Blog do Fernando Rodrigues

Arquivo : Paulinho da Força

Semana pré-impeachment mostrou Planalto frágil e quase derrotado
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Fernando Rodrigues

Contabilidade de votos piorou a cada dia para o Planalto

271 discursos foram pró-impeachment e só 133 a favor de Dilma

Ao todo, oposição falou 1.552 minutos contra o governo

Deputados pró-Dilma falaram apenas 784 minutos

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Mesa da Câmara durante a votação do impeachment no domingo (17.abr)

Apesar da guerra midiática propagando a versão de que haveria votos para conter o impeachment, o Palácio do Planalto entrou derrotado na reta final do processo. As 48 horas que antecederam a votação revelaram indicadores sobre a derrota que acabou ocorrendo.

O Blog acompanhou, minuto a minuto, as sucessivas sessões da Câmara desde a manhã de 6ª feira (15.abr.2016), inclusive durante as madrugadas. Ao mesmo tempo, monitorou os movimentos de bastidores, com o Planalto e a oposição divulgando seus placares a respeito de quantos seriam os votos a favor e contra o impeachment.

Durante a mais longa sessão da Câmara nos últimos 25 anos (para quando há estatísticas a respeito), o total de oradores foi de 311 deputados. Muitos se repetiram na tribuna. No total, foram 271 falas a favor do impeachment e só 133 para defender o governo. E muitos dos que se posicionavam contra o processo de afastamento falavam “contra o golpe” e não a favor de Dilma Rousseff.

Desde as 9h01 de 6ª feira, quando foi aberta oficialmente a sessão de discussões, até seu fim, às 3h42 da madrugada de domingo, os discursos contra Dilma totalizaram 1.552 minutos. A defesa do mandato da presidente ocupou 784 minutos.

Tempo-de-fala-impeachmentOs vocalizadores do impeachment que falaram por mais tempo foram Weliton Prado (PMB-MG), que falou por 60 minutos e João Derly (Rede-RS), que falou por 28 minutos. Prado consumiu 1 hora por ser líder e único membro do PMB na Câmara.

A presidente teve como seus principais porta-vozes Silvio Costa (PT do B-PE) e Weverton Rocha (PDT-MA), que falaram por 48 e 45 minutos, respectivamente, nas vezes em que ocuparam a tribuna.

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Dos 25 partidos com representação na Câmara dos Deputados, 16 se declararam abertamente favoráveis ao impeachment. Outros 5 foram contrários. E 4 liberaram seus deputados para votar sem orientação.

Uma curiosidade: dos 311 deputados que falaram da tribuna a favor ou contra o impeachment, apenas 30 eram mulheres. Dessas, 14 a favor de Dilma e 16 pró-afastamento da petista.

O MARKETING DE CADA LADO
A última semana antes da votação no plenário da Câmara foi dominada por ondas de ânimo que ora atingiam os governistas, ora os oposicionistas. Ainda que o momentum parecesse se alternar, os fatos concretos sempre estiveram ao lado dos favoráveis ao impeachment.

Em meio à volatilidade das contagens de votos, um indicador mais sólido –as declarações dos próprios deputados em suas redes sociais– mostrou um fortalecimento constante dos oposicionistas. Um levantamento iniciado em 18.mar, portanto 1 mês antes da votação no plenário da Câmara, mostrou que o crescimento dos votos a favor do impeachment se robusteceu, sem oscilações, a despeito das contagens mirabolantes propagadas pelos 2 lados da disputa.

De 2ª feira (11.abr.2016) até a manhã de domingo (17.abr.2016), dia da votação, os deputados que se declararam favoráveis ao impeachment nas redes sociais passaram de 285 a 351, garantindo 9 votos a mais do que o mínimo necessário para autorizar o processo. Os apoiadores do mandato de Dilma passaram na última semana de 113 para apenas 133. Eram 39 votos a menos do que o necessário para barrar o impeachment. Um número maior do que o total de deputados que não se declararam (32) ou que iriam se abster (2).

GOVERNO PERDE O MÉDIO CLERO
Os 3 partidos centrais, com bancadas representativas que garantiam a maioria governistas, deram, ao invés de votos, duros golpes a Dilma. Há duas semanas PP, PR e PSD tinham 3 ministérios e seus 3 caciques trabalhando para coletar votos contra o impeachment.

A rebelião foi gradual. Os deputados contra o governo se fortaleceram dentro das bancadas e se rebelaram contra os líderes. No PP, o presidente do partido, Ciro Nogueira, anunciou em 6.abr que continuava no governo. Foi acossado pelos diretórios estaduais pró-impeachment, que provaram ser maioria e pediram reunião da Comissão Executiva Nacional. O resultado foi o rompimento do PP com o Planalto e a entrega do Ministério da Integração Nacional em 12.abr.

No PSD, presidido pelo ex-ministro das Cidades Gilberto Kassab, o movimento foi semelhante. Originalmente 1 dos maiores defensores do mandato de Dilma, Kassab foi dobrado pela bancada do partido, que anunciou voto em massa pelo impeachment. O líder Rogério Rosso, presidente da Comissão Especial do Impeachment, votou pelo impedimento no colegiado em 11.abr. Sem conseguir votos, Kassab entregou o cargo na última 6ª feira (15.abr).

O PR não entregou seu ministério e é o único dos 3 partidos que conservou seu comandante (não-oficial), Valdemar Costa Neto, trabalhando pelo governo até o final. Porém, na votação na Comissão Especial, o líder do partido na Câmara, Maurício Quintella (AL), abandonou a liderança para poder defender o impeachment, abrindo o caminho para dissidências na bancada.

BATALHA NO BAIXO CLERO
Com a consciência de que perdera o apoio dos líderes dos partidos-chave, o governo redobrou os esforços na abordagem individual dos deputados, ofertando cargos de 2º e 3º escalões e apoio nas eleições municipais deste ano de 2016. A suíte ocupada por Lula no hotel Royal Tulip foi o centro das articulações.

O ex-presidente fez de tudo para convencer determinadas bancadas. Ao conversar com um líder religioso da Igreja Quadrangular, viu que não estava dando certo. Aí, disparou: “Se nós derrotarmos o impeachment, quem vai governar sou eu. Eu vou sentar naquela cadeira”.

Na 6ª feira (15.abr), por exemplo, o Diário Oficial da União saiu recheado com mais de 50 nomeações. A operação produziu boa repercussão no Congresso. Ao longo do dia, deputados governistas se mostraram mais confiantes. Tentaram propagar a ideia de que o jogo estava virando. Mas a quantidade de votos consolidados a favor de Dilma não sustentou o bom humor até o sábado, véspera da votação.

O símbolo maior desse movimento esperançoso foi a perspectiva de o governo recuperar 12 votos do PP na 6ª feira. Um vídeo gravado por Waldir Maranhão (PP-MA), aliado ferrenho de Eduardo Cunha, anunciando apoio a Dilma orientou o discurso de que o governo se fortalecia.

A esperança foi enterrada na madrugada de sábado. O principal articulador do governo na bancada pepista, o deputado Eduardo da Fonte (PP-PE), selou acordo com o presidente do partido, senador Ciro Nogueira. Uma foto marcou o momento.

Ciro Nogueira (dir.) e Eduardo da Fonte (esq.) após fechar acordo na madrugada de domingo (17.abr)

Ciro Nogueira (dir.) e Eduardo da Fonte (esq.)

