Blog do Fernando Rodrigues

Arquivo : PSDB

Aécio perde força em centros urbanos
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Fernando Rodrigues

Principal nome do PSDB para 2014, tucano está quase isolado em Belo Horizonte

Dados como vitoriosos em MG, Aécio e PSDB tiveram agora presença reduzida em cidades relevantes

Estatísticas do primeiro turno das eleições municipais de 7.out.2012 mostram que foi fraco o desempenho do senador Aécio Neves (PSDB-MG) e do seu partido em solo mineiro.

Em 2008, o PSDB e seus aliados venceram as disputas pelas prefeituras de 4 das 10 maiores cidades de Minas Gerais. Agora, aecistas levaram só a capital do Estado e Betim.

Além disso, informa Fabiano Angélico em artigo especial para o Blog, aecistas e PSDB estão fora das disputas de 2º turno em Minas Gerais. Eis a análise:

Tido como grande vitorioso, Aécio Neves perdeu força nas maiores cidades mineiras

Por Fabiano Angélico, pesquisador da FGV-SP

Logo após a divulgação dos resultados das eleições de domingo passado, comentaristas apontaram o senador Aécio Neves (PSDB), ex-governador de Minas Gerais, como um dos grandes vitoriosos.

É verdade que Aécio conseguiu reeleger seu candidato em Belo Horizonte sem a necessidade de segundo turno e contra um ex-ministro de Lula, Patrus Ananias (PT), que teve apoio de Dilma Rousseff. Mas a leitura de que houve um grande triunfo de Aécio Neves parece ter sido apressada.

Em entrevista à Folha publicada na segunda-feira, o cientista político Marcos Nobre já amenizava a vitória do neto de Tancredo: Aécio está acuado em Minas, disse o professor.

Os dados, porém, permitem uma leitura ainda mais desalentadora ao líder do PSDB de Minas: Aécio está acuado em Belo Horizonte.

Das 10 maiores cidades mineiras, que concentram 30% da população e 45% do PIB do estado apenas a capital mineira e Betim, cidade da região metropolitana, estarão no grupo aecista a partir de 2013. E nem mesmo será preciso esperar o 2º turno em Minas para se dimensionar o poder do PSDB e de seus aliados nas maiores cidades do estado: os tucanos e seus aliados estão fora das quatro disputas que ocorrerão no final deste mês.

A comparação do resultado de 20012 com a voz das urnas em 2008 e 2004 demonstra a redução da presença do aecismo nas dez maiores cidades mineiras.

A partir de 2013, os aecistas governarão 2,7 milhões de pessoas, novamente considerando-se as dez maiores cidades de Minas; enquanto os não aecistas administrarão cidades que somam uma população de 3,2 milhões, neste grupo.

Eis o quadro das 10 maiores cidades mineiras para as eleições de 2012:

Os dados, portanto, indicam para uma possibilidade de que o aecismo seja contido a partir de 2013 e que partidos de fora da órbita do PSDB  estejam mais bem posicionados para as eleições de 2014 em Minas.

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Viradas como a de SP são mais comuns
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Fernando Rodrigues

O 2º colocado passa o 1º quando a diferença foi pequena entre ambos no primeiro turno…

…mas inversão é sempre rara: Brasil já teve 135 segundos turnos e só em 30 houve viradas

Cidade de São Paulo nunca teve uma virada em toda a sua história eleitoral

A pesquisa Datafolha que inverte as posições de Fernando Haddad (PT) e José Serra (SPDB) na disputa pela Prefeitura de São Paulo mostra ser possível haver uma virada na capital paulista. Será um fato inédito se ocorrer no dia 28 de outubro: nunca um candidato que passou para a rodada final como segundo colocado terminou depois na primeira colocação e venceu a eleição.

