Blog do Fernando Rodrigues

Arquivo : junho 2014

PR, que apoia Dilma, defende mudança “em time que está ganhando” na TV
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Fernando Rodrigues

O Partido da República veicula na noite desta 6ª feira (27.jun.2014) na televisão programa partidário de 10 minutos defendendo enfaticamente mudança na condução política do país.

A legenda é a mesma que acabou de protagonizar episódio de fisiologismo explícito ao forçar a presidente Dilma Rousseff a mudar o ministro dos Transportes em troca do apoio à sua reeleição.

Guiado por pesquisas que apontam o desejo do eleitor por mudança, o PR lança o slogan “Em time que está ganhando, se mexe”. O mote da propaganda é o futebol e os políticos abusam de metáforas. Assista ao vídeo abaixo:

Para o senador Alfredo Nascimento, presidente da legenda, o Brasil “ganhou muito nos últimos anos”, mas “não pode dormir em cima de suas vitórias”. “Ser penta para nós é motivo de orgulho, mas isso já é passado. O que nós queremos agora é o hexa. Na vida é a mesma coisa”, diz.

O senador Antônio Carlos Rodrigues (SP), o deputado Maurício Quintella (AL), o deputado Anthony Garotinho (RJ), e sua filha, Clarissa, também aparecem para defender mudanças “no jeito do time jogar”.

Emulando um programa jornalístico, a propaganda do PR também coloca o senador Blairo Maggi (MT) para falar “por telefone” em defesa do agronegócio.

Outro senador que aparece é Magno Malta, mas talvez tenha lhe faltado tempo para gravar a inserção. O PR reprisa um trecho de 35 segundos exibido no seu programa de maio de 2013 com Malta falando sobre sua maior bandeira, a redução da maioridade penal, enquanto lida com uma bola em um estádio de futebol.

Ao final, o deputado Tiririca (SP) dá o fecho “cômico”, também em defesa da mudança: “Tem que mantê o que tá certo e desmantê o que tá errado. Tem que mexê (sic)”. O vídeo foi dirigido pelo publicitário Elsinho Mouco, da agência Pública.

O discurso ambíguo do PR, que apoia Dilma e participa do governo, mas fala que é necessário mudança, replica o que outros partidos médios da base governista têm feito na TV. Quem assiste a esses programas sem acompanhar a política de perto pode achar que são legendas de oposição.

O PP, que tem ministério e apoia Dilma, exibiu no início deste mês um programa cujo bordão principal parecia o de uma legenda de oposição: “Não dá mais“. Em 10 de junho, foi a vez do PSD, que também apoia Dilma, não citar a petista em seu programa de TV, mas mencionar de forma explícita e positiva o Plano Real, do tucano Fernando Henrique Cardoso.

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Skaf convida Meirelles para ser candidato ao Senado
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Fernando Rodrigues

O candidato do PMDB ao governo de São Paulo, Paulo Skaf, convidou o ex-presidente do Banco Central Henrique Meirelles para ser o seu candidato ao Senado.

Meirelles é filiado ao PSD, partido que acaba de dar apoio formal à candidatura de Skaf –como antecipou hoje (27.jun.2014) o Blog.

O ex-presidente do BC tem sido cobiçado por vários partidos para compor alguma chapa neste atual ciclo eleitoral. Já foi cogitado para ser candidato a governador de São Paulo pelo PSD e a vice-presidente na chapa encabeçada pelo PSDB de Aécio Neves.

Cauteloso, Meirelles tem sempre negado interesse nesses projetos. Já recusou, inclusive, a possibilidade de ser candidato ao Senado pelo próprio PSD. Mas isso foi quando o partido ainda não havia definido seu rumo na corrida pelo Palácio dos Bandeirantes.

Agora, com a aliança entre PMDB e PSD, a conjuntura mudou. É com isso que Skaf conta para tentar convencer Meirelles a aceitar o convite e disputar uma vaga pelo Senado.

