 12

1.mar – Ação 13

2.mar – Ação 2

3.mar – Ações 4 e 8

8.mar – Ação 11

9.mar – Ação 3

10.mar – Ação 5

16.mar – Ações 9 e 10

24.mar – Ação 5

31.mar – Ação 6

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7 centrais sindicais no Fórum da Previdência se recusam a discutir reforma
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Fernando Rodrigues

Sindicalistas querem analisar todo o sistema antes de fazer propostas

Reunião nesta 4ª feira retoma o debate entre governo e entidades

Planalto pretende enviar mudanças ao Congresso até abril

Idade mínima e indexação de benefício são pontos de divergência

A presidenta Dilma Rousseff e o ministro Miguel Rossetto (Trabalho) na última reunião do Fórum


O posicionamento antagônico entre sindicalistas, aposentados e empresários dificulta o caminho do governo na construção de um consenso sobre a reforma da Previdência Social.

Representantes de várias entidades estarão juntos hoje durante o  Fórum Debates: Emprego, Trabalho e Renda e Previdência Social. A reunião será nesta 4ª feira (17.fev.2016), às 14h30, no Palácio do Planalto.

Das 7 confederações participantes, 5 posicionaram-se a favor de mudanças no sistema (CNTur, CNI, CNF, CNC, CNS) e duas não se pronunciaram (CNA e CNT). As 7 centrais sindicais convidadas não aceitam discutir a reforma no momento (CUT, Força Sindical, CTB, UGT, NCST, CSB e Contag). Há divergências dentro do próprio governo.

O ministro Ricardo Berzoini (Secretaria de Governo) mediará as discussões. Jaques Wagner (Casa Civil), Nelson Barbosa (Fazenda), Valdir Simão (Planejamento) e Miguel Rossetto (Trabalho) também estarão presentes.

A reforma da Previdência é um dos principais projetos da presidente Dilma Rousseff. A petista acha que esse pode ser o principal legado de sua passagem pelo Planalto.

As informações são do repórter do UOL, Luiz Felipe Barbiéri

O discurso adotado pelo Planalto é o de que as alterações no sistema previdenciário serão fruto de diálogo com os representantes das entidades. O governo informou que um projeto será enviado ao Congresso em abril, com ou sem consenso.

ARESTAS
São 3 os principais pontos de divergência: 1) a fixação de uma idade mínima para a aposentadoria; 2) a indexação dos benefícios à política de reajuste do salário mínimo e 3) a paridade na idade de aposentadoria de homens e mulheres.

Há também outros temas polêmicos, como acabar com aposentadorias em condições especiais (para trabalhadores rurais, por exemplo) e a unificação dos sistemas previdenciários da iniciativa privada com o do setor público.

“Defendemos a idade mínima, paridade na aposentadoria entre homens e mulheres e desvinculação dos benefícios sociais e previdenciários da política de reajuste do salário mínimo”, afirma o gerente-executivo de Política Econômica da CNI, Flávio Castelo Branco. Ele será o representante da entidade no Fórum.

Os sindicalistas nem sequer aceitam debater essas questões antes de analisarem todo o sistema. Segundo Miguel Torres, vice-presidente da Força Sindical, é preciso abrir “caixa-preta” da Previdência.

“Queremos primeiro fazer um raio-x completo. Queremos saber quem são os inadimplentes, porque são inadimplentes. Só depois iremos propor alguma coisa. Somos contra a idade mínima, porque não resolve a questão. O fim da indexação ao salário mínimo também não”, diz Torres.

Vagner Freitas, presidente da CUT, segue a mesma linha. “Primeiro queremos conhecimento sobre os dados da Previdência. Hoje as informações vêm de pessoas que querem fazer a reforma para tirar direitos. Queremos discutir a Previdência dentro no contexto da Seguridade Social”, afirma.

As discordâncias somam-se ainda a alternativas que precisarão ser estudadas. Luigi Nese, presidente da Confederação Nacional de Serviços, propõe mudar a base de arrecadação do INSS.

“Queremos substituir a arrecadação sobre da folha de pagamento, que hoje é de 20%, por uma contribuição sobre movimentação financeira”, afirma. “Segundo nossos estudos, isso diminui a pressão sobre os preços em 0,91%, aumenta o PIB em 0,85% e aumenta o emprego em 0,68%''.

Por meio de nota, a Confederação Nacional do Comércio (CNC) explicitou sua posição pela separação entre as contas da Previdência urbana, de caráter contributivo, e as da Previdência rural, de caráter assistencial.

''A Previdência urbana tem de ser sustentada pelas contribuições de empregados e empregadores, enquanto a Previdência rural terá de ser custeada por verbas orçamentárias, integradas às despesas relativas à assistência social da União''.

Em meio à dissonância, o Planalto corre contra o tempo. De acordo com o líder do governo na Câmara, José Guimarães (PT-CE), a palavra de ordem é rapidez no diálogo. “Temos que fazer tudo até maio''.

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