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Arquivo : manifestações

Manifestantes miram Renan Calheiros e poupam Temer nas redes sociais
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Fernando Rodrigues

Presidente do Senado foi mencionado 6.477 vezes no Twitter

Menção negativa ao presidente do Senado prevalece, diz Bites

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Manifestantes na manhã de hoje (4.dez) em Copacabana, no Rio

O presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), é o principal alvo das manifestações de rua que ocorrem hoje no país. A conclusão é da empresa Bites, que analisa dados de redes sociais em tempo real. Ao mesmo tempo, as manifestações nas redes parecem estar poupando o presidente Michel Temer, diz o diretor da Bites Manoel Fernandes.

O texto é do Poder360 e as informações são do repórter André Shalders.

O presidente do Senado foi mencionado 6.477 no Twitter até as 13h de hoje. A maioria das citações a Renan Calheiros teve viés negativo, segundo a Bites. O número é muito superior ao atribuído ao presidente da Câmara, Rodrigo Maia, que foi mencionado 2.444 vezes. O termo “fora Renan” foi citado 1.476 vezes.

Entre os manifestantes, a hashtag mais usada é a #VemPraRuaBrasil. O termo havia sido tuitado 29.575 até as 13h de hoje.

A onda “anti-Renan” nas redes sociais pode estar relacionada à decisão do STF da última 5ª feira (1º.dez), que tornou o presidente do Senado réu por peculato.

Outra explicação é a intenção de Renan de votar na  próxima 3ª feira (6.dez) o projeto de lei que endurece as punições para o crime de abuso de autoridade.

PROTESTOS EM BRASÍLIA E EM TODOS OS ESTADOS
Protestos foram registrados em Brasília e nos 26 Estados brasileiros. A maioria das manifestações concentrou-se nas capitais. Segundo o site de notícias “G1”, os protestos somaram 399 mil pessoas em todo o país, de acordo com os organizadores; e 61 mil, na estimativa das polícias locais.

Em Brasília e em mais 8 Estados, as manifestações ocorreram pela manhã. Nos demais locais, a concentração foi à tarde.

As maiores concentrações de manifestantes ocorreram na avenida Paulista, em SP;  em frente ao Congresso Nacional, em Brasília; e na orla de Copacabana, no Rio. Belo Horizonte (MG) e Recife (PE) também registraram protestos expressivos.

Em Brasília a manifestação chegou a reunir 5 mil pessoas (segundo a Polícia Militar do DF) no fim da manhã. A chuva no começo da tarde fez com que muitos manifestantes deixassem o local.

No Rio, a Polícia Militar não divulgou uma estimativa sobre o número de manifestantes. No Recife (PE), os organizadores falam em 1.000 pessoas. Em Belo Horizonte, seriam 8.000 pessoas, segundo os organizadores.

Em São Paulo, o ato se concentrou na avenida Paulista. Segundo o Movimento Brasil Livre, um dos movimentos que convocaram o protesto, 200 mil pessoas estiveram presentes. A Polícia Militar de São Paulo diz que foram apenas 15 mil manifestantes. A maior concentração foi no começo da tarde.

Não foram registrados confrontos significativos dos manifestantes com a polícia e nem depredações.

RENAN: SENADO ESTÁ OUVINDO AS RUAS
No começo da tarde de hoje (4.dez), o presidente do Senado enviou nota oficial aos jornalistas sobre as manifestações de hoje. Renan Calheiros diz que as manifestações “são legítimas” e ” devem ser respeitadas”. Diz ainda que o Senado está “permeável e sensível às demandas sociais”. Eis a íntegra da nota:

O presidente do Senado, Renan Calheiros, entende que as manifestações são legítimas e, dentro da ordem, devem ser respeitadas. Assim como fez em 2013, quando votou as 40 propostas contra a corrupção em menos de 20 dias, entre elas a que agrava o crime de corrupção e o caracteriza como hediondo, o Senado continua permeável e sensível às demandas sociais“.

