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Arquivo : São Paulo

São Paulo é o único Estado a não entrar no Supremo por multa da repatriação
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Fernando Rodrigues

STF determinou que valor fique congelado até uma definição

Não há prazo para processos serem julgados pelo Supremo

O governador de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB), e o presidente Michel Temer (PMDB)

O governador de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB), e o presidente Michel Temer (PMDB)

O governo do Estado de São Paulo é, até o momento, o único da Federação que não ingressou no STF (Supremo Tribunal Federal) com ação para requisitar parte do valor referente à multa da repatriação.

Os governos do Paraná e Rondônia, que ainda não tinham acionado o STF, protocolaram ações nos últimos dias. A União repassou aos governos estaduais parte dos valores arrecadados com os impostos de quem repatriou recursos mantidos clandestinamente no exterior. Mas não destinou valores decorrentes da cobrança de multas.

As informações são dos repórteres do UOL Victor Fernandes e Luiz Felipe Barbiéri.

A ministra Rosa Weber, relatora no STF dos processos sobre repatriação, determinou que a União deposite judicialmente o valor referente à multa que caberia aos Estados que protocolaram ações judiciais. São R$ 3,8 bilhões.

A expectativa é que a ministra Rosa Weber siga esse entendimento nos processos que ainda não foram analisados, como o do Paraná. Nesse caso, a União deverá depositar em juízo o valor requisitado pelo governo paranaense, R$ 107 milhões.

O mesmo deve ocorrer com Rondônia. Uma ação do Estado foi protocolada no STF ontem (4ª). A PGR/RO (Procuradoria Geral da República de Rondônia) cobra R$ 127 milhões, o mesmo valor arrecadado com os impostos.

SÃO PAULO
O Estado de São Paulo é o que menos arrecadará recursos caso o STF determine que a União repasse os valores pedidos pelos governos estaduais.

Apenas R$ 36 milhões seriam enviados a São Paulo. O valor é maior apenas que o do Distrito Federal.

Eis tabela com a quantia que deve ser depositada em juízo pelo governo federal aos Estados que entraram e obtiveram decisão liminar (provisória) no Supremo. (clique na imagem para ampliar)

repatriacao estados

PLANALTO IRRITADO
Desagradou ao presidente Michel Temer a intransigência de governadores em torno da partilha de recursos repatriados. O governo reclama que havia um esforço de negociação para evitar a judicialização da matéria. Com a enxurrada de ações na Corte, os mandatários teriam atrapalhado as conversas.

Avalia-se que os R$ 3,8 bilhões agora bloqueados no STF não ajudam ninguém. Nem governo, nem Estados. A Advocacia Geral da União recorrerá da decisão que determinou o depósito judicial do montante. A expectativa é de que o litígio não seja resolvido tão cedo e o dinheiro fique parado.

Com o montante bloqueado, o Planalto estuda uma nova forma de socorrer Estados em situação fiscal delicada. Temer, Henrique Meirelles (Fazenda) e Dyogo Oliveira (Planejamento) trabalham para encontrar uma solução. O objetivo é chegar a um modelo até meados de dezembro.

Os ministros têm feito propostas para alcançar 1 acordo com os governadores. O Planalto insistirá para que os Estados retirem as ações impetradas no Supremo a fim de desbloquear os recursos retidos. Em troca, receberiam parte desse dinheiro, referente às multas obtidas com a repatriação.

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O melhor é o PSDB escolher candidato a presidente em prévias, diz Doria
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Fernando Rodrigues

Prefeito eleito de São Paulo defende Geraldo Alckmin na disputa

Tucano diz ser um “um conciliador” e poupa José Serra de críticas

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João Doria, durante a campanha deste ano. Tucano quer prévias para 2018

O prefeito eleito da cidade de São Paulo, João Doria, disse hoje (3.out) que a melhor forma de escolher o candidato a presidente pela legenda, em 2018, é a realização de eleições prévias internas.

“O processo que nós defendemos é o das prévias”, disse Doria em entrevista à rádio Jovem Pan, da qual o Blog também participou.

Doria foi indagado então se enxergava dificuldades para alguns caciques do PSDB em 2018, sobretudo os que que foram contrários à sua candidatura na disputa paulistana deste ano. Por exemplo, o ministro das Relações Exteriores, José Serra, que nunca declarou apoio a Doria.

“Não acredito [que Serra tenha dificuldades]”, disse o prefeito paulistano eleito. Segundo ele, as prévias estarão abertas “a todos aqueles que quiserem disputar”.

