Blog do Fernando Rodrigues

Arquivo : PSD

Serra é competitivo mesmo sem tempo de TV, diz Kassab
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Fernando Rodrigues

O presidente nacional do PSD, Gilberto Kassab, acredita que o ex-governador paulista José Serra vai sair do PSDB e se lançar candidato ao Palácio do Planalto em 2014.

Em entrevista ao programa Poder e Política, da Folha e do UOL, Kassab declarou que o hoje tucano Serra seria competitivo mesmo sem tempo de propaganda de rádio e TV numa legenda de menor expressão.

“Tem algumas figuras no Brasil que, no momento da sua vida, o partido já não é tão importante numa eleição presidencial quanto seria no passado”, disse Kassab. Ele cita os ex-presidentes Lula e FHC e “o próprio ex-governador José Serra”.

 

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Eduardo Campos e Kassab têm reunião nesta 3ª
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Fernando Rodrigues

Encontro será em Recife (PE) e a pauta será 2014

Kassab deve dizer a Campos que ficará com Dilma

O governador de Pernambuco, Eduardo Campos (PSB), tem encontro marcado nesta semana com o ex-prefeito de São Paulo e presidente nacional do PSD, Gilberto Kassab. A reunião será amanhã à tarde, 3ª feira (14.mai.2013), em Recife (PE).

Na pauta, eleições de 2014.

O encontro está relatado no “Poder e Política na semana”, post abaixo, a mais completa agenda política semanal disponível na internet às segundas-feiras de manhã.

Kassab e Campos têm excelente relação política. O governador de Pernambuco deu apoio logístico para que o ex-prefeito de São Paulo saísse do DEM e montasse o PSD em Pernambuco.

Num dado momento, ambos chegaram até a pensar numa fusão do PSD com o PSB.

Agora, eles estão prestes a ficar em trincheiras opostas na corrida presidencial de 2014.

Kassab deve dizer amanhã a Eduardo Campos que o PSD vai acabar mesmo rumando para a canoa da reeleição da presidente Dilma Rousseff em 2014.

Eduardo Campos dirá que compreende. Até porque ele próprio esteve com Dilma Rousseff em 2010. Votou em Dilma para presidente enquanto Kassab deu seu apoio a José Serra, do PSDB.

Para que servirá esse encontro, então?

Primeiro, para que sejam pré-acertadas eventuais alianças locais entre PSB e PSD em Pernambuco.

Segundo, e não menos importante, para que Campos e Kassab mantenham o canal aberto de comunicação, apesar de tudo indicar que estarão em lados opostos na disputa presidencial de 2014.

Campos e Kassab são políticos. Conhecem a importância da interlocução constante. Mesmo entre eventuais adversários. Sobretudo quando a disputa presidencial ainda está tão longe no horizonte.

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Nosso aliado preferencial é o PT, diz Kassab
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Fernando Rodrigues

O ex-prefeito de São Paulo e presidente nacional do PSD, Gilberto Kassab, esteve em Brasília nesta semana para acelerar os acertos políticos de sua sigla para as disputas eleitorais de 2014. “Nosso aliado preferencial é o PT”, diz ele.

Num almoço ontem (9.mai.2013), Kassab se acertou com o senador Delcídio Amaral (PT-MS). Delcídio é candidato a governador de Mato Grosso do Sul e já fechou uma aliança com o PSD.

Hoje (10,mai.2013), Kassab passa o dia no Piauí fazendo acertos para as disputas desse Estado.

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PSD completa amanhã 12 apoios estaduais para a reeleição de Dilma
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Fernando Rodrigues

Diretórios do Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul e Alagoas formalizam adesão pela manhã

Após anúncio pró-reeleição, direção do PSD vai à posse de Afif como ministro dilmista

A Comissão Executiva Nacional do PSD faz uma reunião amanhã (9.mai.2013), às 9h, para oficializar o apoio de mais 3 diretórios regionais da legenda para a reeleição da presidente Dilma Rousseff em 2014. Serão então 12 as seções estaduais do partido que terão aderido ao projeto de manter a petista mais 4 anos no Palácio do Planalto a partir de 2015.