O presidente da República, Michel Temer, adotou o mesmo tom de Renan Calheiros. Para Temer, as manifestações mostram a “força e a vitalidade de nossa democracia”. “É preciso que os Poderes da República estejam sempre atentos às reivindicações da população brasileira”. Eis a nota da presidência:

A força e a vitalidade de nossa democracia foram demonstradas mais uma vez, neste domingo, nas manifestações ocorridas em diversas cidades do país. Milhares de cidadãos expressaram suas ideias de forma pacífica e ordeira. Esse comportamento exemplar demonstra o respeito cívico que fortalece ainda mais nossas instituições. É preciso que os Poderes da República estejam sempre atentos às reivindicações da população brasileira“.

JUÍZES: POVO RECHAÇA PUNIÇÕES À MAGISTRATURA
O presidente da Associação de Juízes Federais (Ajufe), Roberto Veloso, disse que as manifestações de hoje (4.dez) mostram o “apoio” da sociedade aos juízes e ao Ministério Público, e demonstram o “equívoco cometido pela Câmara dos Deputados em aprovar medidas de retaliação aos encarregados de apurar e julgar os casos envolvendo corruptos”.

Leia abaixo a manifestação de Veloso:

As manifestações ocorridas hoje demonstram que a sociedade não suporta mais conviver com tanta corrupção.

O apoio demonstrado à Magistratura e ao Ministério Público é a prova cabal do equívoco cometido pela Câmara do Deputados em aprovar medidas de retaliação aos encarregados de apurar e julgar os casos envolvendo corruptos.

Emendas do tipo crimes de responsabilidade e crimes por ofensa às prerrogativas de advogados foram rechaçadas pelo povo brasileiro nos protestos.

A sociedade exige que a corrupção seja abolida de nosso país, e para isso é necessário que sejam criados instrumentos modernos de enfrentamento e não que os magistrados e procuradores sejam intimidados com ameaça de prisão“.

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Depois do recesso, Câmara discutirá fim do foro privilegiado para políticos
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Fernando Rodrigues

Presidente da comissão quer uma série de audiências públicas

Efraim Filho (DEM-PB) apresentará relatório pelo fim do foro

Juízes e membros do MP também poderão perder prerrogativa

Movimentos de rua pedirão fim do foro privilegiado em 31.jul

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O presidente da Comissão de Constituição e Justiça, Osmar Serraglio (PMDB-PR)

A Câmara dos Deputados iniciará a discussão sobre o fim do “foro privilegiado” para políticos na 2ª quinzena de agosto. Estão programadas audiências públicas na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) nas quais serão ouvidos representantes da magistratura, do Ministério Público e de outras categorias.

As informações são do repórter do UOL André Shalders.

A PEC original sobre o assunto retira a prerrogativa de foro (conhecida como “foro privilegiado”) apenas de deputados e senadores. Outras propostas que tramitam em conjunto com a PEC principal, no entanto, acabam com a prerrogativa para vários outros grupos, inclusive juízes e integrantes do Ministério Público.

Segundo o presidente da CCJ, Osmar Serraglio (PMDB-PR), o objetivo é ouvir todas as categorias e grupos que poderão ser afetados pela proposta.

“Realizarei audiências públicas para ouvir ministros do STF, do STJ, desembargadores, juízes, [membros do] Ministério Público, senadores, ministros do Executivo e todos que perderão foro”, disse Serraglio.

O deputado Efraim Filho (DEM-PB), relator da proposta na CCJ, é favorável à mudança. “Para combater a corrupção, o método mais eficiente é combater a impunidade. E o fim do foro privilegiado é um excelente caminho para tanto”, diz ele.

Ao Blog, o presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), disse ainda não ter opinião formada sobre o tema. Não conheço o projeto. Há um clamor da sociedade que a princípio procede. Não há nenhum tema intransponível. Assim que for aprovado pela CCJ, vamos levar para discussão com os líderes [partidários]”, disse ele.

