Blog do Fernando Rodrigues

Arquivo : pesquisas eleitorais

Pesquisas mostram PT perto de ser expelido de grandes centros urbanos
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Fernando Rodrigues

Sigla de Lula já teve 25 cidades importantes e deve cair para até 5

Em São Paulo, petistas são favoritos só em 2 centros relevantes

PSDB e PMDB devem ser os maiores vitoriosos no “grupo das 93”

G93 abriga as 26 capitais e municípios com mais de 200 mil eleitores

Leia aqui neste post o resumo de todas as pesquisas mais recentes

Ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva

Ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva

Pesquisas recentes, divulgadas até ontem (30.set), antevéspera da eleição, indicam que o Partido dos Trabalhadores está prestes a sofrer sua maior derrota eleitoral nas cidades grandes em 20 anos.

A sigla de Lula já teve 25 dos maiores centros urbanos sob seu controle, em 2008, no auge do governo do petista. Agora, tem apenas 5 candidatos competitivos no G93, o grupo que reúne as 26 capitais e as 67 cidades com mais de 200 mil eleitores (e nas quais é possível haver 2º turno).

Candidatos competitivos são aqueles que estão na 1ª colocação das pesquisas de intenção de voto, seja de maneira isolada ou dentro da margem de erro dos levantamentos.

O PT só aparece com 1 candidato franco favorito em uma cidade do G93: a capital, Rio Branco (AC), onde o prefeito Marcus Alexandre pode se reeleger já no 1º turno. No Estado de São Paulo, berço da sigla, há 2 candidatos competitivos, em Guarulhos e em São Bernardo do Campo.

PSDB e PMDB devem ficar com o maior número de prefeitos eleitos em 2 de outubro nas principais cidades do país, segundo as pesquisas mais recentes. Os 2 partidos têm os maiores números de candidatos competitivos no G93. O PSDB tem 23 candidatos nessa condição. O PMDB, 18.

As informações são dos repórteres do UOL Douglas Pereira, Gabriel Hirabahasi, Gabriela Caesar, Guilherme Moraes, Luiz Felipe Barbiéri, Pablo Marques, Victor Fernandes, Victor Gomes e Rodrigo Zuquim.

Blog analisou e compilou pesquisas de 86 das 93 cidades mais importantes do país. Em 7 municípios ainda não há levantamentos de intenção de voto recentes, dos últimos 30 dias.

G93 abriga 54,5 milhões de eleitores. Isso equivale a 37,8% dos 144,4 milhões de brasileiros aptos a votar para prefeito no próximo domingo (2.out.2016).

Quando se consideram apenas as 86 cidades para as quais há pesquisas recentes disponíveis, trata-se de um universo de 52,7 milhões de eleitores –ou seja, 36,3% do país.

O quadro a seguir mostra o desempenho dos partidos políticos nas eleições municipais das últimas duas décadas:

pesquisas-sintese (1) atualizada

As 7 cidades para as quais não há levantamentos publicados nas últimas semanas são os seguintes: Belford Roxo (RJ), Carapicuíba (SP), Franca (SP), Itaquaquecetuba (SP), Maringá (PR), Montes Claros (MG) e Santa Maria (RS).

MAIOR DERROTA EM 20 ANOS
A eleição de amanhã (2.out) pode  pode ser o pior resultado do PT desde 1996, quando elegeu 9 prefeitos dessas 93 cidades mais relevantes do país. A sigla sempre teve desempenho crescente até 2008. Em 2012, caiu para 17 prefeitos eleitos nesse universo.

O envolvimento com casos de corrupção e o desgaste produzido pelas crises política e econômica durante o governo de Dilma Rousseff (que teve o mandato de presidente cassado em 31.ago.2016) são alguns dos fatores que podem explicar o baixo desempenho do partido em 2016. Os grandes centros urbanos foram vitais para o PT nas sua fase mais vitoriosa. Mas as cidades mais populosas são também os locais nos quais o humor do eleitorado tende a se degradar mais rapidamente em momentos de recessão econômica como o atual.

Depois de eleger 17 prefeitos em 2012, o Partido dos Trabalhadores já perdeu 4 deles ao longo do mandato. Hoje, há apenas 13 petistas comandando cidades no grupo das 93 mais importantes.

