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PSD, de Kassab, vai apoiar Paulo Skaf (PMDB) para o governo de São Paulo
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Fernando Rodrigues

Leonardo Wen/Folhapress - 27.out.2009

O PSD acaba de decidir que vai apoiar oficialmente a candidatura de Paulo Skaf (PMDB) ao governo de São Paulo.

Hoje (27.jun.2014) de manhã, o presidente nacional do PSD, Gilberto Kassab, esteve com o ex-presidente do Banco Central Henrique Meirelles, que poderia ser o candidato do partido ao Palácio dos Bandeirantes. Meirelles declinou, como já havia rejeitado ser candidato ao Senado.

A decisão do PSD deve ser formalizada nesta segunda-feira (30.jun.2014), quando a legenda faz sua convenção estadual em São Paulo. Mas já está definido: o tempo de rádio e de TV deve ir para a campanha de Paulo Skaf.

O apoio do PSD tem relevância política porque esse partido tem o terceiro maior tempo de rádio e de TV durante a propaganda eleitoral. Está atrás apenas do PT e do PMDB. O PSDB tem um tempo igual ao do PSD.

Na disputa pelo Palácio dos Bandeirantes, a liderança é de Geraldo Alckmin (PSDB), o atual governador que busca a reeleição. Este Blog mantém uma compilação com todas as pesquisas disponíveis. O tucano está 47%, segundo o Datafolha, num cenário sem a presença de Gilberto Kassab. Skaf vem em segundo, com 21%. Alexandre Padilha (PT), registra 4%.

O apoio de Kassab a Skaf pode ser fundamental para alavancar o peemedebista na corrida pelo Bandeirantes. É também uma pancada nas pretensões do PT: Padilha continua sem decolar e cada vez com menos perspectivas de agregar tempo de TV para ter sucesso mais adiante depois do início da propaganda eleitoral.

Apesar de a notícia da aliança do PSD com o PMDB ser negativa para Padilha, para o PT nacional esse tende a ser um desfecho bom. É que o PSD e o PMDB apoiam oficialmente Dilma Rousseff na corrida pelo Palácio do Planalto. Com o eventual fracasso no nome petista na corrida pelo Bandeirantes, Dilma continuará a ter um palanque local forte por causa da coalizão entre Skaf e Kassab.

Até segunda-feira (30.jun.2014), o PMDB e Skaf vão definir como será a presença do PSD na chapa. No momento, a vaga de candidato a vice-governador está com o ex-presidente do Conselho Federal da OAB José Roberto Batochio, que é do PDT.

O PSD pode ficar com a vaga de candidato ao Senado ou até com a de vice-governador, mas não há ainda definição a respeito.

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FHC sobre Lula: “Não era preciso vestir a carapuça”
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Fernando Rodrigues

Tucano rebate petista a respeito de acusações mútuas de corrupção em seus governos

Folhapress - 29.out.2002

O ex-presidente Fernando Henrique Cardoso (PSDB) divulgou nota em seu perfil numa rede social na qual responde ao também ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

“Lamento que o ex-presidente Lula tenha levado a campanha eleitoral para níveis tão baixos. Na convenção do PSDB não acusei ninguém; disse que queria ver os corruptos longe de nós. Não era preciso vestir a carapuça”, diz FHC em seu post.

A altercação começou no sábado (14.jun.2014), quando, no fim do dia, Lula comentou o discurso que FHC havia feito um pouco mais cedo: “Vi o ex-presidente falar com a maior desfaçatez: ‘É preciso acabar com a corrupção’. Ele devia dizer quem é que estabeleceu a maior promiscuidade entre Executivo e Congresso quando ele começou a comprar voto para ser aprovada a reeleição”.

FHC continua em seu post: “Não é verdade que a oposição pretendesse derrubar o presidente Lula em 2005 [época do mensalão]. Na ocasião, pedimos justiça para quem havia usado recursos públicos e privados na compra de apoios no Congresso, o que foi feito pelo Supremo Tribunal Federal”.

