Blog do Fernando Rodrigues

Arquivo : José Serra

PSDB só usa Aécio, FHC, Alckmin e Serra na TV
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Fernando Rodrigues

Presença de paulistas indica como o mineiro ainda depende da pacificação da legenda em São Paulo

O principal partido de oposição ao governo federal, o PSDB, foi à TV na noite de hoje (30.mai.2013) e escolheu apenas 4 de seus políticos para representar a legenda: o senador Aécio Neves (MG), o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, o governador de São Paulo, Geraldo Alckmin, e o ex-governador José Serra.

Aécio foi a estrela do programa. O ocupou a maior do tempo. O programa amplia a estratégia já mostrada nos comerciais curtos, de 30 segundos, que estão sendo transmitidos há cerca de dez dias nos intervalos das programações das TVs e rádios: o senador tucano aparece descontraído, de calça jeans e  camisa social lisa para fora da calça (quem assiste pela TV pode conferir) e fala com pessoas “do povo”. Dirige-se à câmera para dizer como deve ser governado o país (a história antiga da “gestão”, um pouco incompreensível para a maioria).

O senador fala bem de perto. Na TV, o enquadramento é ostensivamente usado para mostrar a face de Aécio. É nítida a intenção de realçar a juventude do político de 53 anos que tentará tomar o lugar da atual ocupante do Planalto, a petista Dilma Rousseff, de 65 anos.

Aécio é mineiro. Precisa pacificar o PSDB para ser candidato a presidente em 2014, como deseja. A seção mais indômita da legenda é a paulista. Não por acaso, o programa partidário na TV e no rádio deu espaço a dois paulistas reticentes, Alckmin e Serra. E FHC, embora tenha nascido no Rio, fez toda a sua carreira política em São Paulo.

No caso da presença de FHC, o objetivo é um só: reconciliar o PSDB com seu passado. Tentar dar um mínimo de coesão para o discurso interno da legenda. O ex-presidente da República não é muito bom para ajudar Aécio a obter votos do público em geral, mas é um ímã para “tucanos de raiz” que se sentem órfãos de alguma referência no partido.

A propaganda funciona? Só as pesquisas dirão mais adiante.

Aécio está tentando calibrar seu discurso para 2014. É compreensível que tenha de fazer concessões ao público interno da legenda (com os espaços cedidos a FHC, Alckmin e Serra). Para o eleitorado mais amplo, a frase que tem sido mais repetida pelo senador mineiro é que o PSDB terá “tolerância zero” com a inflação –as pesquisas indicam que muita gente anda incomodada com a alta de preços.

Tudo considerado, apesar do mau momento da economia e das dificuldades políticas de Dilma Rousseff no Congresso, não está claro ainda se o discurso ensaiado por Aécio Neves será eficaz para alavancar a candidatura do tucano ao Planalto.

O programa é uma criação dos marqueteiros Renato Pereira e Chico Mendez. Eis o vídeo:

[uolmais type=”video” ]http://mais.uol.com.br/view/14474133[/uolmais]

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“Há um acordo tácito para não falar na candidatura de Aécio”, diz secretário-geral tucano
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Fernando Rodrigues

O novo secretário-geral do PSDB, deputado federal Antônio Carlos Mendes Thame (SP), 66 anos, afirmou ao Blog que há um acordo tácito entre os caciques do partido para ainda não reconhecer publicamente a candidatura do senador Aécio Neves (MG) a presidente da República em 2014.

O objetivo seria deixar o nome do mineiro “emergir das bases” nos próximos meses, enquanto ele tenta mobilizar os diretórios tucanos nos Estados e municípios. Esse foi o espírito da declaração de vários integrantes do PSDB hoje (18.mai.2013) na convenção nacional da legenda, em Brasília.

Eis a conversa do Blog com Mendes Thame, que é ligado ao grupo de José Serra, o tucano ainda mais cético sobre a candidatura presidencial de Aécio Neves em 2014:

Como será trabalho do sr. na secretaria-geral do PSDB?
O trabalho é mais do que um desafio, é um encargo. Não é um bônus, é um ônus. Não vai caber ao secretário-geral sozinho organizar o partido. É característica do Aécio distribuir as tarefas e empoderar as pessoas para executá-la.

Já foi definido que Aécio será o candidato do partido à Presidência em 2014?
Há um acordo tácito entre todos para não falar na candidatura dele. Para deixar isso emergir das bases.

Mas há outros nomes?
Quem é presidente do partido tem uma vantagem natural em relação aos outros pretendentes, pela exposição que tem. Temos outros bons nomes, mas o Aécio é hoje o depositário da confiança dos tucanos.

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Outro desejo de Serra: deslocar Alckmin para a disputa presidencial
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Fernando Rodrigues

Eis uma nova especulação sobre o futuro político eleitoral de José Serra: empurrar o governador de São Paulo Geraldo Alckmin para a disputa da Presidência da República em 2014. Assim, ele, Serra, disputaria o governo paulista.