Por outro lado, a história moderna de eleições municipais no Brasil mostra que as viradas, quando ocorrem, são exatamente em situações semelhantes a essa protagonizada por Haddad e Serra: 1) o segundo colocado chega ao final da primeira fase da campanha em alta e 2) a diferença para o que está na frente não é muito grande –no caso, Serra só ficou 1,8 ponto percentual à frente de Haddad.

O Brasil teve até hoje 135 segundos turnos municipais desde 1996 (não há dados disponíveis e confiáveis sobre 1992, quando esse sistema começou a ser usado nas cidades). Nesses 135 segundos turnos, só 30 tiveram viradas, com a inversão de posição dos candidatos entre o primeiro e o segundo turnos. Ou seja, só 22% de reviravoltas.

Eis um resumo dos segundos turnos no país de 1996 a 2008 nas eleições municipais:

É possível então analisar o que ocorre nas viradas. Nota-se que situações como as de Haddad e Serra são as mais comuns –o que não garante, é sempre bom ressaltar, que isso vai se cristalizar nas urnas eletrônicas em 28.out.2012.

Como dito no início deste post, há um padrão mais ou menos lógico nas viradas: quanto mais perto terminam os candidatos que vão ao segundo turno, mais fácil é de as posições se inverterem.

No caso das 30 reviravoltas até agora nas cidades, de 1996 para cá, apenas 15 ocorreram quando o segundo colocado foi para o turno final com mais de 5 pontos percentuais atrás do líder. Ou seja, só em 11% dos casos esse “milagre” ocorre.

Já em cidades como São Paulo e Salvador, a inversão não é tão improvável. Na capital baiana, a decisão do 1º turno foi ainda mais apertada do que na disputa paulistana. Entre os eleitores soteropolitanos, apenas 0,4 ponto percentual separou o líder ACM Neto (DEM) de Nelson Pelegrino (PT) –e o petista esteve em clara ascensão nos últimos dias.

 

INEDITISMO

Outro fator a ser considerado também é a tradição de algumas cidades. Em São Paulo nunca o segundo colocado conseguiu passar para a primeira colocação no turno final.

Mas, pela configuração atual, 6 cidades que nunca tiveram virada de resultado entre 1º e 2º turnos são as que mais têm chances de registrar reviravolta agora em 2012: São Paulo (SP), Salvador (BA), Ponta Grossa (PR), Montes Claros (MG), Duque de Caxias (RS) e Cuiabá (MT).

Em quatro delas o PT está em segundo e tem chances de virar. Em uma o cenário é oposto para o petista na disputa. E em uma não há representante do PT no turno final.

Por fim, um último dado estatístico: nas 30 viradas registradas nos segundos turnos em cidades de 1996 a 2008, o PMDB é o detentor do recorde de 7. Em seguida, vem o PT, com 5. Depois, PSDB e o PP, com 4 cada um.

Eis o quadro geral dos 50 segundos turnos no país e a diferença em pontos percentuais dos finalistas:

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PT e PSB são vencedores; PSDB se fragiliza
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Fernando Rodrigues

um balanço preliminar sobre as eleições municipais de 2012

O PT e o PSB saem mais fortes das eleições municipais. Embora menor em tamanho, e até por isso conseguiu avançar mais, o PSB teve mais sucesso do que o PT.

O PSDB está mais frágil. Poderá minimizar esse fato com vitórias em disputas de segundo turno para as quais a legenda se qualificou – sobretudo em São Paulo.

Partidos que perderam em tamanho e devem fazer uma autocrítica: PMDB, PP, PDT, PTB e DEM. O Democratas é o que enfrenta a maior crise, pois perdeu mais de 200 prefeituras e quase 5 milhões de votos se comparado ao que obteve em 2008.

Outras leituras destas eleições municipais:

Reeleição não garante vitória – os críticos da possibilidade de reeleição acham que esse modelo dá vitória na certa para quem está no cargo e tenta mais um mandato. A tese não se sustenta em grandes centros. Nas capitais, 8 prefeitos tentaram se reeleger. Só 4 tiveram sucesso. Outros 3 foram ao segundo turno e 1 perdeu já no primeiro.