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Governo federal é omisso na área de segurança pública, diz Aécio
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Fernando Rodrigues

Pré-candidato a presidente pelo PSDB, o senador Aécio Neves tem calibrado seu discurso para um tom cada vez mais duro na área de segurança pública. É uma tentativa de se apresentar de maneira diferente em relação a seus adversários diretos na corrida pelo Planalto.

Em entrevista ao programa Poder e Política, do UOL e da “Folha”, Aécio disse que, se eleito, pretende reduzir o número de ministérios dos atuais 39 para 21 ou 22. Deseja também redefinir a função de algumas pastas. Fala em renomear o Ministério da Justiça com o complemento “e da Segurança Pública”, enfatizando a necessidade de combater o crime em todo o país.

É uma resposta do tucano a uma das principais preocupações dos eleitores, captadas por várias pesquisas de opinião. Ao adotar essa narrativa, tenta também surfar num momento de intensas manifestações de rua, muitas com atos de violência.

O senador quer que os repasses de recursos federais para uso em segurança sejam mensais e compulsórios para os Estados, “que poderão planejar os seus investimentos”. O tucano diz que nos oito anos em que governou Minas Gerais (2003-2010) ficou esperando recursos para construir penitenciárias. “Sabe quando vieram? Nunca”.

“Hoje, o governo federal é criminosamente omisso no que diz respeito à segurança pública”, acusa.

Aécio, 54 anos, também é a favor da redução da maioridade penal para adolescentes de 16 a 18 anos que cometem crimes graves ou são reincidentes. “Não podemos fazer como o governo do PT: virar as costas”. Dilma Rousseff (PT) e Eduardo Campos (PSB) são contra essa medida.

O tucano acha necessário trazer a inflação anual para o centro da meta, que é de 4,5%. Esse objetivo seria atingido gradualmente, até 2018.

Afirma ser contra uma lei para formalizar a independência do Banco Central. Promete submeter diretores de agências reguladoras ao escrutínio de um órgão externo.

Se eleito, repete, manterá o Bolsa Família e a política de conceder reajustes acima da inflação para o salário mínimo. Não elabora, entretanto, a respeito de como resolver a vinculação do mínimo aos benefícios da Previdência.

Sobre José Serra ser seu candidato a vice-presidente, responde ser “uma possibilidade”.

Sobre drogas ilícitas, é contra a descriminalização. Relata ter fumado maconha no passado. “Quando tinha 18 anos, experimentei maconha e ficou por aí. E não recomendo que ninguém faça”.

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Mulher de Aécio, grávida, é internada no Rio
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Fernando Rodrigues

Grávida de gêmeos, ela sentiu contrações na terça-feira; parto estava previsto para agosto

Tucano cancela vários compromissos de campanha agendados para os próximos dias

Aecio-Leticia

Está internada desde ontem num hospital no Rio de Janeiro Letícia Weber, mulher do pré-candidato a presidente pelo PSDB, Aécio Neves. Ela está grávida de gêmeos e o nascimento estava previsto para agosto.

Letícia, de 34 anos, sentiu algumas contrações e procurou seu médico. Ele determinou que ela fosse internada, o que ocorreu por volta das 15 horas de ontem, terça-feira (20.mai.2014).

Aécio estava naquele momento em Brasília, concedendo uma entrevista. Ao saber da internação, embarcou para o Rio, onde deve permanecer a maior parte do tempo nos próximos dias. O tucano deve cancelar vários compromissos de sua agenda até o fim de semana –inclusive uma viagem que faria ao Rio Grande do Sul para se encontrar com a senadora Ana Amélia (PP-RS), um dos nomes cotados para ocupar a vaga de candidata a vice-presidente na chapa encabeçada pelo PSDB.

A assessoria da pré-campanha do PSDB deve emitir uma nota a respeito de como ficarão os compromissos do tucano nos próximos dias.

Por precaução, é possível que Letícia permaneça internada um pouco mais. Quando este post foi redigido, no final da manhã de quarta-feira (21.mai.2014), a sua situação era estável.

