Blog do Fernando Rodrigues

Arquivo : PSDB

PT, PSDB e PSB na frente em grandes cidades mineiras
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Fernando Rodrigues

Os mesmos partidos que protagonizam a disputa pela prefeitura da capital mineira –PT, PSB e PSDB– começaram o período eleitoral na frente das pesquisas de grandes cidades do interior do Estado.

Além de Belo Horizonte, Minas tem outras 6 cidades com mais de 200 mil eleitores: Betim, Contagem, Juiz de Fora, Montes Claros, Uberaba e Uberlândia. São esses municípios que podem ter 2º turno caso nenhum candidato tenha mais da metade dos votos válidos no 1º turno (são válidos os votos dados a candidatos; brancos e nulos não são válidos). Essas cidades, juntas, tem 3,8 milhões de eleitores (2,7% do total brasileiro).

Quando se consideram as pesquisas mais recentes sobre as eleições para prefeito, PT e PSDB têm candidatos favoritos (isolados na frente) em 2 das grandes cidades de Minas: Betim e Contagem para os tucanos e Juiz de Fora e Uberlândia para os petistas.

Já o PSB tem o favorito em Belo Horizonte –que é o candidato à reeleição, Márcio Lacerda– e mais um candidato em Uberaba que está empatado com outros do PMDB e do PSDB. O empate ocorre porque os percentuais obtidos pelos candidatos mais bem posicionados são muito próximos e a margem de erro da pesquisa (4,17 pontos percentuais para mais ou para menos) faz com que não haja ninguém isolado em 1º lugar.

Abaixo, quadro com resultados das pesquisas mais recentes divulgadas sobre as eleições em Minas de acordo com os critérios da lei –é exigido que sejam divulgados com os resultados das sondagens os períodos de realização, margem de erro, número de entrevistados e nº do registro na Justiça Eleitoral.

Os dados das pesquisas ainda indicam que apenas Uberaba e Juiz de Fora não tem chance de terminar no 1º turno. Para BH, Betim, Contagem, e Uberlândia essa hipótese é real.

Acesse aqui os dados das pesquisas sobre a eleição em Minas Gerais em 2012. Este Blog é o site de política mais antigo do Brasil. Desde o ano 2000 compila pesquisas eleitorais e as arquiva nesta página, que também disponibiliza levantamentos de avaliação de popularidade de todos os presidentes brasileiros desde José Sarney.

 

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Só 2% das chapas são formadas por mulheres
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Fernando Rodrigues

Partidos colocaram mulheres para prefeita e vice em 281 das 15,7 mil chapas que tentaram inscrever…

…elas são 12,6% das candidatas a prefeita e 17,2% das candidatas a vice.

Das mais de 15 mil chapas de candidatos a prefeito e a vice-prefeito que os partidos tentaram inscrever em 2012, só 281 (1,8% do total) são formadas por duas candidatas mulheres. O dado foi obtido pelo Blog com base nas estatísticas do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) sobre solicitações de registro de candidaturas.

A maioria das chapas é formada por dois homens como candidatos a prefeito e a vice. Estão nesse grupo 11.275 chapas –72% do total.

Entre as formações mistas, a maioria (2.413) tem um homem como candidato principal, disputando o cargo de prefeito. Mulheres são cabeça de chapa e tem um homem como vice em 1.699 casos.

Partidos
Mesmo que nem todas as candidaturas solicitadas sejam aprovadas pelo TSE e os números do levantamento mudem, a alteração não será suficiente para mudar a desproporção entre a participação de homens e mulheres na eleição.

A lei eleitoral não explicita percentual mínimo de candidaturas femininas para cargos majoritários, como o de prefeito. Mas fala em “preencher” o mínimo de 30% das candidaturas para cada sexo nas eleições proporcionais (vereadores e deputados). Esse texto está no parágrafo 3º do artigo 10º da lei 9.504.

Essa regra nunca é cumprida.

O levantamento do Blog mostra que apenas o PCO solicitou mais que 30% de candidaturas de mulheres a prefeita. Mas o partido só conseguiu isso porque tentou o registro de só 6 candidatos (2 mulheres e 4 homens).

Os partidos competitivos na política nacional ficaram sempre em torno de 10% de candidatas mulheres. A sigla que mais requereu candidaturas femininas para prefeita foi o PMDB: 317, ou 13,3% do total de seus candidatos. Em seguida vêm PT (239 candidatas, 13,2% de suas candidaturas) e PSDB (213, ou 12,9%).

Para vice, a situação se repete: o PMDB lançou 305 candidatas a vice (16,2% de suas candidaturas a esse cargo). O PT aparece com 282 (16,9% de suas vices) e o PSDB com 231 (17,6%).

Método
Para conseguir esses dados, o Blog usou dados divulgados pelo TSE sobre pedidos de registro de candidaturas para as eleições municipais de 2012. Essas informações estão disponíveis na seção “Repositório de dados eleitorais” do site do tribunal.

É importante lembrar que os números do TSE não são definitivos e apresentam algumas inconsistências. Isso ocorre porque o tribunal não elimina de seu sistema os pedidos de candidatura que são negados ou que são retirados. Isso faz, por exemplo, com que haja número diferente de candidatos a prefeito e a vice (o sistema mostra prefeitos sem vice e vice-versa). Para o candidato aparecer na urna, no entanto, é preciso que a chapa esteja completa.

 

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PSD já é o 5º com mais candidatos a vice-prefeito
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Fernando Rodrigues

Partido de Gilberto Kassab tem 740 candidatos a vice-prefeito nas eleições deste ano.

Criado no ano passado, o Partido Social Democrático já tem a 4ª maior bancada na Câmara dos Deputados. Nas eleições deste ano, o partido mostra que também tem grande infiltração na política fora do Congresso.

