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Arquivo : Aécio Neves

Dilma tem rejeição recorde para esta fase da campanha
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Fernando Rodrigues

O principal problema para Dilma Rousseff não é a sua taxa de intenção de votos estar em 36%, mas o fato de ela não conseguir se livrar a alta taxa de rejeição ao seu governo, agora em 29%, segundo a pesquisa do Datafolha dos dias 15-16.jul.2014.

Mesmo Lula, enfrentando o rescaldo do mensalão, em 2006, tinha uma rejeição menor ao seu governo nesta época da campanha –de 21%, em 17 e 18 de julho daquele ano.

Quando se trata da rejeição pessoal, Dilma é descartada por 35% dos eleitores. É uma taxa, para este momento da campanha, mais alta do que a de todos os outros candidatos a presidente vencedores em todas as eleições desde 1994.

Datafolha-Rejeicao-11-16jul2014

Em 2010, Dilma era rejeitada nesta fase da campanha por 20% dos eleitores.

Em 2006, a taxa de rejeição a Lula (não ao seu governo) era de 31%. Em 2002, o petista era descartado por 32%.

O tucano Fernando Henrique Cardoso, no início de julho em 1994 e 1998, tinha taxas de rejeição de 16% e 21%, respectivamente.

É necessário registrar que a presidente Dilma tem feito um grande esforço de marketing nas últimas semanas. A pesquisa Datafolha foi realizada em meio a uma super exposição da petista, recebendo mais de uma dezena de chefes de Estado em Brasília –fazendo o papel de “rainha”, como costuma dizer seu marqueteiro, João Santana.

Nas semanas anteriores, o país viveu em regime de semiferiado, com a Copa do Mundo alegrando a todos.

Mas o mau humor contra Dilma não passa. Basta olhar para o gráfico embedado acima neste post para perceber que a presidente nunca se recuperou do baque das manifestações de junho de 2013.

É bem verdade que os outros candidatos que são adversários diretos da petista também não apresentam um desempenho muito positivo, longe disso.

Mas quando se observa a taxa de rejeição aos demais a situação é prospectivamente mais confortável que a de Dilma. O tucano Aécio Neves é rejeitado por 17%. Eduardo Campos, do PSB, tem uma taxa de rejeição de 12%. Os dois opositores têm, em tese, mais espaço disponível para garimpar votos.

Em resumo, Dilma lidera, mas sua situação está longe de ser tão tranquila como desejaria o PT e o marketing da campanha a esta altura.

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Aécio Neves retoma conta no Twitter e promete “aprender” a usar a rede
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Fernando Rodrigues

O senador Aécio Neves, candidato tucano à Presidência da República, ativou seu perfil no Twitter (@AecioNeves) nesta 2ª feira (14.jul.2014) dizendo que estará mais presente na rede social.

“Resolvi aprender a operar essa importante rede de diálogo. Aliás, ainda estou aprendendo”, tuitou Aécio às 17h18. Abaixo, a reprodução da mensagem de estreia do senador:

A conta do tucano foi criada em agosto de 2008, mas permanecia inativa até esta 2ª feira. Em 2 horas, ganhou 2 mil seguidores –saltou de 35,4 mil para 37,4 mil. Na sua estreia, Aécio publicou 7 mensagens.

O senador escreveu que utilizará o Twitter para discutir “novas ideias” para o Brasil e debater “em alto nível” com os eleitores. Segundo o tucano, ele escreverá pessoalmente as mensagens em seu perfil rede social. Eventualmente, disse Aécio, sua assessoria também postará informações, mas identificará a autoria na mensagem.

A presidente Dilma Rousseff tem 2,63 milhões de seguidores em seu perfil na rede social (@Dilmabr) e postou 2.097 mensagens. A petista havia usado o Twitter durante a campanha de 2010, mas o abandonou logo depois de eleita. Em setembro de 2013, reativou a conta.

A iniciativa tinha o objetivo de se aproximar dos eleitores e tentar reverter a queda de popularidade durante os protestos de junho daquele ano. Desde que voltou a usar o Twitter, Dilma ganhou cerca de 700 mil novos seguidores.

Eduardo Campos (@eduardocampos40), candidato do PSB a presidente, tem 32,3 mil seguidores, 5.100 a menos que Aécio Neves, e escreveu 2.743 mensagens em seu perfil. Campos, assim como o tucano, deixou sua página inativa durante um longo período e a reativou em setembro do ano passado, quando dava os primeiros passos de sua pré-campanha.

Apesar de ter retomado sua conta no microblog, Aécio não segue ninguém. Há uma regra tácita de etiqueta no Twitter que manda “seguir para ser seguido”. Dilma segue 337 outros perfis. Eduardo Campos segue 104.

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Poder e Política na semana – 14 a 20.jul.2014
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Fernando Rodrigues

Acabou a Copa do Mundo e nesta semana o Brasil recebe diversos chefes de Estado para encontro dos Brics e da Unasul. Na economia, destaque para o Banco Central que anuncia a nova taxa básica de juros, a Selic.

