Blog do Fernando Rodrigues

Arquivo : eleições 2012

PSB avança em capitais desafiando o PT
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Fernando Rodrigues

Socialistas podem dobrar nº de prefeitos de capitais.

Partido de Eduardo Campos tende a passar o de Lula.

Acesse pesquisas eleitorais em 22 capitais.

O rompimento com o PT em algumas disputas municipais relevantes deu ao PSB mais competitividade. Nas capitais de Estado isso fica bem visível conforme indica levantamento do Blog com as pesquisas eleitorais mais recentes.

 

A sigla de Eduardo Campos, governador de Pernambuco e possível candidato a presidente em 2014 ou em 2018, controla hoje só 3 das 26 capitais (Belo Horizonte, Curitiba e Boa Vista), mas poderá dobrar esse nº após as eleições deste ano de 2012. Isso só é possível porque os socialistas decidiram enfrentar o PT. Os partidos são adversários em todas as capitais em que o PSB está no páreo.

 

Foram consideradas no levantamento só as 22 capitais para as quais estavam disponíveis pesquisas realizadas no mês de setembro (até a manhã desta 3ª feira, 18.set.2012).

 

Dos 6 candidatos competitivos do PSB, 3 estão em 1º lugar nas pesquisas –petistas ocupam o 2º lugar. Os outros 3 socialistas competitivos concorrem com petistas por 1 vaga no segundo turno.

 

Em BH, o líder é Márcio Lacerda (PSB) e o 2º é Patrus Ananias (PT). No Recife, Geraldo Júlio (PSB) está à frente de Humberto Costa (PT). Em Cuiabá, Mauro Mendes (PSB) está em 1º, mas empatado com o 2º, Lúdio Cabral (PT).

 

Em Curitiba, Luciano Ducci (PSB) tem disputado vaga no segundo turno com outros 2 candidatos. Um é Ratinho Jr. (PSC). O outro é o candidato apoiado pelo PT, Gustavo Fruet (PDT).

 

Em Fortaleza, Roberto Cláudio (PSB) concorre com Elmano Freitas (PT) –estão tecnicamente empatados em 2º lugar. Se as pesquisas estiverem corretas, 1 deles enfrentará Moroni Torgan (DEM) na segunda etapa.

 

O mesmo ocorre em Porto Velho: Mauro Nazif (PSB) e Fátima Fátima Cleide (PT) estão tecnicamente empatados e têm chances de ir para o 2º turno contra o 1º colocado, Lindomar Garçon (PV).

 

Ranking
O PT é o partido que mais controla prefeituras entre as 22 analisadas: tem 6 desses prefeitos. Mas essa liderança não se traduz em força para o partido. O PSDB, com só 1 prefeito, tem mais candidatos competitivos que o PT (10 contra 8). São competitivos os políticos em 1º lugar nas pesquisas ou que estão em 2º e têm chances de disputar segundo turno.

 

O quadro abaixo mostra a situação dos partidos nas 22 capitais incluídas no levantamento: quantos prefeitos e quantos competitivos cada um tem na atual fase da campanha.

 

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Oposição lidera em 9 de 11 grandes cidades do NE
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Fernando Rodrigues

PSDB tem 6 primeiros colocados; DEM tem 3…

…PDT e PSB têm 1º colocado cada um;

PT não tem favoritos na região

As pesquisas mais recentes sobre as eleições nas principais cidades no Nordeste mostram que a oposição leva vantagem sobre partidos aliados do PT no governo federal.

Levantamento do Blog mostra que PSDB e DEM abrigam 9 primeiros colocados em 11 grandes cidades nordestinas para as quais foram feitas pesquisas após o início da propaganda eleitoral eletrônica em 21.ago.2012. PSB e PDT, siglas governistas, aparecem com 1 primeiro colocado cada um.

O PT, partido da presidente Dilma e do ex-presidente Lula, não lidera nenhuma dessas disputas.

Se a tendência apontada pelas pesquisas se confirmar nas urnas, a oposição ao governo federal dará um salto pois atualmente controla apenas 2 dessas 11 prefeituras. Poderá ficar com 9.

Os resultados de todas as pesquisas incluídas no levantamento estão disponíveis no post abaixo.