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Kassab reafirma a Dilma apoio à reeleição
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Fernando Rodrigues

Ex-prefeito paulistano e presidente do PSD foi ao Planalto na última 4a feira

Kassab disse a Dilma que seu partido ficará com a presidente em outubro

Meirelles como candidato a vice-presidente de Aécio Neves é opção remota

Alan Marques/Folhapress - 20.nov.2013

Está próxima de zero a possibilidade de o PSD, do ex-prefeito paulistano Gilberto Kassab, desertar do governo federal do PT e embarcar na canoa do PSDB na disputa presidencial.

Não foi noticiado, mas Kassab esteve com Dilma Rousseff para um encontro reservado na última quarta-feira (14.mai.2014), no Palácio do Planalto, em Brasília.

Nessa conversa, Kassab foi logo pedindo desculpas pelo tom de um comercial do PSD de Minas Gerais, que havia feito um ataque a Dilma Rousseff de maneira frontal na semana anterior. O Blog noticiou o assunto.

Dilma aceitou as desculpas de Kassab. Ouviu do ex-prefeito que o PSD deve reafirmar em convenção nacional em junho o apoio oficial à reeleição da petista.

Kassab entende que neste momento seria um desastre completo para o PSD desertar de Dilma Rousseff e escolher um outro candidato a presidente. O ganho seria pequeno e não compensaria o custo político, altíssimo.

O PSD é um partido que nasceu sob o signo da desconfiança, em 2011. Seria apenas mais uma sigla oportunista e de aluguel. Iria se mover ao sabor das ofertas do poder.

Para tentar debelar essa imagem, Kassab montou um sistema de consultas formais aos 27 diretórios do PSD nos Estados e no Distrito Federal. Essas consultas, por óbvio, tinham grande influência do próprio Kassab. Ainda assim, o método divulgado à mídia era uma novidade. É raro um partido não ideológico se comportar dessa forma.

As consultas resultaram numa ampla maioria dos diretórios do PSD a favor do apoio formal à campanha de reeleição de Dilma Rousseff. Essa adesão é muito relevante para a presidente. O PSD tem hoje o terceiro maior tempo de TV e de rádio no horário eleitoral, empatado (com diferença de alguns segundos) com o PSDB (os maiores tempos são do PT e do PMDB, nessa ordem).

Tempo de rádio e de TV é vital para campanhas políticas no Brasil.

Com o anúncio da adesão a Dilma de forma tão antecipada, Kassab deseja que o PSD ocupe um espaço vago na política brasileira. Esse papel era desempenhado pelo antigo PFL (agora Democratas), como uma sigla de centro-direita confiável quando se propunha a fazer acordos.

Desistir de Dilma Rousseff agora que a presidente está enfrentando dificuldades em nada colaboraria para construir a imagem pretendida por Kassab para o PSD. Insistir nessa aliança, mesmo num momento não tão positivo para o Planalto, faz o PSD subir mais alguns degraus na direção de ser uma sigla (embora não ideológica) confiável para fazer acertos políticos.

HENRIQUE MEIRELLES E JOSÉ SERRA
Mas então é impossível Kassab e o PSD desistirem de Dilma agora? Em política, nada é impossível. Mas há indicações reais de que são furadas, pelo menos, as especulações sobre Henrique Meirelles (o ex-presidente do Banco Central é filiado ao PSD) ser o candidato a vice-presidente do tucano Aécio Neves.

Há nuances que não foram captadas pelas notícias a respeito desse assunto.

Aécio Neves está à caça de um candidato a vice-presidente que de fato o ajude na campanha eleitoral –sobretudo em solo paulista. O PSD colaboraria muito por causa do seu tempo de TV.

Ocorre que Henrique Meirelles ao lado de Aécio Neves como candidato a vice-presidente seria também um problema de razoáveis proporções para o tucano na campanha em São Paulo.