A presidente Dilma Rousseff reúne-se nesta 2ª feira com Vladimir Putin, presidente da Rússia, no Palácio do Planalto. Na 3ª feira, comanda em Fortaleza a 6ª Cúpula dos Brics, com Putin e Xi Jinping, presidente da China, Jacob Zuma, presidente da África do Sul, e Narendra Modi, primeiro-ministro da Índia. Na 4ª feira, Dilma recebe Modi para audiência do Palácio da Alvorada e comanda encontro dos chefes de Estado dos países dos Brics com presidentes de países da Unasul, no Palácio do Itamaraty. Na 5ª feira, reúne-se em audiência particular com Jinping, no Planalto.

Joseph Blatter, presidente da Fifa, divulga nesta 2ª feira balanço da Copa do Mundo do Brasil, em coletiva de imprensa no Rio com Aldo Rebelo, ministro do Esporte, José Maria Marin, presidente da CBF, e Jérôme Valcke, secretário-geral da Fifa.

UOL, “Folha”, SBT e rádio Jovem Pan sabatinam Eduardo Campos, candidato do PSB a presidente da República, na 3ª feira, em SP. No dia seguinte, é a vez de Aécio Neves, candidato do PSDB. Dilma disse ter intenção de participar, mas não disse ainda em qual data.

Na 4ª feira, o Comitê de Política Monetária do Banco Central anuncia a nova taxa básica de juros, a Selic, no momento em 11% ao ano. A expectativa do mercado é a manutenção da taxa no mesmo patamar.

Na 3ª e na 4ª feira o Datafolha vai a campo fazer pesquisa nacional sobre eleições presidenciais, organização da Copa do Mundo e comando da seleção brasileira de futebol. Nesse mesmo levantamento, o Datafolha vai sondar a intenção de voto sobre as eleições para governador em São Paulo e no Rio.

Na 6ª feira, Aécio viaja a Queimados, no Rio, para ato de pemedebistas do movimento “Aezão”, que defende o tucano para presidente e Luiz Fernando Pezão (PMDB) para governador do Estado.

Também na 6ª feira, Dilma deve tirar uma última casquinha da Copa do Mundo e pode se reunir com o chamado movimento Bom Senso F.C., que pede mudanças na gestão do futebol do país. Sobre os efeitos político-eleitorais de outras derrotas da seleção brasileira, o Blog publicou post a respeito com comparações históricas.

Na manhã de sábado, Campos participa de ato da campanha de Benedito de Lira (PP) ao governo de Alagoas, que tem como vice Alexandre Toledo (PSB). À tarde, vai a debate sobre a bacia do Rio São Francisco em Juazeiro, na Bahia.

Eis, a seguir, o drive político da semana. Se tiver algum reparo a fazer ou evento a sugerir, escreva para frpolitica@gmail.com. Atenção: esta agenda é uma previsão. Os eventos podem ser cancelados ou alterados.

 

2ª feira (14.jul.2014)
Dilma e Putin – presidente Dilma Rousseff recebe Vladimir Putin, presidente da Rússia, no Palácio do Planalto. Entre os temas em pauta, a organização da Copa do Mundo, que em 2018 será realizada na Rússia.

Brics em Fortaleza6ª Cúpula dos Brics (grupo composto por Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul) em Fortaleza. Encontro será aberto com reunião dos presidentes dos Bancos Centrais e ministros de Comércio Exterior e da Fazenda dos 5 países. A cúpula termina na 4ª feira (16.jul.2014) e deve anunciar a criação de um novo banco de desenvolvimento, o “Banco dos Brics”. Empresários e organizações civis das nações envolvidas realizam encontros paralelos.

Balanço da Copa – Fifa e Comitê Organizador Local divulgam balanço da Copa do Mundo no Brasil. Participam da coletiva de imprensa Joseph Blatter, presidente da Fifa, Aldo Rebelo, ministro do Esporte, José Maria Marin, presidente da CBF, Ronaldo, membro do Comitê Organizador Local, e Jérôme Valcke, secretário-geral da Fifa. No Maracanã, no Rio.

Campanha de Dilma – coordenadores da campanha da presidente Dilma Rousseff à reeleição reúnem-se em Brasília.

Presidência do STF – ministro Joaquim Barbosa, presidente do Supremo Tribunal Federal –que adiou a sua aposentadoria para 6 de agosto–, entra em férias até 31 de julho. Nesse período, o ministro Ricardo Lewandowski, atual vice-presidente da Corte, assume o comando do Tribunal.

Psique da seleção – Regina Brandão, psicóloga da seleção brasileira, é entrevistada no programa Roda Viva, da TV Cultura. Às 22h.

Conselhos populares – Câmara realiza esforço concentrado. Na pauta do plenário, está a votação de decreto legislativo que suspende os efeitos do decreto da presidente Dilma Rousseff sobre a criação dos conselhos populares.

 

3ª feira (15.jul.2014)
Brics em Fortaleza – presidente Dilma Rousseff reúne-se com os presidentes da Rússia (Vladimir Putin), China (Xi Jinping) e África do Sul (Jacob Zuma) e o primeiro-ministro da Índia (Narendra Modi) em Fortaleza na 6ª Cúpula dos Brics.