Um dos casos mais emblemáticos deste eventual desempenho ruim do PT pode ser o prefeito de São Paulo, Fernando Haddad, candidato à reeleição. Ele tem crescido nas pesquisas, mas ainda está numericamente em 4º lugar, com 13% de intenções de voto, segundo pesquisa Ibope. Está tecnicamente empatado com Marta Suplicy (PMDB), que tem 16%. João Doria (PSDB) e Celso Russomanno (PRB) lideram com 28% e 22%, respectivamente.

Mesmo com alguma oscilação positiva na sua de intenção de voto nos últimos levantamentos, Haddad continua em situação difícil: ele tem uma das maiores taxas de rejeição entre prefeitos que tentam a reeleição em cidades grandes.

PMDB
Embora o PMDB tenha 18 candidatos competitivos, o partido de Temer corre o risco de não ir ao 2º turno nas maiores cidades: São Paulo e Rio. Nesta última, a sigla pode perder a hegemonia conquistada com a chegada de Sérgio Cabral ao governo do Estado e de Eduardo Paes à prefeitura.

Pedro Paulo, candidato de Paes, está empatado tecnicamente em 2º lugar com Marcelo Freixo (Psol), Índio da Costa (PSD), Jandira Feghali (PC do B) e Flávio Bolsonaro (PSC). Marcelo Crivella (PRB) lidera, com 30%.

O presidente do Senado, Renan Calheiros, é outro cacique peemedebista que deve sair enfraquecido no domingo. As intenções de voto de seu aliado em Maceió (AL), Cícero Almeida, caem pesquisa após pesquisa. Ele corre risco de ficar de fora do 2º turno.

Já o atual prefeito, Rui Palmeira (PSDB), chega às urnas como favorito. Se vencer, Palmeira se cacifa para enfrentar o governador Renan Filho (PMDB) em 2018.

Outros 2 dirigentes peemedebistas, o senador Romero Jucá e o ministro Eliseu Padilha, apoiam candidatos competitivos em seus Estados. Jucá é aliado da prefeita de Boa Vista (RR) Teresa Surita, que tem 73% das intenções de voto, de acordo com levantamento do Ibope. Padilha apoia a candidatura do vice-prefeito de Porto Alegre, Sebastião Melo, que está na frente nas pesquisas, com 26%.

GERALDO ALCKMIN
Um dos maiores vencedores destas eleições deverá ser o governador de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB). Seu partido tem candidatos competitivos em 12 das 25 maiores cidades do Estado com pesquisas divulgadas nos últimos 30 dias. Na capital, João Doria lidera isolado. Doria é uma escolha pessoal do governador, que bancou sua candidatura contra outros caciques do partido, como o ministro José Serra.

O resultado das eleições municipais no Estado de São Paulo é fundamental para Geraldo Alckmin pavimentar o caminho de sua candidatura nas eleições presidenciais daqui a 2 anos. O PSDB tem outros 2 pré-presidenciáveis: Aécio Neves e José Serra.

A seguir, o quadro com as pesquisas compiladas pelo Blog nas capitais (clique na imagem para ampliar).

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Abaixo, os levantamentos mais recentes das 60 cidades com mais de 200 mil eleitores (clique na imagem para ampliar).

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PSDB lidera em metade das principais cidades paulistas
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Fernando Rodrigues

Partido do governador tem 11 candidatos no topo das pesquisas

Resultado tem peso nas pretensões de Alckmin em 2018

PMDB de Michel Temer tem 2  favoritos

PT só tem 1 nome na liderança

Geraldo Alckmin (PSDB), governador de São Paulo

Geraldo Alckmin (PSDB), governador de São Paulo

O partido do governador Geraldo Alckmin será o maior vencedor das eleições municipais no Estado, caso se confirmem as expectativas das pesquisas eleitorais.

28 municípios paulistas estão incluídos no levantamento realizado pelo blog no chamado G93 (grupo das 26 capitais do país  e 67 cidades com mais de 200 mil eleitores). 

PSDB lidera em metade das 22 maiores cidades de São Paulo com pesquisas divulgas nos últimos 30 dias.

Dos 11 candidatos tucanos considerados  competitivos –ou seja, que ocupam a 1ª posição isolada ou empatada dentro da margem de erro–, 8 lideram os levantamentos de forma isolada.

Além disso, 4 tucanos estão aptos a vencer as eleições no 1º turno, porque têm mais de 50% das expectativas de votos, considerando inclusive a margem de erro para o segundo colocado.

Aliado do governador Alckmin, o PSB ocupa a segunda posição, com 3 candidatos na lidança.

Já o PMDB do presidente Michel Temer tem 2 nomes entre os mais competitivos. O mesmo resultado de PSD, PV, PPS e PDT.

