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Em 30 grandes cidades, PSDB lidera em 6
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Fernando Rodrigues

Blog mostra pesquisas em 17 capitais e 13 municípios grandes

Nesse universo, PT está na frente em 4 disputas para prefeito

A campanha eleitoral para prefeitos e vereadores neste ano está só começando, mas já há pesquisas de opinião de voto relativamente recentes em 30 grandes cidades brasileiras. Nesse universo, o PSDB está na frente em 6 disputas. É seguido pelo PT, com 4 candidatos favoritos.

O conceito de “candidato favorito” é usado quando o político está em primeiro lugar isolado, à frente dos demais concorrentes e fora da margem de erro da pesquisa.

No caso dos tucanos, a posição de favoritismo ocorre no momento em 4 capitais e em 2 grandes cidades –entre as que têm mais de 200 mil eleitores.

No PT, os favoritos estão em 2 capitais e 2 cidades grandes.

As 30 cidades que são analisadas neste post tem um total de 21,9 milhões de eleitores –o equivalente a 15,6% do eleitorado brasileiro, segundo informa o repórter do Blog e do UOL Fábio Brandt.

O Brasil tem um grupo de cidades politicamente mais significativo, o chamado G83: são 26 capitais e 57 cidades com mais de 200 mil eleitores. Esse grupo tem 50,5 milhões de eleitores, o que representa 36% do eleitorado brasileiro.

O Blog acompanhará todas as pesquisas que forem divulgadas neste ano. Aqui, o levantamento com tudo o que já está disponível.

Quando se considera as pesquisas já publicadas (todas registradas na Justiça Eleitoral), o confronto entre PSDB e PT está como mostra o quadro abaixo:

O desempenho do PSDB nas pesquisas tem relevância política maior que a do PT por causa da vantagem na cidade de São Paulo.

Com São Paulo, tucanos são favoritos (isolados em 1º lugar) em cidades que somam 10,2 milhões de eleitores, segundo as estatísticas do eleitorado do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) referentes a maio de 2012. Sem a capital paulista, as outras 5 cidades tucanas têm juntas 1,6 milhão de eleitores –menos que os 2,8 milhões de eleitores das 4 cidades nas quais petistas são favoritos.

Levantamento
O Blog reuniu as sondagens mais recentes (disponíveis até a manhã de 19.jun.2012) sobre as eleições nas 26 capitais e nas 57 outras cidades com mais de 200 mil eleitores (as que podem ter segundo turno). A soma hoje do G83 cresceu na comparação com a última eleição municipal, de 2008, quando havia só 79 cidades nessa categoria –era só G79.

No momento, 30 municípios do G83 têm pesquisas divulgadas a partir do fim de abril. Para os outros não há dados disponíveis ou são muito defasados.

Além de PSDB e PT, também têm favoritos nesse grupo de 30 cidades grandes os seguintes partidos: PSB (Belo Horizonte e Cuiabá), DEM (Salvador e Aracaju), PDT (Natal), PSOL (Belém), PTB (Santo André), PC do B (Olinda), PMDB (Mauá e Sorocaba), PPS (Ponta Grossa), PSD (Mogi das Cruzes) e PV (Palmas).

Em outras 7 cidades há empate técnico entre 1º e 2º colocados, portanto não se pode falar em favorito. O Blog considera esses “candidatos competitivos”, pois têm chances de vitória.


Projeção
Quando se leva em conta as 23 cidades que não apresentam empate técnico nas pesquisas, pode-se comparar o cenário atual dos partidos com o resultado que podem conseguir nas eleições de 7 de outubro.

Esses 23 municípios têm 21,3 milhões de eleitores. O partido que controla a maior parte é o PSD (8,9 milhões; sendo que os 8,6 milhões de São Paulo é que fazem essa conta ser tão alta), seguido por PT (2,9 milhões), PTB (2,5 milhões), PP (2,3 milhões), PSB (1,8 milhões), PSDB (909,7 mil), PC do B (669,4 mil), PV (528,3 mil), PDT (382,3 mil) e PMDB (330 mil).

Se o resultado das pesquisas atuais coincidir com o das eleições, esse cenário passará a ser o seguinte: PSDB (10,2 milhões, incluindo São Paulo), PT (2,8 milhões), PSB e DEM (2,2 milhões), PSOL (1 milhão), PMDB (720,3 mil), PTB (554 mil), PDT (528,3 mil), PC do B (307,4 mil), PSD (278 mil), PPS (226,1 mil) e PV (151,2 mil).