PAULO MALUF
Um caso emblemático de como o governo fracassou e conduziu mal a cooptação de votos para barrar o impeachment é o deputado federal Paulo Maluf (PP-SP).

Maluf era dado como voto certo a favor do Planalto e nem foi procurado para conversar. O governo preferiu negociar o apoio do PP com o presidente nacional da legenda, o senador Ciro Nogueira —do Piauí. Ocorre que Maluf e Ciro Nogueira são adversários figadais dentro da legenda.

Quando soube que havia sido deixado de lado, Maluf anunciou que votaria a favor do impeachment. Aí o Planalto resolveu agir e mandar recados. Era tarde demais.

Maluf tomou café da manhã no sábado (16.abr.2016) com o vice-presidente Michel Temer, no Palácio do Jaburu. À tarde, foi levado até o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Encontraram-se no hotel em Brasília no qual o petista está hospedado, o Royal Tulip.

“Falei para ele que fizeram tudo errado oferecendo cargos para essas pessoas do PP. Tinham de ter conversado com toda a bancada e fazer uma proposta geral sobre como seria o governo daqui para a frente. Agradeci o convite, mas disse que manteria minha posição”, relata Maluf —que foi até ao petista em companhia de Armando Monteiro, ministro da Indústria.

Na manhã de domingo, Lula telefonou novamente para Maluf. Não teve jeito. O deputado disse que votaria a favor do impeachment. Deu entrevistas no meio da tarde e deixou sua posição explícita.

Um sinal de como a tropa governista estava desinformada: até pouco antes do início da votação o deputado Sílvio Costa (PT do B-PE) dizia que Maluf votaria com o governo. “Ele vai votar contra o impeachment e ainda vai falar mal do Eduardo Cunha”, afirmava Costa.

MANIFESTAÇÕES
Do lado de fora do Congresso, manifestantes favoráveis e contrários ao impeachment ficaram isolados por um muro que dividia a Esplanada ao meio. A circulação entre os 2 lados, entretanto, era livre.

Militantes pró-governo aglomeraram-se em frente ao prédio do Ministério do Turismo e dos Transportes. Assistiram à votação sentados em frente a 2 dos 4 telões instalados no local.

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À esquerda, manifestantes pró-Dilma; à direita, grupo a favor do impeachment

O clima era de resignação. Os votos contrários ao impeachment eram comemorados de forma cada vez menos efusiva à medida que a sessão no plenário avançava. Por volta das 20h, 1 dos 3 caminhões de som parado em meio aos militantes pediu para os presentes não dispersarem.

Já os manifestantes pró-impeachment concentraram-se na altura do Ministério da Integração Nacional e do Ministério do Trabalho e Emprego.

Vestidos de verde e amarelo, assistiram à votação em clima de copa do mundo, ao som de muito batuque e reproduções do hino nacional em ritmo de samba.

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Paulinho promete neutralidade sobre impeachment à frente da Força Sindical
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Fernando Rodrigues

“A Força nasceu plural e será plural” diz deputado

Em dezembro, ele usou a central para ameaçar governistas

Volta repentina de Paulinho desagradou Miguel Torres

“Estou magoado. Eu sei que estava fazendo um bom trabalho”

Paulinho da Força (esq.) ao lado de Miguel Torres, que deixou a presidência da Força Sindical

O deputado Paulinho da Força (SD-SP) se comprometeu a respeitar a neutralidade da Força Sindical em relação ao impeachment da presidente Dilma Rousseff.

Com um discurso de aceitação da pluralidade dos sindicatos filiados, o congressista reassumiu o comando da Força Sindical na 3ª feira (12.jan), durante reunião da executiva nacional da entidade.

“Alguns companheiros têm dúvidas sobre essa questão da pluralidade. Pra mim, é um princípio. A Força nasceu plural e será plural”, afirmou o deputado no encontro da direção da Força na 3ª feira.

As informações são do repórter do UOL, Luiz Felipe Barbiéri.

A volta de Paulinho à presidência pegou parte da direção da central de surpresa. Inclusive Miguel Torres, que ocupava a presidência interina da Força Sindical desde out.2013.

Em conversa com Blog, Torres diz estar magoado. “Não tem uma crítica à minha atuação nesses últimos 2 anos como presidente. Mas, ali, ninguém iria peitar a atitude dele. Está no estatuto”.

[Contexto: Paulinho da Força é um ferrenho opositor do governo no Congresso. Presidente e fundador do Solidariedade, é membro da chamada “tropa de choque” do presidente da Câmara, Eduardo Cunha, e defende o impeachment da presidente Dilma Rousseff. Embora tenha adotado discurso em respeito à pluralidade da Força Sindical, ele é visto com alguma desconfiança por parte dos dirigentes da organização. No dia 5.dez.2015, Paulinho tentou arrastar a central para o debate sobre o impedimento da presidente. Anunciou que a Força Sindical usaria carros de som e panfletos para constranger congressistas contrários ao impeachment em frente às suas respectivas residências. O líder do PMDB na Câmara, Leonardo Picciani (RJ), seria o primeiro da lista. A informação era falsa. Os dirigentes da Força Sindical ficaram furiosos. Esclareceram que a central mantinha-se neutra na questão, mas respeitava a posição do deputado e do Solidariedade].

 A seguir, trechos de entrevista do Blog com Miguel Torres:

O senhor é próximo ao deputado Paulinho, mas ficou sabendo pela mídia do retorno dele à presidência da Força. Ficou chateado?
É lógico, magoa. Eu sei que estava fazendo um bom trabalho. Não tinha motivo administrativo nenhum. Mas ele se beneficiou de um direito estatuário dele.

O Paulinho atua em favor do impeachment da presidente no Congresso. O senhor acredita que a Força pode abandonar a neutralidade com o deputado no comando?
Ficou muito claro que a Força é neutra. O Paulinho inclusive precisou assumir isso no final da reunião [da executiva nacional]. Temos dirigentes sindicais de todos os espectros. Não tem condições de a central sair do seu DNA. Um DNA plural. Ela nasceu plural e vai continuar plural.

O senhor foi pego de surpresa com a decisão do deputado de voltar à presidência da Força?

Fui. Eu fiquei sabendo por outras pessoas que ele voltaria. Oficialmente, eu recebi a carta às 7h de 3ª feira (12.jan). Pegou todo mundo de surpresa. Eu, principalmente. Mas, de acordo com o estatuto, é um direito dele.

Quais as consequências desse episódio?
Eu estou trabalhando. Sou metalúrgico de base, presidente do Sindicato dos Metalúrgicos de São Paulo e vou continuar trabalhando por uma agenda positiva, para termos propostas e tirar o Brasil da crise. Bola pra frente. É lógico que eu estou magoado, mas agora é trabalhar.

Por que o Paulinho decidiu voltar agora?
Ele acredita que o momento da crise no Brasil é muito grave e que ele poderia ajudar muito dentro da Força nesse período, na articulação do movimento sindical. Foi esse o discurso dele.

Como reagiram os demais dirigentes da central?
Não tem uma crítica à minha atuação nesses últimos 2 anos como presidente. Pelo o contrário. Mas, ali, ninguém iria peitar a atitude dele. Está no estatuto. É uma constituição. Ninguém vai contra. Ficou claro que ele não vai parar nada do que estamos negociando e fazendo. Independente de governo ou de apoio de governo.