O PT tem só 1 candidato competitivo entre as maiores cidades de São Paulo pesquisadas.

Em 2012, os 2 partidos elegeram 8 prefeitos cada nas 28 principais cidades paulistas.

As informações são do repórter do UOL Victor Fernandes.

O quadro a seguir mostra o desempenho dos partidos políticos em São Paulo nas últimas eleições municipais e o desempenho das legendas nas pesquisas eleitorais deste ano (clique na imagem para ampliar):

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Candidatos competitivos em 2016: são os que estão na 1ª colocação das pesquisas de intenção de voto, seja de maneira isolada ou dentro da margem de erro dos levantamentos. Só há pesquisas disponíveis em 22 dos 28 principais municípios paulistas do país. Até o fechamento da edição deste post, não foram divulgadas pesquisas nas últimas semanas nestas 6 cidades: Carapicuíba, Franca, Guarulhos, Itaquaquecetuba, Suzano e Taboão da Serra.

A seguir, o quadro com as pesquisas em São Paulo compiladas pelo Blog (clique na imagem para ampliar).

28.set-prefeitos-SP-eleicoes-2016CAPITAL
O candidato do PSDB na capital paulista, João Doria, lidera as pesquisas eleitorais. O tucano é uma escolha pessoal do governador Geraldo Alckmin. Outros líderes do partido eram contra o nome de Doria. José Serra e Fernando Henrique Cardoso apoiavam Andrea Matarazzo, derrotado nas prévias.

Matarazzo migrou para o PSD, partido de Gilberto Kassab. É candidato a vice-prefeito na chapa com Marta Suplicy (PMDB).

OLHO EM 2018
O resultado das eleições municipais em Estado de São Paulo são fundamentais para Geraldo Alckmin pavimentar sua candidatura nas eleições presidenciais daqui a 2 anos. O PSDB tem outros 2 pré-presidenciáveis: Aécio Neves e José Serra.

Aécio, candidato do partido em 2014, também busca um bom resultado em Minas Gerais. Os tucanos querem fortalecer suas bases locais para conseguir apoio. (Clique aqui para ler post sobre o desempenho do PSDB em MG).

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PSDB e PMDB lideram mapa de pesquisas nas 93 maiores cidades do país
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Fernando Rodrigues

Os 2 partidos são os que têm mais candidatos no topo das pesquisas

Tucanos têm 22 nomes competitivos na disputa; o PMDB chega a 18

PT pode ter pior desempenho desde 1996 em grandes centros urbanos

Só 5 petistas lideram nas principais cidades; apenas 1 está isolado à frente

O cálculo leva em conta a margem de erro das pesquisas divulgadas

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João Doria e João Leite, candidatos do PSDB em São Paulo e Belo Horizonte, respectivamente

PSDB e PMDB devem ficar com a maior parte de prefeitos eleitos em outubro de 2016 nas principais cidades do país, segundo as pesquisas mais recentes. Os 2 partidos têm os maiores números de candidatos competitivos no G93, o grupo que reúne as 26 capitais e as 67 cidades com mais de 200  mil eleitores (e nas quais é possível haver 2º turno).

Candidatos competitivos são aqueles que estão na 1ª colocação das pesquisas de intenção de voto, seja de maneira isolada ou dentro da margem de erro dos levantamentos. O PSDB tem 22 candidatos nessa condição. O PMDB, 18.

O Blog analisou e compilou pesquisas de 81 das 93 cidades mais importantes do país. Em 12 municípios ainda não há levantamentos de intenção de voto recentes, dos últimos 30 dias.

O G93 abriga 54,5 milhões de eleitores. Isso equivale a 37,8% dos 144,4 milhões de brasileiros aptos a votar para prefeito no próximo domingo (2.out.2016).

Quando se consideram apenas as 81 cidades para as quais há pesquisas recentes disponíveis, trata-se de um universo de 50,9 milhões de eleitores –ou seja, 35,2% do país.

O quadro a seguir mostra o desempenho dos partidos políticos nas eleições municipais das últimas duas décadas (clique na imagem para ampliar):

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Só há pesquisas disponíveis em 81 dos 93 principais municípios do país. Eis as 12 cidades para as quais não há levantamentos publicados nas últimas semanas: Belford Roxo (RJ), Carapicuíba (SP), Caxias do Sul (RS), Franca (SP), Guarulhos (SP), Itaquaquecetuba (SP), Maringá (PR), Montes Claros (MG), Petrópolis (RJ), Santa Maria (RS), Suzano (SP) e Taboão da Serra (SP)

As informações são dos repórteres do UOL Douglas Pereira, Gabriel Hirabahasi, Gabriela Caesar, Luiz Felipe Barbiéri, Pablo Marques, Victor Fernandes, Victor Gomes e Rodrigo Zuquim.