Levantamento do Blog indica que o PSD tem 740 candidatos a vice-prefeito em chapas encabeçadas por outros partidos para a disputa de 7 de outubro. A legenda novata de Kassab é 5ª com mais candidatos nessa condição –próxima dos tradicionais PP (820 candidatos a vice-prefeito) e PSDB (836). No topo da lista está o PMDB (1.197 candidatos a vice-prefeito), seguido pelo PT (1.208).

Mas o PSD está também em 887 chapas nas quais ocupa a vaga de candidato a prefeito com alguém de outro partido na vice. O partido é o 4º colocado no ranking dos que mais possuem cabeças de chapa mistas. O 1º lugar, de novo, está com o PMDB (1.703 candidatos a prefeito em chapas mistas), seguido por PT (1.208) e PSDB (1.170).

A seguir, uma tabela com um resumo das chapas impuras (formadas por dois partidos) nas eleições municipais deste ano:

Alianças mais comuns
Indicar um candidato a vice-prefeito numa chapa comandada por outra agremiação é um indicador do grau de flexibilidade ideológica de um partido. O PMDB é um dos mais flexíveis: foi a sigla que mais deu vices ao PT (212) e ao PSDB (166). O PT, por sua vez, foi o partido que mais aceitou ser vice do PMDB (288 vezes), seguido pelo PSDB (173 vices para peemedebistas).

Os partidos que o PSD mais apoia entrando como vice são: PMDB (153 vezes); PSDB (117 vezes); PT (92 vezes); PSB (60 vezes). Chamam atenção ainda os 45 vices que a sigla de Kassab deu para seu desafeto DEM.

O DEM, por sua vez, deu 49 vices ao PSD. E outros 27 a seu inimigo de todas as horas, o PT. Mas os partidos que mais ganharam vices do DEM foram PSDB (122) e PMDB (108).

O PSB, do governador de Pernambuco, Eduardo Campos, entrou 103 vezes como vice do PT, 100 do PMDB, 75 do PSDB e 63 do PSD.

Chapas puras
Quando se observam apenas os casos em que os partidos estão com chapas puras para prefeito (quando o titular e o vice são da mesma sigla), a liderança acaba ficando com a maior legenda do país, o PMDB. Os peemedebistas têm 680 chapas puras.

O PT vem a seguir, com 599 chapas puras. Depois vêm PSDB (475), PSOL (327), PP (320), PSB (266) e PSD (250).

A seguir, uma tabela com o número de chapas puras que os partidos têm nas eleições deste ano:

Método
O Blog usou números divulgados pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE) para fazer o levantamento. Vale lembrar que os dados não são definitivos e que a base de dados do tribunal apresenta algumas imperfeições, que não alteram os rankings de chapas por partidos, mas que geram inconsistências como um número de candidatos a vice maior que o de candidatos a prefeito.

Por exemplo: não são excluídos das estatísticas de candidaturas os candidatos que saíram ou foram retirados da disputa. Por isso pode haver um candidato associado a dois vices (ou o contrário) ou um candidato sem nenhum vice associado a ele (ou o contrário). Para constar das opções na urna, no entanto, a chapa precisa estar completa.

 

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“Surpresa” do momento em SP é Russomanno
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Fernando Rodrigues

O candidato Celso Russomanno é a “surpresa” do momento na principal eleição municipal do país, na cidade de São Paulo.

A esta altura não há dúvida de que Russomanno, no minúsculo PRB, está em alta. Há um mês ele tinha 21%. Pulou para 24%. E agora foi a 26% na pesquisa Datafolha de 19 e 20 de julho – empatando tecnicamente com José Serra (PSDB), cuja pontuação é 30%. Aqui, todas as pesquisas de 2012.

O que isso significa? Que Celso Russomanno pode até desidratar durante a campanha, mas ninguém mais sabe quanto tempo isso vai demorar e com qual intensidade pode (ou não) ocorrer.

Vários aspectos devem ser considerados:

1) candidato (in)visível: Russomanno era dado como um candidato invisível quando começasse a campanha por estar num partido nanico. Não será mais assim. Com seus 26%, ganhará mídia espontânea nos telejornais de todas as emissoras. É a melhor mídia possível, pois é por onde a maioria dos eleitores se informa;

2) horário eleitoral: como conseguiu se coligar ao PTB, Russomanno deverá ter cerca de 2 minutos por dia na propaganda de rádio e de TV. É pouco? Sim se comparado aos cerca de 8 minutos cada que José Serra (PSDB) e Fernando Haddad (PT) terão. Mas é muito para um candidato hábil em dominar esse meio de comunicação.

Sobre a coligação de Russomanno com o PTB também é necessário dizer: esse foi o maior erro estratégico do PT na eleição paulistana. O PTB participa do governo Dilma Rousseff e poderia estar na aliança com os petistas na capital paulista.

3) piso para a queda: ninguém sabe qual é o limite mínimo para Russomanno. O que sempre se fala é que o candidato do PRB despencou em 2010, quando disputava a eleição para governador de São Paulo. Não foi bem assim.

Em julho de 2010, Russomanno pontuava 11% no Datafolha. Na eleição, teve 5,4%. Mas na capital do Estado, sua votação foi de 6,7% dos votos válidos. Ou seja, caiu 39% na cidade de São Paulo de julho até outubro de 2010.

Se esse cenário se repetir, o candidato do PRB pode chegar ao dia da eleição dese ano com algo próximo a 16%. É muita coisa. O suficiente para atrapalhar os planos de outros postulantes à segunda vaga na disputa.

Dessa forma, ficará acirrada a concorrência pelo segundo lugar –considerando-se que José Serra vai se manter à frente (o que também não é uma premissa imutável, mas parece no momento algo plausível –apesar da renitente rejeição que o tucano ostenta).

Nesse cenário, o petista Fernando Haddad continua a ter o potencial enorme representado pelo apoio do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva e de toda a militância do PT. Mas como tem só 7%, terá de tirar de algum lugar os pontos extras para crescer. De Russomanno podem vir alguns desses pontos, só que não será tão fácil como parecia até há algumas semanas.