É sempre prudente enfatizar que os cenários testados pelas pesquisas ainda podem mudar. Um dos motivos é que os partidos têm até 30.jun.2012 para escolher quais candidatos vão lançar neste ano. Fora isso, ainda é possível haver desistências e alianças de última hora.

Abaixo, lista com nomes e partidos dos prefeitos atuais das cidades do levantamento:


Eleição 2012
Segundo os dados mais recentes do TSE, referentes a maio de 2012, o Brasil tem 140 milhões de eleitores. Mas só 138 milhões estão aptos a votar em 2012 porque Brasília (1,8 milhão de eleitores) e Fernando de Noronha (1,8 mil eleitores) não têm prefeitos nem vereadores. E os eleitores residentes no exterior (228,7 mil) só podem votar para presidente.

Dos 140 milhões de eleitores, 50,4 milhões (36%) vivem nas capitais e cidades com mais de 200 mil eleitores. As eleições nessas localidades podem ser decididas no 2º turno se nenhum candidato tiver mais da metade dos votos válidos, que são os votos dados a candidatos (nulos e brancos não são válidos). Em cidades menores, a disputa termina obrigatoriamente no 1º turno.

As únicas capitais com menos de 200 mil eleitores são Boa Vista (183,6 mil) e Palmas (151,2 mil). Não têm segundo turno, mas têm importância política pelo fato de serem capitais.

Banco de dados
Este Blog é o site de política mais antigo do Brasil. Desde o ano 2000 compila pesquisas eleitorais e as arquiva nesta página, que também disponibiliza levantamentos de avaliação de popularidade de todos os presidentes brasileiros desde José Sarney.

Em 2012 o Blog continua a compilação de pesquisas, já disponível aqui.

 

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Dilma entra na campanha pró-Haddad
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Fernando Rodrigues

Lula e a atual presidente gravam vídeo para candidato do PT em São Paulo

A presidente Dilma Rousseff gravou em vídeo sua primeira participação direta a favor de Fernando Haddad na disputa pela Prefeitura de São Paulo.

Haddad é o pré-candidato do PT. Até agora, está com apenas 3% das intenções de voto, segundo o Datafolha.

O Blog teve acesso ao vídeo do PT que será transmitido a partir de hoje (15.maio.2012):

[uolmais type=”video” ]http://mais.uol.com.br/view/12778870[/uolmais]

A propaganda do PT deve ter caráter partidário, mas fica nítida a intenção de associar o comercial à candidatura de Haddad.

A leitura do texto deixa óbvia a estratégia. Aparecem apenas 3 pessoas, pela ordem: o ex-presidente Lula, Dilma e Haddad (na condição de ex-ministro da Educação). O mote todo é a palavra “novo”.

As pesquisas qualitativas do PT mostram que a forma de melhorar o posicionamento de Haddad é mostrá-lo como “novo”. Eis o texto do comercial de 30 segundos (grifos em negrito feitos pelo Blog):

 

Lula: Quando lançamos o Bolsa Família, surpreendemos o mundo com algo novo.

Dilma: Lançar o Brasil Sem Miséria, para acabar com a pobreza extrema no país, foi uma atitude nova.

Lula: Cuidar de todos, em especial dos jovens, será sempre o justo, o moderno, o novo.

Haddad: Criar o ProUni, escolas técnicas, dobrar vagas nas universidades e dar bolsas para estudantes brasileiros no exterior, é fazer o futuro, é fazer o novo.

Lula: O PT veio para mudar…

Dilma: …Inovar e renovar o Brasil

 

Como se vê, a ideia é contrapor o “novo” Haddad (49 anos) ao que implicitamente seria o “velho”, representado pelos demais candidatos, sobretudo o que lidera as pesquisas, José Serra (70 anos), do PSDB.

Vai dar certo?

É cedo para saber. Mas a propaganda realizada pelo publicitário João Santana é a maior aposta de Haddad e do PT nesta fase da pré-campanha.

O filme entra no ar em todo o país nesta terça-feira (15.maio.2012) depois que o PT conseguiu derrubar uma proibição da Justiça Eleitoral, pois a legenda havia sido punida.