E Aécio Neves? Teria de ficar na fila.

Uma variação dessa especulação é o PSDB ter uma chapa puro sangue para o Planalto em 2014: Geraldo Alckmin e Aécio Neves, como candidatos a presidente e a vice-presidente. Ou vice-versa, dependendo de quem é o interlocutor. Para Serra, tanto faz. O importante seria a vaga aberta para ele disputar o Palácio dos Bandeirantes.

Nessa hipótese, claro, Serra permaneceria filiado ao PSDB. Estaria enterrada a chance de ele vir a se filiar ao MD, novo partido criado por Roberto Freire, do PPS.

Qual é o problema disso tudo? Geraldo Alckmin nem quer ouvir falar nessa possibilidade. Ele tem 60 anos e enxerga mais vantagem em tentar ficar até 2018 como governador de São Paulo. Aí sim voltaria a tentar a sorte numa corrida pelo Planalto (Alckmin concorreu em 2006, contra Lula, e perdeu).

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Poder e política na semana – 1º a 7.abr.2013
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Fernando Rodrigues

Fatos relevantes da semana: 1) termina na 2ª feira (1º.abr.2013) o prazo para ministros do STF entregarem seus votos revisados do caso do mensalão; 2) o governo deverá sancionar até 3ª feira (2.abr.2013) o Orçamento 2013; 3) na 3ª feira (2.abr.2013), líderes partidários tentarão convencer o deputado Marco Feliciano (PSC-SP) a deixar a presidência da Comissão de Direitos Humanos da Câmara; 4) na 4ª feira (3.abr.2013), José Serra, que anda ofuscado pelo rival Aécio Neves, fará uma palestra em Brasília; 5) na 6ª feira (5.abr.2013), Aécio e Eduardo Campos estarão juntos em um evento da Associação Paulista dos Municípios.

No início desta semana ainda repercutirá a criação da Secretaria da Micro e Pequena Empresa. Com esse novo órgão, o país passa a ter 39 ministérios. Um dúvida que permanece é sobre quem Dilma colocará no comando da pasta. O vice-governador de São Paulo, Guilherme Afif Domingos (PSD) é cotado para o cargo.

Na 2ª feira, Dilma terá ainda reuniões com os ministros Fernando Bezerra (Integração Nacional) e Guido Mantega (Fazenda). E o vice-presidente Michel Temer estará estará em Omã até 3ª feira (2.abr.2013).

Na 3ª feira, o Orçamento da União para 2013 deverá ser finalmente sancionado, segundo prometeu a ministra Miriam Belchior (Planejamento). No Congresso, a polêmica sobre o pastor Marco Feliciano será tema da reunião de líderes. Deputado federal e pastor evangélico, ele deu declarações consideradas racistas e homofóbicas e está sob pressão para deixar a Presidência da Comissão de Direitos Humanos e Minorias.

Na 4ª feira, José Serra estará em Brasília. Falará sobre a Constituinte (1987-1988), da qual ele fez parte, em palestra no IDP, de Gilmar Mendes. Em São Paulo, as ministras Tereza Campelo (Desenvolvimento Social) e Miriam Belchior (Planejamento) estarão em Santos para o Congresso da Associação Paulista dos Municípios. E Gilberto Kassab também participará do evento que, até sábado reunirá políticos de diversos partidos. É nesse congresso que Aécio e Eduardo Campos estarão juntos na 6ª feira.

A seguir, o drive político da semana:

 

Segunda (1º.abr.2013)
Dilma e ministros – presidente terá reuniões com Fernando Bezerra (Integração Nacional) e Guido Mantega (Fazenda).

Mensalão – termina nesta 2ª feira o prazo para os ministros do STF entregarem seus votos revisados.

Temer no Oriente Médio – vice-presidente da República estará em Omã até 3ª feira (2.abr.2013).

Reforma do Judiciário – a “Folha” fará, das 19h às 21h, em sua sede, em São Paulo, debate sobre a reforma do Judiciário. Participarão Joaquim Falcão, diretor da Escola de Direito da Fundação Getulio Vargas (Rio); Flavio Caetano, secretário de Reforma do Judiciário; Pierpaolo Bottini, professor de direito penal da USP; e Felipe Cavalcanti, presidente da Associação Paulista do Ministério Público. O mediador será o colunista Helio Schwartsman.

 

Terça (2.abr.2013)
Orçamento 2013 – segundo a ministra Miriam Belchior (Planejamento), o Orçamento da União para este ano deverá ser sancionado até esta 3ª feira.

Pastor Feliciano – líderes dos partidos na Câmara farão sua reunião semanal e deverão discutir a situação do deputado Marco Feliciano (PSC-SP). Pastor evangélico, ele deu declarações consideradas racistas e homofóbicas por representantes de minorias. Por isso, enfrenta pressão para renunciar à Presidência da Comissão de Direitos Humanos.