Por quê? Porque Aécio Neves tem hoje 2 problemas em São Paulo (e um terceiro seria a escolha de Meirelles).

Primeiro, o governador do Estado de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB), tentará se reeleger e não dá indicações de que fará algum esforço real para ajudar Aécio a ganhar o Planalto.

O segundo problema de Aécio em São Paulo se chama José Serra, o tucano paulista que sonhou a vida inteira em ser presidente da República. Serra não nutre admiração por Aécio. Por enquanto, nada indica que Serra vá ajudar na campanha presidencial do seu colega de partido (apesar, é claro, das declarações oficiais).

Em resumo, mais do que um candidato a vice-presidente, Aécio Neves precisa de um nome que o ajude a pacificar o PSDB de São Paulo. Serra seria esse nome. Se entrasse na chapa de Aécio, não teria como não fazer campanha. E como efeito colateral, empurraria Alckmin também para a linha de frente aecista.

Ocorre que Serra ontem (18.mai.2013) anunciou que não deseja ser candidato a vice-presidente.

Não há como saber se Serra faz tal declaração para aumentar ainda mais o valor de seu passe até a data da convenção nacional do PSDB, em 14 de junho, quando a chapa poderá ser anunciada –embora nessa data possa sair só o nome do candidato a presidente; o do vice ficaria para até o último minuto de 30 de junho, o prazo legal.

Noves fora as especulações, no momento, sabe-se que Serra está dizendo em público que não será o candidato a vice-presidente na chapa encabeçada por Aécio.

E onde entra Henrique Meirelles nessa equação como o “terceiro problema”? Simples: Meirelles é uma personalidade incompatível com José Serra. O tucano não tem admiração (para dizer o mínimo) pelas ideias do ex-presidente do Banco Central.

Se a chapa do PSDB fosse composta por Aécio Neves e Henrique Meirelles, os tucanos paulistas liderados por Serra ficariam muito insatisfeitos. A dupla Aécio-Meirelles seria desprezada pelos serristas.

Ou seja, o problema político de Aécio só vai piorar em São Paulo se o seu candidato a vice fosse Meirelles.

Este Blog notou nos últimos dias que esse balão de ensaio sobre Meirelles como vice de Aécio foi muito mais inflado pelo mercado financeiro do que por forças políticas reais na disputa presidencial.

Para terminar, mais uma informação dos bastidores desse processo. No caso de ocorrer o altamente improvável descolamento do PSD de Dilma Rousseff, o partido teria um nome certo para ser candidato a vice-presidente República: Gilberto Kassab, que agora só aparece como possível candidato a vice-governador na chapa de Geraldo Alckmin, em São Paulo.

Kassab é amigo de Serra, a quem é muito fiel.

Kassab resolveria os problemas de Serra se fosse vice de Aécio. O tucano teria alguém de sua inteira confiança política dentro do projeto presidencial do PSDB. Não precisaria se humilhar ficando na posição subalterna de vice de alguém que não aprecia verdadeiramente.

E Kassab resolveria também os problemas de Aécio: daria mais tempo de TV e de rádio para o tucano. E pacificaria o cenário no PSDB de São Paulo.

Mas as chances de toda essa bruxaria política se materializar são mínimas, quase inexistentes. Tão pequenas quanto as de Luiz Inácio Lula da Silva tomar o lugar de Dilma Rousseff na corrida pelo Planalto.

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PT copia FHC de 1998 e usa discurso do medo para alavancar Dilma
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Fernando Rodrigues

O PT divulga na noite desta 3ª feira (13.mai.2014) comercial de televisão de 1 minuto no qual explora o discurso do medo para tentar alavancar a candidatura da presidente Dilma Rousseff à reeleição.

As imagens mostram pessoas empregadas, com acesso a remédios, estudo e lazer, em contraposição com pessoas desempregadas, passando fome e pedindo dinheiro em semáforos, que seriam “fantasmas do passado”, o título do comercial petista. Assista ao comercial abaixo:

 

O locutor, em tom dramático, alerta: “Não podemos deixar que os fantasmas do passado voltem e levem tudo o que conseguimos”. Ao final, diz que “não podemos dar ouvidos a falsas promessas”, em referência indireta às propostas que vêm sendo feitas por candidatos da oposição a presidente da República, como Aécio Neves (PSDB) e Eduardo Campos (PSB).