PT continua no ciclo de crescimento – o Partido dos Trabalhadores é a única legenda entre as de médio e grande porte que a cada eleição para prefeito sempre sai maior do que entrou. Agora, passou dos 600 prefeitos.

PSD substitui DEM – o partido criado pelo prefeito Gilberto Kassab disputou suas primeiras eleições e já ocupa a 4ª colocação em número de prefeitos eleitos e a 6ª posição em número de votos nas cidades. O PSD virou um ator relevante na política brasileira.

DEM definha – a grande aposta do Democratas agora é vencer a disputa pela Prefeitura de Salvador no segundo turno. A legenda que um dia já foi PFL (um braço dissidente da antiga Arena, que sustentou a ditadura militar) parece estar quase sem saída a não ser tentar a fusão com alguma outra de tamanho similar.

O efeito do mensalão – por décadas muita gente ainda vai discutir se o julgamento do mensalão influiu ou não nas eleições de 2012. O mais sensato é acreditar que algum efeito houve. Em São Paulo, o Datafolha apurou que 19% dos paulistanos disseram ter trocado de voto por causa do mensalão. Também em São Paulo, mostraram as urnas, 3 em cada 10 eleitores se abstiveram, votaram nulo ou branco. Foi por causa do mensalão? Não se sabe ao certo, mas algum deve ter havido.

Sobre São Paulo, quatro análises:

José Serra (PSDB) teve sua pior votação das últimas 4 eleições em SP.

Fernando Haddad (PT) registrou a 3ª pior votação do PT na cidade.

Celso Russomanno (PRB) teve mais de 1 milhão de votos. Ou seja, foi mais votado do que bem mais da metade dos prefeitos brasileiros em cidades pequenas. Resta saber o que fará com esse patrimônio

Gabriel Chalita (PMDB) recolocou o seu partido numa disputa relevante na cidade de São Paulo. Pode ser uma opção para reconstruir a imagem peemedebista também no Estado.

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PT lidera 2 capitais contra 6 do PSDB
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Fernando Rodrigues

PSB, de Eduardo Campos, está na frente em 4 capitais.

Levantamento do Blog com as pesquisas mais recentes sobre as eleições 2012 indica que apenas 2 petistas lideram as disputas por prefeituras de capitais. Já o PSDB, principal partido de oposição ao PT, é a sigla com mais primeiros colocados: está à frente em 6 das 26 capitais.

O PT está na frente em Goiânia (GO) e em Rio Branco (AC). O PSDB, em João Pessoa (PB), Maceió (AL), Manaus (AM), São Luís (MA), Teresina (PI) e Vitória (ES).

Em seguida no ranking aparece o PSB, com 4 primeiros colocados. DEM e PMDB têm 3 cada um. PDT e PV, 2 –mesmo patamar do PT. Com apenas 1 primeiro colocado aparecem PC do B, PRB, PSC, PSD e PSOL.

Foram consideradas apenas pesquisas realizadas a partir de agosto.

O quadro é pessimista para o PT. Atualmente, o partido tem 7 prefeitos de capitais contra apenas 1 do PSDB e 3 do PSB. Ou seja: as pesquisas mostram tendência de mudança no equilíbrio das forças políticas nas capitais.

É preciso considerar, no entanto, que pesquisas mostram apenas o retrato do momento atual. Até a eleição, em 7.out.2012, muito pode mudar –principalmente por causa da propaganda eleitoral na TV que começou recentemente, em 21.ago.2012.

As próprias pesquisas do levantamento mostram que os partidos têm outros candidatos competitivos. Nessa categoria estão incluídos não só os políticos em 1º lugar nas pesquisas, mas também aqueles que ocupam o 2º lugar e têm chances de disputar eventual segundo turno.