O Nordeste tem 14 grandes cidades mais relevantes do ponto de vista eleitoral: 9 capitais e 5 municípios com mais de 200 mil habitantes. Até esta 4ª feira (12.set.2012) estavam disponíveis estudos divulgados de acordo com a Lei Eleitoral para 11 dessas 14 cidades. Ficaram de fora Feira de Santana (BA), Vitória da Conquista (BA) e  Olinda (PE).

Dessas 11 prefeituras, o PT controla atualmente Fortaleza e Recife. Corre o risco de perder as 2. Na capital Cearense, o candidato Elmano Freitas (PT) tem chances de ir para o 2º turno, mas o primeiro colocado na última pesquisa Datafolha é Moroni Torgan (DEM). No Recife, Geraldo Julio (PSB) teve uma ascensão meteórica nas pesquisas e é líder isolado. Humberto Costa (PT), tem perdido pontos.

Os outros partidos aliados do PT também perdem espaço na região. O PC do B controla atualmente Aracaju. Mas o favorito para governar a capital de Sergipe a partir de 2012 é João Alves Filho (DEM).

O PP tem os prefeitos de Maceió e de Salvador. Nenhuma sigla governista se apresentou até agora competitiva para governar as cidades a partir do ano que vem. Os favoritos são, respectivamente, Rui Palmeira (PSDB) e ACM Neto (DEM).

O PMDB, que controla Campina Grande, tem chances de ir para o 2º turno na cidade com Tatiana Medeiros. Mas quem está na frente é Romero Rodrigues (PSDB).

O mesmo ocorre com o PTB, em Teresina: o atual prefeito, Elmano Ferrer, pode ir para o 2º turno. Mas está numericamente atrás de Firmino Filho (PSDB).

O prefeito de João Pessoa, Luciano Agra, não pode disputar a reeleição e saiu do PSB. Disputam sua vaga Cícero Lucena (PSDB) e José Maranhão (PMDB). Em Natal, a prefeita Micarla de Sousa (PV) também não concorre à reeleição. O favorito para substituí-la é Carlos Eduardo (PDT).

Já o PSDB tem hoje apenas as Prefeituras de São Luís e de Jaboatão dos Guararapes, que poderá conservar. Segundo as sondagens, os tucanos têm chance de ficar com 6 prefeitos após as eleições nas principais localidades do Nordeste. E o DEM, que não controla nenhum dos 11 municípios incluídos no levantamento, poderá sair com 3.

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Pós-TV, PSDB e PT seguem fortes nas grandes cidades
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Fernando Rodrigues

Tucanos têm 25 candidatos competitivos em um grupo de 57 grandes municípios; petistas têm 22

Levantamento do Blog com as pesquisas eleitorais mais recentes mostra que o PSDB tem 25 candidatos competitivos nas 57 grandes cidades em que foram feitos estudos de opinião após o início da propaganda eleitoral no rádio e na TV, em 21.ago.2012. O PT tem 22.

São competitivos os candidatos que estão em primeiro lugar e também os que estão em segundo, mas com chances de disputar segundo turno. O Blog considerou apenas pesquisas feitas após o início da propaganda eleitoral e divulgadas até esta quarta-feira (12.set.2012). No post abaixo estão publicados os resultados de todas as sondagens incluídas no levantamento referentes a 23 capitais e 34 cidades com mais de 200 mil eleitores.

Ao todo, os tucanos têm 15 primeiros colocados e 10 segundos colocados com chances de disputar eventual segundo turno. Os petistas possuem 11 candidatos em cada uma dessas situações.

O PMDB é o terceiro partido com mais competitivos: 11. O PSB tem 10 e o PDT, 9. DEM e PPS, que compõem a oposição junto com o PSDB, possuem, respectivamente, 4 e 3 candidatos competitivos.

Clique na imagem para ampliá-la.

O quadro mostra ainda uma tendência de alteração no controle dessas 57 cidades. Atualmente os partidos que têm mais prefeitos nesse grupo são: PT (13), PMDB (11), PSDB (8), PDT (6) e PTB (4). De acordo com o ranking dos partidos com mais candidatos competitivos, essa ordem ficaria PSDB, PT, PMDB, PSB e PDT.

Vale lembrar, no entanto, que as pesquisas apontam para o retrato do momento. Até as eleições muito pode mudar.