Aécio tem falado, por exemplo, em adotar “decisões impopulares” na economia, e Campos promete buscar uma inflação anual de 3% a partir de 2019.

Essa estratégia é muito semelhante à utilizada em 1998 pelo então presidente Fernando Henrique Cardoso (PSDB), que enfrentava dificuldades com sua taxa de popularidade e o estado geral da economia.

À época, FHC usou o discurso do medo dizendo que só ele seria preparado para continuar a combater a inflação, que havia começado a ser debelada em 1994. O adversário do tucano, em 98, era Luiz Inácio Lula da Silva (PT), que perdeu aquela eleição.

O comercial do PT usa agora uma estratégia que já rechaçou e conseguiu derrotar em 2002. Naquele ano, o PSDB novamente tentou usar o discurso do medo para eleger José Serra, apresentado ao eleitorado como o único capacitado para manter as conquistas de estabilidade econômica dos anos FHC (e até usou a atriz Regina Duarte em um filme). Lula era o candidato de oposição pela quarta vez consecutiva. O publicitário petista à época, Duda Mendonça, criou o slogan “a esperança vai vencer o medo”. O PT ganhou.

O comercial de hoje foi produzido pela Polis, do marqueteiro João Santana. A criação é de Antonio Meirelles, João Santana e Marcelo Kertész. O filme foi dirigido por Henry Meziat, com direção de fotografia de Franco Pinochi e locução de Antonio Grassi.

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Empresa da família de Júnior Friboi é acusada de dever R$1,3 bi em impostos
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Fernando Rodrigues

JBS responde a autos de infração por não recolhimento do ICMS em Goiás

Júnior lançou-se pré-candidato pelo PMDB ao governo do Estado

Divulgação

O frigorífico JBS, da família do empresário José Batista Júnior (foto), conhecido por Júnior Friboi, pré-candidato do PMDB ao governo de Goiás, é acusado de sonegar R$ 1,3 bilhão em impostos naquele Estado.

A empresa responde a 49 autos de infração aplicados pela Secretaria da Fazenda de Goiás nos últimos 9 anos, a maioria por não recolhimento do ICMS (Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços) na exportação de carne bovina, segundo reportagem do jornal “O Popular” publicada na 6ª feira (2.mai.2014).

O auto de infração é o documento redigido pelo fiscal da Receita que aponta a falta de pagamento de tributos por determinada empresa. A companhia autuada pode recorrer ao próprio governo (administrativamente) e ao Poder Judiciário.

Oito desses 49 autos de infração contra o JBS, no valor de R$ 520 milhões, já obtiveram decisão favorável na esfera administrativa, segundo “O Popular”. Três deles, no valor de R$ 140 milhões, estariam inscritos na dívida ativa do Estado, o que autoriza o início da cobrança.

O suposto débito é o maior entre as empresas instaladas em Goiás. Ao jornal, o JBS afirmou cumprir rigorosamente seus compromissos tributários e fiscais e disse que os autos de infração foram questionados e aguardam decisão final da Justiça.

O vazamento das informações, protegidas pelo sigilo fiscal, ocorreu 3 dias após Júnior Friboi ser confirmado pré-candidato do PMDB ao governo de Goiás, hoje sob o comando de Marconi Perillo (PSDB).

Júnior vendeu em 2013 sua participação no JBS para seus irmãos Joesley e Wesley e é um dos candidatos do país com mais verbas para gastar nestas eleições. No início do ano, fechou um contrato de R$ 30 milhões com o marqueteiro Duda Mendonça para fazer sua campanha.

Em nota divulgada em sua página no Facebook, o pré-candidato do PMDB considerou “estranha e muito suspeita” a divulgação dos autos de infração e disse que a empresa tem o direito de contestar as cobranças tributárias, mas “cumpre o que for determinado” pela Justiça.