Ontem, depois de conhecer o resultado da eleição em São Paulo, Doria defendeu o nome do governador Geraldo Alckmin para ser o tucano candidato a presidente em 2018.

O PSDB tem 3 nomes mais evidentes para corrida presidencial de 2018: Alckmin, Serra e o senador Aécio Neves (de Minas Gerais).

No momento, Alckmin é o mais fortalecido pelos resultados das eleições municipais.

Com estilo conciliador, Doria negou na entrevista de hoje cedo que vá pressionar pela expulsão de tucanos que se posicionaram contra sua candidatura. “A responsabilidade [por processos disciplinares] é do partido. [Mas] sou um conciliador, um agregador. O que puder fazer para somar, vou fazer”.

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Fernando Haddad é esperança do PT para evitar fracasso nas eleições
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Fernando Rodrigues

Prefeito pode se tornar o 1º candidato à reeleição que não chega ao 2º turno

Em 4º lugar, mas crescendo, petista acredita que ainda ultrapassa Marta

Estratégia do PT na reta final é centrar fogo no 2º colocado, Russomanno

Gabriel Chalita, Fernando Haddad e Lula na convenção do PT em São Paulo

Gabriel Chalita, Fernando Haddad e Lula na convenção do PT em São Paulo

O prefeito de São Paulo, Fernando Haddad, vai ao debate de hoje (5ª) à noite, na TV Globo, com duas responsabilidades: 1) ele é a última esperança do PT de um mínimo de sucesso nestas eleições; e 2) pode ser o 1º caso na história das disputas paulistanas de um prefeito candidato à reeleição que não chegou ao 2º turno.

O petista deve centrar críticas em Celso Russomanno. O candidato do PRB está numericamente na 2ª posição, segundo a última pesquisa Ibope. Mas perdeu 11 pontos percentuais em relação ao início da campanha.

João Doria (PSDB) lidera o levantamento com 28% das intenções de voto. Russomanno (PRB) tem 22%. Marta (PMDB), 16%, e Fernando Haddad (PT), 13%.

Aliados do prefeito Haddad entendem que a candidata peemedebista, Marta Suplicy, atingiu o seu piso nas pesquisas. Ou seja, dificilmente deve ter resultado abaixo dos registrados nos últimos levantamentos.

O petista deve tentar avançar sobre o eleitorado de Russomanno, pois acha que o candidato pode se liquefazer e deixar seus votos disponíveis para a candidatura do PT.

Haddad acredita também que a boca de urna da militância petista pode lhe garantir um crescimento mínimo de 3 pontos percentuais nas eleições em relação às pesquisas.

As informações são dos repórteres do UOL Tales Faria e Victor Fernandes.

O Ibope divulgou ontem (4ª) pesquisa sobre a disputa paulistana. O Blog comparou o desempenho dos candidatos neste ano e em 2012, a 4 dias das eleições:

29.set-pesquisa-SP

Assim como em 2012, não é possível saber quem irá ao 2º turno. Por enquanto, a tendência é que Russomanno, Marta e Haddad tenham intenções de voto muito parecidas na véspera da disputa. João Doria está em situação mais confortável.

Fernando Haddad tenta convencer eleitores e diz que, há 4 anos, as pesquisas também não indicavam que iria ao 2º turno. O petista conseguiu uma virada e venceu a disputa. A situação neste ano, porém, é mais complicada.

Em 2012, Haddad estava tecnicamente empatado com o 2º colocado, José Serra (PSDB). Hoje, por causa da margem de erro, ocupa a 3ª posição ao lado de Marta. Mas a 4 dias das eleições, tem 5 pontos percentuais a menos do que nas últimas eleições.

Nas últimas duas semanas, o petista melhorou nas pesquisas. Até 24 de setembro, não tinha ultrapassado os 9% de intenção de votos. A partir de então, cresceu 4 pontos percentuais.

A disputa da prefeitura de São Paulo virou prioridade para o partido no país. A sigla pode ter o pior desempenho desde 1996 em grandes centros urbanos. O Blog analisou e compilou pesquisas de 81 das 93 cidades brasileiras mais importantes

Apenas 2 candidatos do partido lideram pesquisas eleitorais nas capitais. Marcus Alexandre, candidato à reeleição em Rio Branco (AC) e Roberto Sobrinho, que está empatado tecnicamente com outros 3 candidatos, em Porto Velho (RR).