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Pesquisas eleitorais em 57 grandes cidades
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Fernando Rodrigues

O Blog compilou as pesquisas eleitorais mais recentes divulgadas nas capitais e em cidades com mais de 200 mil habitantes. Estão disponíveis estudos realizados após o início da propaganda eleitoral no rádio e na TV, em 21.ago.2012, para 57 desses municípios (23 capitais e 34 grandes cidades). Os resultados estão no quadro abaixo.

Este Blog, a página de política em atividade mais antiga da internet brasileira, também disponibiliza o mais completo acervo de pesquisas eleitorais da web. Estão arquivadas no Blog pesquisas desde a eleição do ano 2000.

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Dilma está desconstruindo sua imagem
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Fernando Rodrigues

Marta e Crivella ministros e apoio ostensivo a Haddad na TV…

….contrastam com reputação pública criada pela presidente

Imagem e credibilidade são difíceis de construir. Dilma Rousseff foi montando sua reputação, tijolo a tijolo, desde o início do governo Lula. Ela é durona, gosta de administrar, é intransigente com a politicagem. O episódio das demissões em série de ministros encrencados em 2011 conferiu à presidente a fama de ter comandado uma faxina ética no governo.

De maneira premeditada ou inadvertida, Dilma foi ficando como uma espécie de ponto de equilíbrio entre o que foram Fernando Henrique Cardoso e Luiz Inácio Lula da Silva. Nem é tão elitista e distante do povão como o tucano nem tão populista e condescendente com mazelas brasileiras como o petista. De repente, Dilma até virou personagem de programas de um curioso “humor a favor”, algo raríssimo na história política do país.

Estava indo tudo muito bem. Até que o processo eleitoral deste ano começou.

Uma romaria de políticos do PT passou a frequentar o ex-presidente Lula para reclamar de Dilma. “Ela não trata o PT como deveria” e “Dilma está se arriscando a perder apoio político ao não aceitar demandas dos aliados” são duas frases que sintetizam os resmungos no muro das lamentações do PT e adjacências. Sem contar o desgarramento virtual do PSB, do governador de Pernambuco, Eduardo Campos, virtual candidato a presidente daqui a dois anos.

Candidata à reeleição em 2014, Dilma se sentiu premida pela conjuntura política adversa que se formava no seu entorno. Começou a tomar atitudes erráticas. Cede e depois age como se fosse para dizer: “Eu sou do PT, mas o PT não manda em mim”. É um risco. Sinais trocados podem desconstruir a imagem que criou para si própria desde sua posse no Planalto.

Eis 4 fatos que podem até ter contribuído para Dilma dar mais coesão política ao seu governo e melhorar sua relação com o PT, mas que contrastam com sua reputação pública:

 

1) Ministério da Pesca – depois de dizer no final de 2011 ao programa Fantástico, da TV Globo, que não fazia “toma lá dá cá” (vídeo e texto), a presidente convidou em março passado, para a pasta da Pesca, o senador Marcelo Crivella (PRB-RJ). O objetivo foi apenas político. O PRB tem fortes ligações com a Igreja Universal do Reino de Deus e com a TV Record.

Dilma deu um ministério para acalmar um grupo político-midiático relevante. Enfim, toma lá, dá cá.

 

2) Resposta a FHC em rede nacional de TV – o ex-presidente escreveu um artigo que teve pouca repercussão no dia de sua divulgação, no início de setembro. A presidente maximizou a crítica recebida do tucano e respondeu com nota oficial da Presidência da República. Não satisfeita, usou parte do seu discurso em comemoração ao 7 de Setembro para fazer um forte ataque às privatizações da administração de FHC. Segundo ela, o tucano “torrou patrimônio público para pagar dívida, e ainda terminou por gerar monopólios, privilégios, frete elevado e baixa eficiência”. Tudo em rede nacional de TV.

Não se trata aqui de negar ou confirmar os problemas das privatizações tucanas. O ponto é outro: convém a uma presidente da República usar uma rede nacional de TV para fazer política partidária? Afinal, Dilma poderia dizer tudo o que falou e muito mais no programa partidário semestral que o PT tem na TV.

 

3) Vídeo pró-Haddad – pressionada por Lula, a presidente aceitou que gravar e deixar divulgar já um vídeo no qual defende Fernando Haddad, o candidato do PT a prefeito de São Paulo.

Dilma havia procurado o vice-presidente da República, Michel Temer (PMDB), há alguns meses e disse que não faria campanha para ninguém no primeiro turno destas eleições. Ou seja, falou uma coisa e fez outra.