Como o senhor avalia a presença de um deputado na direção da 2ª maior central sindical do País em ano de eleições?
No nosso estatuto não tem nada que proíba a participação de um dirigente parlamentar. O Paulinho é um deputado muito ativo. É o deputado mais atuante em defesa dos trabalhadores no Congresso. Ele dá de lavada em qualquer um. É polêmico, mas está sempre presente.

O Paulinho é réu em uma ação penal no Supremo Tribunal Federal. O senhor acredita que isso prejudique a imagem da Força Sindical?
Isso aí é Justiça. Ele pode até ser absolvido, caso tenha argumento para isso. É uma questão dele, de tentar provar sua inocência. Por enquanto não tem nada de definitivo. A gente precisa dar esse tempo.

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Novos cortes irritam CUT e movimentos sociais
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Fernando Rodrigues

Medidas foram mal recebidas por sindicalistas

Haverá atos de protesto já nesta 3ª e 6ª feiras

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O presidente da CUT, Vagner Freitas, em reunião no Planalto em abril

Movimentos sociais organizam-se para ir às ruas contra as medidas de corte de gastos e aumento de impostos anunciadas pelo governo nesta 2ª feira (14.set.2015). A CUT (Central Única dos Trabalhadores), a CSP-Conlutas (Central ligada ao PSTU) e o MTST (Movimento de Trabalhadores Rurais Sem Teto) farão atos nos próximos dias contra o ajuste fiscal e os itens apresentados na proposta de orçamento do ano que vem.

As informações são dos repórteres do UOL Victor Fernandes e André Shalders.

A CUT organiza ato nesta 3ª feira (15.set.2015), em São Paulo. A manifestação será feita por categorias que têm data-base (rediscussão de contratos de trabalho) neste semestre. O grupo reúne-se em frente à sede da Fiesp, na Avenida Paulista. Os atos já estavam marcados antes do anúncio dos novos cortes, mas agora ganharam importância.

Vagner Freitas, presidente da CUT, afirmou que haverá novos protestos contra o adiamento do reajuste de servidores públicos.

“Não vamos aceitar. A crise existe, mas há outras saídas. Não é possível que os trabalhadores paguem por isso”, afirmou. Freitas defende a taxação de grandes fortunas como forma de aumentar a arrecadação da União.

Além de adiar o reajuste de servidores públicos, o governo anunciou a suspensão de concursos públicos previstos para o ano que vem.

O MTST (Movimento de Trabalhadores Sem Teto) irá às ruas a partir da semana que vem. O líder do movimento, Guilherme Boulos, disse que o grupo não aceita as propostas que prejudicam os investimentos do Minha Casa, Minha Vida, principal programa habitacional do governo.

“A crise não pode ser jogada nas costas dos mais pobres. Faremos uma ampla mobilização, pois essas medidas não serão aceitas”, disse ao Blog.

O Minha Casa, Minha Vida (MCMV) terá cortes de R$ 4,8 bilhões. A faixa 1 do programa (voltada para clientes de menor renda) poderá ser custeada com recursos do FGTS, segundo a proposta anunciada ontem (14.set.2015) pelos ministros Joaquim Levy (Fazenda) e Nelson Barbosa (Planejamento).

A CSP-Conlutas organiza protesto nesta 6ª feira (18.ago.2015) contra o governo. Ajuste fiscal e a chamada “Agenda Brasil” serão criticados.

A central reclama da ausência de medidas direcionadas ao “andar de cima” e avalia que os novos cortes apresentados por Levy e Barbosa prejudicarão os assalariados. “Pelo lado dos trabalhadores, significará mais e maiores manifestações”, disse um integrante da central.

Dirigentes da Força Sindical, que já fazia oposição ao governo, disseram que a central engrossará as manifestações, especialmente contra o adiamento nos reajustes de servidores.

“Se até a CUT vai para a rua, é porque a coisa está feia mesmo”, disse o presidente licenciado da central sindical, deputado Paulinho da Força (SD-SP). Paulinho ressaltou que não fala oficialmente pela Força.

O Blog entrou em contato com o presidente atual da Força Sindical, Miguel Torres, que também é o presidente do Sindicato do Metalúrgicos de São Paulo. Ele disse que se o pacote fiscal de Dilma for implantado “vai sobrar de novo para população, que vai pagar o pato”. Para o sindicalista, “aumentar imposto não resolve o problema, afeta toda a sociedade, sobretudo os mais pobres”.

A posição oficial da Força Sindical, disse Miguel Torres, será tomada ainda nesta semana.

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Apoio a Eduardo Cunha racha Força Sindical
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Fernando Rodrigues

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Paulinho que articulou apoio da Força Sindical para Eduardo Cunha

Dirigente culpa Paulinho da Força por “cena lamentável”

Secretário-geral, Juruna, pede que deputado “siga seu caminho”

Presidente da Força nega divisão e lamenta opinião divergente

Uma parte dos dirigentes da Força Sindical ficou insatisfeita com a manifestação de apoio que a central deu ao presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), na última 6ª feira (21.ago.2015).

Em duro artigo enviado ao Blog, o secretário-geral da Força Sindical, João Carlos Gonçalves, o Juruna, descreve como “cena lamentável” o ato no qual militantes gritavam “Cunha, guerreiro, do povo brasileiro”.

O que era para ser “uma atividade institucional e imparcial, para conversar sobre as leis e medidas que estão em tramitação” acabou se transformando em “apoio a um político que está sendo denunciado pelo Ministério Público”, escreve o sindicalista.

Juruna atribui a responsabilidade pela manifestação ao deputado federal Paulo Pereira da Silva (Solidariedade-SP), o Paulinho da Força, que é “presidente licenciado” da central, como mostra o site da entidade.

“Talvez tenha chegado o momento de o companheiro Paulinho seguir o seu caminho” e seguir “exclusivamente pela atividade partidária”, opina o secretário-geral da Força Sindical.

Paulinho é fundador da Força Sindical, uma central que foi articulada no final dos anos 1980s e fundada em 1991 para se opor à CUT, que é historicamente ligada ao PT. Mais pragmática e menos política (adotou desde o início o “sindicalismo de resultados”), a Força sempre procura ter uma atuação menos ideológica do que a rival petista,

Juruna afirma que Paulinho deveria “seguir o (…) exemplo do companheiro Luiz Antônio de Medeiros” e deixar que a central “siga o seu próprio caminho”. Medeiros é outro integrante histórico da Força Sindical, mas que seguiu carreira política e hoje não influi mais na entidade.

O presidente interino da Força Sindical é Miguel Torres, que também é o presidente do Sindicato dos Metalúrgicos de São Paulo. Em seu artigo, Juruna poupa Torres de críticas, embora o ato pró-Eduardo Cunha tenha acontecido num auditório da sede do sindicato.

Apesar de não ter sido atacado, Miguel Torres enviou ao Blog uma nota depois que este post foi publicado (a íntegra está ao final deste texto). O presidente da Força diz que a entidade defende a “pluralidade”. Cita o fato de a central ter recebido em sua sede “o ex-ministro José Dirceu (durante o processo do Mensalão)”.

Sobre Eduardo Cunha, o presidente da Força afirma que “o atual presidente da Câmara tem atuado de forma transparente, e se mostrado sensível à pauta de interesse dos trabalhadores”. E por essa razão foi recebido de “forma carinhosa”. Para Miguel Torres, “não há racha na Força Sindical”.