Segundo o levantamento do Blog, o PT tem ainda 4 segundos colocados com chance de disputar eventual segundo turno. O PDT tem 4 candidatos nessa situação. PSDB, PSB, PC do B e PMDB, têm 3 cada. PSOL, PTB e PP têm 2 cada. PPS, PMN, PSC e PTC têm 1 cada.

As cidades onde o PT tem um segundo colocado com alguma chance de ir para o 2º turno são: São Paulo (SP), Fortaleza (CE), Recife (PE) e Vitória (ES). Já o PSDB está nessa situação em São Paulo, Belém (PA) e Rio Branco (AC).

O quadro abaixo mostra o resultado das pesquisas mais recentes nas 26 capitais (clique nas imagens para ampliá-las).

Acesse também a página do Blog com pesquisas eleitorais desde o ano 2000, com estudos sobre eleições nas capitais e em cidades do interior.

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Haddad igual a Kassab; Serra igual a Alckmin
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Fernando Rodrigues

Candidatos atuais a prefeito em SP repetem trajetórias dos nomes de 2008

Análise completa está na Folha de hoje. Um fato a destacar é que a disputa pela Prefeitura de São Paulo guarda similaridades com o que se passou em 2008. Eis 2 dados:

1) Nesta época, há 4 anos, Gilberto Kassab (então no DEM) estava com 14%. A mesma pontuação que tem hoje Fernando Haddad (PT).

2) E José Serra (PSDB) está com 22%, só 2 pontos a menos que os 24% registrados neste mesmo período em 2008 pelo tucano Geraldo Alckmin.

O que tudo isso quer dizer? Por enquanto, é só uma coincidência. Saberemos mais adiante.

Este Blog tem todas as pesquisas eleitorais do Brasil desde o ano 2000. Eis um quadro mostrando como estava a disputa paulistana nesta mesma época em 2008, 2004 e 2000:

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Governistas são favoritos em 4 cidades do Grande ABC
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Fernando Rodrigues

Candidatos à reeleição lideram em São Bernardo, Santo André e Diadema…

…em Rio Grande da Serra, candidato do prefeito está na frente.

Candidatos governistas são líderes isolados das pesquisas eleitorais em 4 das 7 cidades do Grande ABC, região industrial de São Paulo. O dado foi obtido por levantamento do Blog com os estudos mais recentes divulgados neste domingo (26.ago.2012) pelo “Diário do Grande ABC”.

Segundo as pesquisas, os prefeitos Luiz Marinho (PT) e Mário Reali (PT) seriam reeleitos no 1º turno se as eleições fossem hoje. Eles concorrem, respectivamente, em São Bernardo do Campo e em Diadema.

Em Santo André, o prefeito Aidan Ravin (PTB) enfrentaria um 2º turno, mas também lidera a pesquisa com vantagem (tem 30% contra 21,9% do 2º colocado).

Em Rio Grande da Serra, Gabriel Maranhão (PSDB), candidato do prefeito Adler Kiko Teixeira (PSDB), está na frente. Ele venceria no 1º turno porque a cidade tem menos de 200 mil eleitores. Para um município ter 2º turno é preciso ter 200 mil eleitores ou mais.

Abaixo, quadro com os resultados de pesquisas no Grande ABC. Clique na imagem para ampliá-la.

São Caetano do Sul não tem favorito. A cidade também termina a eleição obrigatoriamente no 1º turno e 2 candidatos estão tecnicamente empatados: Paulo Pinheiro (PMDB) e Regina Maura (PTB), apoiada pelo prefeito José Auricchio Júnior (PTB).

Nas outras 2 cidades do Grande ABC, Mauá e Ribeirão Pires, oposicionistas são favoritos.

Em Mauá a líder isolada da pesquisa é Vanessa Damo (PMDB). Donisete Braga (PT) está em 2º. Ele tem tido apoio público do prefeito Oswaldo Dias, que poderia se reeleger.

Em Ribeirão Pires, Saulo Benevides (PMDB) está na frente, também isolado. O vice-prefeito Dedé (PPS), apoiado pelo prefeito Clóvis Volpi (PV), está em 2º lugar.