Pior um pouco foi o tom e o palavreado usado por Dilma. A presidente foi além de recomendar o voto no PT em São Paulo –o que seria compreensível. Ela fez uma ameaça velada aos eleitores paulistanos ao dizer que Haddad é “a pessoa certa” para a cidade “consolidar projetos fundamentais do governo federal”. Com Haddad, os paulistanos terão “muitas creches” e “novas moradias”.

Ou seja, contrário senso, se Haddad é “a pessoa certa”, as outras pessoas na disputa são as erradas. Em outras palavras, se Haddad não for eleito, São Paulo não vai “consolidar projetos” com dinheiro federal para ter “muitas creches” e “novas moradias”.

 

4) Marta Suplicy na Cultura – esse é outro exemplo explícito de toma lá, dá cá. A senadora pelo PT de São Paulo, Marta Suplicy, ficou emburrada por vários meses por ter sido alijada da disputa pela Prefeitura de São Paulo. Recusava-se a participar da campanha de Fernando Haddad, uma escolha pessoal de Lula.

Aí Marta Suplicy se acertou com Dilma Rousseff e Lula: iria virar ministra até o final do ano. Entrou então na campanha de Haddad. Só que a nomeação de Marta como ministra da Cultura explicitou um certo de descontrole no gerenciamento político de Dilma. O cargo estava acertado, mas seria dado oficialmente após a eventual eleição de Haddad –o custo político seria assim mitigado.

Ocorre que a notícia foi publicada na internet na manhã de 11.set.2012  por Valdo Cruz e Natuza Nery. Por volta de meio-dia, a notícia foi ampliada pela repórter Cátia Seabra. Dilma Rousseff resolveu então antecipar o fato.

Por quê? A presidente detesta quando informações reservadas de seu governo chegam à imprensa sem sua permissão. Nessas ocasiões, há sempre reações intempestivas –como não avaliar com mais vagar a relação custo-benefício de uma ação subsequente.

Dilma poderia muito bem ter segurado a nomeação para depois do período eleitoral, mas não quis mais postergar porque se sentiu traída pela informação ter sido publicada sem o seu consentimento.

Aliás, essa relação de Dilma com a mídia, de desejar controlar 100% do que é publicado sobre seu governo, é assunto para uma outra análise.

—- * —-

Quais sinais são emitidos por esses 4 fatos acima?

Para a maioria dos brasileiros é comum políticos se atacarem e presidentes nomearem ministros por indicação partidária. Sem problemas. Esses episódios fazem parte da paisagem.

Ocorre que parcelas da classe média e dos eleitores mais instruídos estavam encantadas com o primeiro ano do governo Dilma e as atitudes “low profile” da presidente.

Enfim estava no Palácio do Planalto uma pessoa de hábitos mais republicanos. Dilma podia ser até meio áspera e ríspida no contato com as pessoas em geral, mas esse traço era até visto como um predicado e não um defeito.

Agora, aos poucos, a presidente vai cedendo aos vícios da micropolítica. O PRB quer um ministério? Eis aqui o da Pesca, não importando se quem vai ocupá-lo não entende nada de peixes. O PT está em apuros em São Paulo com o candidato de Lula que empacou nas pesquisas? Olhem aqui Dilma dando uma ordem aos eleitores paulistanos na TV. O político aposentado FHC faz uma crítica em jornal impresso ao governo Lula? Sem problemas: Dilma convoca uma cadeia nacional de TV para falar do 7 de Setembro e sentar a pua no tucano.

Essas atitudes são (com o perdão pelo uso do clichê) como as ondas produzidas pela pedra jogada no lago. Aos poucos, as ondas se espalham e chegam à margem.

Pior ainda quando são várias pedras jogadas no mesmo lago.

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Os convidados de Marta Suplicy
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Fernando Rodrigues

A maior dúvida dentro do Palácio do Planalto neste momento é: Fernando Haddad vai comparecer à posse da nova ministra da Cultura, Marta Suplicy?

Ou ainda: é conveniente ele estar presente?

Fernando Haddad tem desculpas de sobra para faltar. É o candidato do PT a prefeito de São Paulo. Está em campanha.