Um problema: a TV Globo se recusou a transmitir o comercial porque o filme foi enviado fora do prazo estabelecido para esse tipo de propaganda. O PT está recorrendo à Justiça e pode obter o tempo mais para frente –o que só ajudará Haddad. Primeiro, passa em todas as emissoras. Depois, na Globo.

 

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O PT “bateu cabeça” em SP, diz Kassab
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Fernando Rodrigues

Para prefeito, titubeio de Fernando Haddad abriu caminho para Serra

O prefeito Gilberto Kassab (PSD) tem feito longas análises sobre o cenário atual. A um interlocutor, fez uma síntese do que se passou até agora na disputa pela sua sucessão, sobretudo a respeito do namoro de várias semanas entre ele o PT para uma possível aliança em torno do petista Fernando Haddad:

“O prefeito de São Paulo vai até você e oferece apoio. Junto iriam a máquina da Prefeitura e 20 vereadores. Aí você vai até o Lula e ele diz para você fechar o acordo. Aí você vai até a presidente Dilma e ela diz para você fechar esse acordo. Mas você fica sonhando na esperança de unificar o PT inteiro. E o PT bateu cabeça. Enquanto isso, o outro lado teve tempo de se reorganizar. Eu acho que esse episódio foi a primeira grande derrota do Haddad para ele próprio. É óbvio que se o acordo tivesse sido fechado e formalizado com o PT eu não teria mais como apoiar o Serra. Aliás, se eu tivesse fechado o acordo com o PT, o Serra não sairia candidato. Mas não houve o acordo por causa da atitude titubeante do Fernando Haddad e de alguns gatos pingados do PT”.

Aos 51 anos de idade e visto em Brasília como um dos mais habilidosos operadores políticos do país, o prefeito de São Paulo nunca fala com ressentimentos ao analisar cenários políticos. Ele de fato queria ter fechado um acordo com o PT. Mas os petistas foram lentos na operação.

Kassab afirma a seus aliados que manteve um relacionamento franco e aberto, de alto nível, tanto com o ex-presidente Lula como com a presidente Dilma Rousseff e com o restante da cúpula do PT. E ressalta que seu partido, o PSD, ficará com petistas em muitas disputas municipais neste ano. Por fim, que se o acordo na cidade de São Paulo não saiu, a culpa não foi dele.

Para Kassab, agora haverá necessariamente uma polarização entre Serra e Haddad, PSDB e PT. E nada mais: “Todos os outros vão virar pó. Não tem jeito. Só se fala nessas duas candidaturas agora”.

Mas e o candidato a prefeito de São Paulo pelo PMDB, Gabriel Chalita, que tem muito tempo de TV por conta do tamanho de seu partido? E Kassab: “Vai ser só Serra e Haddad. O Serra, pela sua dimensão política, pelo que representa para a cidade. E o Haddad porque terá o apoio do ex-presidente Lula e da presidente Dilma. Não sobrará espaço para os demais”.

A partir de agora, os candidatos começam a caça por aliados com o objetivo de aumentar o tempo de TV e rádio durante o horário eleitoral. A tendência é o PT arrebanhar mais apoios e ter o maior espaço para fazer propaganda.

“Mas isso é irrelevante no caso do Serra e do Haddad. Nesse jogo de alianças, há muitas análises equivocadas. A disputa ficou e ficará polarizada. E no segundo turno os tempos são iguais para os dois candidatos”, pondera Kassab.

O futuro de Kassab
Afinal, o que pensa e o que deseja Kassab para seu futuro político?

O prefeito de São Paulo vislumbra 3 caminhos para si: ser governador paulista, vice-governador ou senador

Kassab, tem um plano bem delineado sobre quais são suas opções e a viabilidade de cada uma delas.

Engenheiro de formação e sistemático por vocação, ele começa o fluxograma com duas possibilidades: vitória ou derrota de José Serra (PSDB) na disputa para prefeito de São Paulo.

Na hipótese de derrota –na qual ele não acredita– ficará pavimentado o caminho para um eventual rompimento entre Serra e o atual governador de São Paulo, Geraldo Alckmin. Claro, porque Serra atribuirá o fracasso em parte à falta de apoio do partido. E Alckmin terá uma responsabilidade razoável no pagamento dessa fatura.