[contexto: de acordo com as regras atuais, autoridades de diferentes níveis e esferas de governo têm a prerrogativa de serem julgados em tribunais superiores, diferentemente dos cidadãos comuns. Deputados e senadores, por exemplo, são julgados pelo Supremo Tribunal Federal. Esse tratamento diferenciado é conhecido como “prerrogativa de foro”. Foi instituído, em tese, para evitar que agentes públicos sofressem retaliações e pressões em função do trabalho que desempenham. Quem defende o fim da prerrogativa de foro argumenta que esse dispositivo leva à impunidade ao poupar os políticos de responderem a processos perante a 1ª Instância da Justiça.]

Se a proposta for aprovada pela CCJ, a Câmara criará uma comissão especial para debater o tema. Só então o texto será analisado pelo plenário. Depois, ainda terá de passar pelo Senado.

PRESSÃO DAS RUAS
O fim do foro privilegiado é defendido por movimentos como o Brasil Livre (MBL). O tema será pauta dos protestos programados para 31.jul, às vésperas do retorno das atividades do Congresso.

Em uma carta de reivindicações, o MBL escreveu: “As autoridades cujos processos são julgados pelo Supremo Tribunal Federal devido ao foro por prerrogativa de função tornaram-se praticamente imunes à lei. Muitos crimes acabam prescrevendo por causa da demora da corte [STF] em julgar”.

Antes do recesso, o MBL dizia ter declarações públicas de 23 dos 66 integrantes da CCJ à favor da proposta. Para que ela seja aprovada, é preciso maioria simples (34 votos).

HISTÓRICO
A Câmara já tentou votar a proposta diversas vezes. Em 2013, o projeto foi pautado na CCJ e depois retirado. Em 2009, chegou ao plenário da Câmara. Na época, a Casa era presidida por Michel Temer.

O fim do foro privilegiado obteve apenas 260 dos 308 votos necessários. Outros 121 deputados foram contrários e 31 abstiveram-se. Só PSDB, DEM e PV orientaram seus deputados a votar contra o projeto naquele momento. Efraim Filho votou a favor da emenda, na ocasião. Rodrigo Maia foi contrário, assim como Serraglio.

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Disque Câmara recebe 12 mil registros de opinião sobre o impeachment
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Fernando Rodrigues

Mais de 8 mil pessoas são favoráveis ao impedimento de Dilma

Movimento começou de forma tímida em fev.2015

Dez.2015 e mar.2016 tiveram o maior número de registros

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Manifestação em 13.mar na frente do Congresso Nacional

Os canais de atendimento da Câmara dos Deputados para registro de opiniões da população recebem uma média mensal de 17 mil mensagens. Desde fevereiro de 2015, o volume de manifestações cresceu porque mais pessoas passaram a registrar suas opiniões sobre o impeachment.

Até o final de mar.2016, o Disque Câmara já registrou 12.295 mensagens desse tipo.

A apuração é do repórter do UOL Lucas Loconte.

Os dados obtidos junto à Câmara dos Deputados corroboram pesquisas de opinião, como a do Ibope sobre a aprovação do governo da presidente Dilma Rousseff (PT). Divulgado anteontem (30.mar.2016), o levantamento aponta que apenas 10% da população avalia a gestão de Dilma como ótima ou boa.

Do total de registros sobre o impeachment no Disque Câmara, 67,16% são favoráveis ao impeachment, número próximo ao que a Datafolha divulgou em 19.mar, com 68% dos entrevistados demonstrando apoio ao impedimento da presidente.

O mês de março apresentou 9.040 manifestações, sendo 5.410 favoráveis ao impeachment e 3.630 contrárias. Em dezembro de 2015, foram 1.302 pessoas a favor do impedimento e 261 contra.