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PSDB na frente em 7 de 33 cidades
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Fernando Rodrigues

15 capitais e 18 cidades grandes têm pesquisas novas

PT tem favoritos em 5 cidades; o PSB apenas em 3

Pesquisas de intenção de voto mais recentes, realizadas em junho e julho em 33 grandes cidades, indicam uma liderança do PSDB.

Depois dos tucanos, o partido que mais tem favoritos é o PT, com 5 nomes. Em seguida, vem o PSB, com 3. Com apenas 1 favorito cada estão PTB, PSD, PSOL, PP, PMDB, PDT, DEM.

Há muitas cidades nas quais ainda não está claro o cenário, com vários candidatos embolados na disputa.

O Blog monitora os levantamentos nas cidades do G85 (26 capitais e 59 municípios com mais de 200 mil eleitores). Mas nem todas essas localidades têm ainda pesquisas recentes.

Quando se consideram os 33 grandes municípios para os quais há pesquisas mais recentes, nota-se que em 22 há um candidato favorito (aquele que lidera a pesquisa sem estar empatado com ninguém). Nas outras 11 cidades, a liderança é dividida por candidatos competitivos, mas que estão empatados.

Os quadros abaixo mostram quais cidades têm favoritos e quais têm candidatos empatados. Este Blog é o site de política mais antigo do Brasil. Desde o ano 2000 compila pesquisas eleitorais e as arquiva nesta página. Também estão disponíveis levantamentos de avaliação de popularidade de todos os presidentes brasileiros desde José Sarney. Em 2012 o Blog continua a compilação de pesquisas, já disponível aqui.

As 33 cidades analisadas pelo Blog somam 23,6 milhões de eleitores. Eles são 16,8% dos 140,5 milhões de eleitores regularizados no país, segundo dados do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) referentes a jun.2012.

Quando se leva em conta as 22 cidades que não apresentam empate nas pesquisas, é possível comparar o cenário atual dos partidos com o que podem conseguir nas eleições de 7 de outubro.

Esse grupo de 22 municípios têm 19,7 milhões de eleitores. Atualmente, o partido que controla a maior parte é o PSD (9,1 milhões). Mas o PSD se beneficia do fato de comandar, com Gilberto Kassab, a cidade de São Paulo –cujo eleitorado é de 8,6 milhões, o maior do Brasil no plano municipal.

O PT é o partido que mais governa eleitores nos 22 municípios grandes em que já há claramente um favorito para a eleição deste ano. Os petistas comandam um eleitorado de 2,5 milhões. Depois vêm PTB (2,5 milhões), PSB (2,1 milhões), PSDB (1,1 milhão), PMDB (605 mil), PV (526 mil), PP (444 mil), PDT (382 mil) e PC do B (367 mil).

Se o resultado das pesquisas atuais coincidir com o das eleições, o cenário passará ao seguinte: PSDB (10,7 milhões, incluindo São Paulo), PT (3 milhões), PSB (2,5 milhões), PSOL (1 milhão), PTB (553 mil), PDT (526 mil), PMDB (427 mil), DEM (367 mil), PSD (278 mil) e PP (224 mil).

Abaixo, lista com nomes e partidos dos prefeitos atuais das cidades do levantamento:

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Aliança PSB-PSD é a mais comum nas capitais
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Fernando Rodrigues

Siglas de Eduardo Campos e de Gilberto Kassab pavimentam caminho para futuras coligações.

Neste período pré-eleições municipais, todos os holofotes se voltam para os aliados de PT e de PSDB. Mas um aspecto não menos lateral chama a atenção nas disputas deste ano: a forte associação entre PSB e PSD, a mais comum nas capitais de Estado.

Ao todo o partido de Gilberto Kassab (PSD) e de Eduardo Campos (PSB) estão juntos em 15 das 26 capitais nas quais há eleição para prefeito neste ano (Brasília, a 27ª capital, não tem prefeito nem eleição em 2012). Ou seja, o binômio PSB-PSD é o que mais se repete no país nas principais cidades.

O levantamento do Blog foi produzido pelo repórter Fábio Brandt. Juntas, as 26 capitais tem 30,8 milhões de eleitores, o que equivale a 22% dos eleitorado brasileiro.

As 15 capitais nas quais PSD e PSB estão juntos têm um total de 17,2 milhões de eleitores –12,2% do eleitorado nacional.

A afinidade entre os dois partidos não é coincidência: sempre foi especulada a possibilidade de fusão entre o PSD, criado em 2011, e o PSB. O chefe do PSB, Eduardo Campos (também governador de Pernambuco), tem linha direta com o prefeito paulistano Gilberto Kassab.

Os partidos estão juntos em Salvador, Fortaleza, Vitória, Campo Grande, BH, Belém, João Pessoa, Recife, Curitiba, Rio, Natal, Boa Vista, Porto Alegre, Florianópolis, Aracaju.

A 2ª coligação que mais aparece no levantamento é do PSDB com o DEM: estão juntos em 13 capitais. Em seguida, aparecem PSD e PMDB (11), PSD e DEM (10), PSB e PT (10), PSD e PSDB (9). Os principais aliados da presidente Dilma Rousseff, PT e PMDB, se uniram em 8 coligações para prefeito de capital.

Acesse aqui documento em pdf (66Kb) com a lista de todas as coligações da eleição de 2012.

PT e DEM
Em nenhuma capital PT e PSDB fizeram aliança formal para eleger o prefeito. Isso quase aconteceu em Belo Horizonte, mas de última hora o PT resolveu lançar candidato próprio, o ex-ministro Patrus Ananias, e deixou de lado Márcio Lacerda (PSB), que tem o apoio do PSDB.