Mas não há impedimento legal para Haddad participar da posse da sua talvez mais vistosa aliada na disputa pela prefeitura paulistana. A lei impede a ida de candidatos a inaugurações de obras públicas. A posse de Marta Suplicy não é propriamente uma “obra pública”. Trata-se de uma cerimônia privada e ocorrerá dentro do Palácio do Planalto, nesta quinta-feira (13.set.2012), às 11h da manhã.

E há também outras dúvidas sobre a posse de Marta. Por exemplo, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva estará presente?

E os representantes de partidos políticos que estão sendo relegados ao segundo plano em São Paulo na eleição atual. Por exemplo, o ministro da Pesca, Marcelo Crivella, do PRB, vai prestigiar a posse de Marta Suplicy sabendo que a petista está sendo colocada nessa cadeira pelo apoio e fidelidade à campanha de Haddad? Como se sabe, no momento, o líder nas pesquisas em São Paulo é Celso Russomanno, do PRB.

Tudo considerado, a posse de Marta Suplicy será um espetáculo político tanto pelas presenças como pelas ausências de algumas personalidades.

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Poder e política na semana – 10 a 16.set.2012
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Fernando Rodrigues

Brasília está cada vez esvaziada de políticos por causa das eleições municipais de 7 de outubro.

A presidente Dilma Rousseff começará a 2ª feira (10.set.2012) com agenda quase vazia. Seu único compromisso oficial divulgado é uma reunião com o ministro Edson Lobão (Minas e Energia).

Na 3ª feira (11.set.2012), Dilma deverá lançar pacote de desonerações do setor elétrico. No domingo (16.set.2012), Dilma prometeu ir ao Rio para a Caminhada em Defesa da Liberdade Religiosa. Mas a viagem não está confirmada.

Algum barulho talvez nesta semana por causa do pronunciamento de Dilma para o 7 de Setembro, quando usou rede nacional de TV para atacar a dministração passada de FHC. O PSDB reagiu dizendo que a presidente usou a máquina pública.

O STF continuará a julgar o caso do mensalão. Para saber mais sobre o mensalão, acesse página do UOL com perfil dos réus do mensalão. E também a página da “Folha sobre o caso.

A Câmara programou só 3 sessões comemorativas nesta semana: Dia do Veterinário, na 2ª feira; Dia do Administrador, na 3ª feira; e lançamento da pedra fundamental da construção de Brasília, na 6ª feira.

Na 5ª feira (13.set.2012) a senadora Marta Suplicy (PT-SP) participará de caminhada com mulheres na Praça da República, em São Paulo. É mais uma chance que ela tem de fazer propaganda de Fernando Haddad.

E no sábado (15.set.2012), Marta deverá aparecer mais uma vez ao lado de Fernando Haddad, candidato do PT a prefeito de São Paulo.

No domingo (16.ago.2012), o ex-presidente Lula deverá receber Eduardo Campos, governador de Pernambuco, em seu instituto, em São Paulo.

A seguir, o drive político da semana:

 

Segunda (10.set.2012)
Dilma e Lobão – presidente terá reunião com o ministro de Minas e Energia às 10h.

STF e o mensalão – Tribunal retoma o julgamento.

Quem é quem no mensalão – para saber mais sobre o caso, acesse página do UOL com perfil dos réus do mensalão. E também a página da “Folha” sobre o caso.

Russomanno e os sindicatos – candidato do PRB a prefeito de São Paulo terá, às 14h, reunião no Sindimotos, ao lado do viaduto do Brooklin. Às 15h, irá ao Sindicato dos Funcionários do Departamento da Polícia Federal de São Paulo, próximo a Ponte do Piqueri.

Brasil x China – seleção fará amistoso no Recife.

Alckmin e a ferrovia – às 10h, em Jundiaí, governador de São Paulo, do PSDB, lançará edital para o projeto executivo do Expresso Jundiaí e pacote de revitalização das estações da Linha 7 da CPTM.

Richa em São Paulo – governador do Paraná, do PSDB, irá à Fiesp para falar sobre o programa de incentivos Paraná Competitivo a empresários paulistas.

Senado e cias aéreas – comissões da Casa discutirão, a partir das 14h, as rotas aéreas e os preços das passagens nas regiões Norte e Nordeste.

Hotelaria – São Paulo sediará o “Equipotel”, maior feira do setor na AméricaLatina. No Anhembi, até 5ª feira (13.set.2012). CNC, Sesc e Senac participarão.

Inflação – FGV divulga IPC-S.