Sergei Karpukhin/Reuters - 5.set.2013

Dilma Rousseff, Manmohan Singh (ex-primeiro-ministro da Índia), Vladimir Putin (presidente da Rússia), Xi Jinping (presidente da China) e Jacob Zuma (presidente da África do Sul) em encontro dos Brics na Rússia, em 5.set.2013

Sabatina com CamposUOL, “Folha”, SBT e rádio Jovem Pan sabatinam Eduardo Campos, candidato do PSB a presidente da República. Às 11h, no Teatro Folha em SP, com transmissão ao vivo.

Taxa Selic – Comitê de Política Monetária do Banco Central reúne-se para definir a nova taxa básica de juros, a Selic, hoje em 11% ao ano. A reunião termina na 4ª feira (16.jul.2014).

Congresso e os vetos – sessão do Congresso Nacional vota 21 vetos totais ou parciais da presidente Dilma Rousseff a projetos aprovados pelo Legislativo. Entre eles, ao texto que estabelece novas regras para a criação de municípios e a trechos da minirreforma eleitoral.

Pesquisas – Datafolha vai a campo fazer pesquisa nacional sobre eleições presidenciais, organização da Copa do Mundo e comando da seleção brasileira de futebol e pesquisas estaduais sobre as eleições em São Paulo e no Rio. Até 4ª feira (16.jul.2014).

Padilha e empresários – Lide (Grupo de Líderes Empresariais) realiza seminário sobre propostas para o governo de São Paulo com Alexandre Padilha, candidato do PT ao Palácio dos Bandeirantes.

Vargas e Argôlo – Conselho de Ética da Câmara colhe depoimento de testemunhas no processo contra o deputado André Vargas (sem partido-PR) e dá andamento ao processo contra o deputado Luiz Argôlo (SDD-BA).

Trabalho escravo – Comissão Mista do Congresso analisa emendas a projeto de lei que estabelece a expropriação de propriedades rurais e urbanas onde for constatada a prática de trabalho escravo.

Trabalho doméstico – Comissão Mista do Congresso analisa emenda a projeto de lei que regulamenta os direitos de empregados domésticos.

Orçamento – Comissão Mista de Orçamento vota relatório preliminar da Lei de Diretrizes Orçamentárias de 2015.

Alianças do PMDB – bancada do PMDB no Congresso reúne-se para fazer balanço das alianças nos Estados.

Voto em trânsito – abertura do prazo para o eleitor que está fora do seu domicílio eleitoral e deseja votar em trânsito habilitar-se perante a Justiça Eleitoral. Nessa modalidade, é possível votar apenas para presidente, em municípios com mais de 200 mil eleitores.

 

4ª feira (16.jul.2014)
Dilma e Modi – presidente Dilma Rousseff reúne-se com o primeiro-ministro da Índia, Narendra Modi, no Palácio da Alvorada.

Brics e latinos em Brasília – presidente Dilma Rousseff comanda encontro de chefes de Estado dos países dos Brics com presidentes de países da Unasul. No Palácio do Itamaraty, em Brasília.

Jinping no Congresso – Xi Jinping, presidente da China, participa de sessão solene do Congresso Nacional sobre os 40 anos de relações diplomáticas entre o Brasil e o país asiático.

Sabatina com AécioUOL, “Folha”, SBT e rádio Jovem Pan sabatinam Aécio Neves, candidato do PSDB a presidente da República. Às 11h, no Teatro Folha em SP, com transmissão ao vivo.

Luciana e a OAB – Luciana Genro, candidata do PSOL a presidente da República, reúne-se com Marcus Vinicius Furtado Coêlho, presidente do Conselho Federal da Ordem dos Advogados do Brasil. Em Brasília.

Taxa Selic – Comitê de Política Monetária do Banco Central anuncia no final do dia a nova taxa básica de juros, a Selic, no momento em 11% ao ano. A expectativa do mercado é a manutenção da taxa no mesmo patamar.

Aumento para juízes e promotores – plenário do Senado realiza 5ª sessão de discussão e pode votar em 1º turno a PEC 63/2013, que estabelece o pagamento de adicional por tempo de serviço a juízes e membros do Ministério Público.

Propaganda eleitoral – ministro Dias Toffoli, presidente do Tribunal Superior Eleitoral, conduz audiência pública com representantes dos partidos e das emissoras de rádio e televisão e define o tempo do horário eleitoral gratuito de cada coligação. Em Brasília.

Petrobras – CPI Mista da Petrobras vota a quebra de sigilos fiscal, telefônico e telemático do doleiro Alberto Youssef e de Paulo Roberto Costa, ex-diretor de Refino e Abastecimento da estatal.

Comércio – IBGE divulga pesquisa mensal sobre o comércio.

Inflação – FGV divulga o IGP-10.

Indústria nos EUA – Banco Central dos EUA divulga índice da produção industrial do país.