Petistas estão juntos com o DEM, outro de seus inimigos ferrenhos, em 2 capitais: São Luís e Boa Vista.

Na capital maranhense, a governadora Roseana Sarney (PMDB) é responsável pela aliança. Ela apoia oficialmente a candidatura do vice-governador Washington Luiz (PT) para prefeito da capital e colocou no mesmo rumo seu ex-partido (ela foi do PFL, sigla substituída pelo DEM em 2007). Na capital de Roraima, os partidos se reuniram em torno do candidato Mecias de Jesus (PRB).

Vereadores
Como os partidos não são obrigados a repetirem as coligações da eleição para prefeito nas chapas de vereadores, o quadro muda um pouco. A coligação que mais se repete nas disputas por vagas nas Câmaras Municipais é entre PSD e PSDB: 7 vezes.

Em seguida, aparecem PSD e PMDB (5), PSB e PSD (4) e PSDB e DEM (4). PT e PMDB estão juntos em 3 coligações para vereador de capital.

Abaixo, lista de capitais onde os principais partidos brasileiros estão coligados na eleição de 2012:

Prefeitos
PT e PMDB
Maceió, Manaus, Goiânia, São Luís, BH, Cuiabá, Rio, Aracaju

PT e DEM
São Luís, Boa Vista

PSDB e DEM
Rio Branco, Macapá, Salvador, Vitória, BH, Cuiabá, Teresina, Curitiba, Natal, Florianópolis, Aracaju, São Paulo, Palmas

PSDB e PMDB
Vitória, Boa Vista, Palmas

PMDB e DEM
Vitória, São Luís, Campo Grande, Palmas

PSB e PSD
Salvador, Fortaleza, Vitória, Campo Grande, BH, Belém, João Pessoa, Recife, Curitiba, Rio, Natal, Boa Vista, Porto Alegre, Florianópolis, Aracaju

PSB e PSDB
BH, Belém, Curitiba, Florianópolis

PSB e DEM
Maceió, BH, Campo Grande, João Pessoa, Curitiba, Florianópolis,

PSB e PT
Rio Branco, Macapá, Salvador, Vitória, Goiânia, Rio, Boa Vista, Aracaju, São Paulo, Palmas

PSD e PT
Maceió, Manaus, Salvador, Boa Vista, Vitória, São Luís, Rio, Boa Vista, Aracaju

PSD e PMDB
Rio Branco, Maceió, Manaus, Macapá, Palmas, Fortaleza, São Luís, Campo Grande, Recife, Rio, Aracaju, Palmas

PSD e PSDB
Palmas, Goiânia, BH, Belém, Teresina, Curitiba, Porto Velho, Florianópolis, São Paulo

PSD e DEM
Palmas, São Luís, BH, Campo Grande, João Pessoa, Teresina, Curitiba, Boa Vista, Florianópolis, São Paulo

Vereadores
PT e PMDB
Goiânia, BH, Aracaju

PSDB e DEM
Salvador, Curitiba, Natal, São Paulo
PSDB e PMDB
Vitória, Palmas

PMDB e DEM
São Luís

PSB e PSD
Vitória, Recife, Curitiba, Aracaju

PSB e PSDB
Curitiba

PSB e DEM
Campo Grande, Curitiba

PSB e PMDB
Recife

PSB e PT
Boa Vista, São Paulo, Palmas

PSD e PT
Salvador

PSD e PMDB
Rio Branco, Maceió, Macapá, Recife, Palmas

PSD e PSDB
Goiânia, Belém, Teresina, Curitiba, Porto Velho, São Paulo, Palmas

PSD e DEM
São Paulo, Curitiba

 

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Poder e política na semana – 25.jun a 1º.jul.2012
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Fernando Rodrigues

Temas que farão o drive político da semana: 1) cassação do senador Demóstenes Torres, de Goiás, poderá ser recomendada pelo Conselho de Ética do Senado nesta 2ª feira (25.jun.2012); 2) a CPI do Cachoeira ouvirá depoimentos de convocados de 3ª a 5ª feira (26 a 28.jun.2012), falarão pessoas relacionadas aos governadores Marconi Perillo (PSDB-GO) e Agnelo Queiroz (PT-DF); 3) a destituição de Fernando Lugo da Presidência do Paraguai será tema da reunião de cúpula do Mercosul na 5ª feira e na 6ª feira (28 e 29.jun.2012); 4) o ministro Ricardo Lewandowski, do STF, poderá liberar o julgamento do mensalão até 6ª feira (29.jun.2012); 5) acabará no sábado (30.jun.2012) o prazo para os partidos escolherem seus candidatos a prefeito e vereador.

Além disso, a presidente Dilma Rousseff receberá prefeitos no Palácio do Planalto na 4ª feira (27.jun.2012). Ela assinará um termo de compromisso para financiar a construção de quadras esportivas, compra de carteiras escolares e aquisição de ônibus. O ministro Aloizio Mercadante (Educação) estará presente. Dilma deverá chegar na Argentina na 6ª feira.

É também nesta semana que o PSDB completa 24 anos. O partido foi fundado em 25.jun.1988.

E o TSE ainda não decidiu se revoga a regra que proíbe a candidatura de políticos que tiveram contas de campanhas passas reprovadas. O Tribunal precisa correr para não causar bagunça na eleição deste ano, pois termina em 5.jul.2012 o prazo para partidos inscreverem seus candidatos.

A seguir, o drive político da semana:

 

Segunda (25.jun.2012)
Cassação de Demóstenes – Conselho de Ética marcou para esta data votação que pode recomendar perda de mandato do senador goiano. Se o grupo optar por cassá-lo, medida terá que ser votada também no plenário da Casa.

STF e o mensalão – o ministro revisor, Ricardo Lewandowski, teria de  liberar o processo nesta data para que o julgamento comece em 1º.ago.2012, como planejado pela Corte. Mas a expectativa é que ele só apresente seu trabalho na 6ª feira (29.jun.2012).