Este Blog é a página de política em atividade mais antiga do Brasil. Disponibiliza um acervo de pesquisas eleitorais coletadas desde a eleição do ano 2000. O Blog também disponibiliza pesquisas sobre a popularidade dos presidentes da República desde José Sarney (1985-1990).

 

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Com sorte no STF, João Paulo patina em Osasco
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Fernando Rodrigues

réu do mensalão quer ser prefeito, mas caiu 6,9 pontos de junho para agosto…

…adversário tucano subiu 5,9 pontos e pode vencer no 1º turno, diz pesquisa.

O deputado federal João Paulo Cunha (PT) teve uma vitória parcial hoje no Supremo Tribunal Federal com o voto do ministro Ricardo Lewandowski que o absolveu dos crimes de peculato e de corrupção passiva. Mas na política o réu do mensalão continua enfrentando dificuldades: sua candidatura a prefeito de Osasco vai mal.

De junho para agosto, João Paulo caiu 6,9 pontos percentuais, segundo o Sebram, que faz pesquisas de opinião em Osasco –cidade com 543.223 eleitores na região da Grande São Paulo. O principal adversário do petista, Celso Giglio (PSDB), cresceu 5,9 pontos e tem chance de vencer já no 1º turno.

Os números da pesquisa divulgada hoje (23.ago.2012) e da pesquisa de junho estão no quadro abaixo. O Blog disponibiliza também pesquisas de outros institutos em Osasco.

Na pesquisa divulgada hoje, realizada de 18 a 22.ago.2012, Giglio aparece como o preferido de 39,67% dos eleitores –percentual maior do que a soma de todos os outros candidatos, que é de 38,38%. Nesse caso, o tucano venceria já no 1º turno –embora exista aí um empate técnico do ponto de vista estatístico (a margem de erro do levantamento é de 4 pontos percentuais).

Se essa variação da margem de erro for a favor de João Paulo, o tucano Giglio pode cair até 35,67%. Nessa situação, haveria 2º turno e o petista teria uma sobrevida.

Caso perca a eleição, João Paulo verá o PT deixar o poder na cidade, o arquirrival PSDB assumir e Celso Giglio voltar ao poder (ele já governou Osasco quando era filiado ao PTB).

Os petistas venceram as eleições locais 2004 e em 2008 com Emídio de Souza. Osasco é uma cidade importante: é o 6º maior colégio eleitoral do Estado de São Paulo com seus 543,2 mil eleitores. Esse eleitorado equivale a 0,4% do total nacional –mais do que capitais como Aracaju, João Pessoa e Cuiabá.

Acusação
Antes de ser denunciado pela Procuradoria-Geral da República como participante do mensalão, João Paulo era cotado para disputar o governo de São Paulo pelo PT –desgastado pelo escândalo, a oportunidade foi enterrada.

Segundo a Procuradoria-Geral da República, João Paulo teria recebido R$ 50 mil do dinheiro do mensalão para contratar uma das agências de Marcos Valério para prestar serviços para a Câmara –ele presidia a Casa na época. Sua defesa afirma que o dinheiro serviu para pagar uma pesquisa eleitoral e que o petista desconhecia a origem ilícita dos recursos.

O mais curioso nesse episódio é o fato de os R$ 50 mil terem sido sacados em dinheiro por ordem de João Paulo Cunha. Por que é necessário sacar R$ 50 mil em dinheiro em Brasília para pagar por uma pesquisa de opinião em São Paulo? Por que o dinheiro não foi enviado por meio de transferência bancária? Essas perguntas são difíceis de serem respondidas de maneira verossímil.

 

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PSDB e PSB crescem nas capitais; PT encolhe
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Fernando Rodrigues

Pesquisas recentes mostram tucanos e socialistas com 9 candidatos competitivos cada…

…já os petistas têm 5 concorrentes com chance de vencer ou ir para o 2º turno.