Eis a seguir a íntegra do artigo do secretário-geral da Força Sindical, João Carlos Gonçalves, o Juruna, exclusivo para o Blog:

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Manter a unidade e a pluralidade da Central

Por João Carlos Gonçalves (*)

O ato de sexta-feira, dia 21 de agosto de 2015, no Palácio do Trabalhador, sede do Sindicato dos Metalúrgicos de São Paulo, quando a Força Sindical recebeu o presidente da Câmara Federal, Eduardo Cunha, descambou para uma cena lamentável: o que era para ser uma atividade institucional e imparcial, para conversar sobre as leis e medidas que estão em tramitação ou que já foram votadas, transformou-se num ato partidarizado, de apoio a um político que está sendo denunciado pelo Ministério Público.

Os gritos de guerra a favor de Cunha, ouvidos no ato, configuraram uma ação deslocada e sem sentido no atual contexto. Isso porque a democracia deve funcionar para todos. Ninguém está acima da justiça e, neste sentido, precisamos aguardar as conclusões do judiciário no processo que envolve o político em questão.

Repito: o que era para ser uma atividade sindical, meramente institucional, com pauta definida pelo presidente Miguel Torres, transformou-se em um ato de apoio político, e isso não estava na pauta.

Nossa central tem tentado buscar o equilibro. O presidente Miguel Torres tem conversado com os principais atores sociais, como os presidentes de centrais sindicais, encontrou-se com o ex-presidente Lula, marcou para conversar também com o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso e com o vice-presidente da República, Michel Temer. Visitou os jornais “Folha de S. Paulo”, “O Globo”, e “O Estado de S. Paulo”. Tem publicado artigos em páginas nobres dos principais jornais sempre na defesa dos interesses dos trabalhadores.

O que aconteceu na última sexta-feira, dia 21, com a transformação de uma atividade sindical em uma ação partidária, não condiz com o caminho que temos tomado. Milhares de sindicalistas filiados à Força Sindical em todo Brasil foram pegos de surpresa pelo noticiário gerando um grande constrangimento para a central.

Esse tipo de envolvimento pode levar à desqualificação e vulgarização de nosso presidente, que nunca pode perder de vista que representa uma entidade grandiosa em números quantitativos, mas sujeita a “testes de qualidade” diariamente.

A Força Sindical para ser levada em conta cada vez com mais seriedade pelos atores que decidem no país –representações de trabalhadores, empresários, intelectuais, universidades, grandes entidades da sociedade civil, Igrejas dignas, Congresso Nacional, Poder Judiciário e Governos–, deve se dar o respeito como entidade sindical multipartidária, como está colocado desde a fundação, e não joguete e instrumento de partidos ou pessoas, como tem se caracterizado os companheiros da CUT ao longo de sua história.

Nós somos diferentes deles desde a nossa fundação.

Talvez tenha chegado o momento de falarmos com muita franqueza e sempre com lealdade, se já não é a hora de o companheiro Paulo Pereira da Silva, o Paulinho, que por sua própria vontade e decisão optou exclusivamente pela atividade partidária, seguir o seu caminho e a exemplo do companheiro Luiz Antônio de Medeiros, no passado, continuar ao nosso lado, nos apoiando, nos ajudando com a sua experiência e bagagem, mas deixando que a central siga o seu próprio caminho, tenha a sua posição permanente em defesa de políticas democráticas, do respeito a institucionalização do Estado de Direito Democrático a duras penas conquistado e, sobretudo, de uma coerente e combativa política sindical em defesa dos trabalhadores e suas famílias, que é o nosso objetivo maior.
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(*) João Carlos Gonçalves, o Juruna, é secretário-geral da Força Sindical.

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A seguir, íntegra da nota da Força Sindical enviada ao Blog às 14h49 de hoje (24.ago.2015):

Nota de esclarecimento

A Força Sindical sempre defendeu a pluralidade. E sempre acreditou que o debate de ideias é um dos pilares da democracia.

No entanto, gostaríamos de esclarecer que o texto publicado no blog do jornalista Fernando Rodrigues, intitulado “Apoio a Eduardo Cunha racha a Força Sindical”, diz respeito a uma opinião extremamente pessoal do secretário-geral da Central.

Vale ressaltar que a Força Sindical já recebeu, em sua sede, políticos das mais diversas tendências e partidos. Como exemplo, podemos citar o ex-ministro José Dirceu (durante o processo do Mensalão); os ex-presidentes da Câmara dos Deputados Severino Cavalcanti, Marco Maia e Aldo Rebelo; o governador de São Paulo, Geraldo Alckmin, e dezenas de ministros de Estado.

A visita do então presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha, faz parte do processo democrático que visa fortalecer o diálogo com todas as instâncias públicas.

Destacamos que o atual presidente da Câmara tem atuado de forma transparente, e se mostrado sensível à pauta de interesse dos trabalhadores. E isto se refletiu na forma carinhosa com que militantes e sindicalistas receberam Eduardo Cunha na última sexta-feira, ocasião em que sindicalistas do PDT, do PSDB e do Solidariedade, entre outros, fizeram uso da palavra em defesa de Cunha.

Também queremos destacar o trabalho voltado à defesa dos trabalhadores realizado pelo deputado federal Paulinho da Força, que é uma referência no Congresso em matérias de interesse da classe trabalhadora.

Lamentamos que, uma opinião pessoal de um integrante da direção da Força Sindical tenha causado tal desconforto a ponto de o citado jornalista tê-la interpretado como um ”racha político”.

Reafirmamos que não há racha na Força Sindical. Continuamos, como sempre, unidos na defesa dos interesses dos trabalhadores.

Miguel Torres – presidente da Força Sindical

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PDT perde um terço do seu tempo de TV com troca-troca partidário
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Fernando Rodrigues

PSB é a 2ª legenda mais afetada com deserções para Solidariedade e Pros

O PDT, aliado de primeira hora dos governos de Luiz Inácio Lula da Silva e Dilma Rousseff, é a legenda mais prejudicada pela migração de deputados para os recém-criados Pros e Solidariedade: perdeu 37% do seu tempo de rádio e TV. A deserção coletiva retirou 19,5 de 52,6 segundos que o partido detinha.

A legenda do ministro do Trabalho, Manoel Dias, perdeu 10 deputados que haviam sido eleitos em 2010. Esses congressistas levaram seus preciosos segundos de rádio e TV para os novos partidos, segundo regra definida pelo Tribunal Superior Eleitoral. Quatro deputados foram para o Pros e 6, para o Solidariedade.

Consideradas apenas as legendas médias e grandes, o segundo maior golpe atingiu o PSB, da dobradinha Eduardo Campos e Marina Silva. O partido perdeu 17,1% do seu tempo de rádio e TV, ou 11,7 de seus 68,2 segundos.

Em terceiro vem o PR, de Valdemar Costa Neto, que perdeu 17% do seu tempo: os deputados migrantes carrearam 13,6 de seus 80 segundos.

Beneficiados

Os 76 segundos que sangraram dos partidos antigos alimentarão as 2 novas legendas na praça. Solidariedade, liderado por Paulinho da Força, ficou com 41 segundos. O Pros, do novato Eurípedes Júnior, ganhou os outros 35.

Metodologia

Esse resultado não equivale ao tempo exato que cada legenda terá para utilizar ou negociar na campanha de 2014, mas reflete as mudanças provocadas pelo troca-troca partidário das últimas semanas.