Depois da reunião das 9h de amanhã, a cúpula do PSD vai em peso ao Palácio do Planalto. É que às 10h está programada a posse de Guilherme Afif Domingos como ministro da recém-criada Secretaria da Micro e Pequena Empresa.

O presidente nacional do PSD, Gilberto Kassab, está comandando um processo gradual de formalização de apoios da legenda à reeleição de Dilma Rousseff. “Há uma tendência majoritária pelo apoio. Mas nós estamos fazendo tudo de maneira correta com cada diretório estadual, por escrito, e registrando em ata a posição de cada um”, diz ele.

Até hoje, 9 diretórios regionais do PSD já haviam declarado apoio à reeleição de Dilma: Bahia, Ceará, Distrito Federal, Mato Grosso, Pará, Paraíba, Rio Grande do Norte, Rondônia e Sergipe. Hoje é a vez de Alagoas, Rio de Janeiro e Rio Grande do Sul.

Se não há surpresas e todos estão aderindo à ideia de apoiar a reeleição de Dilma Rousseff, por que não declarar de uma vez que o PSD entrou no projeto de manutenção do PT no poder federal? Simples: Gilberto Kassab prefere dar um verniz de oficialidade ao processo, para torná-lo mais legítimo – e com menos ranço fisiológico.

É claro que Kassab poderia, com o poder de presidente nacional da sigla, acelerar essa marcha rumo à adesão ao projeto dilmista. Mas essa atitude o enfraqueceria diante do baixo clero do partido.

E há um benefício adicional: ao tornar tudo mais lento, o PSD se preserva para eventuais mudanças bruscas na conjuntura.

De todos os 27 diretórios regionais do PSD, nenhum deve se recusar a entrar no projeto reeleitoral de Dilma. Mas a decisão final só deve sair por volta do final deste ano ou início de 2014.

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Nomeação de Afif sinaliza aliança gigante pró-Dilma
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Fernando Rodrigues

Ainda é cedo para fazer o cálculo completo. O Congresso pode votar uma lei mudando as regras. Deputados podem pular o muro e alterar a história. Escândalos às vezes brotam do nada e desarranjam o rumo das coisas.

Mas mesmo com tantas ressalvas, Dilma Rousseff caminha para montar a mais robusta aliança partidária-eleitoral em 2014 –no que diz respeito ao tempo de rádio e de TV, calculado com base nas bancadas de cada legenda dentro de uma coligação. É isso o que sinaliza a nomeação de Guilherme Afif Domingos para ser ministro da Secretaria da Micro e Pequena Empresa.

Afif pertence ao PSD, do ex-prefeito Gilberto Kassab. Esse partido é hoje o 3º maior dentro da Câmara, apenas atrás do PT e do PMDB.

Tudo indica que Dilma terá, portanto, os 3 maiores partidos do Congresso ao seu lado na campanha da reeleição: PT, PMDB e PSD. Pode também (pelo menos está tentando encaçapar) para sua aliança o PP, o PR e o PDT –as 5ª, 6ª e 8ª maiores legendas da Câmara. Isso sem contar siglas menores como PC do B, PRB e outras.

O 4º maior partido hoje é o PSDB, do provável principal candidato de oposição na corrida presidencial de 2014, o senador mineiro Aécio Neves.

Ocorre que o PSDB de hoje é bem diferente do de 2010. Está desidratado, assim como o DEM, seu maior aliado.

Em 2010, a dobradinha PSDB-DEM deu apoio a José Serra como candidato a presidente. Os tucanos tinham um tempo de TV correspondente aos seus 66 deputados eleitos em 2006. E os demos faturavam em cima de 65 cadeiras. Total: 131 deputados. Um número respeitável.

Hoje, o PSDB tem 49 deputados. O DEM está com apenas 28. Total: 77 deputados. Ou seja, juntos agora valem cerca de metade do que valiam há 4 anos.

Eduardo Campos, do PSB, é outro que terá grandes obstáculos para fechar acordos formais para a eleição de 2014. Seu partido tem apenas 26 cadeiras na Câmara.

Marina Silva, do ainda em formação Rede, também deve ficar à míngua.