 

Terça (11.set.2012)
Dilma e a energia – presidente lançará pacote de desonerações do setor elétrico.

Lula e Marta – ex-presidente e senadora deverão participar de comício da campanha de Fernando Haddad, candidato do PT a prefeito de São Paulo.

Pausa do mensalão – STF terá sessão dedicada a outros casos.

Senado e o Bolsa Família pauta da Casa deverá incluir o Projeto de Lei de Conversão (PLV) 16/2012, que cria um novo benefício no Programa Bolsa Família.

CPI parada – congressistas que investigam o caso Cachoeira já estavam avacalhados, mas agora foram de vez para o brejo. Suspenderam a comissão até o 1º turno da eleição (7.out.2012) para que não seja “contaminada” pelas campanhas…

Caetano, Chico e o PSOL – músicos farão o show “Primavera carioca” para arrecadar dinheiro para a campanha de Marcelo Freixo a prefeito do Rio. O ingresso sai por R$ 360.

Freixo fora do show – o candidato do PSOL não deverá aparecer no show em seu benefício. A lei proíbe a realização de showmício e ele corre risco de ser punido se marcar presença no evento.

Serviços – FGV publica sondagem sobre o setor.

Inflação – FGV divulga IPC-S Capitais e IGP-M Primeiro Decêndio.

 

Quarta (12.set.2012)
STF e o mensalão – STF terá, pela manhã, sessão dedicada a outros casos. À tarde, continuará a julgar o mensalão.

Boeing e os políticos – empresa completará 80 anos no Brasil e fará uma festa no Clube de Engenharia de Brasília a partir das 19h. Espera políticos e autoridades. Será uma chance para tratar da venda de caças.

Debate em Fortaleza – Folha de S.Paulo e Rede TV! reúnem candidatos a prefeito da capital cearense para debate.

Urna eletrônica – prazo para partidos, OAB e Ministério Público indicarem ao TSE seus representantes na cerimônia de Assinatura Digital e Lacração dos Sistemas que serão usados nas eleições 2012.

Emprego e salário na indústria – IBGE divulga dados sobre o assunto.

Inflação – Fipe divulga IPC referente ao período de 8.ago a 7.set.2012. FGV publica IPC-C1.

 

Quinta (13.set.2012)
Marta e as mulheres – senadora deverá participar de caminhada com mulheres na Praça da República, em São Paulo. É mais uma chance que ela tem de fazer propaganda de Fernando Haddad.

Indústria – FGV publica sondagem sobre o setor.

Comércio – IBGE divulga pesquisa sobre o setor.

 

Sexta (14.set.2012)
Brasília tem 2 aniversários – a capital federal é um fracasso administrativo e histórico, como este Blog já demonstrou apresentando vários dados. Mesmo assim, a deputada Erika Kokay (PT-DF) comemora a existência da cidade 2 vezes por ano: em 21 de abril (inauguração) e em 14 de setembro (lançamento da pedra fundamental). Ela conseguiu reservar uma sessão da Câmara dos Deputados para enaltecer a data.

 

Sábado (15.set.2012)
Marta e Haddad – senadora deverá aparecer ao lado do candidato do PT a prefeito de São Paulo.

Software livre – esta é a data do Software Freedom Day. Haverá eventos em várias cidades.

 

Domingo (16.set.2012)
Dilma no Rio – a conferir: presidente prometeu participar da Caminhada em Defesa da Liberdade Religiosa, na orla de Copacabana. A promessa foi feita em 29.jan.2012, em Salvador, durante cerimônia em homenagem a vítimas do holocausto.

Lula e Eduardo Campos – ex-presidente deverá receber governador de Pernambuco em seu instituto, em São Paulo. Estão de mal por causa do racha entre PT e PSB em cidades importantes, como BH, Fortaleza e Recife.

Eleições 2012 – faltam 3 semanas para a votação de 7.out.2012.

 

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PT lidera 2 capitais contra 6 do PSDB
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Fernando Rodrigues

PSB, de Eduardo Campos, está na frente em 4 capitais.

Levantamento do Blog com as pesquisas mais recentes sobre as eleições 2012 indica que apenas 2 petistas lideram as disputas por prefeituras de capitais. Já o PSDB, principal partido de oposição ao PT, é a sigla com mais primeiros colocados: está à frente em 6 das 26 capitais.