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PSD, de Kassab, vai apoiar Paulo Skaf (PMDB) para o governo de São Paulo
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Fernando Rodrigues

Leonardo Wen/Folhapress - 27.out.2009

O PSD acaba de decidir que vai apoiar oficialmente a candidatura de Paulo Skaf (PMDB) ao governo de São Paulo.

Hoje (27.jun.2014) de manhã, o presidente nacional do PSD, Gilberto Kassab, esteve com o ex-presidente do Banco Central Henrique Meirelles, que poderia ser o candidato do partido ao Palácio dos Bandeirantes. Meirelles declinou, como já havia rejeitado ser candidato ao Senado.

A decisão do PSD deve ser formalizada nesta segunda-feira (30.jun.2014), quando a legenda faz sua convenção estadual em São Paulo. Mas já está definido: o tempo de rádio e de TV deve ir para a campanha de Paulo Skaf.

O apoio do PSD tem relevância política porque esse partido tem o terceiro maior tempo de rádio e de TV durante a propaganda eleitoral. Está atrás apenas do PT e do PMDB. O PSDB tem um tempo igual ao do PSD.

Na disputa pelo Palácio dos Bandeirantes, a liderança é de Geraldo Alckmin (PSDB), o atual governador que busca a reeleição. Este Blog mantém uma compilação com todas as pesquisas disponíveis. O tucano está 47%, segundo o Datafolha, num cenário sem a presença de Gilberto Kassab. Skaf vem em segundo, com 21%. Alexandre Padilha (PT), registra 4%.

O apoio de Kassab a Skaf pode ser fundamental para alavancar o peemedebista na corrida pelo Bandeirantes. É também uma pancada nas pretensões do PT: Padilha continua sem decolar e cada vez com menos perspectivas de agregar tempo de TV para ter sucesso mais adiante depois do início da propaganda eleitoral.

Apesar de a notícia da aliança do PSD com o PMDB ser negativa para Padilha, para o PT nacional esse tende a ser um desfecho bom. É que o PSD e o PMDB apoiam oficialmente Dilma Rousseff na corrida pelo Palácio do Planalto. Com o eventual fracasso no nome petista na corrida pelo Bandeirantes, Dilma continuará a ter um palanque local forte por causa da coalizão entre Skaf e Kassab.

Até segunda-feira (30.jun.2014), o PMDB e Skaf vão definir como será a presença do PSD na chapa. No momento, a vaga de candidato a vice-governador está com o ex-presidente do Conselho Federal da OAB José Roberto Batochio, que é do PDT.

O PSD pode ficar com a vaga de candidato ao Senado ou até com a de vice-governador, mas não há ainda definição a respeito.

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No RN, Henrique Alves (PMDB) tem 36% e Robison Faria (PSD), 21%, diz Ibope
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Fernando Rodrigues

Dilma Rousseff é líder isolada no Estado, com 51%; Aécio Neves tem 10%

Pesquisa realizada em 22 a 25.jun; margem de erro é de 3 pontos percentuais

Alan Marques/Folhapress - 13.mai.2014

O presidente da Câmara dos Deputados, Henrique Eduardo Alves (PMDB), lidera a disputa pelo governo do Rio Grande do Norte com 36% das intenções de voto, segundo pesquisa Ibope divulgada nesta 6ª feira (27.jun.2014).

O vice-governador Robinson Faria (PSD) está em segundo lugar, com 21%. Simone Dutra (PSTU) tem 2% e Robério Paulino (PSOL), 1%. Brancos e nulos são 27% e indecisos, 11%. A margem de erro é de 3 pontos percentuais, para mais ou para menos.

O resultado da pesquisa Ibope destoa de levantamento divulgado pelo instituto GPP na 5ª feira (26.jun.2014), que registrou empate técnico entre Henrique Alves e Robison Faria.

O Ibope mediu a rejeição aos candidatos. Nesse quesito, Robison Faria e Robério Paulino têm taxa de 25% cada um, Henrique Alves, 24%, e Simone Dutra, 13%.

Senado

Na disputa ao Senado, Wilma Faria (PSB), vice-prefeita de Natal, teria 39% dos votos se a eleição fosse hoje. A deputada federal Fátima Bezerra (PT) teria 29%. Neste ano, há apenas 1 vaga disponível de senador para cada unidade federativa.