PT: PIOR DESEMPENHO EM 20 ANOS
Como se observa no quadro acima, o PT chega a esta fase da campanha com apenas 5 candidatos competitivos nas principais cidades do país. Apenas 1 está isolado na 1ª posição –e pode, em tese, vencer já no 1º turno. Trata-se do prefeito de Rio Branco (AC), Marcus Alexandre, que tenta a reeleição.

Esse pode ser o pior resultado do partido desde 1996, quando elegeu 9 prefeitos dessas 93 cidades mais relevantes do país. De lá para cá, esse número cresceu. O pico foi em 2008, no auge do governo Lula, com 25 prefeitos e a hegemonia nacional.

O envolvimento com casos de corrupção e o desgaste produzido pela crise política e econômica durante o governo de Dilma Rousseff (que teve o mandato de presidente cassado em 31.ago.2016) são alguns dos fatores que explicam a queda do partido em 2016.

Depois de eleger 17 prefeitos em 2012, o Partido dos Trabalhadores já perdeu 4 deles ao longo do mandato. Hoje, há apenas 13 petistas comandando cidades no grupo das 93 mais importantes.

Um dos casos mais emblemáticos deste eventual desempenho ruim do PT pode ser o prefeito de São Paulo, Fernando Haddad, candidato à reeleição. Ele tem apenas 11% das intenções de voto, segundo o Ibope. Está tecnicamente empatado com Marta Suplicy (PMDB), que tem 15%. João Doria (PSDB) e Celso Russomanno (PRB) lideram com 30% e 22%, respectivamente.

Mesmo com alguma oscilação positiva na sua de intenção de voto nos últimos levantamentos, Haddad continua em situação difícil: ele tem uma das maiores taxas rejeição entre prefeitos que tentam a reeleição em cidades grandes.

A seguir, o quadro com as pesquisas compiladas pelo Blog nas capitais (clique na imagem para ampliar). Se preferir, clique aqui para baixar o arquivo em PDF.

vale-este-pesquisa-prefeitos-capitais-2016Abaixo, os levantamentos mais recentes das 55 cidades com mais de 200 mil eleitores (clique na imagem para ampliar). Se preferir, clique aqui para baixar o arquivo em PDF.

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Candidatos pioram nas pesquisas após receber apoio de Dilma Rousseff
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Fernando Rodrigues

Petista gravou programas eleitorais e participou de eventos de campanha

Jandira Feghali (Rio) e Raul Pont (Porto Alegre) pioraram nas pesquisas

Ex-presidente Dilma participa de evento no Rio de Janeiro

Ex-presidente Dilma participa de evento no Rio de Janeiro

A presença da ex-presidente Dilma Rousseff na campanha eleitoral pode ter piorado o desempenho dos candidatos apoiados por ela nas pesquisas que projetam o 1º turno das eleições municipais.

Após a aparição de Dilma em eventos e programas partidários no rádio e na TV, candidatos que tiveram o apoio da petista perderam pontos nas pesquisas de intenções de voto.

As informações são do repórter do UOL Victor Fernandes.

Depoimentos de Dilma foram exibidos nos programas eleitorais de Raul Pont (PT), em Porto Alegre, e Jandira Feghali (PC do B), no Rio, e Alice Portugal (PC do B), em Salvador.

O depoimento a Raul Pont, em Porto Alegre, foi exibido a partir de 16 de setembro. Pesquisa Ibope feita de 20 a 22 de setembro na capital gaúcha registrou redução de 2 pontos percentuais na intenção de voto do petista em relação a levantamento de 10 de setembro. A vantagem do candidato do PMDB, Sebastião Melo, aumentou de 3 para 12 pontos percentuais. Eis as principais pesquisas em Porto Alegre.

Em 20 de setembro, Dilma participou do 1º ato público após sua cassação. Foi ao Rio de Janeiro, onde acompanhou Jandira Feghali em eventos de campanha. Teve sua presença em um comício na Cinelândia amplamente divulgada. No evento, em 21 de setembro, chegou a dizer que “eleger Jandira no Rio é um ‘volta, Dilma'”.

Nos dias seguintes, imagens da ex-presidente nos locais passaram a ser exploradas nos programas eleitorais da candidata do PC do B.