O PT está na frente em Goiânia (GO) e em Rio Branco (AC). O PSDB, em João Pessoa (PB), Maceió (AL), Manaus (AM), São Luís (MA), Teresina (PI) e Vitória (ES).

Em seguida no ranking aparece o PSB, com 4 primeiros colocados. DEM e PMDB têm 3 cada um. PDT e PV, 2 –mesmo patamar do PT. Com apenas 1 primeiro colocado aparecem PC do B, PRB, PSC, PSD e PSOL.

Foram consideradas apenas pesquisas realizadas a partir de agosto.

O quadro é pessimista para o PT. Atualmente, o partido tem 7 prefeitos de capitais contra apenas 1 do PSDB e 3 do PSB. Ou seja: as pesquisas mostram tendência de mudança no equilíbrio das forças políticas nas capitais.

É preciso considerar, no entanto, que pesquisas mostram apenas o retrato do momento atual. Até a eleição, em 7.out.2012, muito pode mudar –principalmente por causa da propaganda eleitoral na TV que começou recentemente, em 21.ago.2012.

As próprias pesquisas do levantamento mostram que os partidos têm outros candidatos competitivos. Nessa categoria estão incluídos não só os políticos em 1º lugar nas pesquisas, mas também aqueles que ocupam o 2º lugar e têm chances de disputar eventual segundo turno.

Segundo o levantamento do Blog, o PT tem ainda 4 segundos colocados com chance de disputar eventual segundo turno. O PDT tem 4 candidatos nessa situação. PSDB, PSB, PC do B e PMDB, têm 3 cada. PSOL, PTB e PP têm 2 cada. PPS, PMN, PSC e PTC têm 1 cada.

As cidades onde o PT tem um segundo colocado com alguma chance de ir para o 2º turno são: São Paulo (SP), Fortaleza (CE), Recife (PE) e Vitória (ES). Já o PSDB está nessa situação em São Paulo, Belém (PA) e Rio Branco (AC).

O quadro abaixo mostra o resultado das pesquisas mais recentes nas 26 capitais (clique nas imagens para ampliá-las).

Acesse também a página do Blog com pesquisas eleitorais desde o ano 2000, com estudos sobre eleições nas capitais e em cidades do interior.

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Os “mannos” e o Ralph Nader brasileiro
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Fernando Rodrigues

publicitário analisa como Russomanno pode acabar ganhando eleição paulistana

O publicitário Rui Rodrigues envia ao Blog uma excelente reflexão sobre a disputa pela Prefeitura de São Paulo. Ele já participou de várias campanhas presidenciais para vários tucanos e é agora um consultor em comunicacao institucional e política. Conhece como poucos o comportamento do eleitorado brasileiro –e muito o paulistano.

A liderança de Celso Russomanno (PRB) na corrida paulistana é colocada em perspectiva: “Ele não é só o ‘candidato Procon’ que está sendo vendido na mídia”.

Para o publicitário, Russomanno (ou o político que se dispuser) tem tudo para neste século 21 usar sua ênfase sobre consumo e direitos do consumidor para cobrar mais respeito ao uso do dinheiro público.

“Não vejo a mesma ênfase para o dinheiro dos impostos que deveria, na contrapartida, oferecer serviços de qualidade na saúde, educação, transporte, segurança e outros. Cadê o recall do governo? (…) E nessa praia, defendendo a ‘cidadania’ aparece o paladino Russomanno, defendendo o ‘cidadão consumidor’, o brasileiro, e por excelência o paulistano dos nossos dias. Com um pouco de jeito pode vir a ser o Ralph Nader brasileiro”.

A referência, nesse caso, é ao influente ativista político norte-americano Ralph Nader. Advogado, ele atua em proteção ao consumidor, causas humanitárias, meio ambiente e governança democrática. Ganhou notoriedade ainda nos anos 60 quando fez um estudo profundo da falta de segurança nos automóveis dos Estados Unidos.

Nader já participou de seis campanhas presidenciais nos EUA. Nunca teve sucesso, mas em 2000 sua presença acabou ajudando na eleição do Republicano George W. Bush, pois a candidatura independente de Nader retirou votos do democrata Al Gore.