Tudo considerado, a nomeação de Afif pode ser a primeira pedra na pavimentação da gigantesca aliança que Dilma Rousseff e o PT pretende montar para 2014.

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PSD vai acabar na direita, diz Santana
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Fernando Rodrigues

O marqueteiro João Santana concedeu uma entrevista à Folha na qual fala sobre o futuro do PSD, criado em 2011 por Gilberto Kassab como uma dissidência do DEM:

“A definição de Kassab de que o PSD não é um partido de esquerda nem de direita nem de centro pode funcionar como um artifício, um módulo de transição. Mas não resiste ao tempo”.

“Permite que no início ele faça alianças à direita e à esquerda. De uma maneira muito mais ampla e inteligente do que o PSDB conseguiu fazer. É um espaço precário e temporário. Depois terá de ir, para um lado ou para o outro. Será forçado a uma definição. E a definição dele é ir para o espectro da direita”.

Leia a entrevista completa de Santana à Folha na edição de 26.nov.2012.

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PSD deve apoiar reeleição de Dilma, diz Kassab
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Fernando Rodrigues

Prefeito de São Paulo jantou nesta 2ª feira com a presidente da República no Alvorada

No jantar, Kassab mostrou disposição pessoal para apoiar a reeleição da petista em 2014

O prefeito de São Paulo e presidente nacional do PSD, Gilberto Kassab, jantou nesta segunda-feira (12.nov.2012) com a presidente Dilma Rousseff no Palácio da Alvorada. Só os dois estiveram à mesa.

Relatos do jantar indicam que Kassab manifestou a Dilma “disposição pessoal” de apoiar a reeleição da presidente em 2014. O prefeito disse também que enxerga um PSD “amplamente” favorável a essa posição. Mas pediu um tempo para formalizar a aliança.

A partir de janeiro de 1º de janeiro de 2013, quando já tiver terminado o seu mandato como prefeito de São Paulo, Kassab pretende iniciar um processo de consulta formal a todos os diretórios estaduais do PSD e à bancada de congressistas da sigla. Só depois de a maioria concordar com a adesão ao governo de Dilma Rousseff a sigla vai se declarar da base de apoio ao Planalto. Aí poderá ter um cargo na Esplanada dos Ministérios.

É claro que Kassab tem o controle quase total do PSD. A chance de o resultado da consulta ser anti-Dilma é próxima a zero. Ainda assim, o prefeito paulistano prefere fazer todo o processo interno para começar a criar uma cultura partidária que inexiste em quase todas as outras agremiações políticas brasileiras. Explicou esse ponto a Dilma.

Embora seja um partido criado de um “catado” de políticos do DEM e de outras siglas de menor expressão, o apoio do PSD numa campanha presidencial é muito relevante. A legenda tem hoje 48 deputados e um dos maiores tempos de rádio e TV na propaganda eleitoral. Esse é o maior “ativo” que Kassab oferecerá a Dilma em 2014.

Mas há dúvidas em setores do PT a respeito da sinceridade de Kassab quando fala que poderá apoiar a reeleição de uma presidente petista em 2014. Neste ano de 2012, ele começou dizendo que apoiaria a candidatura de Fernando Haddad (PT) a prefeito de São Paulo, mas depois acabou embarcando na aliança pró-José Serra (PSDB) na disputa paulistana.

Kassab responde a esse episódio dizendo que no caso de São Paulo era só uma posição local e pessoal dele –nunca escondida do PT. Agora, seria uma atitude de um partido que atua em nível nacional e não há hipótese de declarar apoio a Dilma em 2014 e depois recuar, mesmo que o candidato a presidente pelo PSDB venha a ser José Serra.

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2012 teve 13 viradas no 2º turno
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Fernando Rodrigues

Este é o ano com o maior número de reviravoltas entre 1ª e 2ª votação…

…pesquisas indicaram chance de reviravolta em 22 cidades.

Das 50 cidades que fizeram 2º turno de suas eleições para prefeito neste domingo (28.out.2012), 13 elegeram o candidato que havia ficado em segundo lugar no 1º turno. Trata-se de um recorde de viradas. Até agora, o máximo de inversões de resultado registradas em eleições para prefeito foi 12, em 2004. Em 1996, foram 7 viradas. Em 2000, 6. E em 2008, 5.