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É possível observar que o aumento das mensagens em 2015 se deu nos meses que ocorreram manifestações no Brasil: março, abril e agosto registraram uma elevação nas manifestações captadas pelo serviço da Câmara.

Quando os advogados Hélio Bicudo, Janaína Paschoal e Miguel Reale Junior apresentaram o pedido de impeachment, o número de mensagens cresceu de forma exponencial, no período de setembro a outubro. Depois, caiu em novembro. Voltou a aumentar em dezembro.

O mesmo se verifica com os números totais recebido pelo Disque Câmara: foram 21.626 em set.2015, 19.990 em out.2015, 16.206 em nov.2015 e 13.171 em dez.2015.

Em 2016, à medida que o processo foi ganhando forma e força dentro do Congresso Nacional, o número de registros também cresceu. Até o final de março, o Disque Câmara teve 40.485 registros, 9.040 só sobre o impeachment –o equivalente a 22,33% dos registros.

Do total de mensagens, 60,93% (7.491 registros) foram via telefone, enquanto 39,07% (4.804) por meio do formulário online.

A Câmara dos Deputados explicou que as manifestações correspondem à livre e voluntária expressão dos cidadãos, relacionada a fatos políticos e legislativos.

Todas as pessoas que entram em contato com a Central de Atendimento da Câmara, seja pelo 0800 619 619 ou pelo formulário do Fale Conosco, preenchem um cadastro com dados pessoais. Como esse canal é aberto a quem quiser participar e a pessoa pode entrar em contato quantas vezes quiser, os dados não apresentam valor estatístico.

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Manifestação em Brasília reúne grupos conservadores
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Fernando Rodrigues

Protesto anti-Dilma teve Jair Bolsonaro e seus apoioadores

Deputado chuta boneco pixuleco (assista ao vídeo neste post)

Grupos se manifestaram contra liberar aborto e drogas

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Grupo usa imagens de fetos em protesto contra descriminalização do aborto

A manifestação pelo impeachment da presidente Dilma neste domingo (13.mar.2016) em Brasília teve 100 mil participantes (segundo a PF). O ato foi na Esplanada dos Ministérios e em frente ao Congresso Nacional, no centro da capital da República. Além de protestar contra o governo, vários grupos aproveitaram para defender pautas de uma agenda mais conservadora: contra a descriminalização do aborto e das drogas, em apoio ao deputado Jair Bolsonaro (PSC-RJ) e até por uma intervenção militar.

Não houve registro de crimes nem de atos de violência nas manifestações, realizadas na parte da manhã em Brasília.

O padre Pedro Stepien, responsável pela paróquia de Novo Gama (GO), reuniu fiéis para protestar contra a legalização do aborto e das drogas.

Com o rosto pintado em verde-e-amarelo, Stepien cobrou a aprovação do Estatuto do Nascituro, hoje parado na Comissão de Constituição e Justiça da Câmara.

“Os países que legalizaram o aborto na Europa já estão revertendo a situação. O índice de pessoas idosas está crescendo, a Europa está envelhecendo. Estamos vendo a invasão dos muçulmanos, que tem 5, 6 filhos. Por isso, devemos defender a vida”, diz ele, que é polonês e mora no Brasil há 18 anos.

BOLSONARO CHUTA PIXULECO
O deputado Jair Bolsonaro (PSC-RJ) foi bastante aplaudido durante a manifestação. Já no fim do protesto, ele arrancou aplausos ao estapear um boneco inflável Pixuleco (que retrata o ex-presidente Lula vestido de presidiário). No fim da ação, Bolsonaro joga o boneco com um pontapé. Eis o vídeo:

Neste domingo não foi permitida a presença faixas em defesa de uma intervenção das Forças Armadas para retirar a presidente Dilma. Apoiadores do deputado Jair Bolsonaro (PSC-RJ) disseram, porém, defender a ação.