 

5ª feira (17.jul.2014)
Dilma e Jinping – presidente Dilma Rousseff recebe Xi Jinping, presidente da China, no Palácio do Planalto.

Durão Barroso no Brasil – José Manuel Durão Barroso, presidente da Comissão Europeia, inicia visita oficial ao Brasil. Ele permanece no país até 2ª feira (21.jul.2014).

Congresso em recesso – Congresso Nacional entra em recesso branco até o dia 1º de agosto.

Serviços – IBGE divulga pesquisa mensal sobre o setor de serviços.

 

6ª feira (18.jul.2014)
Aezão – Aécio Neves, candidato do PSDB a presidente, participa em Queimados, no Rio, de ato de pemedebistas do movimento “Aezão”, que defende o tucano para presidente e Luiz Fernando Pezão (PMDB) para governador do Estado.

Padilha e Lula em campanha – Alexandre Padilha, candidato do PT ao governo de SP, faz caminhada no centro da capital paulista, entre o Teatro Municipal e a Praça da Sé, e vai à cerimônia de posse da nova diretoria do Sindicato dos Bancários de SP. O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva comparece aos 2 eventos.

Luciana em SP – Luciana Genro, candidata do PSOL a presidente da República, faz caminhada de campanha na Avenida Paulista, em SP.

Hackers reunidos – início da conferência “Hackers on Planet Earth”, em Nova York. Até domingo (20.jul.2014).

 

Sábado (19.jul.2014)
Campos em Alagoas e Bahia – Eduardo Campos, candidato do PSB a presidente da República, participa de ato da campanha de Benedito de Lira (PP) ao governo de Alagoas, que tem como vice Alexandre Toledo (PSB). Às 10h, em Maceió. À tarde, Campos vai a debate sobre a bacia do Rio São Francisco em Juazeiro, na Bahia.

 

Domingo (20.jul.2014)
Voos da Copa – último dia da malha viária especial da Copa do Mundo, que aumentou a frequência de alguns voos a pedido das companhias aéreas.

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Agora, Nike recua, permite políticos, mas não o nome de partidos em camisas
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Fernando Rodrigues

Termos como mensalão ainda continuam vetados pela empresa

A empresa de artigos esportivos Nike recuou da proibição à venda de camisetas personalizadas da seleção brasileira de futebol com nomes de políticos inscritos nas costas.

Na manhã desta 6ª feira (11.jul.14), quem quisesse comprar uma camisa com os nomes “Lula”, “Dilma” ou “Aécio” era vetado pelo site da empresa, como noticiou o Blog. O sistema informava que essas palavras não eram “disponíveis para personalização”.

Na tarde desta 6ª feira, o site da Nike havia liberado a confecção de camisas com esses nomes (imagens abaixo).

Dilma

aecio

O sistema da Nike ainda proíbe encomendar camisas com os nomes dos partidos, como PT, PSDB ou PSB. Veta também expressões como “Fora Dilma” ou “Fora Aécio” e termos como “mensalão”.

Às 14h desta 6ª feira, no entanto, quem quisesse comprar uma camisa amarelinha com referências a temas desabonadores ao PT ou ao PSDB teria sucesso, como “mensaleiro 13” e “Cantareira 45” (imagem abaixo).

mensaleirocantareira2

 

A Nike informa que proíbe mensagens ofensivas ou com conteúdo político, religioso, racista ou criminoso em seu serviço de personalização. Segundo a empresa, o sistema é atualizado periodicamente para “cobrir o maior número de palavras possíveis que se encaixem nesta regra”.

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Nike veta imprimir nomes de políticos em camisa da seleção brasileira
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Fernando Rodrigues

Site da empresa vende peças com nomes ou frases nas costas

Programa tem lista de palavras proibidas pela Nike

“Dilma”, “Aécio” e “Lula” são vetados; “Alckmin” e”Pezão”, liberados

(Leia o post acima atualizando o caso da Nike)

A empresa de artigos esportivos Nike vende, em seu site, camisas personalizadas da seleção brasileira de futebol com o nome do comprador grafado nas costas.

O mimo não serve para todos os cidadãos. Alguns nomes foram banidos pela empresa. Entre eles, “Lula”, “Dilma” e “Aécio”.

Por R$ 184,70, “João” poderia comprar sua camisa. “Eduardo” e “Adriana”, também. Mas os nomes dos políticos acima, o sistema não permite. Informa ser uma “palavra não disponível para personalização” (imagem abaixo).

lula2

A restrição não atinge candidatos às eleições estaduais. “Alckmin” (imagem abaixo), “Pezão” e “Agnelo” estavam liberados na manhã desta 6ª feira (11.jul.2014).

alckmin

Preocupada com a exploração da imagem da camisa amarelinha, a Nike monitora as mensagens e bloqueia frases com conteúdo que julga ser político.

Na manhã de 5ª feira (10.jul.2014), o sistema permitia encomendar camisas com a inscrição “Dilma” e “Aécio”. “Fora PSDB” e “Fora Aécio” também podiam ser escritos na camisa, mas não “Fora PT” e “Fora Dilma”. A distinção foi notada por pessoas na internet, como o usuário do Twitter Carlinhos Troll. À tarde, todos essas expressões estavam vetadas.