Em caso de derrota de Serra neste ano, Kassab passaria a ser candidato declarado a governador de São Paulo em 2014.

E Serra? Aí tudo dependeria da correlação de forças partidárias em 2014, da popularidade do governo Dilma, do estado da economia e da disposição de um grupo de oposição querer um candidato presidencial de fora do PSDB. Serra, é claro, seria um postulante ao Planalto –mas esse cenário tem tantas variáveis que projetá-lo hoje com precisão é impossível.

Já num cenário de vitória de Serra na disputa para prefeito de São Paulo o horizonte fica mais claro para Kassab. Ele fará o que melhor se adequar aos planos de seu principal benemérito e mentor na política. Os dois caminhos mais exequíveis são encaixar-se (bancado por Serra) como vice-governador de Geraldo Alckmin quando o tucano disputar a reeleição, em 2014, ou sair como candidato ao Senado.

Esse exercício de futurologia em política, como se sabe, é muito arriscado. Kassab tem ciência dessa dificuldade, mas os planos são esses mesmos.

O prefeito de São Paulo tem a vantagem de ter transitado em todo o espectro político e coletado pouquíssimos inimigos irreconciliáveis –exceto parte da cúpula do DEM, sigla que mais sofreu com a criação do PSD.

Quando esteve com o PT e com o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, Kassab sempre disse de maneira clara que teria de apoiar José Serra se o tucano se lançasse candidato a prefeito. Usou uma máxima de ouro na política: “Pactos claros, amizades longas”.

Lula e os petistas podem estar chateados que Kassab de fato cumpriu o que disse, assumindo de vez a sua encarnação serrista. Mas nenhum petista poderá acusar o prefeito de não ter avisado antes como procederia.

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Cargo para PRB visa a derrubar candidatura de Russomano a prefeito de São Paulo
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Fernando Rodrigues

efeito colateral também importante é evitar críticas de cunho religioso contra Fernando Haddad

A decisão da presidente Dilma Rousseff de dar um cargo no governo federal para o senador Marcelo Crivella (PRB-RJ) tem um objetivo certeiro: tentar derrubar a candidatura de Celso Russomano a prefeito de São Paulo. Por tabela, facilitar a vida do petista Fernando Haddad, que também disputará a prefeitura paulistana neste ano.

Russomano era do PP, mas se indispôs com Paulo Maluf e bandeou-se para o PRB em 2011. O Partido Republicano Brasileiro, criado em 2005, tem ligação estreita com a Igreja Universal do Reino de Deus. Nas pesquisas de opinião, Russomano aparece com até 21% das intenções de voto, muito por conta de suas aparições em programas populares na TV. Aqui, a página mais completa da web com todos os levantamentos eleitorais disponíveis neste ano.

Com a ida do senador Marcelo Crivella (PRB-RJ) para a Secretaria da Pesca e Aquicultura, o Planalto espera ter pavimentado o caminho para que a direção nacional do PRB elimine do mapa a candidatura de Russomano –Crivella nega (leia a parte final deste post).

A nomeação de um representante do PRB para a Esplanada dos Ministérios é a primeira reação objetiva do PT e de Dilma Rousseff à entrada de José Serra (PSDB) na corrida pela sucessão de Gilberto Kassab na Prefeitura de São Paulo.

Os petistas correm para fechar o maior arco de alianças possível em torno de Haddad –e assim garantir um grande tempo de TV e rádio durante o horário eleitoral.

Religião & Haddad
Outro efeito colateral importante da nomeação de Marcelo Crivella é um acordo tácito para que os políticos evangélicos sob o guarda-chuva do PRB evitem críticas de cunho religioso contra Fernando Haddad.

Quano era ministro da Educação, Haddad envolveu-se na polêmica da cartilha sobre respeito a homossexuais em escolas. Logo os evangélicos e religiosos em geral classificaram a iniciativa de “kit gay”. A operação foi abortada, mas a imagem de liberal do petista permaneceu.

Há um temor do PT de que durante a campanha eleitoral deste ano Haddad possa ser alvo de políticos conservadores. Com a presença do PRB na Esplanada dos Ministérios, há um entendimento entre o governo Dilma e a cúpula do partido de Crivella para que sejam evitados os debates em torno de aspectos religiosos durante as disputas por prefeituras, sobretudo na cidade de São Paulo.