Além de Júnior Friboi e Marconi Perillo, são pré-candidatos ao governo Vanderlan Cardoso (PSB) e Antônio Gomide (PT). Leia as pesquisas de intenção de voto realizadas até o momento sobre a disputa em Goiás.

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Erros de Aécio e PSDB levam à vitória de Dilma no 1º turno, diz Cesar Maia
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Fernando Rodrigues

O ex-deputado federal e ex-prefeito do Rio César Maia (DEM) faz duras críticas à forma como o principal partido de oposição conduz a campanha do seu pré-candidato a presidente, Aécio Neves. Para o político fluminense, os “erros” do tucano e a até agora baixa competividade de Eduardo Campos (PSB) podem levar a uma vitória de Dilma Rousseff no primeiro turno da disputa pelo Planalto em outubro.

Em entrevista ao programa Poder e Política, do UOL e da “Folha”, Maia faz um diagnóstico bem negativo de como vem sendo a atuação de Aécio Neves –a quem recebeu em sua residência, no Rio, no último domingo (22.mar.2014). O tucano está “priorizando a conversa com as elites. É um erro”. A crítica também é dirigida a Eduardo Campos, pré-candidato a presidente pelo PSB.

“Você vê fotografia deles em vários lugares. Não vê em nenhuma favela, por exemplo. Por que não? A gente não vê essa marca de nenhum deles. A gente vê com a Fiesp, com a Firjan, com a associação dos bancos, com o agronegócio”, reclama Maia. Para ele, o PSDB está “patinando ali naquela centro-elite brasileira, do Sudeste –a sudestina”.

No encontro que teve com Aécio, uma parte dessas críticas foram apresentadas de maneira direta. “Faça também essas reuniões [com a elite], mas não só elas. Aí a [colunista da Folha] Mônica Bergamo faz uma matéria dizendo quem estava presente na reunião, que foi servido salgadinho. Isso não dá em nada. Dá para a coluna dela, prestígio. Para o candidato, não dá um voto”.

Estrategista político, Maia diz ver um ruído no ressurgimento do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso na linha de frente da campanha eleitoral dos tucanos. “Eles tinham que ter coragem de fazer uma pesquisa para saber se a impopularidade de Fernando Henrique continua a mesma. Se ele dá voto ou se ele tira. Tem que saber. Para saber se o Aécio tem que ter um mentor guardado, oculto, ou se tem que ter um mentor na linha de frente”.

Estudioso de novos meios de comunicação, Maia reclama da forma como os partidos atuam na internet. “O site do PSDB… O que que traz o site? O que o blog do PSDB agrega? Eu recebo mensagens. Estou no cadastro deles. Eu me mobilizaria em função daquelas informações que eu recebo? Zero, nada”.

Se continuar atuando como fez até agora, Aécio não ganha a eleição? “Ah, não. Não tem maioria”, responde. “Eu tenho 68 anos. Não tenho mais idade de entrar numa eleição achando que algumas coisas estão erradas e ficar calado”.

O ex-prefeito do Rio acha que ainda dá tempo para a oposição se reposicionar. Uma das estratégias defendidas por Maia é aumentar o nível de críticas ao governo de Dilma Rousseff, algo que ele já diz enxergar um pouco nos últimos dias. “O Eduardo Campos acelerou o discurso. Intensificou a marca. Ainda não tenho convicção de que ele tenha fôlego para crescer. Se eu tiver razão –posso não ter, né?–, eu acho que aí favorece Dilma vencer no primeiro turno”.

Um fenômeno que pode prejudicar a oposição neste ano é o desencanto com a política por parte do eleitorado. “Há uma probabilidade de o ‘não voto’ crescer nesta eleição. Chamo de ‘não voto’ o seguinte: abstenção, branco, nulo, não sabe, não respondeu. Há uma probabilidade de esse não voto se aproximar de 40%. Quem perde? A Dilma não perde –tem o voto do Nordeste, do interior, que tem uma máquina grande. Isso pode gerar um primeiro turno. Se essa massa de ‘não voto’ crescer, ela pode ganhar no primeiro turno com 40%”, especula.