Planalto light – até 6ª feira, servidores da Presidência poderão participar de eventos que promovem a qualidade de vida no expediente do trabalho. A notícia foi dada pela coluna “Radar” da revista “Veja”.

PSDB faz 24 anos – partido fundado em 1988 lançará novo portal na internet.

Foster em Rio e SP – presidente da Petrobras anunciará plano de investimentos da empresa para o período 2012-2016 de manhã, no Rio, e à tarde, em São Paulo.

Greve da PF – Polícia Federal se comprometeu a não atrapalhar a Rio+20. Com a conferência encerrada, deverá retomar a pressão por aumento salarial.

Abílio Diniz em Paris – após perder o controle do Grupo Pão de Açúcar, empresário brasileiro fará reunião com o novo controlador, seu sócio Jean-Charles Naouri, da rede francesa Casino.

Inflação – FGV divulga IPC-S.

Consumo – FGV divulga sondagem sobre o assunto.

 

Terça (26.jun.2012)
CPI e Perillo – comissão ouvirá, a partir de 10h15, pessoas relacionadas ao governador de Goiás, do PSDB. São esperados Lúcio Fiúza Gouthier, ex-assessor do político; Écio Antônio Ribeiro, sócio da empresa Mestra Administração e Participações; e Alexandre Milhomen, arquiteto que trabalhou na reforma da casa vendida pelo tucano.

Fiesp e Olimpíadas – Paulo Skaf receberá, às 10h, o presidente do Comitê Organizador dos Jogos Olímpicos e Paraolímpicos Rio 2016, Carlos Arthur Nuzman. Falarão sobre oportunidades de negócios e patrocínio dos jogos.

Câmara e Chico Anysio – Casa fará homenagem póstuma ao humorista. Quem solicitou a sessão foi o deputado André Figueiredo (PDT-CE).

Pauta da Câmara – deverão continuar repercutindo na Casa 1) a história sobre a venda de emendas de um deputado para outro e 2) o projeto que acaba com o teto do funcionalismo.

Congresso e São João – como todo ano, Câmara e Senado ficam mais parados que de costume na época das festas juninas. Neste ano, os políticos ainda têm as articulações eleitorais para se ocupar na hora do trabalho.

PPS na TV – partido dissidente do PCB e aliado do PSDB e do DEM terá 5 minutos em rede nacional divididos em vídeos de 30 segundos ou 1 minuto. Terá de novo na 5ª feira (28.jun.2012).

Gilberto Gil, 70 anos músico, ex-ministro da Cultura, nasceu em 1942, em Salvador.

Inflação – Fipe divulga IPC referente ao período de 24.mai a 22.jun.2012. FGV publica IPC-S Capitais e INCC-M.

 

Quarta (27.jun.2012)
Dilma e prefeitos – recebe prefeitos e assina termo de compromisso para construção de quadras esportivas aquisição de ônibus e carteiras (mesas escolares). Programa pra fortalecer a área da educação. Mercadante deve participar.

Escândalo Cachoeira – caso tem novo juiz responsável: Alderico Rocha Santos. Ele assume após Paulo Augusto Moreira Lima deixar o posto dizendo que recebe ameaças e Leão Aparecido Alves não assumir a tarefa por ter ligações com suspeitos.

CPI e Perillo – mais pessoas ligadas ao governador de Goiás, do PSDB, deverão prestar depoimento, a partir de 10h15: Jayme Eduardo Rincón, ex-tesoureiro da campanha do político; Eliane Gonçalves Pinheiro, ex-chefe de gabinete do governador; Luiz Carlos Bordoni, radialista que trabalhou na campanha do tucano.

Graça Foster em Nova York – presidente da Petrobrás também apresentará os investimentos da empresa para o período de 2012-1016 para a plateia internacional. Irá a Londres em 2.jul.2012.

Novo Código Penal – juristas entregarão anteprojeto ao presidente do Senado, José Sarney (PMDB-AP), em solenidade com a presença de senadores e convidados.

STF e MP – Corte prossegue julgamento de casos que colocam em questão a legalidade de investigações criminais conduzidas pelo Ministério Público. Uma das ações envolve Sérgio Gomes da Silva, denunciado pelo assassinato do prefeito de Santo André, do PT. Aqui notícia da “Folha” sobre o início do julgamento (para assinantes do jornal e do UOL).

PMDB nas eleições – o presidente do partido, senador Valdir Raupp (Rondônia), sairá de licença do Senado para se dedicar às campanhas de candidatos a prefeito.

PHS no STF – na pauta do tribunal, ação movida pelo Partido Humanista da Solidariedade para ampliar o tempo de TV de nanicos como ele.

Todos x PSD – por outro lado, DEM, PMDB, PSDB, PR e PP  querem impedir o aumento do tempo de TV e da fatia do Fundo Partidário destinados aos nanicos.

Pesquisa eleitoral – congresso da Associação Brasileira de Empresas de Pesquisas reunirá em São Paulo representantes do Datafolha, do Ibope, do MCI, do Sensus e do Vox Populi.

Empreendedor brasileiro – às 18h45, o Comitê de Jovens Empreendedores da Fiesp ouvirá palestra de Salim Mattar, fundador da Localiza. Ele foi indicado em 2012 como um dos 50 CEOs de melhor desempenho da América Latina pela revista Harvard Business Review.

Política econômica – reunião da Comissão da Moeda e do Crédito (Comoc).

Emprego e desemprego – Dieese divulga novos dados sobre o assunto.

Indústria – FGV publica sondagem sobre o setor.

Pecuária – IBGE divulga Pesquisas Trimestrais do Abate de Animais, do Leite, do Couro e da Produção de Ovos de Galinha.