Direitos dos empregados domésticos – a PEC aprovada pelo Congresso que ampliou os direitos da categoria deverá valer a partir desta 3ª feira, com uma cerimônia especial de promulgação.

PGR no Senado – o senador Fernando Collor (PTB-AL) tenta convidar o procurador-geral da República, Roberto Gurgel, para explicar a compra de tablets para a Procuradoria na Comissão de Meio Ambiente da Casa. Collor coloca em dúvida a licitação para a compra dos aparelhos.

Dinheiro dos Estados – está na pauta do Senado projeto de redistribuição do Fundo de Participação dos Estados (FPE).

Disputa pela PGR – em Brasília, candidatos a sucessor de Gurgel na PGR farão um debate. São eles: Rodrigo Janot, Ela Wiecko, Deborah Duprat e Sandra Cureau.

Livro de Luiz Dulci – ex-ministro de Lula lançará livro sobre o governo petista em Brasília. Às 19h30, no teatro dos bancários.

Ideli e Afif – ministra de Relações Institucionais, do PT, e o vice-governador de São Paulo, do PSD, participarão do Congresso da Associação Paulista dos Municípios, em Santos. O evento acontecerá até sábado (6.abr.2013).

Câmara e a síndrome de down – Casa fará sessão solene em homenagem ao Dia Internacional dedicado ao tema. Também será lembrado o Dia Internacional de Conscientização sobre o Autismo. Às 10h.

Indústria – IBGE divulgará pesquisa sobre a produção nacional do setor.

 

Quarta (3.abr.2013)
Serra em Brasília – ex-governador de São Paulo falará sobre a Constituinte (1987-1988), da qual ele fez parte, em palestra no IDP. Gilmar Mendes, ministro do STF, estará presente. Começará às 10h30, no auditório do IDP.

Ministras em São Paulo – Tereza Campelo (Desenvolvimento Social) e Miriam Belchior (Planejamento) estarão em Santos para o Congresso da Associação Paulista dos Municípios.

Kassab e os municípios – ex-prefeito de São Paulo falará no evento da Associação Paulista dos Municípios após as apresentações das ministras.

STF e o IR – estão na pauta do Supremo casos que poderão servir de referência para a cobrança de Imposto de Renda de empresas com operações no exterior. Entre as ações estão uma ajuizada pela CNI (Confederação Nacional da Indústria) e outra pela Vale do Rio Doce.

Inflação Fipe divulgará IPC referente ao mês de marco de 2013.

 

Quinta (4.abr.2013)
Ministros em São Paulo – esta 5ª feira será a vez de Aldo Rebelo (Esporte) e Aloizio Mercadante (Educação) falarem no Congresso da Associação Paulista dos Municípios.

PP na TV – partido de Paulo Maluf terá 10 minutos em rede nacional. Das 20h às 20h10, no rádio. Das 20h30 às 20h40, na TV. Neste ano, a sigla deverá trocar de presidente. Sairá do cargo o senador Francisco Dornelles, do Rio de Janeiro, e entrará o senado Ciro Nogueira, do Piauí.

STF e o Congresso – na pauta do Tribunal um caso que envolve um congressista. Mas a pauta da Corte mostra só as iniciais do envolvido. Quando assumiu a Presidência do STF, em abril de 2012, Ayres Britto disse ao Poder e Política, programa de entrevistas do UOL e da Folha, que faria os nomes serem divulgados na íntegra. Ele deixou o cargo e já até se aposentou. E os nomes continuam a ser omitidos.

Di Cavalcanti – três desenhos do artista, um dos mais relevantes do modernismo brasileiro, estarão à venda na feira SP-Arte, que acontecerá até domingo (7.abr.2013).

Feira erótica – além da feira de arte, São Paulo receberá a 20ª edição da Erótika Fair, no Anhembi.

 

Sexta (5.abr.2013)
Aécio e Eduardo Campos – o senador tucano e o governador de Pernambuco, potenciais candidatos a Presidência da República, participarão no mesmo dia do Congresso da Associação Paulista dos Municípios, em Santos.

Padilha em São Paulo – antes dos presidenciáveis, quem deverá falar é o ministro da Saúde, Alexandre Padilha.

Indústria – IBGE divulgará pesquisa sobre a produção regional do setor.

 

Sábado (6.abr.2013)
Alckmin e os municípios – governador de São Paulo fará uma apresentação no último dia do Congresso da Associação Paulista dos Municípios, em Santos.

 

Domingo (7.abr.2013)
Eleição em Montenegro – pequeno país do Leste Europeu, uma das ex-repúblicas socialistas da extinta Iugoslávia, fará eleição presidencial.