A aposentada Aida Silva, de 68 anos, disse que Bolsonaro “é o único deputado ficha limpa”. Um rapaz que não quis se identificar carregava um cartaz que imitava a foto presidencial e disse que a aliança entre Bolsonaro e os militares fortaleceria o país, ainda mais se o alto escalão do exército assumisse o comando dos ministérios.

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Delegado aposentado da PF volta a convocar protestos contra o governo
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Fernando Rodrigues

Em vídeo, Jorge Pontes classifica PT de organização criminosa

Carioca foi chefe de escritório na França e membro da Interpol

Em vídeo, delegado Jorge Pontes convoca protestos contra o o governo

Em vídeo, delegado Jorge Pontes convoca protestos contra o o governo

Entre os vídeos que circulam nas redes sociais convocando a população para protestos nas ruas no dia 13.mar, chama a atenção o de Jorge Barbosa Pontes. O delegado federal aposentado aparece nas imagens classificando o PT de organização criminosa.

O vídeo foi publicado no último domingo (28.fev.2016), um dia antes da interferência do Planalto na PF voltar ao centro do debate político com o pedido de demissão do ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo.

Não é a primeira vez que o delegado faz críticas abertas aos governos petistas. Ele já publicou, inclusive, artigos em alguns dos principais jornais do país. Em um deles, afirma que “é mais fácil acreditar em Saci Pererê ou no coelhinho da Páscoa do que nas promessas dos atuais governantes”.

Ao Blog, Pontes disse que tomou a iniciativa porque a corrupção virou algo “totalmente consolidado” nos governos do PT. “Hoje, se você abrir as páginas políticas dos grandes jornais e não encontrar pelo menos dez vezes as palavras ‘Polícia Federal’, você está em Marte”, disparou. “A Justiça Federal não está combatendo o crime organizado, mas o crime institucionalizado, que usa todas as estruturas do governo em seu favor.”

As informações são do repórter do UOL Guilherme Moraes.

Delegado desde 1995, após 8 anos como agente federal, Pontes disse já ter sofrido pressão durante o exercício de seu trabalho. “Às vezes, surgia alguém querendo saber das nossas operações, com conversa mole. Infelizmente, nós não temos a mesma blindagem constitucional de juízes ou procuradores.”

Aposentado desde 2014, o delegado afirma não temer qualquer tipo de retaliação por se posicionar contra o governo. “Na verdade, temo que esse governo continue. Represália são os preços dos produtos quando entro no supermercado. O PT tomou o país todo de assalto.”

O Código de Ética da Polícia Federal proíbe os agentes públicos de “divulgar manifestação política ou ideológica conflitante com o exercício das suas funções”. O texto, no entanto, não diz se a regra se aplica a servidores aposentados.

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Grupos anti-Dilma acusam Facebook de dificultar convocação de ato no dia 13
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Fernando Rodrigues

Vem Pra Rua e Endireita Brasil reclamam de restrições em suas páginas

Facebook diz que eventos com muitos convidados às vezes passam por spam

Oposição quer manifestações de 13.mar para incentivar volta às ruas

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Manifestação pró-Impeachment na orla de Copacabana, no Rio de Janeiro

Integrantes dos grupos Vem Pra Rua e  Movimento Endireita Brasil queixam-se de dificuldades na utilização do Facebook para divulgar as manifestações pró-impeachment convocadas para 13.mar. Esses atos são vistos pelo oposição como uma possível volta às ruas de grandes protestos contra a administração da presidente Dilma Rousseff (PT).

Recursos básicos da rede social, como fazer publicações e enviar convites, estão (em parte do tempo) indisponíveis aos administradores e simpatizantes dos movimentos nas suas páginas no Facebook.

As informações são do repórter do UOL, Luiz Felipe Barbiéri.

Os problemas começaram na semana passada. Seriam resultado de acusações contra as páginas oficiais dos grupos.

Isso estaria ocorrendo porque o Facebook permite que seus usuários apontem conteúdos considerados impróprios. Essa facilidade, entretanto, pode ser utilizada como estratégia para tirar do ar uma página ou perfil.