O instituto Datafolha divulgou uma pesquisa nesta 3ª feira (27.set). O levantamento ouviu eleitores em 26 de setembro. Jandira Feghali ainda está tecnicamente empatada no 2º lugar, mas oscilou negativamente em 2 pontos percentuais em relação à pesquisa de 22 de setembro e viu a vantagem de Pedro Paulo (PMDB) ampliar de um empate para 4%. (Eis os levantamentos)

De acordo com a pesquisa, que tem margem de erro de 3 pontos percentuais, a comunista tem 7% da preferência do eleitorado. O mesmo resultado que tinha em 26 de agosto. No período, Jandira chegou a esboçar uma melhora e registrou até 9%.

A última pesquisa Ibope no Rio ouviu eleitores em 23, 24 e 25 de setembro. Jandira recebeu 6% das intenções de voto, 2 pontos percentuais a menos que no levantamento anterior, em 14 de setembro. A vantagem de Pedro Paulo, numericamente na 2ª posição, passou de 1% para 5%.

ALICE PORTUGAL
A candidata do PC do B em Salvador, Alice Portugal, também teve o apoio da ex-presidente Dilma Rousseff. Alice participou de evento com a presidente cassada em 22 de setembro. Desde então, passou a exibir imagens e depoimentos de Dilma nos programas partidários.

O Ibope e o Datafolha não divulgaram pesquisas depois dos eventos que tiveram a presença de Dilma.

A situação da comunista é muito complicada. O prefeito da cidade, ACM Neto (DEM), lidera os levantamentos com folga. Tem cerca de 70% da preferência dos eleitores nas pesquisas eleitorais. Alice oscila de 8% a 12%.

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Hoje, 20 capitais teriam 2º turno nas eleições de prefeito, dizem pesquisas
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Fernando Rodrigues

Nas últimas disputas, tendência tem sido haver duas rodadas de votação

Teresa Surita (PMDB), de Boa Vista, tem a maior taxa de intenção de voto: 70%

Entre os 20 prefeitos que buscam a reeleição, 7 estão em situação mais difícil

Salvador- BA- Brasil- 27/04/2015- O prefeito ACM Neto disse que as equipes da Prefeitura vão trabalhar 24 horas durante todo o período de chuvas em Salvador e anunciou medidas para os desabrigados e desalojados.​ Foto: Ângelo Pontes/ Agecom

ACM Neto (DEM) é líder das pesquisas para se reeleger prefeito de Salvador (BA)

Se as eleições fossem hoje, 20 capitais só escolheriam seu prefeito no 2º turno, segundo pesquisas de opinião disponíveis.

Os 6 candidatos que se elegeriam já no 1º turno são os seguintes (em ordem alfabética): ACM Neto (DEM) em Salvador, Carlos Eduardo Alves (PDT) em Natal, Firmino Filho (PSDB) em Teresina, Luciano Cartaxo (PSD) em João Pessoa, Marcus Alexandre (PT) em Rio Branco e Teresa Surita (PMDB) em Boa Vista.

Em cidades com 200 mil eleitores ou mais, só vence no 1º turno o candidato a prefeito com, pelo menos, 50% mais 1 dos votos válidos. Pela lei brasileira, o conceito de “votos válidos” se refere aos que são dados aos candidatos ou aos partidos. Portanto, não são contabilizados votos brancos e nulos.

Nas pesquisas, para saber quem tem chance de vencer na 1ª rodada, basta verificar se o percentual de um determinado político é maior do que a soma das intenções de voto de todos os seus adversários.

O Blog tabulou as pesquisas recentes divulgadas nas 26 capitais para fazer este levantamento. As informações são do repórter do UOL, Victor Gomes. Leia os resultados dos principais levantamentos de intenção de voto nas maiores cidades do país na página de pesquisas do Blog.

Eis as tabelas com o resumo das principais pesquisas disponíveis nas capitais (clique nas imagens para ampliar):

pesquisas-capitais-Aracaju-Manauspesquisas-capitais-Natal-Vitoria

Em anos recentes, nota-se uma tendência de mais capitais terem a realização de segundos turnos. Eis a evolução do ano 2000 para cá:

tabelacomparada

As 5 cidades com eleitos no 1º turno em 2012 foram Boa Vista, Aracaju, Maceió, Goiânia e Palmas. Só em Goiânia o vencedor era candidato à reeleição.