Neste ano também houve 6 viradas significativas –aquelas em que o vitorioso recuperou uma diferença de mais de 5 pontos percentuais que o separavam do adversário no resultado do 1º turno. Essa quantidade também havia sido registrada em 2004. Em 1996, foram 5. Em 2000 e em 2008, 4 para cada ano.

O candidato que conseguiu a recuperação mais expressiva neste domingo (28.out.2012) foi Alexandre Kireeff (PSD), em Londrina (PR). Ele terminou o 1º turno com 25,3% dos votos válidos contra 45,4%  de seu adversário, Marcelo Belinati (PP) –diferença de 20,1 pontos percentuais. No segundo turno, ficou 1,1 ponto à frente e venceu.

Entre os partidos, o que mais inverteu resultados foi o PT (3 viradas), seguido por PMDB e PDT (2 viradas cada um) e PP, PSC, PSD, PV, PTC e PSOL (1 cada).

O quadro abaixo mostra os resultados do 2º turno nas cidades que tiveram mudança das posições dos candidatos em relação ao resultado do 1º turno. Clique na imagem para ampliá-la.

O Blog já publicou levantamento sobre o histórico de viradas em eleições municipais. Nas 135 disputas em segundo turno que ocorreram de 1996 a 2008, só 30 terminaram com vitória de quem havia ficado atrás no 1º turno. Com os 50 segundos turnos e as 13 viradas de 2012, esse dado passa a 185 segundos turnos com 43 viradas.

Pesquisas
Levantamento publicado pelo Blog no sábado (27.out.2012), véspera do 2º turno, mostrou que as pesquisas apontavam chance de virada em 22 das 50 votações. Em 8 delas, a virada era dada como certa, porque o candidato que havia terminado o 1º turno em 2º lugar era líder isolado. Em outras 14, havia empate técnico entre os concorrentes.

Nas 8 cidades que tinham líderes isolados, a virada ocorreu em 7. Deste grupo, só Ponta Grossa (PR) não teve reviravolta. As outras tiveram: São Paulo (SP), Belém (PA), Curitiba (PR), Porto Velho (RO), Diadema (SP), Montes Claros (MG) e Petrópolis (RJ).

Nas outras 14 cidades, só Fortaleza (CE), Macapá (AP), Londrina (PR) e Sorocaba (SP) terminaram, de fato, com uma virada. As outras 10 cidades, não. São Gonçalo (RJ) e Joinville (SC) tiveram a inversão de posições, mas as pesquisas não mostravam essa possibilidade.

A tabela abaixo mostra as pesquisas usadas pelo Blog no post de sábado e aponta quais, realmente, tiveram virada. Clique na imagem para ampliá-la.

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PMDB é o partido que mais elegeu prefeitos em 2012
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Fernando Rodrigues

Apesar disso, PT foi a sigla que mais recebeu votos em todo o Brasil.

Terminada a apuração do 2º turno das eleições municipais neste domingo (28.out.2012), o PMDB é o partido que mais elegeu prefeitos em 2012. De acordo com os resultados do 1º turno e do 2º turno divulgados pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE), peemedebistas conquistaram 1.024 das 5.568 prefeituras em disputa (18,4% do total). Em seguida aparecem PSDB (702, 12,6% do total), PT (635, 11,4%), PSD (497, 8,9%), PP (469, 8,42%) e PSB (442, 7,9%).

Apesar deste resultado, o partido que mais recebeu votos para prefeito no país foi o PT. A comparação entre as votações dos partidos no 1º turno mostra que petistas tiveram 17.263.259 votos, contra 16.716.079 do PMDB e 13.950.804 do PSDB. No 2º turno, petistas tiveram mais 4.616.878 votos. Os peemedebistas, 814.048. E tucanos, 1.982.441.

Esta é a segunda vez que o PT aparece como líder de votos recebidos para prefeitos no país. A primeira vez havia sido em 2004. Em 1996 (primeiro ano para o qual há dados confiáveis sobre votação) e em 2000, o campeão foi o PSDB. Em 2008, o PMDB.