Qualquer frase contendo a sigla “CBF” também é barrada pelo sistema da Nike.

O Blog conseguiu simular camisas personalizadas com as frases “Vota Dilma” e “Vota Aécio” na manhã de 5ª feira. Algumas horas depois, ambas estavam proibidas.

A Nike informa que proíbe mensagens ofensivas ou com conteúdo político, religioso, racista ou criminoso em seu serviço de personalização.

Esse veto só vale para quem compra a camisa oficial da seleção brasileira de futebol no site da Nike. A empresa nada pode fazer se o consumidor comprar a peça sem nenhuma inscrição nas costas e ir numa loja especializada solicitar a inclusão de um nome ou frase.

P.S.: Na tarde desta 6ª feira a Nike recuou e liberou a confecção de camisas com o nome de políticos.

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Dilma terá 11min e 48seg de TV; mais que o dobro de Aécio, com 4min e 31seg
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Fernando Rodrigues

Tempo calculado precisa ser ratificado depois de audiência pública em 16.jul.2014

Alterações são improváveis e vantagem da petista deve ser mantida na TV e no rádio

O TSE (Tribunal Superior Eleitoral) divulgou nesta 5ª feira (10.jul.2104) o tempo de rádio e TV de cada candidato a presidente da República nestas eleições. Trata-se de uma previsão oficial, que ainda precisa ser submetida a uma audiência pública na quarta-feira que vem (16.jul.2014). É altamente improvável que ocorram alterações.

Mantida essa previsão do TSE, a presidente Dilma Rousseff (PT) terá 11 minutos e 48 segundos em cada bloco da propaganda eleitoral, que dura 25 minutos no total. O senador Aécio Neves (PSDB), 4 minutos e 31 segundos. O tempo da petista é 161% maior que o do tucano.

Eduardo Campos (PSB) terá 1 minuto e 49 segundos em cada bloco, e Pastor Everaldo (PSC), 1 minuto e 8 segundos.

Abaixo, trecho da resolução do TSE com a previsão do tempo de rádio e TV dos candidatos, expresso na coligação de cada um:

temporadioetv

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Poder e Política na semana – 7 a 13.jul.2014
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Fernando Rodrigues

Nesta semana, os candidatos começam a percorrer o país em campanha e o Maracanã sedia a final da Copa do Mundo.

Aécio Neves, candidato do PSDB a presidente, reúne-se nesta 2ª feira em São Paulo com os coordenadores da sua campanha. Na 5ª feira, encontra-se em Vitória com o tucano Cesar Colnago, vice na chapa de Paulo Hartung (PMDB) ao governo do Espírito Santo. À tarde, participa em Queimados, no Rio, de evento organizado pelo PMDB local.

Eduardo Campos, candidato do PSB a presidente, faz campanha nesta 2ª feira em Águas Lindas (GO), com Marina Silva, sua candidata a vice, e Rodrigo Rollemberg, candidato ao governo do Distrito Federal, de manhã. À tarde, reúne-se com os presidentes dos diretórios estaduais da sua legenda, em Brasília. À noite, em Recife, participa de ato da campanha de Paulo Câmara, candidato do PSB ao governo de Pernambuco. Ao longo da semana, faz campanha em cidades do Nordeste.

Na 3ª feira, a seleção brasileira de futebol enfrenta a alemã pelas semifinais da Copa do Mundo, no Mineirão, em Belo Horizonte. Domingo, acontece a final da Copa, no Maracanã, no Rio. A presidente Dilma Rousseff deve entregar pessoalmente a taça à seleção campeã. Cerca de 20 chefes de Estados são esperados na plateia, inclusive Vladimir Putin, presidente da Rússia.

Na 5ª feira, a Justiça Eleitoral publica lista de quem solicitou registro de candidatura. A partir desta data, o nome de todos que tenham solicitado registro devem constar das pesquisas eleitorais.

Brasília estará vazia, sem votações nos plenários da Câmara e do Senado e com o Supremo em recesso.

Eis, a seguir, o drive político da semana. Se tiver algum reparo a fazer ou evento a sugerir, escreva para frpolitica@gmail.com. Atenção: esta agenda é uma previsão. Os eventos podem ser cancelados ou alterados.

 

2ª feira (7.jul.2014)
Aécio em SP – Aécio Neves, candidato do PSDB a presidente, reúne-se com os coordenadores da sua campanha, em São Paulo.

Campos em Goiás, Brasília e Pernambuco – Eduardo Campos, candidato do PSB a presidente, faz campanha em Águas Lindas (GO), com Marina Silva, sua candidata a vice, e Rodrigo Rollemberg, candidato ao governo do Distrito Federal, de manhã. À tarde, Campos reúne-se com os presidentes dos diretórios estaduais da sua legenda, em Brasília. À noite, em Recife, participa de ato da campanha de Paulo Câmara, candidato do PSB ao governo de Pernambuco.