 

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Record cancela debate em SP
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Fernando Rodrigues

As campanhas de Fernando Haddad (PT) e de José Serra (PSDB) a prefeito de São Paulo acertaram ontem (16.out.2012) o cancelamento do debate que fariam na TV Record no dia 22.

A razão do cancelamento foi o fato de a emissora propor o início do debate em torno das 23h00. PT e PSDB consideraram essa uma faixa de pouca audiência e que nada acrescentaria às campanhas.

Dessa forma, com o cancelamento no evento na Record, restarão 3 debates no segundo turno paulistano: TV Bandeirantes (amanhã, dia 18), SBT/UOL (24) e Globo (26).

No primeiro turno, a Record também não realizou debate.

Além do cancelamento do debate na Record, já tinham sido descartados outros encontros como os propostos pelas emissoras RedeTV!, Cultura e Gazeta. Também foi vetado por PT e PSDB o debate Folha/UOL, que seria realizado pela internet e teria um formato diferente, sem tempos rígidos para perguntas e respostas –e seria no horário nobre da web, às 11h da manhã do dia 25.

O formato dos debates será engessado, segundo o acordo entre as campanhas e imposto às emissoras. O tempo será cronometrado. Jornalistas não terão direito a réplica quando fizerem perguntas aos candidatos.

O mais arejado dos 3 debates deve ser o do SBT em parceria com o UOL. Primeiro, porque começará às 18h (quando a audiência flutua em torno de 10 pontos no Ibope). Segundo, porque serão usadas perguntas enviadas por internautas.

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Viradas como a de SP são mais comuns
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Fernando Rodrigues

O 2º colocado passa o 1º quando a diferença foi pequena entre ambos no primeiro turno…

…mas inversão é sempre rara: Brasil já teve 135 segundos turnos e só em 30 houve viradas

Cidade de São Paulo nunca teve uma virada em toda a sua história eleitoral

A pesquisa Datafolha que inverte as posições de Fernando Haddad (PT) e José Serra (SPDB) na disputa pela Prefeitura de São Paulo mostra ser possível haver uma virada na capital paulista. Será um fato inédito se ocorrer no dia 28 de outubro: nunca um candidato que passou para a rodada final como segundo colocado terminou depois na primeira colocação e venceu a eleição.

Por outro lado, a história moderna de eleições municipais no Brasil mostra que as viradas, quando ocorrem, são exatamente em situações semelhantes a essa protagonizada por Haddad e Serra: 1) o segundo colocado chega ao final da primeira fase da campanha em alta e 2) a diferença para o que está na frente não é muito grande –no caso, Serra só ficou 1,8 ponto percentual à frente de Haddad.

O Brasil teve até hoje 135 segundos turnos municipais desde 1996 (não há dados disponíveis e confiáveis sobre 1992, quando esse sistema começou a ser usado nas cidades). Nesses 135 segundos turnos, só 30 tiveram viradas, com a inversão de posição dos candidatos entre o primeiro e o segundo turnos. Ou seja, só 22% de reviravoltas.

Eis um resumo dos segundos turnos no país de 1996 a 2008 nas eleições municipais:

É possível então analisar o que ocorre nas viradas. Nota-se que situações como as de Haddad e Serra são as mais comuns –o que não garante, é sempre bom ressaltar, que isso vai se cristalizar nas urnas eletrônicas em 28.out.2012.

Como dito no início deste post, há um padrão mais ou menos lógico nas viradas: quanto mais perto terminam os candidatos que vão ao segundo turno, mais fácil é de as posições se inverterem.

No caso das 30 reviravoltas até agora nas cidades, de 1996 para cá, apenas 15 ocorreram quando o segundo colocado foi para o turno final com mais de 5 pontos percentuais atrás do líder. Ou seja, só em 11% dos casos esse “milagre” ocorre.

Já em cidades como São Paulo e Salvador, a inversão não é tão improvável. Na capital baiana, a decisão do 1º turno foi ainda mais apertada do que na disputa paulistana. Entre os eleitores soteropolitanos, apenas 0,4 ponto percentual separou o líder ACM Neto (DEM) de Nelson Pelegrino (PT) –e o petista esteve em clara ascensão nos últimos dias.

 

INEDITISMO

Outro fator a ser considerado também é a tradição de algumas cidades. Em São Paulo nunca o segundo colocado conseguiu passar para a primeira colocação no turno final.

Mas, pela configuração atual, 6 cidades que nunca tiveram virada de resultado entre 1º e 2º turnos são as que mais têm chances de registrar reviravolta agora em 2012: São Paulo (SP), Salvador (BA), Ponta Grossa (PR), Montes Claros (MG), Duque de Caxias (RS) e Cuiabá (MT).

Em quatro delas o PT está em segundo e tem chances de virar. Em uma o cenário é oposto para o petista na disputa. E em uma não há representante do PT no turno final.