O envolvimento com casos de corrupção e o desgaste produzido pela crise política e econômica durante o governo de Dilma Rousseff (que teve o mandato de presidente cassado em 31.ago.2016) são alguns dos fatores que explicam a queda do partido em 2016.

Depois de eleger 17 prefeitos em 2012, o Partido dos Trabalhadores já perdeu 4 deles ao longo do mandato. Hoje, há apenas 13 petistas comandando cidades no grupo das 93 mais importantes.

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PSDB lidera em metade das principais cidades paulistas
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Fernando Rodrigues

Partido do governador tem 11 candidatos no topo das pesquisas

Resultado tem peso nas pretensões de Alckmin em 2018

PMDB de Michel Temer tem 2  favoritos

PT só tem 1 nome na liderança

Geraldo Alckmin (PSDB), governador de São Paulo

Geraldo Alckmin (PSDB), governador de São Paulo

O partido do governador Geraldo Alckmin será o maior vencedor das eleições municipais no Estado, caso se confirmem as expectativas das pesquisas eleitorais.

28 municípios paulistas estão incluídos no levantamento realizado pelo blog no chamado G93 (grupo das 26 capitais do país  e 67 cidades com mais de 200 mil eleitores). 

PSDB lidera em metade das 22 maiores cidades de São Paulo com pesquisas divulgas nos últimos 30 dias.

Dos 11 candidatos tucanos considerados  competitivos –ou seja, que ocupam a 1ª posição isolada ou empatada dentro da margem de erro–, 8 lideram os levantamentos de forma isolada.

Além disso, 4 tucanos estão aptos a vencer as eleições no 1º turno, porque têm mais de 50% das expectativas de votos, considerando inclusive a margem de erro para o segundo colocado.

Aliado do governador Alckmin, o PSB ocupa a segunda posição, com 3 candidatos na lidança.

Já o PMDB do presidente Michel Temer tem 2 nomes entre os mais competitivos. O mesmo resultado de PSD, PV, PPS e PDT.

O PT tem só 1 candidato competitivo entre as maiores cidades de São Paulo pesquisadas.

Em 2012, os 2 partidos elegeram 8 prefeitos cada nas 28 principais cidades paulistas.

As informações são do repórter do UOL Victor Fernandes.

O quadro a seguir mostra o desempenho dos partidos políticos em São Paulo nas últimas eleições municipais e o desempenho das legendas nas pesquisas eleitorais deste ano (clique na imagem para ampliar):

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Candidatos competitivos em 2016: são os que estão na 1ª colocação das pesquisas de intenção de voto, seja de maneira isolada ou dentro da margem de erro dos levantamentos. Só há pesquisas disponíveis em 22 dos 28 principais municípios paulistas do país. Até o fechamento da edição deste post, não foram divulgadas pesquisas nas últimas semanas nestas 6 cidades: Carapicuíba, Franca, Guarulhos, Itaquaquecetuba, Suzano e Taboão da Serra.

A seguir, o quadro com as pesquisas em São Paulo compiladas pelo Blog (clique na imagem para ampliar).

28.set-prefeitos-SP-eleicoes-2016CAPITAL
O candidato do PSDB na capital paulista, João Doria, lidera as pesquisas eleitorais. O tucano é uma escolha pessoal do governador Geraldo Alckmin. Outros líderes do partido eram contra o nome de Doria. José Serra e Fernando Henrique Cardoso apoiavam Andrea Matarazzo, derrotado nas prévias.

Matarazzo migrou para o PSD, partido de Gilberto Kassab. É candidato a vice-prefeito na chapa com Marta Suplicy (PMDB).

OLHO EM 2018
O resultado das eleições municipais em Estado de São Paulo são fundamentais para Geraldo Alckmin pavimentar sua candidatura nas eleições presidenciais daqui a 2 anos. O PSDB tem outros 2 pré-presidenciáveis: Aécio Neves e José Serra.

Aécio, candidato do partido em 2014, também busca um bom resultado em Minas Gerais. Os tucanos querem fortalecer suas bases locais para conseguir apoio. (Clique aqui para ler post sobre o desempenho do PSDB em MG).