Luciana no Rio – Luciana Genro, candidata do PSOL a presidente, faz campanha na Avenida Rio Branco, no Rio, com os deputados Marcelo Freixo, Chico Alencar e Jean Wyllys. À tarde, na Praça Ariboia, em Niterói, caminha com Tarcísio Motta, candidato do PSOL a governador do Estado.

Custo de vida – Dieese divulga pesquisas sobre o preço da cesta básica e custo de vida na cidade de São Paulo.

Aposentadoria de Simon – senador Pedro Simon (PMDB-RS), 84 anos, é entrevistado no programa Roda Viva, da TV Cultura. Simon decidiu não disputar a reeleição.

 

3ª feira (8.jul.2014)
Campanha na TV – Justiça Eleitoral convoca partidos e emissoras de rádio e TV para definir o plano de mídia do horário eleitoral gratuito nestas eleições.

Brasil X Alemanha – seleção brasileira de futebol enfrenta a alemã pelas semifinais da Copa do Mundo. No Mineirão, em Belo Horizonte, às 17h.

Trabalho escravo – Comissão Mista do Congresso analisa emendas a projeto de lei que estabelece a expropriação de propriedades rurais e urbanas onde for constatada a prática de trabalho escravo.

Domésticas – Comissão Mista do Congresso analisa emenda a projeto de lei que regulamenta os direitos de empregados domésticos.

Leão – Receita Federal libera consulta ao segundo lote de restituição do Imposto de Renda de Pessoa Física de 2014. Serão R$ 1,6 bilhão para 1.060.473 contribuintes.

Inflação – FGV divulga o IGP-DI referente ao mês de junho. IBGE divulga o IPCA, índice oficial de inflação.

 

4ª feira (9.jul.2014)
Luciana no Rio Grande do Sul – Luciana Genro, candidata do PSOL a presidente, faz caminhada na rua dos Andradas, centro de Porto Alegre, com Roberto Robaina, candidato da legenda ao governo do Estado.

Petrobras – CPI do Senado sobre a Petrobras ouve José Maria Rangel, presidente do Sindicato dos Petroleiros do Norte Fluminense, sobre falhas de segurança em plataformas de exploração de óleo e gás da estatal, e Glauco Colepicolo Legati, gerente-geral de Implementação de Empreendimentos da empresa, sobre a construção da refinaria de Abreu e Lima, em Pernambuco.

Petrobras 2 – CPI mista sobre a Petrobras vota pedidos de quebra de sigilos fiscal e telefônico e de convocação para depoimentos. Congressistas analisam requerer os processos no Tribunal de Contas da União sobre a Petrobras no período de 2005 a 2014 e as atas das reuniões do Conselho de Administração da Petrobras no período de 2005 a 2013.

Indonésia vota – país asiático elege seu novo presidente.

Holanda X Argentina – seleções desses 2 países se enfrentam pelas semifinais da Copa do Mundo. No Itaquerão, em São Paulo, às 17h.

Agricultura – IBGE divulga o Levantamento Sistemático da Produção Agrícola.

 

5ª feira (10.jul.2014)
Aécio no Espírito Santo e Rio – Aécio Neves, candidato do PSDB a presidente, viaja a Vitória e reúne-se de manhã com o tucano Cesar Colnago, vice na chapa de Paulo Hartung (PMDB) ao governo do Estado. À tarde, Aécio participa em Queimados, no Rio, de evento organizado pelo PMDB local.

Luciana no Paraná – Luciana Genro, candidata do PSOL a presidente, faz campanha no centro de Curitiba e participa de lançamento da candidatura de Bernardo Pilotto ao governo do Estado.

Candidaturas – Justiça Eleitoral publica lista de quem solicitou o registro de candidatura. A partir desta data, o nome de todos que tenham solicitado registro devem constar das respectivas pesquisas eleitorais.

Indústria – IBGE divulga a produção física da indústria brasileira.

 

6ª feira (11.jul.2014)
Padilha e sindicalistas – Alexandre Padilha, candidato do PT ao governo do Estado, participa de ato de filiação de sindicalistas ao PT, em Santo André.

Marinho no Tribunal – Robson Marinho, conselheiro do TCE de SP, acusado de ter recebido propina da multinacional Alston, retorna à Corte após período de licença. O Ministério Público e o PT solicitaram o seu afastamento, ainda não decidido pela Justiça.

Emprego – IBGE apresenta resultados de sua Pesquisa Industrial Mensal: Emprego e Salário. FGV também divulga dados sobre emprego e desemprego.

Inflação – FGV divulga IPC-C1 referente ao mês de junho.

 

Sábado (12.jul.2014)
Copa do Mundo – Estádio Mané Garrincha, em Garrincha, recebe a partida “mais triste da Copa do Mundo”, como é conhecido esse confronto: os derrotados nas semifinais disputam para definir quem será o terceiro e quarto colocados do tornei.