 

Quinta (28.jun.2012)
Dilma e a Agricultura – presidente anunciará o Plano Safra 2012/2013 no Palácio do Planalto. Todo ano governo anuncia recursos pra financiar agricultura empresarial. Ano passao 107 bilhões, repassado a produtores e BB. Tem Banco da amazonia, banco do nordeste. Grandes agricultores. Na próxima semana anunciara recursos para agricultura familiar.

Cúpula do Mercosul – Dilma deverá chegar só na 6ª feira (29.jun.2012). Brasil, Argentina e Paraguai cogitam aplicar sanções ao Paraguai por causa da destituição do presidente Fernando Lugo. Já nesta cúpula os paraguaios estão excluídos.

CPI e Agnelo – comissão ouvirá pessoas relacionadas ao governador do Distrito Federal, do PT. São esperados, a partir de 10h15: Cláudio Monteiro, ex-chefe de gabinete do petista (que teve o direito de ficar em silêncio garantido pelo STF); Marcello de Oliveira Lopes, ex-assessor da Casa Militar; e João Carlos Feitoza, ex-subsecretário de Esportes.

Greve e eleições – funcionários do Judiciário Federal em São Paulo planejaram greve para este dia. O protesto por aumento salarial inclui a Justiça Eleitoral e a do Trabalho e poderá causar problemas se durar mais dias. O prazo para registro de candidaturas terminará em 5.jul.2012.

PPS na TV – partido do deputado Roberto Freire terá 5 minutos em rede nacional divididos em vídeos de 30 segundos ou 1 minuto.

Política econômica – reunião do Conselho Monetário Nacional (CMN).

Inflação – FGV divulga IGP-M.

Eleições na Mongólia – país asiático fará eleições parlamentares.

 

Sexta (29.jun.2012)
Dilma na Argentina – presidente deverá participar do encontro de cúpula do Mercosul em Mendoza. A reunião, prevista para começar na 5ª feira (28.jun.2012), terá como tema a destituição do presidente do Paraguai, Fernando Lugo, pelo Congresso do país.

Mensalão no STF – há expectativas de que o ministro revisor do processo, Ricardo Lewandowski, entregue seu trabalho até esta data.

PSDB e São João – seção brasiliense do partido organiza festa junina. Fará parte das comemorações pelos 24 anos da sigla.

Indústria – IBGE divulga Índice de Preços ao Produtor das Indústrias de Transformação.

Serviços – FGV publica sondagem sobre o setor.

 

Sábado (30.jun.2012)
PT nas eleições – partido fará convenção em São Paulo para oficializar Fernando Haddad como seu candidato a prefeito.

Fim das convenções – último dia para realização das reuniões que oficializam candidatos a prefeito, vice-prefeito e vereador.

PTB na TV – partido terá 5 minutos em rede nacional divididos em vídeos de 30 segundos ou 1 minuto.

Eleições na Islândia país europeu fará eleições presidenciais.

 

Domingo (1º.jul.2012)
Censura aos partidos – a Lei brasileira proíbe, a partir desta data, as propagandas partidárias gratuitas e pagas no rádio e na TV.

Censura ao jornalismo – também fica proibido para rádios e TV transmitirem, mesmo que por entrevista jornalística, imagens de realização de pesquisa eleitoral “em que seja possível identificar o entrevistado ou em que haja manipulação de dados”.

Censura às novelas – outro exemplo da proibição: TVs não poderão mais “divulgar filmes, novelas, minisséries ou qualquer outro programa com alusão ou crítica a candidato ou partido político, mesmo que dissimuladamente, exceto programas jornalísticos ou debates políticos”.

Eleições no mundo – México fará eleições presidencial e legislativa; Mali e Senegal farão eleições parlamentares.

 

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Em 30 grandes cidades, PSDB lidera em 6
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Fernando Rodrigues

Blog mostra pesquisas em 17 capitais e 13 municípios grandes

Nesse universo, PT está na frente em 4 disputas para prefeito

A campanha eleitoral para prefeitos e vereadores neste ano está só começando, mas já há pesquisas de opinião de voto relativamente recentes em 30 grandes cidades brasileiras. Nesse universo, o PSDB está na frente em 6 disputas. É seguido pelo PT, com 4 candidatos favoritos.

O conceito de “candidato favorito” é usado quando o político está em primeiro lugar isolado, à frente dos demais concorrentes e fora da margem de erro da pesquisa.

No caso dos tucanos, a posição de favoritismo ocorre no momento em 4 capitais e em 2 grandes cidades –entre as que têm mais de 200 mil eleitores.

No PT, os favoritos estão em 2 capitais e 2 cidades grandes.

As 30 cidades que são analisadas neste post tem um total de 21,9 milhões de eleitores –o equivalente a 15,6% do eleitorado brasileiro, segundo informa o repórter do Blog e do UOL Fábio Brandt.

O Brasil tem um grupo de cidades politicamente mais significativo, o chamado G83: são 26 capitais e 57 cidades com mais de 200 mil eleitores. Esse grupo tem 50,5 milhões de eleitores, o que representa 36% do eleitorado brasileiro.

O Blog acompanhará todas as pesquisas que forem divulgadas neste ano. Aqui, o levantamento com tudo o que já está disponível.

Quando se considera as pesquisas já publicadas (todas registradas na Justiça Eleitoral), o confronto entre PSDB e PT está como mostra o quadro abaixo:

O desempenho do PSDB nas pesquisas tem relevância política maior que a do PT por causa da vantagem na cidade de São Paulo.

Com São Paulo, tucanos são favoritos (isolados em 1º lugar) em cidades que somam 10,2 milhões de eleitores, segundo as estatísticas do eleitorado do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) referentes a maio de 2012. Sem a capital paulista, as outras 5 cidades tucanas têm juntas 1,6 milhão de eleitores –menos que os 2,8 milhões de eleitores das 4 cidades nas quais petistas são favoritos.