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Russomanno não confirma presença em debate sobre mobilidade urbana
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Fernando Rodrigues

Encontro sobre mobilidade urbana foi marcado para esta 5ª feira

Candidato do PRB não justificou ausência nem respondeu ao UOL

Celso Russomanno já contou que pedala de 40 a 50 quilômetros por dia

Ciclista, candidato do PRB não confirmou presença em debate sobre mobilidade urbana

O candidato a prefeito Celso Russomanno (PRB) foi o único dos 5 mais bem colocados nas pesquisas de intenção de voto a não confirmar presença em debate sobre mobilidade urbana. O encontro será às 18h desta 5ª (22.set.2016), data em que é comemorado o Dia Mundial Sem Carro, no Caixa Belas Artes (Consolação).

O candidato à prefeitura pelo Solidariedade, Major Olímpio, também não informou se estará presente. O debate foi organizado por 11 movimentos da sociedade civil e será transmitido ao vivo pelo Catraca Livre.

As informações são da repórter do UOL Gabriela Caesar.

A mobilidade urbana foi a principal bandeira da campanha de 2012 do atual prefeito, Fernando Haddad, e é motivo constante de críticas à gestão do petista. Participam da mesa os candidatos Marta Suplicy (PMDB), João Doria (PSDB), Fernando Haddad (PT), Luiza Erundina (Psol) e Ricardo Young (Rede).

Apesar da ausência, Russomanno já disse, em sabatina do UOL, em parceria com a Folha de S.Paulo e o SBT, que pedala de 40 a 50 quilômetros por dia. Também contou que mantém bicicletas em cada cidade que costuma visitar.

Procurada pela reportagem, a equipe de campanha de Russomanno não informou o motivo da eventual ausência. Tampouco revelou a agenda do candidato para esta 5ª.

Na campanha, o candidato do PRB chegou a gravar vídeo, enquanto pedalava no Morumbi, na zona oeste de São Paulo. Criticou a mobilidade urbana da gestão de Fernando Haddad.

“Sou favorável às ciclovias e ciclofaixas, mas com critério e estudo de impacto a fim de que a gente possa dar qualidade de vida para você”, afirmou Russomanno, na época.

No debate desta 5ª feira, os candidatos também serão cobrados para manter a redução da velocidade máxima nas marginais, implantada por Haddad. Um abaixo-assinado na internet endereçado a Russomanno, João Doria (PSDB) e Marta Suplicy (PMDB) reúne mais de 15 mil assinaturas.

Os três estão à frente nas intenções de voto, segundo a pesquisa estimulada do Ibope, realizada de 10 a 13 de setembro. Russomanno tem 30%; Marta, 20%; e Doria, 17%. O atual prefeito, Fernando Haddad (PT), fica em 4º lugar, com apenas 9% das intenções de voto.

A margem de erro é de 3 pontos percentuais. Veja todos os resultados de pesquisas com os candidatos a prefeito de São Paulo.

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Nas capitais, Fernando Haddad é o prefeito com menor intenção de voto
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Fernando Rodrigues

Das 26 capitais, 20 prefeitos tentam reeleição

Desses, petista tem a menor intenção de voto

João Alves, em Aracaju, é o mais rejeitado

Teresa Surita e ACM Neto são os mais populares

Fernando Haddad (PT), prefeito de São Paulo

Fernando Haddad (PT), prefeito de São Paulo

Das 26 capitais do país, 22 têm prefeitos aptos a disputar a reeleição. Em apenas duas (Florianópolis e Cuiabá), os governantes optaram por não concorrer a mais 1 mandato.

Rio de Janeiro, Belo Horizonte, Porto Alegre e Goiânia são capitais nas quais não é possível haver reeleição neste ano.

Entre os 20 que tentam se reeleger, o prefeito de São Paulo, Fernando Haddad (PT), é o que tem a menor intenção de voto nas pesquisas eleitorais. Só 9% do eleitorado diz que votará no petista.

As informações são do repórter do UOL Victor FernandesColaboraram com a apuração os repórteres Rodrigo Zuquim e Victor Gomes. 

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A prefeita de Boa Vista (RR), Teresa Surita (PMDB), é a mais bem colocada nas pesquisas eleitorais. Tem 74% das intenções de voto, segundo levantamento do Ibope divulgado em 16 de setembro.

ACM Neto (DEM), prefeito de Salvador (BA), é o 2º colocado. Atingiu 69% da preferência dos soteropolitanos, indica a mais recente pesquisa na capital baiana.

Em média, prefeitos que tentam se reeleger nas capitais têm 37% da preferência do eleitorado nas pesquisas.

Alcides Bernal (PP), prefeito de Campo Grande (MS), João Alves (DEM), prefeito de Aracaju, e Fernando Haddad (PT), prefeito de São Paulo, são os candidatos à reeleição com as menores intenções de voto.