CAMPEÕES DE INTENÇÕES DE VOTO
Neste ano de 2016, Teresa Surita (PMDB) e ACM Neto (DEM) são os candidatos que pontuaram mais nas pesquisas até agora. Ambos são candidatos à reeleição.

Teresa tem a preferência de 70% dos eleitores. ACM Neto tem 68%.

CANDIDATOS À REELEIÇÃO
Apesar da onda antipolítica que tomou conta do país nos últimos anos, a maioria dos 20 prefeitos candidatos a mais 1 mandato em capitais de Estados está em 1º lugar numericamente na disputa – ou seja, 13 deles estão isolados à frente ou dentro da margem de erro em situação de empate técnico com adversários.

Os 7 prefeitos de capitais que buscam a reeleição e não estão à frente nas pesquisas são Alcides Bernal (PP) de Campo Grande, Fernando Haddad (PT) de São Paulo, Gustavo Fruet (PDT) de Curitiba, João Alves (DEM) de Aracaju, Luciano Rezende (PPS) de Vitória, Mauro Nazif ( PSB) de Porto Velho e Zenaldo Coutinho (PSDB) de Belém.

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As 93 cidades mais importantes do país concentram 37,8% dos eleitores
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Fernando Rodrigues

G93 tem 54,5 milhões dos 144,4 milhões de eleitores que votam neste ano

“Grupo dos 93” reúne capitais e cidades com mais de 200 mil eleitores

Em outubro, 5.568 municípios vão eleger seus prefeitos e vereadores

PRB domina nas pesquisas para as prefeituras de São Paulo e Rio

Blog tem o levantamento de pesquisas mais completo da web

Foto de divulgação, Waldemir Barreto/Agência Senado

Celso Russomanno (PRB) e Marcelo Crivella (PRB) lideram nas pesquisas em São Paulo e Rio

O grupo das 93 cidades mais importantes do país –o G93– reúne 37,7% de todos os eleitores, embora represente apenas 1,7% do universo total de municípios brasileiros.

As capitais e cidades com mais de 200 mil eleitores (o G93) têm um eleitorado total de 54,5 milhões. No Brasil inteiro, há 144,4 milhões de pessoas habilitadas a votar nas eleições municipais deste ano, em 2.out.

Em outubro, 5.568 municípios devem eleger prefeitos e vereadores.

O Brasil tem 5.570 cidades, mas 2 não terão eleições municipais. Brasília (capital federal), onde há 1,96 milhão de eleitores, não elege prefeito nem vereadores (há 1 governador e deputados distritais). Em Fernando de Noronha (PE) o caso é semelhante: o município é considerado um distrito do Estado de Pernambuco, não tem prefeito e um número pequeno de eleitores (pouco mais de 2.300).

Em 2013, o mapa dos municípios no Brasil foi alterado. Antigos distritos foram emancipados. São essas as novas cidades criadas depois das eleições de 2012: Pescaria Brava (SC), Balneário Rincão (SC), Mojuí dos Campos (PA), Pinto Bandeira (RS) e Paraíso das Águas (MS). Juntos, estes municípios somam 45.273 habitantes e 42.235 eleitores.

No G93, a maior cidade é São Paulo, com 8,889 milhões de eleitores. A menor é a capital Palmas (TO), única cidade nesse grupo com eleitorado inferior a 200 mil (tem 173 mil).

Apenas nas cidades com 200 mil ou mais eleitores é que pode ser realizado um 2º turno. Isso ocorre quando nenhum dos candidatos a prefeito obtém, pelo menos, 50% mais dos votos válidos (eis a explicação do TSE). A Constituição determina que o 1º turno seja sempre realizado no primeiro domingo de outubro do ano eleitoral. O 2º turno, quando houver, é no último domingo do mesmo mês.

Na tabela a seguir estão listados os eleitorados do G93. As informações são do repórter Victor Vicente.


g-93OS PARTIDOS NO G93
Em 2012, nas últimas eleições, 20 partidos conseguiram eleger prefeitos dentro do G93. Em 2000, apenas 13 legendas tiveram candidatos vitoriosos na disputa pelos Executivos municipais mais relevantes.

Siglas como PRB, PTN e PV vão aos poucos tomando o espaço que no passado foi de grandes siglas –PT e PMDB, principalmente.

Quando se compara o número de prefeitos eleitos por partido em 2008 e 2012, essas siglas (PT e PMDB) foram as que experimentaram as maiores quedas. Em 2008, o Partido dos Trabalhadores elegeu 25 prefeitos no G93. Em 2012, caiu para 17.