Os dados ainda são preliminares porque serão modificados ao longo dos próximos meses. Alguns candidatos conseguirão na Justiça o direito de assumirem os mandatos de prefeito e seus adversários terão que deixar os cargos. Urnas também serão invalidadas e os votos que contêm, cancelados. Por esses motivos, o número de votos e a quantidade de prefeitos por partido poderá oscilar durante algum tempo.

O quadro abaixo compara os resultados dos partidos nas eleições para prefeito desde 1996. Mais abaixo, análise sobre esses dados. Clique na imagem para ampliá-la.

Tendências
Quando comparados com resultados das eleições anteriores, os deste ano mostram que:

1) PT: a legenda é a grande vencedora da eleição por causa da vitória obtida em São Paulo. O partido elegeu 635 prefeitos (77 a mais que os 558 de 2008) e foi o campeão de votos no país. Não se confirmou a hipótese de o PT ser empurrado para os grotões do país, pois a legenda foi a que mais elegeu prefeitos no grupo das 85 maiores cidades brasileiras (16 contra 15 do PSDB, 11 do PSB e 10 do PMDB).

Outro registro importante: desde a sua fundação, o PT é único partido brasileiro que a cada eleição para prefeitos e vereadores sempre elege mais do que no pleito anterior;

2) PMDB: embora saia da eleição ainda como a maior legenda em número de prefeitos e de vereadores, há sinais alarmantes para o partido. De novo, o PMDB viu seu número final de eleitos ser menor do que na eleição passada (desta vez foram 1.024 eleitos contra 1.201 de 2008, 177 a menos, de acordo com os resultados preliminares da eleição).

As grandes estrelas do PMDB não são propriamente do establishment partidário: o governador do Rio de Janeiro, Sérgio Cabral, e o prefeito da capital fluminense, Eduardo Paes. Tanto Cabral como Paes são vistos com ressalvas pela cúpula peemedebista.

O único ponto positivo para o PMDB talvez seja o desempenho de Gabriel Chalita na disputa pela eleição de prefeito de São Paulo. Embora tenha ficado apenas em 4º lugar, ele teve mais de um milhão de votos, unificou um pouco a agremiação em São Paulo e deu uma possível cara nova para o PMDB;

3) PSDB: principal legenda de oposição no Brasil, perdeu novamente prefeitos no cômputo geral. A maior derrota foi em São Paulo, cidade na qual José Serra teve menos votos no 1º turno de 2012 do que no de 2010, quando disputava a Presidência da República. O partido tucano está em crise.

Mesmo o nome mais cotado do PSDB para ser candidato a presidente em 2014, Aécio Neves, não se saiu muito bem em seu próprio Estado, Minas Gerais. Conforme publicou o Blog, Aécio conseguiu neste ano eleger menos prefeitos do PSDB do que em 2008 nas principais cidades mineiras.

O ponto positivo para o PSDB foi a aproximação estratégica com o PSB, partido que pode fazer a diferença em 2014 nas alianças para disputas estaduais e para o Planalto;

4) DEM: o partido só definha. Perdeu uma enormidade de prefeitos neste ano em comparação com os eleitos de 2008: 218 cidades a menos, segundo os resultados preliminares de 2012. Quando se trata de número de votos para prefeito, a queda foi de 4,7 milhões de votos quando comparados os primeiros turnos de 2008 e o deste ano.

O único alento para o DEM foi a eleição de ACM Neto em Salvador. Ao vencer o candidato do PT, Nelson Pelegrino, a legenda ganha a terceira maior cidade do Brasil em número de eleitores. É um oxigênio para o DEM tentar sair da crise em que se encontra;

5) PSB: ao lado do PT, foi a única sigla de relevância que ganhou em número de prefeitos e de votos totais recebidos no país: 132 prefeitos a mais e 2,9 milhões de votos a mais, de acordo com o resultado preliminar da eleição. No G85, o PSB tem atualmente 5 prefeitos e terá 11 a partir de 2013, segundo registrado em outro post deste Blog.