REJEIÇÃO
O prefeito de Aracaju, João Alves (DEM), é o mais rejeitado pelo eleitorado. Pesquisa Ibope divulgada em 15 de setembro indica que 63% das pessoas não votariam “de jeito nenhum” no candidato.

Dr. Mauro Nazif (PSB), prefeito de Porto Velho (RO), tem 49% de rejeição. Fernando Haddad (PT), em São Paulo, atinge 48%.

 

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Teresa Surita (PMDB) e ACM Neto (DEM) são os mais populares. Não seriam escolhidos “de jeito nenhum” por apenas 11% dos eleitores de suas cidades.

Em média, prefeitos que tentam se reeleger nas capitais têm 27% de rejeição.

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Marta reage à absolvição de Russomanno: “[Eleição] ficou mais difícil”
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Fernando Rodrigues

Peemedebista lamenta efeito de STF ter livrado adversário

Avaliação foi feita na noite da votação do impeachment

Marta vê chance de crescer sobre eleitorado tucano de Doria

Poder econômico e de distribuição de cargos de rivais preocupam

Senadora Marta Suplicy (PMDB-SP) teme candidatura de Celso Russomanno (PRB-SP)

Senadora Marta Suplicy (PMDB-SP) teme candidatura de Celso Russomanno (PRB-SP)

A candidata do PMDB à Prefeitura de São Paulo, Marta Suplicy (PMDB-SP), tem lamentado a decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) de absolver o candidato Celso Russomanno (PRB-SP) da acusação de peculato.

Com o resultado, Russomanno não corre mais o risco de ter o registro de candidato cassado pela Justiça Eleitoral. Se fosse condenado, o deputado do PRB seria enquadrado na Lei da Ficha Limpa e não poderia disputar a eleição municipal.

A aliados, Marta Suplicy tem dito que a decisão do STF prejudica a sua candidatura. A um colega senador, durante a discussão da pronúncia do impeachment, na madrugada de ontem (10.ago), afirmou: “Agora ficou muito mais difícil [de vencer as eleições]”. Publicamente, a peemedebista prefere não fazer  uma avaliação tão negativa.

As informações são do repórter do UOL Victor Fernandes.

A condenação de Russomanno era dada como certa entre os aliados de Marta. O marido da senadora, Márcio Toledo, festejou quando o STF decidiu antecipar o julgamento do pré-candidato do PRB. 

Certo de que Russomanno seria condenado e não conseguiria o registro da candidatura, Toledo começou tratativas para se aproximar do eventual espólio eleitoral do PRB. Mandou mensagens via WhatsApp para integrantes da legenda: “Estamos prontos para conversar. Unidos seremos muito mais fortes”, escreveu Toledo. A estratégia desmoronou com a absolvição do candidato do PRB.

Assim que soube do resultado no STF, a senadora fazia a seguinte reflexão numa roda de colegas no Senado: “Um tem a prefeitura [Fernando Haddad]. Outro, o governo do Estado [João Doria].  Outro, a Igreja Universal [Russomanno é filiado ao PRB]. E eu?”. Ninguém respondeu.

Marta é do partido do presidente interino, Michel Temer, e de Paulo Skaf, o presidente da Fiesp.

Uma das reclamações de aliados da ex-petista foi o suposto uso de cargos na Prefeitura e no governo do Estado em troca de apoio partidário a Fernando Haddad (PT) e João Doria (PSDB). Os 2 candidatos serão os que terão os maiores tempos de propaganda no rádio e na TV. Russomanno é filiado ao PRB, partido que tem ligações com a igreja Universal.

Outra preocupação da ex-prefeita é o uso de dinheiro próprio na campanha. O candidato do PSDB, João Doria, já afirmou que usará recursos pessoais para financiar sua candidatura. O tucano declarou à Justiça Eleitoral um patrimônio de R$ 180 milhões. Marta ainda não informou ao TSE o valor de seus bens. Na última eleição que disputou, em 2010, a peemedebista declarou patrimônio de R$ 12 milhões.

META: PASSAR DOS 20%
A peemedebista quer chegar a esse percentual pois acha que assim garante sua ida ao 2º turno. De acordo com as últimas pesquisas, Marta está bem atrás do líder, Russomanno. No Ibope, 29% a 10% ou 30% a 13%, dependendo do cenário testado. Leia os resultados de todos os principais levantamentos de intenção de voto nas maiores cidades do país na página de pesquisas do Blog.