O Blog publica todas as pesquisas disponíveis desde o ano 2000.

O PT é o partido com mais prefeitos de capital atualmente: tem 7 dos 26. Mas as pesquisas recentes sobre as eleições municipais apontam diminuição do poderio petista nas sedes estaduais após a votação de outubro.

Levantamento exclusivo do Blog mostra que o PT só tem, hoje, 5 candidatos competitivos nas 23 capitais para as quais há pesquisas recentes.

Por outro lado, o poder de PSDB e PSB nas capitais pode aumentar. Juntas, as 2 siglas só têm 3 prefeitos de capital. Mas cada uma possui 9 postulantes competitivos nas 23 cidades analisadas pelo Blog.

É competitivo quem está em 1º lugar nas pesquisas atuais ou quem tem chances de disputar eventual 2º turno.

O PT está no topo do ranking dos partidos com mais prefeitos de capital desde o ano 2000. A eleição deste ano pode mudar essa situação.

O quadro abaixo mostra a evolução desde 1996 e o quadro atual:

É importante observar que o quadro acima reflete apenas o momento atual da campanha eleitoral de 2012. Há uma tendência histórica de as posições dos candidatos se alterarem nas pesquisas depois do início da propaganda eleitoral em rádio e TV, a partir de hoje (21.ago.2012).

Mesmo assim, há observações importantes a serem feitas a partir das pesquisas mais recentes:

1) Eleições municipais historicamente não influenciam as presidenciais. Mas, se confirmada a tendência apontada pelas pesquisas, o PT verá dois potenciais adversários de 2014 crescerem nas capitais após a votação de 7.out.2012. Um deles é o PSDB, maior partido de oposição ao PT no plano federal. O outro é o PSB, de Eduardo Campos, partido que tem aliança dúbia com o PT.

2) O PSOL pode eleger seus primeiros prefeitos em 2012. Quem está mais próximo disso é Edmílson Rodrigues, que pode vencer em Belém já no 1º turno. Os outros candidatos competitivos do partido são Renato Roseno, em Fortaleza, e Clécio, em Macapá.

3) O PSD de Gilberto Kassab não engrenou nas capitais por enquanto. O partido controla atualmente a cidade de São Paulo, justamente com Kassab, mas preferiu apoiar candidatos a investir em nomes próprios.

4) O DEM, partido que mais encolhe no Brasil, tem ainda assim 4 candidatos competitivos. Dois deles têm chances de vencer no 1º turno: ACM Neto, em Salvador, e João Alves Filho, em Aracaju.

5) O PMDB também tem 4 competitivos. O número está próximo ao que o partido tem elegido desde 1996, segundo mostra o quadro acima.

No post seguinte é possível ler o resultado de cada uma das pesquisas mais recentes em todas essas 23 capitais analisadas pelo Blog. Não há pesquisas recentes em Florianópolis, Rio Branco e Boa Vista. Brasília não tem prefeito, por isso não tem eleição municipal.

Ao longo do processo eleitoral, o Blog voltará a atualizar esses dados. Este Blog é o site de política mais antigo do Brasil. Desde o ano 2000 compila pesquisas eleitorais e as arquiva nesta página, que também disponibiliza levantamentos de avaliação de popularidade de todos os presidentes brasileiros desde José Sarney.

 

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PT e PSDB dominam disputas em grandes cidades
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Fernando Rodrigues

hegemonia de petistas e tucanos aparece nas primeiras pesquisas

no segundo pelotão estão PMDB, PSB e PDT;  já o DEM encolhe

quer ler todas as pesquisas disponíveis? Está tudo aqui

O PT e o PSDB têm o maior número de candidatos competitivos nas grandes cidades brasileiras segundo as primeiras pesquisas eleitorais registradas nessas localidades.

Uma compilação exclusiva do Blog feita para o UOL mostra que tucanos e petistas tendem a aumentar sua hegemonia em grandes centros urbanos, reforçando uma tendência que começou a ser registrada nos 90.