Roberto Ronconi (PTC) tem 3% das intenções de voto e Ana Célia (PSTU), 2%. Brancos e nulos são 20% e indecisos, 8%.

Presidencial

O levantamento também perguntou em quem o eleitor do Rio Grande do Norte pretende votar para presidente da República. Dilma Rousseff (PT) é líder isolada, com 51% das intenções de voto. Aécio Neves (PSDB) tem 10% e Eduardo Campos (PSB), 8%.

Pastor Everaldo (PSC) registra 3% das intenções de voto e José Maria (PSTU), 1%. Outros candidatos somam 2%. Brancos e nulos são 19% e indecisos, 7%.

A pesquisa foi contratada pela Rádio Natal 96 FM. Foram entrevistadas 812 pessoas nos dias 22 a 25 de junho de 2014. Está registrada na Justiça Eleitoral sob o protocolo número RN-00005/2014.

Consulte a tabela com as pesquisas disponíveis de todos os institutos para o Rio Grande do Norte nas eleições para governador no 1º turno e 2º turno e para senador.

Este Blog mantém a mais completa página de pesquisas eleitorais da internet brasileira, com levantamentos de todos os institutos desde o ano 2000. É possível consultar os cenários do 1º turno de 2014 para as disputas de presidente, governador e senador e do 2° turno de 2014 para presidente e governador.

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No RN, Henrique Alves (PMDB) tem 28% e Robison Faria (PSD), 26,9%, diz GPP
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Fernando Rodrigues

Há empate técnico entre o atual presidente da Câmara e o vice-governador

Dilma Rousseff é líder isolada no Estado, com 46,9%; Aécio Neves tem 12%

Pesquisa realizada em 20 a 23.jun; margem de erro é de 4 pontos percentuais

Alan Marques/Folhapress - 13.mai.2014 / Divulgação

O presidente da Câmara dos Deputados, Henrique Eduardo Alves (PMDB), e o vice-governador Robinson Faria (PSD) (foto) estão tecnicamente empatados na disputa pelo governo do Rio Grande do Norte, segundo pesquisa do instituto GPP divulgada na 5ª feira (26.jun.2014).

Alves tem 28% das intenções de voto e Faria, 26,9%, diferença de 1,1 ponto percentual. A margem de erro é de 4 pontos percentuais, para mais ou para menos.

Robério Paulino (PSOL) tem 2,1%, Simone Dutra (PSTU), 1,3%, e Araken Farias (PSL), 0,3%. Brancos e nulos são 26% e indecisos, 15,4%.

Rejeição

O candidato com a maior taxa de rejeição é Henrique Alves: 11,6% afirmam que nunca votariam no atual presidente da Câmara. Robinson Faria é rejeitado por 6,8% dos eleitores.

Senado

Na disputa ao Senado, Wilma Faria (PSB), vice-prefeita de Natal, teria 36,2% dos votos e a deputada federal Fátima Bezerra (PT), 31,1%. Ambas estão em empate técnico. Neste ano há apenas 1 vaga disponível de senador para cada unidade federativa.

Simone Dutra (PSTU) tem 2,5% das intenções de voto, Laílson (PSOL), 2,1%, e Roberto Ronconi (PTC), 0,7%. Brancos e nulos são 19,5% e indecisos, 7,9%.

Presidencial

O levantamento também perguntou em quem o eleitor do Rio Grande do Norte pretende votar para presidente da República. Dilma Rousseff (PT) é líder isolada, com 46,9% das intenções de voto. Aécio Neves (PSDB) tem 12% e Eduardo Campos (PSB), 7,2%.

Pastor Everaldo (PSC) tem 6,3% das intenções de voto e Luciana Genro (PSOL), 0,4%. Brancos e nulos são 17% e indecisos, 10,2%.

A pesquisa foi contratada pela Rádio Cidade. Foram entrevistadas 600 pessoas nos dias 20 a 23 de junho de 2014. Está registrada na Justiça Eleitoral sob o protocolo número RN-0003/2014.