 

Domingo (13.jul.2014)
Final da Copa – Maracanã (foto), no Rio, recebe a final da Copa do Mundo. A presidente Dilma Rousseff deve entregar a taça ao campeão. São esperados cerca de 20 chefes de Estado na plateia, inclusive Vladimir Putin, presidente da Rússia, que sedia a próxima edição do torneio. É possível que também compareçam Xi Jinping, presidente da China, e Jacob Zuma, da África do Sul.

Marcus Brandt/EFE - 4.jul.2014

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Aécio se equipara ao pior desempenho tucano nesta época da campanha
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Fernando Rodrigues

Eduardo Campos está no mesmo patamar que Marina em 2010

Dilma tem neste momento a mesma taxa de Lula em 2002

O desempenho do senador Aécio Neves (PSDB) como candidato a presidente da República, nesta fase da campanha, é equivalente ao recorde negativo de candidatos em segundo lugar em todos os ciclos eleitorais desde 1994.

Aécio tem 20% das intenções de voto, segundo pesquisa Datafolha realizada nos dias 1º e 2 de julho. Esse percentual só foi registrado por José Serra em julho de 2002, quando também era candidato pelo PSDB –o tucano perdeu naquele ano para Luiz Inácio Lula da Silva (PT).

Em 2002, o governo do então presidente Fernando Henrique Cardoso passava por forte rejeição. Segundo o Datafolha, nos dias 4 e 5 de julho daquele ano, 26% dos eleitores consideravam seu governo ruim ou péssimo. Essa taxa estava em alta e alcançou 35% em 26 e 27 de setembro, às vésperas do pleito.

Abaixo, tabela com a taxa de intenção de votos nos principais candidatos desde a eleição de 1994:

Arte

Nas eleições de 1998, 2006 e 2010, o segundo colocado nesta fase da campanha (mês de julho) registrava um desempenho superior ao de Aécio. Em 98, o segundo colocada era Lula, com 28%. Em 2006, Geraldo Alckmin (PSDB) pontuava 29%. E em 2010, Dilma e Serra estavam empatados tecnicamente com 38% e 39%, respectivamente.

Em 1994, FHC tinha uma taxa de intenção de votos de 21%. Lula liderava com 38%. A conjuntura daquela época, entretanto, era muito diferente da atual. O tucano havia comandado a economia até meses antes e lançou o Plano Real, que veio a estabilizar a inflação do país. Na fase seguinte da campanha, o candidato do PSDB dizimou as pretensões petistas de chegar ao Planalto.

Hoje, embora os 20% de Aécio sejam próximos aos 21% de FHC há 20 anos, não há no horizonte nenhum fato ou evento da mesma magnitude do Plano Real. Eleições são imprevisíveis, mas inexiste por ora algum sinal de que o PSDB possa produzir uma conjuntura que venha a replicar o cenário econômico-político visto em 1994.

Nas 5 eleições passadas analisadas neste post, só houve uma virada com o segundo colocado na largada da campanha chegando em primeiro lugar no final. Foi em 1994, quando FHC ultrapassou Lula. Em todas as outras disputas, quem começou a campanha como líder isolado acabou vencendo.

Popularidade presidencial
A taxa de aprovação do governo é um dos fatores fundamentais para o sucesso nas urnas. Dilma Rousseff tem hoje uma popularidade semelhante à de Fernando Henrique Cardoso nessa época de 2002, quando o tucano não teve condições de fazer o seu sucessor.

A petista tem hoje no Datafolha 35% de bom e ótimo e 26% de ruim e péssimo. Em julho de 2002, Fernando Henrique tinha 31% de bom e ótimo e 26% de ruim e péssimo. A diferença entre esses dois governos era que Fernando Henrique estava abandonado por seu partido, o PSDB, e o país vivia uma crise econômica. Hoje, Dilma continua sendo prestigiada pelo PT e seu principal padrinho político, Lula. A economia é o principal problema para a petista.

Outro fator a ser mencionado é que Fernando Henrique terminou o ano de 2002 ainda mais mal avaliado do que estava em julho daquele ano. Dilma Rousseff tem demonstrado que conseguiu estabilizar sua taxa de aprovação, embora também não tenha a garantia de que isso será mantido ao longo da campanha.

P.S.: Este texto foi atualizado às 12h20 do dia 4.jul.2014.

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Dilma e Aécio empatam em número de candidatos favoritos nos Estados
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Fernando Rodrigues

Petista e tucano têm o palanque de 13 líderes nas pesquisas cada um

Entre os líderes, apoiadores de Aécio influem sobre 84,1 mi de eleitores; os de Dilma, 61,7 mi

A presidente Dilma Rousseff (PT) e o senador Aécio Neves (PSDB) têm, cada um, o apoio de 13 candidatos a governador que lideram as pesquisas em seus respectivos Estados.

Em 2 casos, o partido do líder nas pesquisas abre seu palanque tanto para Dilma quanto para Aécio. Isso ocorre no Mato Grosso, com Pedro Taques (PDT), e no Maranhão, com Flávio Dino (PC do B).

Eduardo Campos tem 2 candidatos favoritos ao seu lado, mas nenhum desses apoios é exclusivo. O pessebista está no palanque de Dino, compartilhado com Aécio e Dilma, e no de Geraldo Alckmin (PSDB) em São Paulo, dividido com Aécio.