A seguir, o artigo de Rui Rodrigues que merece ser lido por quem deseja entender o que se passa na eleição paulistana de 2012:

 

RUI RODRIGUES (*)
PUBLICITÁRIO

Eu me perguntava a razão de Celso Russomano estar tão bem posicionado e pensava…

1. Lá estão os simpatizantes do PT que não sabem quem é o candidato do PT.

2. Lá estão também aqueles que gostam do sujeito, gente de menos informação política, com a cabeça feita completamente pela mídia televisiva que é o reino do Russomano.

3. Lá estão também os que não gostam do PT e não são tucanos. Com o Russomano, acharam alguém para votar que não o Serra, completo tucano, ou o Chalita, um voto muito indefinido.

4. Aliado a isso tudo o fato de o sujeito não ter rejeição. O que se falava ou se fala contra ele?

Bem, essas eram as razões para o voto no Russomano.

Eu imaginava que a lógica seria o voto do Russomano migrar para o Haddad e para o Serra num movimento que repetisse a polarização histórica da cidade.

Não aconteceu assim. O Haddad ganha votos, mas não do Russomano, e o Serra não ganha votos. Ele perde. E perde para o Russomano e não para o Haddad. Então fiz outras reflexões.

O voto no Russomano é mais sólido do que eu podia supor.

O Russomano não é só o ‘candidato Procon’ que está sendo vendido na mídia.

Aqui no Brasil o que conferiu cidadania ao povo, e isso vem sendo martelado insistentemente pela propaganda oficial, é o consumo. E o consumo de bens oferecidos pela indústria e não o consumo de serviços oferecidos pelos governos.

O que define o cidadão brasileiro é a possibilidade de ter um carro, uma TV, uma geladeira etc.… Não é a qualidade do serviço de saúde ou educação… Pede-se com ênfase (Russomanno é mestre nisso) o respeito ao dinheiro gasto comprando algo, tanto que recall passou a ser, a meu ver, um instrumento de marketing e não a constatação de que lhe venderam uma droga (bem, isso é assunto para outra conversa).

Pede-se com ênfase esse respeito, a esse dinheiro, e não vejo a mesma ênfase para o dinheiro dos impostos que deveria, na contrapartida, oferecer serviços de qualidade na saúde, educação, transporte, segurança e outros. Cadê o recall do governo? Vão dizer que é na eleição… Então tá.

Vamos lá.

E nessa praia, defendendo a “cidadania”, aparece o paladino Russomano, defendendo o “cidadão consumidor”, o brasileiro, e por excelência o paulistano dos nossos dias.

Com um pouco de jeito pode vir a ser o Ralph Nader brasileiro.

Ele poderia propor a transição do cidadão consumidor de produtos para o cidadão consumidor de serviços públicos.

Daria um belo discurso e um posicionamento único para ele.

Então…voltando para o voto…

José Serra não bateu no sujeito porque achava que por gravidade o voto do Russomano se não está com o PT poderia vir para ele como o cara que ganha do PT.

O PT não bateu em Russomanno porque achava que o voto petista que está lá viria assim que o grau de conhecimento de Fernando Haddad aumentasse –e ainda mais com a benção de Lula.

Na verdade, a meu ver, o voto em Russomanno estava mais consolidado do que se pensava:

1. Ele tem o voto dos que não querem o PT e se cansaram de Serra.

2. Todos que se cansaram da velha dicotomia têm alguém para votar e em quem o povo acredita.

3. Russomanno tem inclusive o voto dos que eram simpatizantes do PT e que se decepcionaram com o mensalão mas não querem votar tucano (por falar nisso, em São Paulo o efeito mensalão é diferente dos de outros Estados e cidades).

4. Russomanno tem o voto do cidadão consumidor que se sente respeitado e vê nele um real defensor dos seus direitos.

Pode acontecer o que já aconteceu: Russomanno ser a real alternativa para não deixar o PT levar e como não conseguirá governar com o que tem, poderá ir para os braços do PSDB. Já aconteceu com Gilberto Kassab que tinha uma prefeitura tucana nos seus principais quadros.

Nesse cenário, o PT deve estar bem preocupado. Pensava que poderia perder para José Serra, e, engraçado, hoje torce para ter Serra no segundo turno –porque sabe que para Russomanno a derrota poderá ser inevitável.

RUI RODRIGUES, 61 anos, é publicitário. Atuou, entre outras, nas seguintes campanhas eleitorais: FHC e Antonio Britto (1994), FHC (1998), José Serra (2002) e Antonio Anastasia (2010).

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