Foram consideradas aqui as 23 capitais e as 39 cidades grandes para as quais já há pesquisas eleitorais recentes à disposição. Cidades grande, no caso, são as que têm mais de 200 mil eleitores –onde podem ser realizados segundos turnos quando nenhum candidato obtiver, pelo menos, 50% mais 1 dos votos válidos.

Nesse universo de 62 municípios relevantes, o PT tem expressivos 26 candidatos competitivos. O PSDB aparece em seguida, com 25.

Para efeito desse cálculo, candidatos competitivos são os que estão colocados em 1º lugar nas pesquisas atuais ou os que estão em 2º lugar e com chances reais ir ao segundo turno.

O PT e o PSDB já são, desde o ano 2000, os partidos que mais têm prefeitos nesse grupo de 62 grandes cidades. É vital para ter sucesso nas eleições de 2014 para governador e para presidente da República estar bem posicionado nos centros urbanos. A tabela a seguir mostra a evolução desde 1996 e o quadro atual:

É importante observar que esse quadro acima reflete apenas a largada da campanha eleitoral de 2012. Há uma tendência grande de as posições dos candidatos se alterarem nas pesquisas depois do início da propaganda eleitoral em rádio e TV, a partir de 21.ago.2012.

Ainda assim, já é  possível extrair algumas observações iniciais:

1) a oposição não está no fim: os petistas sempre propagam a tese de que tucanos e seus agregados (DEM, PPS e outros menos relevantes) estariam rumo à extinção. Essa tese não se comprova nos grandes centros urbanos, onde os partidos anti-PT mostram ainda alguma resiliência neste início de campanha eleitoral. Como se observa, PSDB e DEM têm, juntos,  32 candidatos competitivos. Quem aparece mal na foto é o PPS: não tem nenhum prefeito nessas 62 cidades analisadas e surge com meros três nomes competitivos.

2) PMDB ainda é a terceira via: a sigla do vice-presidente da República, Michel Temer, é ainda a grande força alternativa à polarização PT-PSDB. Nas 62 grandes cidades aqui analisadas, os peemedebistas têm hoje 11 prefeitos e disputam com 14 nomes competitivos. Como o PMDB sempre tem muito tempo de rádio e TV, é provável que a legenda consiga manter ou até ampliar seus domínios nos centros urbanos mais relevantes do país.

3) PSB prepara um salto: o Partido Socialista Brasileiro, do governador de Pernambuco, Eduardo Campos, mantém uma notável estabilidade de nanico em grandes cidades: de 1996 até hoje seu número de prefeitos varia de 4 a 5. Mas neste ano o PSB está com 14 candidatos competitivos. Se confirmar nas urnas essa tendência apontada hoje pelas pesquisas, poderá “passar de fase”, como se diz no jargão dos videogames, e encostar no PSB.

Não é segredo que Eduardo Campos pretende ser candidato a presidente em 2014 ou 2018. O sucesso (ou fracasso) do PSB nos grandes centros urbanos será um fator decisivo nos rumos do governador pernambucano.

4) O crepúsculo do DEM: sem nenhum prefeito em cidades relevantes no momento, o ex-PFL tem só 7 candidatos competitivos Brasil afora. Como faz oposição cerrada ao governo federal do PT, da presidente Dilma Rousseff, a missão do Democratas não será fácil. É grande a chance de a sigla dar mais um passo para trás no dia 7 de outubro. A maior aposta do DEM é em Salvador, onde o deputado federal ACM Neto lidera as pesquisas locais.

5) PSD ainda é um coadjuvante nanico: o partido idealizado e criado pelo prefeito de São Paulo, Gilberto Kassab, é um mero espectador nos grandes centros eleitorais do país. No momento, o PSD tem apenas 4 prefeitos nas 62 cidades analisadas neste post. E as pesquisas indicam só 6 nomes competitivos.