Por fim, um último dado estatístico: nas 30 viradas registradas nos segundos turnos em cidades de 1996 a 2008, o PMDB é o detentor do recorde de 7. Em seguida, vem o PT, com 5. Depois, PSDB e o PP, com 4 cada um.

Eis o quadro geral dos 50 segundos turnos no país e a diferença em pontos percentuais dos finalistas:

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Nas “internas”, SP terá 3 vencedores hoje
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Fernando Rodrigues

Serra, Russomanno e Haddad propagam vitória em suas pesquisas reservadas

PSDB acha que diferença do 2º para 3º colocado será de 40 mil a 68 mil votos

Como se sabe, Datafolha e Ibope dão um triplo empate na disputa paulistana entre José Serra (PSDB), Celso Russomanno (PRB) e Fernando Haddad (PT). Aqui, os dados. Este Blog tem também todas as principais pesquisas das cidades brasileiras.

A coisa muda de figura quando se conversa com os comandos de Serra, Russomanno e Haddad. As “internas”, pesquisas reservadas de cada candidato, mostram sempre um quadro diferente. O Blog não sabe qual será o resultado final, mas compartilha com os internautas os depoimentos de pessoas importantes coletados ontem (6.out.2012) à noite e hoje (7.out.2012) bem cedo:

 

Campanha de Fernando Haddad:

[final do dia ontem, 6.out.2012]:

Pergunta: o que achou dos números do Datafolha?

“[O levantamento do Datafolha está] completamente errado! Datafolha mais uma vez vai dançar”.

Pergunta: mas quem vai ao segundo turno?

[hoje, 7.out.2012, às 6h38 da manhã]: “Super pesquisa nossa, saída do forno esta madrugada: Haddad 29%; Russomanno 28%; Serra 26%; Chalita 12%. Anote e confirme!”

 

Campanha de José Serra:

[informações de ontem, 6.out.2012, à noite]:

Pergunta: como será a reta final e o que achou dos números do Datafolha?

“Eu acho que será o Russomanno, mas com o Serra em primeiro. Mas nossa pesquisa também indica a possibilidade de o Haddad subir e passar o Russomanno. No nosso tracking [pesquisa diária das campanhas], Russomanno parou de cair e Haddad não sobe. Só se for uma onda sexta e sábado”.

Pergunta: estão todos empatados na margem de erro… Quem passa ao segundo turno?

“Não estão empatados. Serra esta 5 pontos na frente. Russomanno está um na frente nos votos válidos, mas a curva é desfavorável. Mantida a tendência, Haddad pode passar por um ponto, 68 mi votos. Na nossa aposta, é Russomanno 40 mil votos na frente. E Serra 400 mil na frente do segundo”.

 

Campanha de Celso Russomanno:

Pergunta do Blog: estão todos empatados na margem de erro… Quem vai ao segundo turno?

“Meu caro. Não faço ideia. Acho que vai dar Russomanno e Serra”.

 

Comentário do Blog 1: como se observa, é cada um vendendo o seu peixe. Mas chama a atenção o comentário econômico e lacônico da campanha de Celso Russomanno.

Comentário do Blog 2: hoje à noite será possível comparar não apenas as pesquisas de opinião com os resultados finais das urnas, mas também as previsões dos comandos das campanhas de Serra, Russomanno e Haddad.

 

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Conheça as estratégias da reta final em SP
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Fernando Rodrigues

Russomanno se afasta de polêmica e tentar reduzir danos

Serra vai mirar em Haddad e no PT, ligando-os ao mensalão

Haddad colará imagem em Lula e Dilma e espera militância

É impossível saber quem será o próximo prefeito de São Paulo, mas dá para analisar as estratégias dos 3 candidatos competitivos remanescentes na disputa:

Celso Russomanno (PRB): líder nas pesquisas, tentará fazer o mínimo possível de movimentos bruscos. Ele não quer confusão.

Não interessa a Russomanno causar polêmica. Na semana passada, ele perdeu pontos por ter sido muito atacado pelos adversários. A ideia geral da campanha de Russomanno é mantê-lo longe de confusões e garantir assim uma vaga no 2o turno.

Em certa medida, a trajetória de Russomanno guarda alguma similitude com a de Fernando Collor em 1989 (pelos aspectos imagéticos projetados).

O candidato do PRB (Partido Republicano Brasileiro) é hoje, assim como foi Collor em 1989, o que mais encarna o “novo” na cabeça do eleitor. É filiado a um partido pequeno. Está deixando para trás nomes famosos da política. E é um dos mais atacados.

Em 1989, Collor era do nanico PRN (Partido da Renovação nacional). Enfrentou uma queda nas pesquisas na reta final do 1º turno, mas ainda assim passou com alguma folga. E depois venceu –numa disputa contra Lula, do PT.