A divisão do tempo de rádio e TV obedece a 2 critérios distintos. Cada bloco do horário gratuito da campanha presidencial tem 25 minutos, ou 1.500 segundos. Dois terços desse tempo (1.000 segundos) são divididos proporcionalmente entre a bancada de cada partido eleita para a Câmara – cerca de 1,95 segundo para cada congressista. Se um deputado eleito em 2010 muda para um partido recém-criado, ele leva consigo seu tempo.

O cálculo deste post considera apenas estes 1.000 segundos. Foi levada em conta uma premissa (apenas para efeito de demonstração): todos os partidos com bancadas eleitas para a Câmara participarão da disputa presidencial com candidato próprio ao Planalto ou em alguma coligação em 2014. Quando uma dessas legendas não tem candidato a presidente, seu tempo é redistribuído entre as demais que participam da disputa.

O terço restante (500 segundos) é dividido igualmente entre as coligações ou candidaturas de partido único que disputarão a campanha de 2014. Como não se sabe quantas coligações serão formadas, é impossível estimar a partilha desse tempo.

Veja abaixo os partidos que perderam tempo de TV para o Pros e o Solidariedade. PC do B, PV, PPS, PRB, PT do B, PSOL, PHS, PRP e PTC não estão representados pois não perderam deputados para as novas legendas. PSL e PRTB perderam tempo, mas hoje não têm mais nenhum deputado na Câmara.

Veja abaixo a lista dos deputados (em exercício ou não) que migraram para o Pros e o Solidariedade. Apenas os que compunham a bancada eleita em 2010 levaram seu tempo de rádio e TV para as novas legendas.

(Bruno Lupion)

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Aécio e Lindbergh festejam com Paulinho
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Fernando Rodrigues

Tucanos, inclusive FHC, acompanharam minuto-a-minuto decisão do TSE sobre o Solidariedade

Novo partido é até o momento a maior vitória de Aécio Neves nesta fase de pré-campanha

Depois que o Tribunal Superior Eleitoral aprovou a criação do Solidariedade na noite de terça-feira (24.set.2013), o deputado federal Paulinho da Força, presidente da nova legenda, foi com seus aliados festejar num restaurante de Brasília, às margens do Lago Paranoá.

Os dois convidados mais ilustres foram os senadores Aécio Neves (PSDB-MG) e Lindbergh Farias (PT-RJ). Ambos cobiçam o apoio de Paulinho e do Solidariedade.

Aécio é possivelmente o maior beneficiário político pelo surgimento da nova sigla. Ele conta com o tempo de TV e rádio do Solidariedade –na faixa dos dois minutos– para fazer sua campanha ao Palácio do Planalto em 2014. Já Lindbergh Farias quer ser candidato a governador do Rio, mas encontra-se num ambiente interditado para alianças, pois o PMDB (do atual governador fluminense, Sérgio Cabral) suga quase todos os partidos disponíveis.

A festa de Paulinho na terça-feira foi no Bar do Alemão, uma franquia do mesmo restaurante que surgiu em São Paulo. Um dos donos do local é Celso Russomanno, ele mesmo, o ex-deputado, ex-quase prefeito de São Paulo em 2012 e hoje apresentador de programas de TV.

A aprovação do registro do Solidariedade na terça-feira pelo TSE teve o seu “momento numerologia”. Segundo a assessoria de Paulinho, a proclamação do resultado favorável ao partido foi às 22 horas e 22 minutos. E havia no auditório 22 deputados federais que dão apoio à legenda e devem se filiar ao SDD –sigla usada no momento para evitar o nome comprido Solidariedade. Mas Paulinho pretende encontrar outra combinação de letras, pois acha essa muito parecida à de inseticidas.

Quando chegou ao Bar do Alemão na última terça-feira, Aécio Neves festejou com Paulinho e disse que muitos dirigentes do PSDB acompanharam a sessão do TSE minuto a minuto, inclusive ele.

Um dos que estava de olho no resultado foi o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, que trocou mensagens pelo celular com Aécio durante a sessão do TSE que criou o Solidariedade.

Houve um pouco de tensão, pois os primeiros 3 votos foram contra o novo partido. Para ser criado, seria necessário ter todos os outros 4 ministros do Tribunal a favor.

Numa das mensagens enviadas por FHC a Aécio, que Paulinho leu no celular do senador, o ex-presidente fazia uma análise: se o ministro Dias Tofolli votasse a favor, o jogo iria virar. E virou. O placar foi 4 a 3, pela criação do Solidariedade.

Só para lembrar, Dias Tofolli foi indicado para o cargo pelo ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva e tem emitido vários sinais de descontentamento com o governo de Dilma Rousseff. Ao ajudar a criar o Solidariedade, Tofolli criou um problema de razoável proporção para o plano de reeleição dilmista.

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Paulinho diz que Dilma é hoje sua inimiga e promete apoiar oposição
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Fernando Rodrigues

O deputado federal Paulo Pereira da Silva, eleito por São Paulo, deixou ontem o PDT para se filiar ao novo partido que acaba de criar, o Solidariedade, e do qual será o presidente nacional. Seu objetivo é fazer oposição ao governo de Dilma Rousseff, a quem chama de “inimiga”.

Em entrevista ao programa Poder e Política, do UOL e da Folha, Paulinho da Força Sindical (como é conhecido por presidir essa central de trabalhadores) afirmou que a tendência do Solidariedade é oferecer apoio à candidatura presidencial do senador Aécio Neves (PSDB-MG). E Dilma? “Não fez nada. Não cumpriu uma [promessa]. Nenhuma. E virou minha inimiga dois dias depois que foi eleita”, declarou.

Durante a entrevista, o político de 57 anos fez inúmeras críticas à presidente e ao governo federal petista. “Ela [Dilma] vive hoje da fama que o Lula tinha nessa área [sindical]. Você pode ver. O discurso dela é: ‘Porque o Lula fez, o Lula fez’. Pergunte o que ela fez? Ela não fez coisa nenhuma. Para os trabalhadores, não”.

Paulinho cita compromissos que a petista fez durante a campanha eleitoral de 2010 com várias centrais sindicais. Por exemplo, o fim da fórmula conhecida como fator previdenciário para as aposentadorias da iniciativa privada. “Ela se comprometeu junto com o ex-presidente Lula. E não cumpriu coisa nenhuma. Eu não tenho como apoiar alguém que concorda fazer as coisas para os trabalhadores e no outro dia muda de lado. Ela não é minha mãe”.

Antes de romper com o governo, Paulinho relata ter conversado com o padrinho político de Dilma. “Ela abandonou as causas trabalhistas. Eu falei isso para o Lula: ‘Lula, não me peça para fazer nada por essa mulher que eu não faço’.

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Solidariedade é acusado de usar assinatura falsa de mulher de senador
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Fernando Rodrigues

Gladys Pessoa de Vasconcelos Buarque, mulher de Cristovam Buarque, estaria em lista de apoio

Nome de funcionário de alto escalão da Câmara também teria sido usada pelo partido sem autorização

TSE terá de decidir se considera essa fraude ou se deixa passar porque prazo para contestação já venceu

A assinatura de Gladys Pessoa de Vasconcelos Buarque (foto), mulher do senador Cristovam Buarque (PDT-DF), é uma das 503 mil certificadas e entregues ao Tribunal Superior Eleitoral pelo Solidariedade, do deputado Paulinho da Força (PDT-SP). Ocorre que Gladys nunca teria assinado um papel em apoio à criação do partido.