“Só tivemos conversas técnicas”
Após ser anunciado como novo ministro do governo Dilma, Marcelo Crivella negou que a nomeação tenha por objetivo tirar Celso Russomanno da disputa pela Prefeitura de São Paulo. “Acho que o PRB em São tem um candidato, que é o Celso Russomano, e em nenhum momento quando a presidente me convidou isso foi aventado. Pelo contrário, só tivemos conversas técnicas”, afirmou, segundo publicou a Folha.com. “Ela [Dilma] queria fazer uma homenagem ao povo fluminenese”, disse Crivella.

O político disse ainda ter “muita honra” de integrar a bancada evangélica no Congresso, mas que sua entrada no governo se deve à posição de filiado ao PRB e não à de integrante da bancada evangélica.

 

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Só com vitória em São Paulo PSDB freará expansão do PT nos grandes centros
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Fernando Rodrigues

Partido de Dilma e Lula tem 20% do eleitorado do G83, grupo das maiores cidades do país…

…tucanos têm apenas 8%; os outros partidos da oposição, nada.

Vencer a eleição na capital paulista, cidade com o maior nº de eleitores do país, é a chance que o PSDB tem de garantir respiro para si e para a oposição até 2014, quando haverá nova eleição presidencial. Caso o partido perca em São Paulo para o PT ou outro aliado do governo federal, a situação da oposição toda tende a se agravar ainda mais do que no cenário atual.

Hoje já é imenso o abismo entre o nº de eleitores comandados por governistas e oposicionistas no G83 –o grupo de 83 grandes municípios, formado pelas 26 capitais e as 57 cidades com mais de 200 mil eleitores. Juntas, essas 83 localidades têm 49,8 milhões de eleitores (37% dos eleitores que votarão para prefeito em 2012).

O PT e seus aliados no governo federal comandam 72% dos eleitores do G83 (correspondentes a 36 milhões de eleitores). O PSDB, único partido de oposição entre os 11 que têm prefeitos no G83, controla só 8% desse eleitorado (3,8 milhões).

Como é certo que o PSD, do prefeito Gilberto Kassab, não continuará na Prefeitura paulistana (ele não pode se reeleger nem tem candidatos competitivos) o partido que o substituir vai agregar para si 8,5 milhões de eleitores. A sigla que for vitoriosa na capital paulista subirá várias posições no ranking do G83 em termos de eleitores governados. Assim, poderá também ter mais influência em disputas futuras.

Se apenas São Paulo mudar o partido no poder e as outras 82 grandes cidades continuarem como estão, uma vitória do PSDB o deixaria com 25% do eleitorado do G83. Esse percentual pode não ser grandioso perante os 72% do PT e seus aliados governistas. Mas ganha importância perante os 20% do eleitorado do G83 que o PT continuaria a governar. Abaixo, quadros com detalhes sobre o G83:

Para comparar os partidos, o Blog cruzou os nomes e partidos dos prefeitos do G83 com dados do eleitorado nacional referentes a jan.2012 atualizados pelo TSE (Tribunal Superior Eleitoral).

Eleições e o G83
Em 2012 haverá eleições para prefeito no Brasil –o 1º turno será em 7.ou.2012 e o 2º turno em 28.out.2012. Segundo dados do TSE referentes a jan.2012, estão aptos a votar neste ano 134,5 milhões de brasileiros em 5.568 municípios.

Não votam para prefeito os eleitores residentes em Brasília (1,8 milhão de eleitores), em Fernando de Noronha (2,2 mil) e no exterior (212 mil).

O 2º turno só pode ocorrer em cidades com, pelo menos, 200 mil eleitores. Os dados do TSE de jan.2012 indica que há 81 cidades encaixadas nesse critério. Apesar disso, para efeito de análise, o Blog inclui as 2 capitais que não se enquadram nesse critério entre as cidades grandes. São elas: Palmas (141,3 mil eleitores) e Boa Vista (176,7 mil eleitores). Por serem capitais, têm relevância política suficiente para estar no “clube” dos grandes municípios.

A 2ª etapa da votação ocorre se nenhum candidato conseguir, no 1º turno, mais da metade dos votos válidos (que são todos os votos menos os brancos e nulos). Nos municípios com  menos de 200 mil habitantes a disputa termina obrigatoriamente no 1º turno, mesmo que o vencedor não tenha mais da metade dos votos válidos.

 

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