Consulte a tabela com as pesquisas disponíveis de todos os institutos para o Rio Grande do Norte nas eleições para governador no 1º turno e 2º turno e para senador.

Este Blog mantém a mais completa página de pesquisas eleitorais da internet brasileira, com levantamentos de todos os institutos desde o ano 2000. É possível consultar os cenários do 1º turno de 2014 para as disputas de presidente, governador e senador e do 2° turno de 2014 para presidente e governador.

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No MS, Delcídio tem 46%, Nelsinho, 25% e Reinaldo, 18%, diz Ibrape
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Fernando Rodrigues

Dilma e Aécio estão tecnicamente empatados no Mato Grosso do Sul

Pesquisa foi realizada nos dias 18 a 22.jun; margem de erro é de 3 pontos percentuais

Pedro Ladeira/Folhapress - 24.abr.2013

O senador Delcídio do Amaral (PT) (foto) lidera a disputa pelo governo do Mato Grosso do Sul com 46% das intenções de voto, segundo pesquisa Fiems/Ibrape divulgada na 4ª feira (25.jun.2014).

Nelsinho Trad (PMDB), ex-prefeito de Campo Grande, está em segundo lugar, com 25% das intenções de voto, seguido pelo deputado federal Reinaldo Azambuja (PSDB), com 18%. A margem de erro da pesquisa é de 3 pontos percentuais, para mais ou para menos.

Professor Monge (PSTU), Sidney Melo (PSOL) e Luiz Pedro Guimarães (PTN) têm 1% cada um. Indecisos somam 4% e brancos e nulos, outros 4%.

Segundo turno

Delcídio venceria Nelsinho Trad no segundo turno por 54% a 30%, segundo a pesquisa. Caso a disputa fosse entre Delcídio e Reinaldo Azambuja, o petista teria 56% contra 26%.

Rejeição

O candidato mais rejeitado pelo eleitor do Mato Grosso do Sul é Nelsinho Trad, com taxa de 39%. Delcídio do Amaral é rejeitado por 18% dos eleitores e Reinaldo Azambuja, por 11%.

Presidencial

O levantamento também perguntou em quem o eleitor do Mato Grosso do Sul pretende votar para presidente da República. Dilma Rousseff (PT) e Aécio Neves (PSDB) estão tecnicamente empatados: a petista tem 33% das intenções de voto e o tucano, 30%.

Eduardo Campos (PSB) tem 15%. Pastor Everaldo (PSC), Magno Malta (PR) e Luciana Genro (PSOL) têm 1% cada um. Votos em branco e nulo são 10% e indecisos somam 9%.

A pesquisa foi contratada pela Federação das Indústrias do Estado de Mato Grosso do Sul. Foram entrevistadas 1.860 pessoas nos dias 18 a 22 de junho de 2014. Está registrada na Justiça Eleitoral sob o protocolo número MS-00019/2014.

Consulte a tabela com as pesquisas disponíveis de todos os institutos para o Mato Grosso do Sul nas eleições para governador no 1º turno e 2º turno.

Este Blog mantém a mais completa página de pesquisas eleitorais da internet brasileira, com levantamentos de todos os institutos desde o ano 2000. É possível consultar os cenários do 1º turno de 2014 para as disputas de presidente, governador e senador.

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Rússia faz campanha para ter bandeira no Monumento aos Pracinhas, no Rio
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Fernando Rodrigues

Homenagem sobre 2ª Guerra contempla apenas EUA, Reino Unido e França

União Soviética integrava Aliados e foi decisiva na derrota do nazifascimo

Monumento em dia comum (à esq.) e nas datas festivas, com bandeiras de Inglaterra, EUA, Brasil e França. Crédito: Divulgação/Exército brasileiro

Monumento em dia comum (à esq.) e nas datas festivas, com bandeiras de Reino Unido, EUA, Brasil e França. Crédito: Divulgação/Exército brasileiro

A Voz da Rússia, estatal de mídia russa, lançou nesta semana uma campanha para que a bandeira de seu país seja incluída no Monumento aos Pracinhas, no Rio, que homenageia os brasileiros mortos na Segunda Guerra Mundial.