Levantamento
O Blog reuniu as sondagens mais recentes (disponíveis até a manhã de 19.jun.2012) sobre as eleições nas 26 capitais e nas 57 outras cidades com mais de 200 mil eleitores (as que podem ter segundo turno). A soma hoje do G83 cresceu na comparação com a última eleição municipal, de 2008, quando havia só 79 cidades nessa categoria –era só G79.

No momento, 30 municípios do G83 têm pesquisas divulgadas a partir do fim de abril. Para os outros não há dados disponíveis ou são muito defasados.

Além de PSDB e PT, também têm favoritos nesse grupo de 30 cidades grandes os seguintes partidos: PSB (Belo Horizonte e Cuiabá), DEM (Salvador e Aracaju), PDT (Natal), PSOL (Belém), PTB (Santo André), PC do B (Olinda), PMDB (Mauá e Sorocaba), PPS (Ponta Grossa), PSD (Mogi das Cruzes) e PV (Palmas).

Em outras 7 cidades há empate técnico entre 1º e 2º colocados, portanto não se pode falar em favorito. O Blog considera esses “candidatos competitivos”, pois têm chances de vitória.


Projeção
Quando se leva em conta as 23 cidades que não apresentam empate técnico nas pesquisas, pode-se comparar o cenário atual dos partidos com o resultado que podem conseguir nas eleições de 7 de outubro.

Esses 23 municípios têm 21,3 milhões de eleitores. O partido que controla a maior parte é o PSD (8,9 milhões; sendo que os 8,6 milhões de São Paulo é que fazem essa conta ser tão alta), seguido por PT (2,9 milhões), PTB (2,5 milhões), PP (2,3 milhões), PSB (1,8 milhões), PSDB (909,7 mil), PC do B (669,4 mil), PV (528,3 mil), PDT (382,3 mil) e PMDB (330 mil).

Se o resultado das pesquisas atuais coincidir com o das eleições, esse cenário passará a ser o seguinte: PSDB (10,2 milhões, incluindo São Paulo), PT (2,8 milhões), PSB e DEM (2,2 milhões), PSOL (1 milhão), PMDB (720,3 mil), PTB (554 mil), PDT (528,3 mil), PC do B (307,4 mil), PSD (278 mil), PPS (226,1 mil) e PV (151,2 mil).

É sempre prudente enfatizar que os cenários testados pelas pesquisas ainda podem mudar. Um dos motivos é que os partidos têm até 30.jun.2012 para escolher quais candidatos vão lançar neste ano. Fora isso, ainda é possível haver desistências e alianças de última hora.

Abaixo, lista com nomes e partidos dos prefeitos atuais das cidades do levantamento:


Eleição 2012
Segundo os dados mais recentes do TSE, referentes a maio de 2012, o Brasil tem 140 milhões de eleitores. Mas só 138 milhões estão aptos a votar em 2012 porque Brasília (1,8 milhão de eleitores) e Fernando de Noronha (1,8 mil eleitores) não têm prefeitos nem vereadores. E os eleitores residentes no exterior (228,7 mil) só podem votar para presidente.

Dos 140 milhões de eleitores, 50,4 milhões (36%) vivem nas capitais e cidades com mais de 200 mil eleitores. As eleições nessas localidades podem ser decididas no 2º turno se nenhum candidato tiver mais da metade dos votos válidos, que são os votos dados a candidatos (nulos e brancos não são válidos). Em cidades menores, a disputa termina obrigatoriamente no 1º turno.

As únicas capitais com menos de 200 mil eleitores são Boa Vista (183,6 mil) e Palmas (151,2 mil). Não têm segundo turno, mas têm importância política pelo fato de serem capitais.

Banco de dados
Este Blog é o site de política mais antigo do Brasil. Desde o ano 2000 compila pesquisas eleitorais e as arquiva nesta página, que também disponibiliza levantamentos de avaliação de popularidade de todos os presidentes brasileiros desde José Sarney.

Em 2012 o Blog continua a compilação de pesquisas, já disponível aqui.

 

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PSDB é contra a “DRU”, mas deve propor a “DRE”
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Fernando Rodrigues

Governadores do partido discutirão tema amanhã em Curitiba.

Os 8 governadores do PSDB vão se reunir amanhã (17.abr.2012) na sede do governo paranaense em Curitiba. Entre os assuntos a serem discutidos está a elaboração de um projeto de mudança constitucional para criar mecanismo de desvinculação de recursos estaduais.

A DRE (Desvinculação dos Recursos Estaduais) é a versão estadual da DRU (Desvinculação dos Recursos da União), que libera para o governo federal 20% de sua arrecadação para gastar como quiser (recurso desvinculado significa que não está obrigatoriamente associado a nenhum tipo de gasto).

Em 2011, o PSDB puxou a oposição no Congresso contra o pedido de Dilma Rousseff (PT) para que a DRU fosse prorrogada de 2011 para 2015. Além de ter sido derrotado, agora o PSDB parece querer sua própria desvinculação de recursos.

Segundo apurou o repórter do UOL Fábio Brandt, a assessoria do governo paranaense informa que haveria diferença entre a DRU e a DRE. Enquanto o mecanismo federal permite o uso dos recursos desvinculados para qualquer finalidade, a versão estadual tornaria obrigatória a aplicação das verbas em investimentos. Entenda-se: obras.

Além de Beto Richa, governador do Paraná, estarão na reunião Geraldo Alckmin (São Paulo), Antonio Anastasia (Minas Gerais), Marconi Perillo (Goiás), Simão Jatene (Pará), Teotônio Vilela (Alagoas), Siqueira Campos (Tocantins) e Anchieta Júnior (Roraima). O presidente nacional do PSDB, deputado federal Sérgio Guerra, de Pernambuco, também estará presente.

Apesar da presença exclusiva de tucanos, a reunião é divulgada pelo governo do Paraná apenas como um encontro de governadores. Na pauta oficial também estão temas como Rio+20, reforma do Código Florestal, redefinição das taxas estaduais de ICMS e renegociação das dívidas estaduais.