Dino é o mais ecumênico entre os candidatos favoritos nesta eleição. Sua campanha serve aos 3 postulantes à Presidência da República. Por enquanto, é um caso único de candidato favorito na disputa de um governo estadual.

Esse levantamento foi feito com base em pesquisas de intenção de voto disponíveis em 25 das 27 unidades da Federação, todas compiladas por este Blog –que mantém a maior página com pesquisas eleitorais da internet brasileira, com dados desde o ano 2000. Em alguns casos, os candidatos em primeiro lugar estão empatados com o segundo colocado, dentro da margem de erro das pesquisas.

Se forem considerados os candidatos competitivos (aqueles em 1º lugar mais os que estão em 2º lugar com chance de ir ao 2º turno), Dilma contabiliza 21 palanques nos Estados.

Aécio, pelo mesmo critério, tem canal aberto com 16 candidatos competitivos nos Estados. Campos tem o apoio de 7 nomes competitivos.

A tabela abaixo mostra de quem é o palanque dos candidatos competitivos em cada Estado:

Arte

A quantidade de apoios nos Estados não atesta, em si, uma vantagem absoluta, pois o impacto depende do tamanho do eleitorado. E depende também da chance real que cada um deles terá daqui para a frente, que é quando começa a campanha de fato.

Eleitorado

Aécio tem o apoio de candidatos em 1º lugar nas pesquisas de Estados que somam 84,1 milhões de eleitores.

Já Dilma é apoiada por candidatos favoritos em Estados com 61,7 milhões de eleitores.

A vantagem do tucano sobre a petista decorre de seu correligionário Geraldo Alckmin, líder no Estado de São Paulo, o maior eleitorado do país (31,8 milhões). Ainda assim, a situação do PSDB de São Paulo é incerta e o apoio de Alckmin a Aécio terá ainda de ser comprovado ao longo da campanha.

É necessário considerar também que Dilma Rousseff pode voltar a se aproximar em São Paulo do segundo colocado, Paulo Skaf, que é do PMDB, sigla que a apoia nacionalmente. Skaf tem se mantido neutro por enquanto sobre a disputa nacional, pois ficou irritado com o apoio explícito do Planalto ao candidato do PT ao Palácio dos Bandeirantes, Alexandre Padilha, cuja pontuação é muito baixa nas pesquisas.

Aécio também tem ao seu lado Paulo Souto (DEM), favorito no momento na Bahia, com o 4º maior eleitorado (10,1 milhões).

Dilma tem o apoio de Fernando Pimentel (PT) em Minas Gerais, o 2º maior eleitorado (15,1 milhões), e o de Anthony Garotinho (PR) no Rio de Janeiro, 3º maior (12 milhões). São vantagens ainda frágeis e que só poderão ser mais bem avaliadas ao longo da campanha. Em Minas Gerais, a expectativa é que a máquina do PSDB trabalhe forte para derrotar Pimentel. No Rio, Garotinho tem a liderança numérica, mas está tecnicamente empatado com o 2º e com o 3º colocados.

Eduardo Campos tem entrada em palanque de candidatos líderes em Estados que somam 36,2 milhões de eleitores. O número expressivo explica-se pelo apoio do PSB a Alckmin, em São Paulo. Os dados do eleitorado são de abril de 2014.

Quando se consideram apenas os candidatos que estão em primeiro lugar isolados nas pesquisas (fora da margem de erro dos levantamentos de intenções de votos), Dilma Rousseff tem o apoio de 11 candidatos a governador nessas condições. Aécio Neves, 10. E Eduardo Campos, 2.

(Bruno Lupion)

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José Agripino, DEM, será coordenador da campanha de Aécio Neves
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Fernando Rodrigues

senador democrata do RN terá missão de representar o Nordeste

O senador José Agripino (DEM-RN) será o coordenador da campanha presidencial de Aécio Neves (PSDB).

A escolha de Agripino, que também é presidente nacional do Democratas, é uma tentativa de Aécio Neves de agradar aos políticos do Nordeste que estão com ele nesse projeto eleitoral.

Agripino foi cotado, por um certo tempo, como possível candidato a vice-presidente na chapa com Aécio Neves. Mas o candidato e o PSDB preferiram dar prioridade à tentativa de pacificação dos tucanos em São Paulo –e o indicado como vice foi o senador Aloysio Nunes Ferreira (PSDB-SP).

Agripino é o senador que se envolveu em uma altercação com Dilma Rousseff, em 2008. Então ministra da Casa Civil, Dilma prestava depoimento no Senado e foi indagada pelo senador Agripino se alguma vez havia mentido quando foi presa e torturada. À época, Dilma reagiu, emocionada, e foi enfática ao relembrar as condições em que prestou depoimento durante a ditadura militar, no início dos anos 1970: “Eu tinha 19 anos. Eu fiquei três anos na cadeia. E eu fui barbaramente torturada, senador. Qualquer pessoa que ousar dizer a verdade para interrogador compromete a vida dos seus iguais.”

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