O objetivo de Russomanno é entrar no 2º turno com uma vantagem que possa lhe conferir tranquilidade para curta campanha da segunda rodada de votação.

 

José Serra (PSDB): o Blog comentou num post de sábado que o tucano segue uma estratégia um pouco nebulosa. Foi uma observação incompleta.

Na realidade, o que se passa é que nesta eleição há muitas ações tomadas como se fossem microcirurgias. Às vezes, são pouco notadas. Mas têm o efeito desejado para o candidato.

Serra conhece as dificuldades que têm (a alta rejeição e a imagem de ser um político que deixa a cadeira depois de eleito). Ao mesmo tempo, tem o benefício de ter um voto sólido entre cerca de 20% dos eleitores paulistanos do espectro mais conservador.

O tucano notou logo no início da propaganda de TV que teria de se equilibrar na segunda posição. Concluiu que seria preciso poupar Celso Russomanno e conter uma eventual alta de Fernando Haddad, do PT.

Por que Serra não ataca Russomanno de maneira mais dura? Simples. Se Celso Russomanno fosse atacado sem dó nem piedade pelo tucano, o maior beneficiário teria sido Fernando Haddad, e não próprio Serra. É que os votos dos “mannos”, como são conhecidos os eleitores do candidato do PRB, estão concentrados em áreas “vermelhas” da cidade, tradicionalmente petistas.

Quando Russomanno perde, quem mais ganha é Haddad –e não Serra.

Por outro lado, Serra teve de usar o que estava à mão para impedir que Haddad subisse. Aí está explicada a estratégia de tentar colar o mensalão no candidato do PT.

Embora os petistas digam que o julgamento do mensalão afete marginalmente as eleições deste ano, não é verdade. Em São Paulo, conforme apurou o Datafolha, 19% dos eleitores dizem ter mudado de voto por causa do escândalo.

Quando se faz um recorte para saber quem foi o mais prejudicado, dá a lógica: 10% dos eleitores paulistanos dizem que estavam propensos a votar em Haddad, mas mudaram de voto por causa do mensalão.

Ou seja, para Serra o ideal é calibrar sua estratégia para manter Haddad em 3º lugar, mas torcendo para Russomanno desidratar ao máximo e já chegar ao segundo turno fragilizado.

 

Fernando Haddad (PT): como esperado, o petista vai colar sua imagem ao máximo nesta última semana aos seus principais padrinhos políticos: o ex-presidente Lula e a presidente Dilma Rousseff.

Ao mesmo tempo, Haddad também usará a estratégia de explorar a rejeição a José Serra em regiões paulistanas tipicamente petistas, mas que hoje estão dispersas e depositando muitos votos em Russomanno.

Como revelado aqui num post no sábado, a ideia do PT é pedir o voto útil em Haddad na zona leste: vote em Haddad para evitar Serra no segundo turno, será o argumento.

O petista enfrenta um grande revés nesta semana: o julgamento do mensalão, que deve avançar para réus ilustres do PT, como José Dirceu. José Genoino e Delúbio Soares.

O assunto, por ter relevância jornalística, vai inundar os telejornais de todas as emissoras de TV.

Mal comparando e guardadas todas as devidas proporções, o mensalão chega ao seu ápice podendo ser para o PT o que foram os conflitos na CSN em 1988 –mas com o efeito contrário.

Em 1988, a CSN (Companhia Siderúrgica Nacional) teve uma greve que foi combatida com violência. Operários morreram. As fotos dos corpos e dos caixões apareceram no noticiário. O país estava ainda entrando na democracia e houve muita comoção.

Naquela semana em 1988 a candidata a prefeita pelo PT, em São Paulo, era Luiza Erundina. Ela disparou 10 pontos percentuais e venceu Paulo Maluf, então o principal adversário –à época, não havia segundo turno.

Agora, o mensalão pode funcionar como um obstáculo para Haddad conseguir os votos necessários para ir ao segundo turno.

 

Outros candidatos
Por fim, há os outros candidatos fora do páreo. Os principais, de partidos estruturados, são Gabriel Chalita (PMDB0, Soninha (PPS) e Paulinho da Força (PDT). Juntos, esses 3 têm 14% no Datafolha.

É lícito supor que parte dos eleitores de Chalita, Soninha e Paulinho acabem migrando para os 3 candidatos que estão no topo da disputa. Para onde irão esses 14% é uma incógnita, mas aí também pode estar a chave para saber que irá ao segundo turno na eleição para prefeito da cidade de São Paulo.

 

Comentário do Blog: tudo considerado, a única coisa é certa nesta eleição paulistana é que os 3 candidatos (Russomanno, Serra e Haddad) têm chance de ir ao segundo turno. Quem vai passar? Só saberemos dia 7 de outubro.