Marta acredita que precisa chegar a 20% para garantir sua passagem para o 2º turno. Acha também que Russomanno já garantiu a vaga na disputa final.

FOCO: JOÃO DORIA
Na avaliação da candidata do PMDB, o tucano João Doria tem forte potencial de crescimento. Além do tempo de propaganda e do uso de recursos pessoais, ela acredita que Doria herdará capital político de eleitores fiéis ao PSDB.

O tucano é “afilhado político” do governador Geraldo Alckmin (PSDB). Uma das razões da escolha do ex-tucano Andrea Matarazzo como vice em sua chapa foi tentar desidratar o eventual crescimento de João Doria.

Para a peemedebista, a situação de Fernando Haddad é complicada. Além da alta rejeição enfrentada pelo atual prefeito (na faixa de 45%), Marta acredita que o ex-presidente Lula e o PT não tenham mais tanta força na mobilização de eleitores na periferia.

A campanha eleitoral terá início na próxima 3ª feira (16.ago.2016). Candidatos poderão fazer campanha na internet, eventos e comícios. O horário eleitoral gratuito obrigatório no rádio e na televisão começa no dia 26.ago.2016.

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Programa de Haddad diz que rivais vão impor “valores retrógrados” em SP
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Fernando Rodrigues

Ataque é contra Doria (PSDB), Russomanno (PRB) e Marta (PMDB)

Texto diz que adversários têm agenda racista, machista e homofóbica

Opositores são associados no documento a interesses privados

Eleitores decidirão entre “legalidade” e “golpe”, afirma programa

Eleito em 2012, Fernando Haddad (PT-SP) cumpre agenda como prefeito

O documento inicial que alinhava as diretrizes do programa de governo da campanha à reeleição do prefeito Fernando Haddad faz duras críticas a seus opositores. Diz que os adversários estão em “partidos de direita” e vão representar um “retrocesso” se vencerem a disputa de outubro. Membros dos 20 grupos de estudos que colaboraram com o documento terão até sábado (23.jul) para incluírem emendas com projetos e ideias que farão parte do programa finalizado, detalhando metas específicas.

As principais críticas estão na abertura do documento, que contém uma análise da conjuntura atual sob a ótica petista. O Blog teve acesso à íntegra do programa batizado de Construindo a cidade para além do nosso tempo. Em 46 páginas, são apresentadas as diretrizes para a eventual 2ª gestão de Haddad, de 2017 a 2020.

A candidatura do petista à reeleição será oficializada neste domingo (24.jul), na convenção municipal do PT paulistano. No momento, Haddad tem menos de 10% das intenções de voto. Sua gestão é aprovada por 14% dos paulistanos. São Paulo é a maior cidade do Brasil. Tem 11,9 milhões de habitantes e 8,8 milhões de eleitores. É vital para o PT manter a capital paulista sob seu comando para amenizar a crise pela qual passa a legenda depois das acusações de corrupção vindas da Operação Lava Jato e do impeachment da presidente Dilma Rousseff.

As informações são dos repórteres do UOL  Gabriela Caesar, Victor Fernandes e Victor Gomes.

O programa da candidatura de Haddad procura criar uma polarização política no plano municipal. De um lado, estariam o PT e outras forças políticas de esquerda defendendo direitos civis. De outro, todos os demais candidatos de viés conservador e representando interesses de “grupos econômicos privados”.

“A esta agenda [da oposição] somam-se os valores mais retrógrados, como o racismo, o machismo, a homofobia, a discriminação regional e a xenofobia”, continua.

Embora o documento não cite os adversários do PT na atual disputa paulistana, os principais rivais de são João Doria (PSDB), Celso Russomanno (PRB) e Marta Suplicy (PMDB).

O programa de governo para um eventual 2º mandato de Haddad afirma que os partidos de “direita” agem contra o “processo de mudança liderado pelo PT” para “eliminar conquistas sociais”, “arrochar salários e aposentadorias”, entre outros.

Capa do documento da candidatura do prefeito Fernando Haddad (PT-SP)

De acordo com o documento, a população vai escolher entre a “legalidade constitucional” e o “golpe” ou entre a “soberania do povo” e o “retorno do coronelismo urbano”. Ou entre a “inclusão das maiorias” e o “retrocesso liderado pelas oligarquias”.

Essa estratégia do “nós contra eles” funcionou em várias campanhas eleitorais recentes do PT, mas tudo antes de o partido entrar em crise por causa de várias acusações de corrupção.