Mas dado o envolvimento do governador Marconi Perillo, de Goiás, no caso Carlinhos Cachoeira, é possível que esse tema também faça parte das conversas.

 

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O PT “bateu cabeça” em SP, diz Kassab
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Fernando Rodrigues

Para prefeito, titubeio de Fernando Haddad abriu caminho para Serra

O prefeito Gilberto Kassab (PSD) tem feito longas análises sobre o cenário atual. A um interlocutor, fez uma síntese do que se passou até agora na disputa pela sua sucessão, sobretudo a respeito do namoro de várias semanas entre ele o PT para uma possível aliança em torno do petista Fernando Haddad:

“O prefeito de São Paulo vai até você e oferece apoio. Junto iriam a máquina da Prefeitura e 20 vereadores. Aí você vai até o Lula e ele diz para você fechar o acordo. Aí você vai até a presidente Dilma e ela diz para você fechar esse acordo. Mas você fica sonhando na esperança de unificar o PT inteiro. E o PT bateu cabeça. Enquanto isso, o outro lado teve tempo de se reorganizar. Eu acho que esse episódio foi a primeira grande derrota do Haddad para ele próprio. É óbvio que se o acordo tivesse sido fechado e formalizado com o PT eu não teria mais como apoiar o Serra. Aliás, se eu tivesse fechado o acordo com o PT, o Serra não sairia candidato. Mas não houve o acordo por causa da atitude titubeante do Fernando Haddad e de alguns gatos pingados do PT”.

Aos 51 anos de idade e visto em Brasília como um dos mais habilidosos operadores políticos do país, o prefeito de São Paulo nunca fala com ressentimentos ao analisar cenários políticos. Ele de fato queria ter fechado um acordo com o PT. Mas os petistas foram lentos na operação.

Kassab afirma a seus aliados que manteve um relacionamento franco e aberto, de alto nível, tanto com o ex-presidente Lula como com a presidente Dilma Rousseff e com o restante da cúpula do PT. E ressalta que seu partido, o PSD, ficará com petistas em muitas disputas municipais neste ano. Por fim, que se o acordo na cidade de São Paulo não saiu, a culpa não foi dele.

Para Kassab, agora haverá necessariamente uma polarização entre Serra e Haddad, PSDB e PT. E nada mais: “Todos os outros vão virar pó. Não tem jeito. Só se fala nessas duas candidaturas agora”.

Mas e o candidato a prefeito de São Paulo pelo PMDB, Gabriel Chalita, que tem muito tempo de TV por conta do tamanho de seu partido? E Kassab: “Vai ser só Serra e Haddad. O Serra, pela sua dimensão política, pelo que representa para a cidade. E o Haddad porque terá o apoio do ex-presidente Lula e da presidente Dilma. Não sobrará espaço para os demais”.

A partir de agora, os candidatos começam a caça por aliados com o objetivo de aumentar o tempo de TV e rádio durante o horário eleitoral. A tendência é o PT arrebanhar mais apoios e ter o maior espaço para fazer propaganda.

“Mas isso é irrelevante no caso do Serra e do Haddad. Nesse jogo de alianças, há muitas análises equivocadas. A disputa ficou e ficará polarizada. E no segundo turno os tempos são iguais para os dois candidatos”, pondera Kassab.

O futuro de Kassab
Afinal, o que pensa e o que deseja Kassab para seu futuro político?

O prefeito de São Paulo vislumbra 3 caminhos para si: ser governador paulista, vice-governador ou senador

Kassab, tem um plano bem delineado sobre quais são suas opções e a viabilidade de cada uma delas.

Engenheiro de formação e sistemático por vocação, ele começa o fluxograma com duas possibilidades: vitória ou derrota de José Serra (PSDB) na disputa para prefeito de São Paulo.

Na hipótese de derrota –na qual ele não acredita– ficará pavimentado o caminho para um eventual rompimento entre Serra e o atual governador de São Paulo, Geraldo Alckmin. Claro, porque Serra atribuirá o fracasso em parte à falta de apoio do partido. E Alckmin terá uma responsabilidade razoável no pagamento dessa fatura.

Em caso de derrota de Serra neste ano, Kassab passaria a ser candidato declarado a governador de São Paulo em 2014.

E Serra? Aí tudo dependeria da correlação de forças partidárias em 2014, da popularidade do governo Dilma, do estado da economia e da disposição de um grupo de oposição querer um candidato presidencial de fora do PSDB. Serra, é claro, seria um postulante ao Planalto –mas esse cenário tem tantas variáveis que projetá-lo hoje com precisão é impossível.

Já num cenário de vitória de Serra na disputa para prefeito de São Paulo o horizonte fica mais claro para Kassab. Ele fará o que melhor se adequar aos planos de seu principal benemérito e mentor na política. Os dois caminhos mais exequíveis são encaixar-se (bancado por Serra) como vice-governador de Geraldo Alckmin quando o tucano disputar a reeleição, em 2014, ou sair como candidato ao Senado.

Esse exercício de futurologia em política, como se sabe, é muito arriscado. Kassab tem ciência dessa dificuldade, mas os planos são esses mesmos.

O prefeito de São Paulo tem a vantagem de ter transitado em todo o espectro político e coletado pouquíssimos inimigos irreconciliáveis –exceto parte da cúpula do DEM, sigla que mais sofreu com a criação do PSD.

Quando esteve com o PT e com o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, Kassab sempre disse de maneira clara que teria de apoiar José Serra se o tucano se lançasse candidato a prefeito. Usou uma máxima de ouro na política: “Pactos claros, amizades longas”.

Lula e os petistas podem estar chateados que Kassab de fato cumpriu o que disse, assumindo de vez a sua encarnação serrista. Mas nenhum petista poderá acusar o prefeito de não ter avisado antes como procederia.

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