 

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Os “mannos” e o Ralph Nader brasileiro
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Fernando Rodrigues

publicitário analisa como Russomanno pode acabar ganhando eleição paulistana

O publicitário Rui Rodrigues envia ao Blog uma excelente reflexão sobre a disputa pela Prefeitura de São Paulo. Ele já participou de várias campanhas presidenciais para vários tucanos e é agora um consultor em comunicacao institucional e política. Conhece como poucos o comportamento do eleitorado brasileiro –e muito o paulistano.

A liderança de Celso Russomanno (PRB) na corrida paulistana é colocada em perspectiva: “Ele não é só o ‘candidato Procon’ que está sendo vendido na mídia”.

Para o publicitário, Russomanno (ou o político que se dispuser) tem tudo para neste século 21 usar sua ênfase sobre consumo e direitos do consumidor para cobrar mais respeito ao uso do dinheiro público.

“Não vejo a mesma ênfase para o dinheiro dos impostos que deveria, na contrapartida, oferecer serviços de qualidade na saúde, educação, transporte, segurança e outros. Cadê o recall do governo? (…) E nessa praia, defendendo a ‘cidadania’ aparece o paladino Russomanno, defendendo o ‘cidadão consumidor’, o brasileiro, e por excelência o paulistano dos nossos dias. Com um pouco de jeito pode vir a ser o Ralph Nader brasileiro”.

A referência, nesse caso, é ao influente ativista político norte-americano Ralph Nader. Advogado, ele atua em proteção ao consumidor, causas humanitárias, meio ambiente e governança democrática. Ganhou notoriedade ainda nos anos 60 quando fez um estudo profundo da falta de segurança nos automóveis dos Estados Unidos.

Nader já participou de seis campanhas presidenciais nos EUA. Nunca teve sucesso, mas em 2000 sua presença acabou ajudando na eleição do Republicano George W. Bush, pois a candidatura independente de Nader retirou votos do democrata Al Gore.

A seguir, o artigo de Rui Rodrigues que merece ser lido por quem deseja entender o que se passa na eleição paulistana de 2012:

 

RUI RODRIGUES (*)
PUBLICITÁRIO

Eu me perguntava a razão de Celso Russomano estar tão bem posicionado e pensava…

1. Lá estão os simpatizantes do PT que não sabem quem é o candidato do PT.

2. Lá estão também aqueles que gostam do sujeito, gente de menos informação política, com a cabeça feita completamente pela mídia televisiva que é o reino do Russomano.

3. Lá estão também os que não gostam do PT e não são tucanos. Com o Russomano, acharam alguém para votar que não o Serra, completo tucano, ou o Chalita, um voto muito indefinido.

4. Aliado a isso tudo o fato de o sujeito não ter rejeição. O que se falava ou se fala contra ele?

Bem, essas eram as razões para o voto no Russomano.

Eu imaginava que a lógica seria o voto do Russomano migrar para o Haddad e para o Serra num movimento que repetisse a polarização histórica da cidade.

Não aconteceu assim. O Haddad ganha votos, mas não do Russomano, e o Serra não ganha votos. Ele perde. E perde para o Russomano e não para o Haddad. Então fiz outras reflexões.

O voto no Russomano é mais sólido do que eu podia supor.

O Russomano não é só o ‘candidato Procon’ que está sendo vendido na mídia.

Aqui no Brasil o que conferiu cidadania ao povo, e isso vem sendo martelado insistentemente pela propaganda oficial, é o consumo. E o consumo de bens oferecidos pela indústria e não o consumo de serviços oferecidos pelos governos.

O que define o cidadão brasileiro é a possibilidade de ter um carro, uma TV, uma geladeira etc.… Não é a qualidade do serviço de saúde ou educação… Pede-se com ênfase (Russomanno é mestre nisso) o respeito ao dinheiro gasto comprando algo, tanto que recall passou a ser, a meu ver, um instrumento de marketing e não a constatação de que lhe venderam uma droga (bem, isso é assunto para outra conversa).

Pede-se com ênfase esse respeito, a esse dinheiro, e não vejo a mesma ênfase para o dinheiro dos impostos que deveria, na contrapartida, oferecer serviços de qualidade na saúde, educação, transporte, segurança e outros. Cadê o recall do governo? Vão dizer que é na eleição… Então tá.

Vamos lá.

E nessa praia, defendendo a “cidadania”, aparece o paladino Russomano, defendendo o “cidadão consumidor”, o brasileiro, e por excelência o paulistano dos nossos dias.

Com um pouco de jeito pode vir a ser o Ralph Nader brasileiro.

Ele poderia propor a transição do cidadão consumidor de produtos para o cidadão consumidor de serviços públicos.

Daria um belo discurso e um posicionamento único para ele.

Então…voltando para o voto…

José Serra não bateu no sujeito porque achava que por gravidade o voto do Russomano se não está com o PT poderia vir para ele como o cara que ganha do PT.