Um grande volume de “denúncias” contra um determinado site é suficiente para impor restrições aos usuários da rede. O Facebook restringe de forma automática as interações com a plataforma.

“O que está ocorrendo é gravíssimo. Há ataques contra nossa página, o Facebook sabe desses ataques e não faz nada. Não há qualquer tipo de filtro”, afirma Rogerio Chequer, porta-voz do Vem Pra Rua.

Ele explica que os administradores da comunidade faziam, em média, 12 publicações diárias. Esse número teria caído para 5 em razão de obstruções impostas pela rede social. O Blog contou, entretanto, 27 postagens nos últimos 3 dias.

Patrícia Bueno, uma das 5 administradoras da página do Movimento Endireita Brasil, diz que ficou impedida de publicar na comunidade no sábado (20.fev).

“Não tenho dúvidas de que tenha relação com as manifestações do próximo dia 13”, afirma, em referência aos protestos pró-impeachment convocados para o mês que vem.

PERFIL PESSOAL
Às vésperas das manifestações de 13.dez.2015, os grupos queixaram-se dos mesmos problemas. A diferença é que, agora, as limitações no uso das ferramentas da rede social impõem-se também a contas pessoais de administradores e simpatizantes.

“A todo momento é solicitada troca de senha, pedem verificação visual. Eu levo 15 minutos para fazer uma simples postagem no meu perfil”, reclama Chequer.

Uma moderadora da conta do Vem Pra Rua diz que é comum ter de trocar a senha 5, 6 vezes ao dia.

“No meu perfil não consigo ‘curtir’ nada, responder mensagens, fazer compartilhamentos”, conta Patrícia.

OUTRO LADO
Em nota, o Facebook não explicou por que as restrições ao uso da rede atingem as contas pessoais de integrantes dos movimentos.

Esclareceu, no entanto, que eventos com grandes listas de convidados, algumas vezes, são denunciados como spam e os administradores podem ser impactados por notificações de segurança.

“A nossa Central de ajuda explica e detalha como criar, administrar e fazer promoção de eventos no Facebook”. 

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Campanha do impeachment usa marca das Diretas Já para tentar derrubar Dilma
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Fernando Rodrigues

Movimento Brasil Livre faz logo amarelo e com letras cursivas

“Esse impeachment é meu” é o slogan escolhido pelo MBL

Grupo busca apoio da oposição para reproduzir material

Movimento Brasil Livre/Divulgação

Divulgação do protesto do dia 13 de março organizado pelo MBL

O material produzido pelo Movimento Brasil Livre para divulgar as manifestações do dia 13.mar é inspirado nas Diretas Já.

O layout evoca a marca da campanha de 1984 em favor do retorno das eleições diretas para presidente, segundo Renan Santos, coordenador do movimento.

A ação do MBL adota o mesmo padrão gráfico: amarelo com letras cursivas.

A cor não é novidade em ações políticas. Já foi utilizada em campanhas getulistas e na ditadura militar. A grafia é vista como uma estratégia de identificação com o público.

Movimento Brasil Livre/Divulgação

Material de divulgação completo do MBL

O slogan da vez é “esse impeachment é meu”. As peças ainda enumeram 5 razões para o impedimento e chamam todos às ruas contra o governo.

“A tiragem será descentralizada: cada militante reproduzirá suas cópias”, afirma Santos.

OPOSIÇÃO
O movimento contará com a ajuda de oposicionistas no dia 13.mar. Alguns parlamentares já anunciaram apoio, como Efraim Filho (DEM-PB), Mendonça Filho (DEM-PE) e Bruno Araújo (PSDB-PE).

“Ainda não é unanimidade, mas existe, no DEM, um sentimento muito forte com as propostas do MBL”, diz Efraim.

O movimento pede também que deputados mobilizem suas redes de apoio regional.

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