Quem faz a acusação é Magno Antonio Correia de Mello, ex-diretor do Sindilegis (Sindicato dos Servidores do Poder Legislativo Federal).

Magno, desafeto de Paulinho, passou a manhã desta terça-feira (24.set.2013) no cartório da 14ª Zona Eleitoral, de Brasília, anotando o nome dos apoiadores que, segundo ele, constam da lista de assinaturas do Solidariedade já certificada pelo cartório e entregue ao TSE. Nessa relação, Magno diz ter encontrado, entre outros, o nome de Gladys e também de Fernando Saboia, que trabalha na Secretaria Geral da Mesa Diretora da Câmara dos Deputados.

O senador Cristovam Buarque foi procurado pelo Blog. Afirmou que sua mulher nunca assinou uma ficha de apoio ao Solidariedade. “Pegaram o nome e a assinatura dela em alguma lista, assim como devem ter pegado o nome de muitas outras pessoas”, afirmou.

Contatado pela reportagem da “Folha de S.Paulo”, Fernando Saboia também negou o apoio ao Solidariedade: “Jamais assinei. Ultimamente, não apoiei nem eleição de síndico”.

Magno não esconde ser um adversário político de Paulinho. Já havia acusado o Solidariedade de usar a base de dados dos cerca de 11 mil filiados ao Sindilegis para que seus nomes constassem na relação de apoiadores do partido, conforme publicou a Folha em 10.set.2013.

A concessão de registro definitivo ao Solidariedade estava na pauta de julgamento do TSE desta terça-feira à noite (24.set.2013). O partido também é acusado de falsificar assinaturas em Osasco e Várzea Paulista, no Estado de São Paulo, segundo revelou este Blog com exclusividade no último dia 19.set.2013.

O vice-procurador-geral Eleitoral, Eugênio Aragão, enviou à Justiça Eleitoral argumento de que as suspeitas “podem demonstrar a ocorrência de fraudes em massa no Estado de São Paulo, circunstância que poderia comprometer, irremediavelmente, o registro do partido”.

A advogada do Solidariedade, Maria Claudia Bucchianeri, refuta as acusações. Afirmou na tarde de 24.set.2013, entretanto, que precisaria de pelo menos 1 dia para identificar se o nome de Gladys e de outros funcionários do Congresso foram incluídos na lista de assinaturas enviada ao TSE, e por qual motivo.

O argumento principal de defesa do Solidariedade tem sido que as assinaturas que tiveram problema no momento da validação teriam sido descartadas e nunca chegaram ao TSE –os casos de falsificações em Osasco e Várzea Paulista, por exemplo.

Já as assinaturas de Gladys Buarque e de Fernando Saboia são diferentes. Esses nomes estariam no bolo de 503 mil apoios que o TSE considera como válidos para a criação do partido. A Justiça Eleitoral terá agora de decidir sobre o assunto considerando vários aspectos.

O primeiro é se reabre a discussão sobre as assinaturas certificadas do Solidariedade. O prazo para contestação desses apoios já prescreveu.

O segundo aspecto é se só serão descartadas as assinaturas que são flagrantemente fraudadas –nesse caso o prejuízo para o Solidariedade será pequeno– ou se tudo fica prejudicado (a teoria do “fruto da árvore envenenada”).

Do ponto de vista político, a consequência será grande na sucessão presidencial. Se o Solidariedade vingar, o PDT (partido atual de Paulinho da Força) deve ser desidratado, perdendo vários deputados –e tempo de TV e rádio na propaganda eleitoral. Como o PDT é dado como certo no apoio à reeleição de Dilma Rousseff ao Planalto, a petista sairá perdendo.

Quem ganhará com a criação da nova sigla são candidatos a presidente por partidos de oposição, sobretudo Aécio Neves, um dos possíveis nomes que o Solidariedade considera apoiar.

(Colaboraram Bruno Lupion e Ranier Bragon)

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TSE decide sobre novos partidos sem esperar perícia da polícia
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Fernando Rodrigues

Solidariedade e Pros são alvos de inquéritos sobre assinaturas falsas
Decisão sobre os 2 partidos está programada para a sessão de hoje do TSE

O Tribunal Superior Eleitoral (foto) programou para hoje (24.set.2013) o julgamento do registro definitivo para 2 novos partidos, o Solidariedade e o Pros (Partido Republicano da Ordem Social). Se, de fato, o tribunal analisar esses casos, terá que fazê-lo sem que inquéritos policiais abertos para apurar suspeita de falsificação de assinaturas em ambos os processos tenham sido concluídos.

A demora na perícia científica para confirmar se as assinaturas são falsas ou não é um fator que contribuiu para essa situação paradoxal, que levará a Justiça a decidir sobre casos que ainda estão sendo investigados. Solicitações de perícia que não envolvem réu preso ou urgência judicial são empurradas para o fim da fila.

No caso do Pros, a perícia nas assinaturas foi solicitada em 1º de julho – há quase 3 meses – e ainda não foi concluída. O partido em formação é suspeito de entregar rubricas supostamente falsas à 3ª Zona Eleitoral em Brasília. Levantamento por amostragem, realizado pelo cartório, constatou que cerca de metade dos eleitores indicados nas fichas de apoiamento não recordavam de ter assinado aquele papel. O caso foi encaminhado à Polícia Federal, que abriu o inquérito 1054/12.

A lerdeza da máquina pública também emperra a análise de casos envolvendo o Solidariedade, do deputado Paulinho da Força (PDT-SP). Há suspeita de que o grupo tenha protocolado assinaturas falsas na 1ª e na 3ª Zona Eleitoral de Brasília. A Polícia Federal abriu 2 inquéritos (840/13 e 1199/13) e solicitou perícia em 17 de setembro, também ainda sem resposta.

O Solidariedade é alvo de outras suspeitas. Conforme revelou o Blog, em Osasco e em Várzea Paulista, no Estado de São Paulo, os próprio chefes dos cartórios eleitorais reconheceram suas assinaturas falsificadas nas fichas de apoiamento.

“Há centenas de assinaturas grosseiramente fraudadas, a minha entre elas. Perguntei a um representante como eles coletam assinaturas. Ele disse que era uma empresa que fazia. É a indústria do partido novo”, disse à Folha Helder Ito de Morais, chefe de um dos cartórios de Osasco.

PS.: Entenda como é instaurado um inquérito policial para apurar suspeita de falsificação de assinaturas na criação de um partido

As assinaturas coletadas por quem deseja criar um novo partido são entregues aos cartórios eleitorais. É função dos cartórios conferir se a assinatura da ficha de apoio ao novo partido é igual à assinatura registrada pelo eleitor nos canhotos das últimas eleições.

O chefe do cartório pode convocar eleitores, por amostragem, para que compareçam pessoalmente e confirmem se assinaram ou não a ficha de apoio. Se muitos eleitores negarem ter assinado a ficha, existe a suspeita de que as assinaturas tenham sido falsificadas. O juiz eleitoral é informado pelo chefe do cartório.

Caso o juiz entenda que a suspeita procede, ele pode determinar diretamente à Polícia Federal que instaure inquérito para apurar o caso. Terminado o inquérito, o delegado envia o resultado ao próprio juiz.