Para facilitar o entendimento do quadro atual nesta largada, o Blog fez duas tabelas (logo abaixo, no final deste post) separando as estatísticas nas 62 maiores cidades para as quais há pesquisas disponíveis: um quadro mostra só as 23 capitais e outro apenas os 39 municípios grandes  do interior.

No post seguinte também é possível também ler o resultado de cada uma das pesquisas mais recentes em todas essas 62 cidades.

Ao longo do processo eleitoral, o Blog voltará a atualizar esses dados. Vale lembrar que essas 62 cidades vão subir para 85 em breve quando houver pesquisas disponíveis nas 26 capitais e nos 59 municípios com mais de 200 mil eleitores.

Este Blog é o site de política mais antigo do Brasil. Desde o ano 2000 compila pesquisas eleitorais e as arquiva nesta página, que também disponibiliza levantamentos de avaliação de popularidade de todos os presidentes brasileiros desde José Sarney.

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Hoje, Dilma seria reeleita no 1º turno contra Aécio
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Fernando Rodrigues

A presidente teria 59%, mas Lula iria ainda melhor, com 69,8%

Se a eleição presidencial de 2014 fosse hoje, a presidente Dilma Rousseff (PT) venceria a disputa no 1º turno, segundo pesquisa divulgada pela Confederação Nacional do Transporte (CNT) nesta 6ª feira (3.ago.2012).

De acordo com o levantamento da CNT, Dilma pontuaria 59% numa disputa presidencial. Aécio Neves (PSDB) seria o 2º colocado com 14,8%. Também incluído no cenário, o governador de Pernambuco, Eduardo Campos (PSB), teria 6,5%. Disseram que votariam nulo, em branco ou em nenhum dos candidatos 15,3%. Outros 4,4% não responderam à questão.

A pesquisa CNT foi realizada de 18 a 22 de julho com 2.000 pessoas nas cinco regiões do país e também mediu a popularidade da presidente Dilma. Aqui, post do Blog com mais dados da pesquisa CNT. A margem de erro é de 2,2 pontos percentuais, para mais ou para menos.

O estudo também testou um cenário para 2014 com Luiz Inácio Lula da Silva na condição de candidato a presidente pelo PT. Nessa hipótese, o ex-presidente aparece com 69,8% das intenções de voto. Aécio Neves, com 11,9%. Eduardo Campos, com 3,2%.

No cenário com Lula, 11,6% votariam nulo, em branco ou em nenhum dos candidatos. Outros 3,6% não responderam.

A pesquisa não incluiu Marina Silva, ex-ministra do Meio Ambiente, entre os possíveis candidatos a presidente. Ela disputou a eleição de 2010 pelo Partido Verde (PV). Foi 3ª colocada, com 19,6 milhões de votos (cerca de 19% dos votos válidos). Agora, sem partido, tenta organizar um movimento na sociedade civil que pode lhe dar força para 2014.

2º turno
A simulação feita pela pesquisa da CNT indica que a eleição acabaria no 1º turno. Mas também foram testados cenários para eventual 2º turno da disputa.

Dilma teria 63,8% contra 21,5% de Aécio, afirma o estudo. Brancos e nulos seriam 11,8%. Não responderam à questão 2,8%.

Contra Eduardo Campos, a presidente venceria o 2º turno por 69,1% a 12,4%. Brancos e nulos seriam 15% e 3,6% não responderam.

Quando o candidato do PT é Lula, ele venceria Aécio no 2º turno por 73,4% a 15,2%. Brancos e nulos seriam 9,2%. E 2,2% não responderam.

Lula também ganharia de Eduardo Campos: 76,1% contra 8,7%, diz a pesquisa. Brancos e nulos seriam 12,3%. Outros 2,9% não responderam.

O levantamento divulgado hoje é o nº112 de uma série de pesquisas conduzidas pela CNT. Do nº 1 ao 28 a Vox Populi foi parceira da entidade na pesquisa. Do nº 20 ao 111, o instituto Sensus foi o parceiro.

 

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