O monumento fica no Aterro do Flamengo, entre a Marina da Glória e o Museu de Arte Moderna, e tem mastros para 4 bandeiras. No dia a dia, apenas a do Brasil é exibida. Em datas festivas, são hasteadas também as bandeiras de Estados Unidos, França e Reino Unido, que compunham os Aliados.

A Rússia afirma ter herdado os direitos e obrigações da União Soviética, que também integrava os Aliados e contribuiu de forma decisiva para a derrota do nazifascismo. E por isso deveria ter sua bandeira no monumento.

O objetivo do abaixo-assinado é hastear a bandeira russa na cerimônia do dia 8 de maio de 2015, quando serão comemorados os 70 anos do fim da Segunda Guerra. A campanha foi divulgada no Facebook oficial da Embaixada da Rússia no Brasil.

Opositores à ideia argumentam que quem integrava os Aliados era a União Soviética, e não a Rússia. Não veem motivo para prestigiar o país hoje presidido por Vladimir Putin.

O Rio receberá a visita de Putin no dia 13 de julho. Ele assistirá à final da Copa do Mundo, no Maracanã, pois o próximo torneio, em 2018, será na Rússia. Após o jogo, Putin segue para Fortaleza, onde ocorre a cúpula dos Brics (Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul).

(Bruno Lupion)

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Meirelles, ex-BC, é a opção do PSD para governador de São Paulo
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Fernando Rodrigues

Deputados da legenda querem um nome próprio para expor o número do PSD na propaganda eleitoral

Zanone Fraissat/Folhapress - 3.mai.2012

Surgiu uma novidade na disputa eleitoral paulista. O ex-presidente do Banco Central Henrique Meirelles está cogitando concorrer a governador do Estado de São Paulo.

Meirelles teve várias conversas nos últimos dias com dirigentes do PSD, seu partido. Ele havia sido citado antes como candidato ao Senado. Não se interessou. “Se fosse um cargo no Executivo…”, sugeriu várias vezes em conversas reservadas. Seu nome também apareceu como possível candidato a vice-presidente da República na chapa de Aécio Neves (PSDB), mas essa especulação nunca prosperou.

Agora, como o PSD ficou sem opções de alianças atraentes em São Paulo, abriu-se uma janela de oportunidade para Meirelles. Ele entraria na disputa pelo Palácio dos Bandeirantes como candidato próprio da legenda. Poderá se apresenta como uma possível terceira via, entre PT e PSDB –pois as pesquisas mostram haver um esgotamento por parte do eleitorado quando se trata de votar nessas duas legendas.

Meirelles tem um trunfo: tem excelente relação com o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, de quem foi o presidente do Banco Central por 8 anos.

Hoje, a terceira via em São Paulo é representada por um partido tradicional, o PMDB, que lançou Paulo Skaf ao cargo. Skaf é presidente licenciado da Fiesp. Tem 21% das intenções de voto. O líder das pesquisas é Geraldo Alckmin (PSDB), com 44%, tudo de acordo com o Datafolha.

Se entrar agora na disputa, a chance de Meirelles ter sucesso é incerta, para dizer o mínimo. Mas ele estaria finalmente fazendo sua entrada na política eleitoral em São Paulo, preparando-se para voos mais altos. O PSD tem individualmente o terceiro maior tempo de TV e rádio na propaganda eleitoral (atrás de PT e PMDB). O ex-presidente do BC ficaria, no mínimo, conhecido dos paulistas.

Daqui a dois anos, em 2016, há eleição para prefeito. Se fizer uma campanha difundindo seu nome entre os paulistanos, Meirelles estará se cacifando para ser um nome competitivo do PSD na disputa pela Prefeitura de São Paulo.

Ao mesmo tempo, o PSD garantirá em São Paulo a exposição do nome e do número da legenda durante o processo eleitoral deste ano –o que é vital para eleger deputados federais e estaduais.