O juiz tem outra opção. Também pode enviar o caso para análise do Ministério Público Eleitoral. Se o procurador detectar indícios de fraude, ele determina que a Polícia Federal instaure o inquérito. Terminada a investigação, o resultado é enviado ao juiz.

A falsificação de assinaturas é enquadrada no artigo 350 do Código Eleitoral. O crime é punido com até 3 anos de reclusão.

(Bruno Lupion)

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Poder e Política na semana – 23 a 30.set.2013
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Fernando Rodrigues

Nesta semana, a presidente Dilma Rousseff discursa na Assembleia na ONU, em Nova York, contra a espionagem dos Estados Unidos e a Justiça Eleitoral decide se concede registro definitivo a 2 novos partidos.

Dilma chega hoje a Nova York. Na 3a feira, em seu discurso na ONU, há uma expectativa de que vá protestar contra a espionagem dos Estados Unidos e cobrar uma regulamentação internacional sobre o tema. Na 4a feira, Dilma reúne-se com banqueiros e empresários para buscar investimentos em infraestrutura no Brasil. A presidente retorna ao Brasil na 5a feira.

Na mesma data do discurso de Dilma na ONU, o presidente do Supremo Tribunal Federal, Joaquim Barbosa, viaja para os Estados Unidos para proferir palestra na Universidade Yale.

Na 3a feira, o Tribunal Superior Eleitoral decide se concede o registro a 2 novos partidos: o Solidariedade e o Pros (Partido Republicano da Ordem Social). O Solidariedade já programa evento oficial na 4a feira para transferir a presidência da legenda ao deputado Paulinho da Força (PDT-SP).

A Rede Sustentabilidade, de Marina Silva, mantém a pressão para que a Justiça Eleitoral valide assinaturas rejeitadas pelos cartórios. Diante das dificuldades enfrentadas pela Rede, na 5a feira o presidente do PEN, Adilson Barroso, fará uma oferta formal para que a ex-senadora concorra pela sigla.

O presidente do PSDB, senador Aécio Neves, dá continuidade a viagens pelo país e comanda encontro regional da legenda em Curitiba (PR).

O PT também se movimenta para consolidar suas candidaturas aos governos de São Paulo e do Rio. Na 6a feira, o ministro Alexandre Padilha (Saúde), pré-candidato ao Palácio dos Bandeirantes, participa de evento na capital paulista ao lado do ex-presidente Lula e do prefeito Fernando Haddad. No domingo, o PT do Rio referenda a candidatura do senador Lindbergh Farias ao Palácio Guanabara.

A 2 semanas do prazo final para que mudanças nas regras eleitorais tenham efeito nas eleições de 2014, o Congresso se movimenta para aprovar algum dispositivo. Na 3a feira, o movimento “Eleições Limpas” lança frente parlamentar pela aprovação de seu projeto de reforma política. Também nesta semana, a Câmara pode votar a minirreforma eleitoral aprovada pelo Senado.

Eis, a seguir, o drive político da semana. Se tiver algum reparo a fazer ou evento a sugerir, escreva para frpolitica@gmail.com.

 

Segunda (23.set.2013)
Dilma na ONU – presidente Dilma Rousseff chega às 6h30 em Nova York (horário de Brasília). Na 3a feira (24.set.2013) ela discursa na abertura da Assembleia Geral da ONU.

PT x PSB – Executiva Nacional do PT reúne-se em São Paulo para avaliar a decisão do PSB de deixar o governo federal. Os petistas também decidem se deixarão os cargos que ocupam em governos administrados pelo PSB, como Pernambuco, Espírito Santo, Ceará, Amapá e Piauí.

Collor depõe – o ex-presidente e senador Fernando Collor (PTB-AL) é esperado para depor à Justiça em processo que o acusa de ter dado um calote de R$ 1,4 milhão nos publicitário que fizeram sua campanha ao governo do Alagoas, em 2002.

Médicos estrangeiros – novos profissionais do programa federal Mais Médicos começam a trabalhar em seus postos.

DOI-Codi do Rio – Comitiva de senadores e deputados visita as instalações do antigo DOI-Codi do Rio de Janeiro. Participam os senadores João Capiberibe (PSB-AP), Randolfe Rodrigues (PSOL-AP) e Ana Rita (PT-ES), os deputados Chico Alencar (PSOL-RJ) e Luiza Erundina (PSB-SP) e o procurador da República Antônio Cabral. A visita havia sido inicialmente marcada para 20.set.2013.

Greve dos bancários – Sindicato dos Bancários de São Paulo, Osasco e Região realiza assembleia para decidir se a categoria permanecerá em greve.

Salário dos petroleiros – Petrobras reúne-se com a Federação Única dos Petroleiros para discutir a pauta salarial da categoria, que ameaça fazer greve de 24 horas no dia 3.out.2013.

Dulci e Pochmann – Luiz Dulci, ex-ministro da Secretaria-Geral da Presidência no governo Lula, será entrevistado pelo economista por Márcio Pochmann, da Fundação Perseu Abramo, com transmissão ao vivo pela internet. Às 11h.

Modelo de conferências– o Instituto de Pesquisas Econômicas e Aplicadas lança livro sobre o processo das conferências nacionais. Em Águas de Lindóia (SP).

Inflação – Fundação Getúlio Vargas divulga resultados do IPC-S.

 

Terça (24.set.2013)
Dilma na ONU – presidente Dilma Rousseff discursa na abertura da Assembleia Geral das Nações Unidas, em Nova York. Ela fará críticas à espionagem norte-americana sobre comunicações brasileiras e pedirá uma regulamentação internacional sobre o tema.

Barbosa em Yale – presidente do Supremo, Joaquim Barbosa, viaja para os Estados Unidos para proferir palestra na Universidade Yale.

Novos partidos – Tribunal Superior Eleitoral decide se concede o registro a 2 novos partidos: o Solidariedade, alvo de acusações de fraude em assinaturas, e o Pros (Partido Republicano da Ordem Social).

Reforma política – movimento “Eleições Limpas“, composto por Ordem dos Advogados do Brasil, Confederação Nacional dos Bispos do Brasil, União Nacional dos Estudantes e Movimento Contra a Corrupção Eleitoral, lança a Frente Parlamentar de Defesa do Projeto Eleições Limpas, composta por 230 deputados e 9 senadores. Às 10h, no Salão Verde da Câmara dos Deputados.

Convênios no Trabalho – ministro do Trabalho, Manoel Dias, reúne-se com superintendes regionais em Brasília para reforçar a ordem de pente-fino nos convênios da pasta.

PEC da Bengala – o presidente da Câmara, Henrique Eduardo Alves (PMDB-RN) propões a inclusão na pauta de votações a chamada PEC da Bengala, que amplia de 70 para 75 anos a aposentadoria compulsória de magistrados.

Romário no PR – deputado federal Romário, atualmente no PSB do Rio, deve anunciar sua filiação ao PR, de Anthony Garotinho.

Espionagem dos EUA – Câmara realiza audiência sobre a espionagem dos Estados Unidos sobre as comunicações brasileiras. Foram convidados o ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, o ministro-chefe do Gabinete de Segurança Institucional, José Elito, e o diretor-geral da Agência Brasileira de Inteligência, Wilson Roberto Trezza.

Jornalismo premiadoPrêmio Comunique-se é entregue a jornalistas de diversas áreas. Haverá homenagem póstuma a Roberto Civita, da Abril, e Ruy Mesquita, do Estadão. Em São Paulo.