PRINCIPAIS PROPOSTAS
Uma das principais diretrizes do documento “Construindo a cidade para além do nosso tempo” é a promessa de execuções de PPPs (Parcerias Público-Privada). Entre os projetos citados, estão as concessões da arena e do espaço Anhembi, a revitalização do estádio do Pacaembu e a transferência da sede da Ceagesp (Companhia de Entrepostos e Armazéns Gerais de São Paulo). O texto cita: “Garantir a realização da PPP de revitalização do centro de São Paulo, com investimentos previstos em habitação, serviços e obras urbanas”.

Para a educação, o programa trata da formação de profissionais com foco nas “relações étnico-raciais, e as questões de sexualidade, gênero e condições físicas”. O projeto cita o aprimoramento de ações voltadas para a inclusão de crianças, mulheres,  idosos, jovens, pessoas com deficiência, negros e LGBTs. Em um primeiro momento, porém, evita estipular metas concretas como a quantidade de escolas a serem construídas e vagas em creches, como ocorreu no plano de governo das eleições vencidas pelo petista, em 2012. Esse detalhamento deve ser feito ao longo da atual campanha.

A seguir, a tabela com as principais propostas do documento elaborado pela coordenação da pré-campanha de Fernando Haddad (clique na imagem para ampliar):

Programa-governo-Haddad-2016

O ARCO DO FUTURO SUMIU
O programa ignora o “Arco do Futuro”, principal projeto da campanha que elegeu o prefeito em 2012.

O plano previa a construção e reformas de vias próximas às marginais. Mas importantes obras foram canceladas durante o 1o mandato do petista. No documento que projeta ações para o eventual governo a partir de 2017, não há nenhuma menção às obras.

Em 2012, uma propaganda “hollywoodiana” feita pelo marqueteiro João Santana (no momento preso por causa da Lava Jato) chamou a atenção durante a campanha eleitoral. Fernando Haddad, auxiliado por efeitos especiais, tratava o projeto como grande vitrine do seu governo. Assista aqui ao vídeo do então candidato petista apresentando o “Arco do Futuro” 4 anos atrás.

Fernando Haddad

 

CICLOVIAS: “ELITE É CONTRA O AVANÇO”
Quando faz referência às ciclovias, marca da gestão Haddad, o programa de 2016 diz que as “elites paulistanas não são inimigas de bicicletas, mas de qualquer avanço na ocupação da cidade pelo povo trabalhador”.

Segundo a publicação, o país passa por um momento decisivo que pode colocar a perder os principais avanços adquiridos durante o governo petista. O texto associa o impeachment da presidente afastada Dilma Rousseff a uma eventual derrota de Haddad em outubro.

Apesar da menção ao processo de impeachment, não há nenhuma citação direta a Dilma Rousseff ou ao ex-presidente Lula. É uma grande diferença em relação ao programa de governo de Haddad de 2012. Há 4 anos, quando disputava pela primeira vez a Prefeitura de São Paulo, Haddad fez 5 citações ao ex-presidente e uma a Dilma.

Um dos temas mais em evidência nos últimos 2 anos, a Lava Jato, também não aparece na análise de conjuntura petista no programa eleitoral de Haddad.

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A 3 meses das eleições, prefeitos aumentam inaugurações em até 17 vezes
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Fernando Rodrigues

Candidato à reeleição em Fortaleza, Roberto Cláudio entregou 51 obras em 1 mês

Em 5 capitais, aumento em relação a junho do ano passado é de pelo menos 138%

Desde sábado (2.jul), Justiça Eleitoral não permite que prefeitos façam cerimônias 

roberto-claudio-inauguracao-terminal-onibus

O prefeito de Fortaleza, Roberto Cláudio (de camisa rosa), reabre terminal de ônibus em 29.jun

Prefeitos que tentam a reeleição nas eleições de out.2016 aproveitaram ao máximo o período em que a Justiça Eleitoral permite a inauguração de obras–o prazo se encerrou em 2.jul. Levantamento do Blog mostra que, nas maiores capitais, o ritmo de solenidades aumentou até 1600% em relação a 2015.

O Blog analisou os sites das 5 maiores capitais do país em que os prefeitos são pré-candidatos às eleições de outubro –São Paulo, Salvador, Fortaleza, Manaus e Curitiba. Foram contadas apenas as inaugurações noticiadas pelas assessorias de imprensa das prefeituras, tanto em jun.2016 quanto jun.2015.