Sobre a estratégia tucana de contratar 9.000 militantes digitais, como revelou a coluna “Painel”, da Folha, Maia classifica essa iniciativa de “antirrede social”. Para ele, “essa forçação de agências, de marketing de guerrilha e internet é um fracasso completo”.

O DEM é o principal possível aliado do PSDB na disputa presidencial e esperança dos tucanos de ter um pouco mais de tempo na propaganda de TV e rádio. Embora os demistas tenham ensaiado desistir da aliança no final do ano passado, Maia acha que esse é hoje um cenário remoto.

Neste ano, o PSDB tem considerado lançar uma chapa pura, só com tucanos. Um possível candidato a vice-presidente com Aécio deve ser o senador Aloysio Nunes Ferreira, de São Paulo. “Estão completamente errados”, afirma Maia. Para ele, o nome ideal para a vaga de vice seria o do senador José Agripino (DEM-RN), para dar diversidade geográfica ao projeto.

Na campanha presidencial em São Paulo, o PSDB teria de se fiar na força do próprio partido e de seus quadros. Mas e se José Serra não se engajar na campanha? Responde Maia: “O Serra é um poço de mágoa”. O tucano paulista estaria agora dando “o troco” para Aécio, de quem não teria recebido o apoio na campanha pelo Planalto em 2010.

Para minimizar o fato de o DEM não indicar o candidato a vice-presidente na chapa do PSDB, Maia sugere uma compensação pragmática. Por exemplo, exigir que os tucanos ajudem demistas a se elegerem deputados federais em alguns Estados. A meta do partido é tentar chegar neste ano ao mesmo número de representantes eleitos em 2010 –foram 43, mas agora só restam 26, pois a sigla foi canibalizada por novas legendas.

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Serra ataca Dilma, fala contra reeleição da petista, mas não cita Aécio
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Fernando Rodrigues

Reprodução

José Serra escreveu um artigo publicado nesta 5ª feira (27.mar.2014) no qual ataca de maneira dura a gestão da presidente da República, Dilma Rousseff.

No seu perfil no Twitter (reprodução acima), o tucano escreveu: “No artigo explico porque a opção mais desfavorável para o Brasil seria a reeleição da atual presidente”.

Mas então seria bom eleger quem? Serra não fala. Não cita o nome do pré-candidato ao Planalto pelo seu partido, Aécio Neves. Como se vê, por ora, o PSDB está longe de pacificar a relação entre Serra e Aécio.

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PSDB pede acesso ao processo completo da Petrobras
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Fernando Rodrigues

Oposição quer a documentação usada na compra de refinaria nos EUA

Requerimento foi por meio da Lei de Acesso a Informação; prazo é de 20 dias

Alan Marques/Folhapress - 21.mar.2014

O PSDB deseja ter acesso ao processo completo que deu sustentação ao processo de compra de uma refinaria nos EUA por parte da Petrobras.

O autor do pedido foi o líder do PSDB no Senado, Aloysio Nunes Ferreira (SP). Ele endereçou o requerimento diretamente à Petrobras e usou o direito estabelecido na Lei de Acesso a Informação.

Há dois aspectos relevantes nesse pedido de acesso a dados.

Primeiro, é um teste importante para a Lei de Acesso a Informação. Segundo, se o requerimento for atendido, será possível conhecer em detalhes o que fundamentou a compra de uma refinaria de Pasadena, no Texas (EUA) –operação que teria causado um prejuízo superior a US$ 1 bilhão para a Petrobras.

O senador Aloizio Nunes requereu também, informou sua assessoria, “toda a documentação submetida ao Conselho de Administração da empresa que avalizou o negócio”. O prazo para que a Petrobras responda é de 20 dias, prorrogáveis por mais 10.

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