O partido do presidente interino Michel Temer, o PMDB, elegeu 19 prefeitos em 2008 contra 10 em 2012 dentro do G93.

O quadro abaixo compara o desempenho dos partidos nas eleições de 2000 a 2012 com o atual cenário nas 26 capitais e nas 67 cidades com mais de 200 mil eleitores.

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PESQUISAS ELEITORAIS
Nos últimos 2 meses e meio, 268 cidades tiveram pesquisas registradas no TSE. Dessas, 42 fazem parte do G93. Com exceção de Amapá e Roraima, todos os outros Estados já têm alguma pesquisa municipal divulgada ou, no mínimo, registrada.

No Brasil, a legislação exige que todos os levantamentos de intenção de voto sejam registrados na Justiça Eleitoral, informando a metodologia de maneira detalhada. Pesquisas que não são registradas podem ser realizadas, mas seus resultados não podem ser divulgados na mídia.

Abaixo estão os dados detalhados das pesquisas registradas:

pesquisas-g93
SÃO PAULO E RIO
Nas 2 maiores cidades do país, São Paulo (SP) e Rio de Janeiro (RJ), o PRB lidera, de acordo com pesquisas recentes disponíveis. Na capital paulista, comandada por Fernando Haddad (PT), o pré-candidato Celso Russomanno (PRB) está na frente na disputa.

Russomanno enfrenta processo por peculato e pode ser impedido de concorrer às eleições municipais.

Já na capital fluminense, quem lidera é o senador Marcelo Crivella (PRB). Leia aqui os resultados das pesquisas mais recentes para as eleições de 2016.

É necessário enfatizar que essas pesquisas refletem o cenário atual e devem mudar até outubro.

REELEIÇÃO
Nos municípios do G93, prefeitos de 69 cidades estão aptos a tentar uma reeleição. Mas, com a atual crise política e econômica no país, 4 já desistiram da disputa: Eduardo Leite (PSDB) em Pelotas (RS), Alexandre Kireeff (PSD) em Londrina (PR), Alceu Barbosa Velho (PDT) em Caxias do Sul (RS) e o prefeito de Florianópolis (SC), Cézar Souza Jr. (PDT).

Este Blog, a página de política em atividade mais antiga da internet brasileira, também disponibiliza o mais completo acervo de pesquisas eleitorais da web, contendo levantamentos realizados desde as eleições do ano 2000.

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61 congressistas são pré-candidatos a prefeito nas eleições municipais
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Fernando Rodrigues

Número é menor do que o registrado nas disputas de prefeito em 2008 e 2012

Em 2008, havia 97 deputados e senadores candidatos; em 2012, foram 91

Por enquanto, há 56 deputados e 5 senadores pré-candidatos a prefeito

Disputa eleitoral atrasará a análise de projetos polêmicos até novembro

Brasília - Entrevista coletiva do novo líder do PMDB na Câmara dos Deputados,Leonardo Quintão (Antonio Cruz/Agência Brasil)

O deputado Leonardo Quintão (PMDB-MG), pré-candidato à prefeitura de Belo Horizonte

Pelo menos 61 congressistas são pré-candidatos a prefeito nas eleições de outubro. Estão no grupo 56 deputados e 5 senadores. Juntos, PMDB, PT, PSDB e PSB têm 27 nomes na lista.

Se se confirmarem os 61 candidatos, trata-se de uma redução em relação aos deputados e senadores que se interessaram em disputar as eleições municipais de 2012 e de 2008. Naquelas disputas, houve 91 e 97 congressistas candidatos, respectivamente. Eis uma comparação:

congressistas-senadores-deputados
As informações deste post foram apuradas pelos repórteres do UOL Luiz Felipe Barbiéri e Victor Vicente.

O levantamento foi feito com base em pesquisas realizadas nos municípios nos quais os congressistas devem disputar as eleições deste ano. Figurar nas sondagens não significa disputar o processo pois as candidaturas oficiais ainda precisam ser validadas pelas convenções partidárias, no início do 2º semestre de 2016.

Os partidos e coligações têm até 15.ago para registrar seus candidatos nos cartórios eleitorais. O 1º turno será realizado no dia 2.out. Nas cidades com mais de 200 mil eleitores, quando um candidato não obtiver o mínimo de 50% mais 1 dos votos válidos, um segundo turno será em 30.out.