As informações são do repórter do UOL Guilherme Moraes.

Quem mais entregou obras foi o prefeito de Fortaleza, Roberto Cláudio (PDT). De 1º.jun a 30.jun, foram 51 inaugurações –crescimento de 1.600% ante o mesmo período de 2015. Só na última semana antes da proibição pela Lei Eleitoral, foram 11 cerimônias para entregar obras.

tabela-inauguracoes-capitais

Logo atrás, aparece Arthur Virgílio Neto (PSDB), de Manaus. Em jun.2016, o tucano inaugurou 11 obras, 450% a mais que as 3 registradas no mesmo mês de 2015.

Entre as obras entregues em 2016, está a reforma da praça que leva o nome de seu pai, o ex-senador Arthur Virgílio Filho. No ano passado, uma unidade de saúde com o mesmo nome já havia sido inaugurada.

Em Salvador, o prefeito Antônio Carlos Magalhães Neto (DEM) participou da entrega de 15 obras em jun.2016. No entanto, o total de inaugurações, segundo o próprio demista, foi bem maior: 30 em apenas 3 dias e 200 nos últimos 40 dias antes da proibição eleitoral.

Em jun.2015, a assessoria de imprensa de ACM Neto noticiou a entrega de apenas 3 obras.

O prefeito de Curitiba, Gustavo Fruet (PDT), inaugurou 11 obras em jun.2016 –um aumento de 267% ante 2015. A construção do calçadão no bairro Cajuru também está na fase final e deve ser concluída nos próximos dias.

Na maior cidade do país, São Paulo, o ritmo de inaugurações foi o que menos cresceu. Ainda assim, o prefeito Fernando Haddad (PT) entregou mais que o dobro de obras em relação ao ano passado: 19, ante 8 em 2015 –aumento de 138%.

FIM DA PROPAGANDA PESSOAL
Desde 6ª feira (1º.jul), os políticos não podem mais fazer propaganda institucional no rádio e na televisão. Desde sábado (2.jul), também estão proibidos de inaugurar obras, contratar ou demitir sem justa causa e nomear para cargos em comissão, entre outras restrições (que podem ser lidas a partir da página 6 do calendário elaborado pelo Tribunal Superior Eleitoral).

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Longe dos holofotes, Marina viaja o país para apoiar pré-candidatos da Rede
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Fernando Rodrigues

Resultado de outubro é considerado fundamental para 2018

Rede controla apenas 1 capital; foco é em BH, Rio e São Paulo

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Marina Silva em jun.2015

Porta-voz e principal figura pública da Rede Sustentabilidade, a ex-senadora Marina Silva tem viajado o país para participar de eventos com pré-candidatos do partido às eleições de outubro.

Nas últimas semanas, a ex-senadora visitou os Estados do Rio de Janeiro e do Espírito Santo. No sábado (18.jun.2016), esteve em Belo Horizonte (MG). Antes, em maio, Marina já tinha viajado para Belém (PA), onde participou de um evento com pré-candidatos a vereadores e prefeitos.

As informações são do repórter do UOL André Shalders.

O sucesso nas eleições de outubro é considerado fundamental por dirigentes da Rede para pavimentar o caminho de Marina Silva nas eleições de 2018.

Hoje, o partido controla a prefeitura de apenas uma capital, Macapá (AP), com Clécio Luis. Ele foi eleito pelo Psol em 2012, mas ingressou no partido de Marina Silva em 24.mar.2016.

A Rede priorizará as eleições nas capitais e em cidades com mais de 200 mil habitantes. São consideradas estratégicas as candidaturas de Alessandro Molon (Rio de Janeiro), Ricardo Young (São Paulo) e Paulo Lamac (Belo Horizonte).

Nas pesquisas eleitorais já divulgadas até agora, o candidato mais competitivo da Rede é Audifax Barcelos, atual prefeito de Serra (ES) e candidato à reeleição. Ele aparece em 2º lugar, com 21,3% dos votos, em uma pesquisa divulgada em maio. A cidade tem cerca de 400 mil habitantes e fica na zona metropolitana da capital, Vitória.

A Rede também decidiu que não vetará alianças com nenhuma legenda específica nas cidades. Será analisado, porém, o programa e o histórico dos possíveis aliados.

“A orientação é tentar construir alianças programáticas. E também com aliados cuja trajetória não contrarie o nosso programa ou as nossas bandeiras”, diz Basileu Margarido, dirigente da Rede.

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