Leilão do pré-sal – central sindical CSP-Conlutas inicia acampamento no Rio de Janeiro contra o leilão do campo de Libra, do pré-sal, marcado para 21.out.2103.

Horário dos jogos – Comissão de Turismo e Desporto da Câmara realiza audiência sobre o projeto de lei 6871/10, que fixa em 23h15 o horário máximo para o término de jogos de futebol realizados em estádios com capacidade superior a 10 mil pessoas. Entre os convidados, estão o diretor-geral da Associação Brasileira de Emissoras de Rádio e Televisão, Luis Roberto Antonik, e o presidente da Confederação Brasileira de Futebol, José Maria Marin.

Greve dos bancários – categoria planeja realizar passeata na Avenida Paulista, em São Paulo, a partir das 16h.

Ditadura chilena – Carlos Caszely, ex-jogador de futebol que se recusou a cumprimentar Augusto Pinochet no auge da ditadura do Chile, em 1974, dá palestra em Santo André (SP), promovida pelo Centro de Memória do ABC.

Inflação – Fundação Getúlio Vargas apresenta resultados do Índice Nacional de Construção Civil.

PPS na TV – partido terá 5 minutos de propaganda em rádio e televisão, divididos em inserções de 30 segundos ou 1 minuto.

Eleições na Guiné – país africano realiza eleições legislativas.

 

Quarta (25.set.2013)
Dilma nos EUA – a presidente Dilma Rousseff reúne-se em Nova York com banqueiros e empresários para buscar investimentos em infraestrutura no Brasil. A petista deve participar do seminário “The Brazil Infrastructure Opportunity”, promovido em parceria pelo Grupo Bandeirantes de Comunicação, Metro Jornal e o banco Goldman Sachs.

Votos do mensalão – prazo limite para que os ministros do Supremo liberem seus votos escritos sobre o julgamento dos embargos de declaração do mensalão. Após esta fase, o ministro relator, Joaquim Barbosa, redigirá o resumo do julgamento. O acórdão deve ser publicado até 4.nov.2013.

Funcionalismo público – plenário da Câmara vota, em segundo turno, a PEC 190/07, que dá prazo de um ano para que o Supremo envie ao Congresso um projeto de lei sobre o Estatuto dos Servidores do Judiciário.

Solidariedade – caso tenha sido aprovado pelo Tribunal Superior Eleitoral na 3a feira (24.set.2013), o partido fará evento para transferir oficialmente a presidência da legenda ao deputado Paulinho da Força, hoje do PDT de São Paulo.

Franklin na TV – jornalista Franklin Martins, ex-ministro da Secretaria de Comunicação Social do governo Lula, estreia como apresentador da série “Presidentes africanos”, com 15 episódios, no canal Discovery Civilization.

Investimentos em infraestrutura – ocorre em Brasília o 1o Fórum Nacional de Direito e Infraestrutura, com palestras de Ciro Gomes, secretário de Saúde do Ceará, e do líder do governo na Câmara, deputado José Guimarães (PT-CE) e do economista Luiz Gonzaga Belluzzo. O evento termina na 5a feira (26.set.2013).

Monitoramento de políticas públicas – a Unicamp sedia seminário sobre monitoramento e avaliação de políticas públicas. O evento vai até 6ª feira (27.set.2013), em Campinas (SP).

Emprego – Dieese apresenta resultados da sua Pesquisa de Emprego e Desemprego.

 

Quinta (26.set.2013)
Dilma no Brasil – presidente Dilma Rousseff retorna ao Brasil.

Reforma política – grupo de trabalho da Câmara que elabora uma proposta de reforma política reúne-se para discutir a alteração do sistema eleitoral brasileiro e novas regras para as coligações.

Defesa cibernética – ministro Marcelo Neri, da Secretaria de Assuntos Estratégicos, abre seminário sobre segurança e políticas públicas para o setor cibernético brasileiro. O evento termina na 6ª feira (27.set.2013) e tem o apoio do Ministério da Defesa e do Exército.

Alternativas para Marina – o presidente do PEN, Adilson Barroso, oferece a dirigentes do Rede Sustentabilidade sua sigla para lançar Marina Silva a presidente da República.

Melhores congressistas – site Congresso em Foco entrega prêmio para os melhores deputados federais e senadores de 2013. Em Brasília.

Liberdade de expressão – organização Artigo 19 realiza o seminário “Velhos e Novos Desafios da Liberdade de Expressão”, sobre censura e direitos na internet. No Memorial da América Latina, em São Paulo.

Morte de Jango – Centro de Memória Sindical e Força Sindical promovem debate sobre as circunstâncias da morte do ex-presidente João Goulart, com o filho de Jango, João Vicente Goulart. Em São Paulo.

Código de Mineração – Comissão de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável da Câmara realiza audiência para discutir o novo Código de Mineração e seus impactos socioambientais. Foram convidados a ministra-chefe da Casa Civil, Gleisi Hoffmann, o ministro de Minas e Energia, Edison Lobão, e a ministra do Meio Ambiente, Izabella Teixeira.

Tesouro – Conselho Monetário Nacional reúne-se em Brasília.

Emprego – IBGE apresenta resultados da Pesquisa Mensal de Emprego.

PPS na TV – legenda apresenta programa em rede nacional de rádio e televisão. No rádio, das 20h às 20h10, e na TV, das 20h30 às 20h40. O partido também terá 5 minutos em rede nacional divididos em inserções de 30 segundos ou 1 minuto.

 

Sexta (27.set.2013)
Lula em São Paulo – o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, o ministro da Saúde, Alexandre Padilha, e o prefeito de São Paulo, Fernando Haddad, participam do lançamento da candidatura do ex-prefeito de Osasco, Emidio de Souza, à presidência do diretório paulista do PT. Em São Paulo.

Inflação – Fundação Getúlio Vargas divulga o resultado do IGP-M.

Eleições em Aruba – ilha caribenha realiza eleições parlamentares.

 

Sábado (28.set.2013)
Aécio em Curitiba
– senador e presidente do PSDB Aécio Neves comanda encontro regional do partido em Curitiba (PR).

PSDB na TV – partido terá 5 minutos de propaganda em rádio e televisão, divididos em inserções de 30 segundos ou 1 minuto.

75 anos da Fundação Nieman – a Nieman Foundation for Journalism at Harvard, em Cambridge (MA), nos EUA, celebra seus 75 anos com um grande seminário para discutir o futuro do jornalismo, com uma grande agenda de palestrantes. A Nieman é a mais antiga fundação do mundo dedicada a “promover e elevar os padrões do jornalismo”.

 

Domingo (29.set.2013)
Lindbergh candidato – encontro do diretório estadual do PT do Rio reafirma a candidatura do senador Lindbergh Farias ao governo do Estado, em 2014, e discute o desembarque petista do governo Sérgio Cabral.

PSB no governo – vence o prazo do pedido da presidente Dilma Rousseff ao ministro da Integração Nacional, Fernando Bezerra, para que ele permanecesse na pasta, feito após seu partido, o PSB, ter decidido entregar os cargos no governo federal.

Voo 1907 – missa em Brasília marca os 7 anos do acidente entre o Boeing da Gol e o jato Legacy, que matou 154 pessoas.

Áustria vota – país europeu realiza eleições legislativas.

 

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