Essa nova conjuntura se formou porque não deram certo até agora as tratativas políticas paulistas de Gilberto Kassab, o presidente nacional do PSD. O ex-prefeito paulistano desejava fazer uma aliança com os tucanos, apresentando-se como candidato a vice-governador na chapa encabeçada por Alckmin. Mas o PSDB preferiu ficar com o PSB.

As outras opções de Kassab seriam apoiar a candidatura de Paulo Skaf, do PMDB. Seria um acordo desigual: os peemedebistas ganhariam o tempo de TV, mas dariam pouco em troca.

Outra possibilidade para Kassab seria ser, ele próprio, candidato a governador. As pesquisas indicam que suas chances são pequenas (tem 5% no Datafolha). Além disso, o ganho de imagem –tornar-se mais conhecido– não existiria, pois seu nome já é familiar entre os paulistas.

O PSD também não deseja apoiar o candidato do PT ao governo paulista, Alexandre Padilha (3% no Datafolha), pois acha que esse é um projeto fadado ao fracasso.

Restou, portanto, a candidatura própria do PSD representada por Henrique Meirelles. A decisão será tomada na segunda-feira (30.jun.2014). Se vingar essa saída, a chapa terá como candidata a vice-governadora Alda Marco Antônio, militante do antigo MDB e hoje filiada ao PSD.

O candidato do PSD ao Senado seria o próprio Gilberto Kassab. O primeiro suplente deve ser o sindicalista Ricardo Patah, presidente da União Geral dos Trabalhadores.

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As gerações na política
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Fernando Rodrigues

BRASÍLIA – José Sarney anunciou que vai se aposentar. Quando um político como ele desiste de disputar novos mandatos surge a tentação de falar em “fim de uma era” ou de grande “troca geracional” à vista. Não vai ocorrer nem uma coisa nem outra. Leia mais (para assinantes do UOL e da Folha).


Deputados usam esquema para pagar até 1.300% a mais de férias a servidores
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Fernando Rodrigues

Funcionários ganham aumento repentino antes de serem exonerados

Três meses após receberem indenização, são readmitidos no mesmo gabinete

Lalo de Almeida/Folhapress - 13.set.2010

Congressistas de diversos partidos desenvolveram uma nova artimanha para elevar os ganhos de seus funcionários de confiança. O primeiro passo é aumentar em até 1.300% o salário de alguns servidores e exonerá-los poucos dias depois.

Ao fechar as contas com o RH da Câmara, os funcionários recebem as férias devidas e o adicional de um terço calculados a partir do maior salário. Após 3 meses, são readmitidos com o holerite antigo.

O esquema foi relevado pelo jornal “Correio Braziliense” nesta 3ª feira (24.jun.2014). Há casos em que um servidor com salário de R$ 970 recebeu férias de R$ 12.940 e adicional de R$ 4,3 mil, somando uma indenização de R$ 17,2 mil, segundo o jornal.

Nos últimos 12 meses, 198 funcionários de confiança na Câmara foram exonerados menos de 2 meses após receberem reajustes. A maioria retornou em 90 dias para o mesmo gabinete em que trabalhava, com os salários anteriores ao aumento repentino, diz o jornal.

A servidora Roseli Lima Assis, lotada no gabinete do deputado Oziel Oliveira (PDT-BA), é um dos casos identificados pelo “Correio”. Ela recebia R$ 940 mensais. Em 8.dez.2013 teve o salário aumentado para R$ 12.940. Três dias depois, foi exonerada.

A prática é adotada até no gabinete do presidente do Conselho de Ética da Câmara, Ricardo Izar (PSD-SP). Segundo o “Correio”, Izar deu aumento de 1.081% a um dos seus servidores, de R$ 1.095 para R$ 12.940, pouco antes de demiti-lo. Ao jornal, Izar disse que o reajuste era “uma forma de compensar os dias que o funcionário precisou trabalhar sem salário até que outro servidor fosse admitido”.

A prática não é ilegal, e em um ano teria custado cerca de R$ 1,1 milhão aos cofres públicos.

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