Mas muitas vitórias não são propriamente de Eduardo Campos, governador de Pernambuco e presidente nacional do PSB. O partido fez alianças estratégicas pelo país e é muito fragmentado. Ainda não conseguiu ter uma militância real no Sul e no Sudeste –esse será o maior desafio de Campos se desejar, de fato, alçar voos mais altos em eleições futuras;

6) O PSD: criado em 2011 por Gilberto Kassab, teve votação em 2012 comparável a obtida por partidos grandes nas últimas eleições. Neste ano, o número de votos do PSD foi próximo ao do PDT e do PP e superior ao do DEM. Em número de prefeitos, o partido ficou entre os 5 que mais elegeram (fez 497 prefeitos).

O quadro abaixo compara os resultados de 2008 com os de hoje, ainda preliminares:

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PSD já é o 5º com mais candidatos a vice-prefeito
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Fernando Rodrigues

Partido de Gilberto Kassab tem 740 candidatos a vice-prefeito nas eleições deste ano.

Criado no ano passado, o Partido Social Democrático já tem a 4ª maior bancada na Câmara dos Deputados. Nas eleições deste ano, o partido mostra que também tem grande infiltração na política fora do Congresso.

Levantamento do Blog indica que o PSD tem 740 candidatos a vice-prefeito em chapas encabeçadas por outros partidos para a disputa de 7 de outubro. A legenda novata de Kassab é 5ª com mais candidatos nessa condição –próxima dos tradicionais PP (820 candidatos a vice-prefeito) e PSDB (836). No topo da lista está o PMDB (1.197 candidatos a vice-prefeito), seguido pelo PT (1.208).

Mas o PSD está também em 887 chapas nas quais ocupa a vaga de candidato a prefeito com alguém de outro partido na vice. O partido é o 4º colocado no ranking dos que mais possuem cabeças de chapa mistas. O 1º lugar, de novo, está com o PMDB (1.703 candidatos a prefeito em chapas mistas), seguido por PT (1.208) e PSDB (1.170).

A seguir, uma tabela com um resumo das chapas impuras (formadas por dois partidos) nas eleições municipais deste ano:

Alianças mais comuns
Indicar um candidato a vice-prefeito numa chapa comandada por outra agremiação é um indicador do grau de flexibilidade ideológica de um partido. O PMDB é um dos mais flexíveis: foi a sigla que mais deu vices ao PT (212) e ao PSDB (166). O PT, por sua vez, foi o partido que mais aceitou ser vice do PMDB (288 vezes), seguido pelo PSDB (173 vices para peemedebistas).

Os partidos que o PSD mais apoia entrando como vice são: PMDB (153 vezes); PSDB (117 vezes); PT (92 vezes); PSB (60 vezes). Chamam atenção ainda os 45 vices que a sigla de Kassab deu para seu desafeto DEM.

O DEM, por sua vez, deu 49 vices ao PSD. E outros 27 a seu inimigo de todas as horas, o PT. Mas os partidos que mais ganharam vices do DEM foram PSDB (122) e PMDB (108).

O PSB, do governador de Pernambuco, Eduardo Campos, entrou 103 vezes como vice do PT, 100 do PMDB, 75 do PSDB e 63 do PSD.

Chapas puras
Quando se observam apenas os casos em que os partidos estão com chapas puras para prefeito (quando o titular e o vice são da mesma sigla), a liderança acaba ficando com a maior legenda do país, o PMDB. Os peemedebistas têm 680 chapas puras.

O PT vem a seguir, com 599 chapas puras. Depois vêm PSDB (475), PSOL (327), PP (320), PSB (266) e PSD (250).

A seguir, uma tabela com o número de chapas puras que os partidos têm nas eleições deste ano:

Método
O Blog usou números divulgados pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE) para fazer o levantamento. Vale lembrar que os dados não são definitivos e que a base de dados do tribunal apresenta algumas imperfeições, que não alteram os rankings de chapas por partidos, mas que geram inconsistências como um número de candidatos a vice maior que o de candidatos a prefeito.

Por exemplo: não são excluídos das estatísticas de candidaturas os candidatos que saíram ou foram retirados da disputa. Por isso pode haver um candidato associado a dois vices (ou o contrário) ou um candidato sem nenhum vice associado a ele (ou o contrário). Para constar das opções na urna, no entanto, a chapa precisa estar completa.

 

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