O PT não bateu em Russomanno porque achava que o voto petista que está lá viria assim que o grau de conhecimento de Fernando Haddad aumentasse –e ainda mais com a benção de Lula.

Na verdade, a meu ver, o voto em Russomanno estava mais consolidado do que se pensava:

1. Ele tem o voto dos que não querem o PT e se cansaram de Serra.

2. Todos que se cansaram da velha dicotomia têm alguém para votar e em quem o povo acredita.

3. Russomanno tem inclusive o voto dos que eram simpatizantes do PT e que se decepcionaram com o mensalão mas não querem votar tucano (por falar nisso, em São Paulo o efeito mensalão é diferente dos de outros Estados e cidades).

4. Russomanno tem o voto do cidadão consumidor que se sente respeitado e vê nele um real defensor dos seus direitos.

Pode acontecer o que já aconteceu: Russomanno ser a real alternativa para não deixar o PT levar e como não conseguirá governar com o que tem, poderá ir para os braços do PSDB. Já aconteceu com Gilberto Kassab que tinha uma prefeitura tucana nos seus principais quadros.

Nesse cenário, o PT deve estar bem preocupado. Pensava que poderia perder para José Serra, e, engraçado, hoje torce para ter Serra no segundo turno –porque sabe que para Russomanno a derrota poderá ser inevitável.

RUI RODRIGUES, 61 anos, é publicitário. Atuou, entre outras, nas seguintes campanhas eleitorais: FHC e Antonio Britto (1994), FHC (1998), José Serra (2002) e Antonio Anastasia (2010).

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“Faltam ânimo e fotos na campanha de rua”
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Fernando Rodrigues

Fotógrafo aponta desanimação na rua dos candidatos a prefeito de São Paulo

O experiente repórter fotográfico Moacyr Lopes Junior, da Folha, tem acompanhado os candidatos a prefeito de São Paulo em campanha.

Para Moacyr, “a campanha de rua está assim, engessada, desanimada, falta empolgação, ânimo e fotos!”. Eis o relato enviado ao Blog em comentário à coluna da Folha do último sábado (01.set.2012):

 

MOACY LOPES JUNIOR
REPÓRTER FOTOGRÁFICO

Estava lendo sua coluna de hoje [01.set.2012 – Cenários paulistanos] e me veio a ideia de te escrever. Quero dividir com você minha humilde observação quanto ao atual contexto dos candidatos de São Paulo em relação às agendas públicas que eles propõem a divulgar para a imprensa.

É bem verdade que eu estava cobrindo a Olimpíada e após uma semana de folga voltei à Redação nesta semana que se passou. Mal tive tempo para sentir com mais intimidade as estratégias de rua do Haddad, Serra, Russomano, Chalita.

O pouco que acompanhei foi triste. Credo, nada de foto!

Claro que está é uma avaliação prematura –uma semana não apresenta nenhuma metodologia para tirarmos conclusões firmes sobre as estratégicas adotadas– mas o que vi, decepcionado, são agendas tímidas, encontros internos, tudo controlado por assessores.

Na rua, nesta semana que se passou, só visitas relâmpago.

Em agosto fizeram algumas passagens em lugares mais movimentados (fui ver no arquivo do mês passado). Agora, pelo que observei, há uma mudança de rumo quanto à exposição pública.

Essa estratégia, de preservar os candidatos de possíveis constrangimentos, pra mim soa como falta de audácia em se expor. A estratégia de preservar o candidato é um acanhamento que nunca tinha visto numa eleição importante.

Parece que o marketing político, (pelo menos com os mais bem colocados nas pesquisas) direciona a força de indução para à TV (propagandas e debates).  É uma pena, por que ao menos, as campanhas de rua serviam para os candidatos conhecerem os lugares mais recônditos da cidade. Será que depois de eleitos voltam para os extremos pobres de São Paulo?

A falta de ousadia nas ruas, por enquanto, é decepcionante. Os candidatos não se arriscam a gestos mais espontâneos ou midiáticos, têm se permitido apenas a serem fotografados ou gravados posando com simpatizantes como time de futebol. Esse engessamento de candidatos, transformando-os em personagens perfeitos é coisa antiga, mas tá demais.

Me parece que os marqueteiros querem controlar tudo até o improviso da rua no encontro com os eleitores. Essas visitas aos bairros distantes eram momentos, algumas vezes sinceros, do contato do candidato com a dura realidade do paulistano.

Você sabe. Nossas objetivas são críticas, irônicas, mas também são imparciais e potencializam friamente a imagem real dos candidatos sem a interferência do marketing político.

Por enquanto, a campanha de rua está assim, engessada, desanimada, falta empolgação, ânimo e fotos!

 

Eis aí as observações do atento repórter fotográfico Moacyr Lopes Junior. Para os candidatos a prefeito de São Paulo, #ficaadica.

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