Embora 61 congressistas representem menos de 10% do total do Legislativo federal, a maioria dos deputados e dos senadores está envolvida no processo eleitoral. Mesmo os que não são candidatos estão engajados nas campanhas locais pois é vital ter aliados nas cidades para preparar o terreno para as eleições de 2018 –quando serão eleitos presidente da República e governadores e o Congresso será renovado.

O Palácio do Planalto tem sinalizado que não vai propor votações polêmicas à Câmara e ao Senado antes das eleições municipais de outubro, uma vez que os congressistas teriam dificuldades para apoiar projetos que possam desagradar alguns setores da sociedade –como a reforma da Previdência, alteração nas leis trabalhistas e a criação de novos impostos.

CANDIDATOS POR PARTIDO
De acordo com as sondagens eleitorais preliminares, 7 peemedebistas aparecem como pré-candidatos a prefeito neste ano. São 6 deputados e a senadora Marta Suplicy (PMDB-SP), que deve disputar a Prefeitura de São Paulo. Outros 8 são tucanos, 7 pessebistas e 5 petistas. Eis os 4 partidos com mais congressistas que aparecem nos levantamentos municipais até o momento (clique na imagem para ampliar):

congressistas-pre-candidatos-prefeitos

congressistas por partido

“LUA DE MEL”
Antes do impeachment, havia uma expectativa de que ao assumir Michel Temer pudesse rapidamente implementar algumas reformas estruturais. Agora, está claro que haveria um adiamento desses projetos até novembro. Mas há ainda no Congresso e em setores mais liberais da economia uma pressão para o governo acelerar medidas que apontem para um maior controle das contas públicas em 90 dias.

Há duas semanas, o presidente anunciou algumas dessas propostas. A mais importante delas é a criação de um teto para o aumento do gasto público, que será encaminhado ao Congresso na forma de uma PEC (Proposta de Emenda à Constituição).

O projeto precisa do apoio de, no mínimo, 308 deputados e 49 senadores. A matéria será votada duas vezes na Câmara e no Senado. Entre outros fatores, a estabilidade do governo Temer dependerá da capacidade de articulação do Planalto junto aos congressistas

“Vou trabalhar pelas reformas. Eu acredito nelas. Na medida em que você faz as proposições, você ganha por um lado e perde por outro. Tem seus custos e benefícios”, afirma Lelo Coimbra (PMDB-ES), pré-candidato à prefeitura de Vitória.

Já Leonardo Quintão (PMDB-MG), que será candidato à prefeitura de Belo Horizonte, se diz a favor da reforma da Previdência, mas não concorda com o aumento de impostos num primeiro momento.

“As questões dos impostos eu só voto depois de reestruturado o aparelho governamental. A CPMF eu não voto antes de uma reforma política”.

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Eleição de 2014 confirma dificuldade de viradas do 1º para o 2º turno
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Fernando Rodrigues

Inversão ocorreu em apenas 5 das 14 unidades da Federação com 2 turnos

É comum ver candidatos a governador que passaram ao 2º turno em segundo lugar fazerem planos ambiciosos de virada. Isso anima a militância a atrai mídia. Mas a dinâmica eleitoral joga contra esse otimismo: neste ano, apenas 5 dos 14 Estados com 2º turno registraram viradas, resultado próximo à média histórica desde 1990.

Nas 7 eleições gerais para governador no Brasil pós-redemocratização, quando passou a vigorar a regra do 2º turno, houve 93 disputas que tiveram de ir para rodada final de votação. Entre essas, houve 27 viradas –taxa de 29%.

Ou seja: em menos de um terço das disputas um candidato derrotado no 1º turno consegue vencer no 2º.

Outro dado a ser observado: em 15 da 27 viradas, a diferença entre os candidatos nas urnas no final do 1º turno era de até, no máximo, 5 pontos percentuais. Nesses casos, é possível dizer que os dois finalistas já estavam quase empatados.

Embora as variações sejam pequenas entre uma eleição e outra, este ano de 2014 registrou a maior ocorrência de viradas em termos proporcionais na série histórica: 35,6% do total das disputas.

O resultado não fica muito distante do aferido em outras eleições. Em 1990, por exemplo, a média foi de 31,3%. Em 1998, 30,8%

Na outra ponta, o ano com menos viradas em disputas estaduais foi 2002, quando apenas 3 dos 14 Estados com 2º turno registraram o fenômeno. Acompanhe a evolução na tabela abaixo:

viradasresumo

Quando se observam todas as eleições estaduais, de 1990 para cá, nota-se que a virada nessas disputas é um acontecimento fora do padrão.

A maior inversão de posições neste ano de 2014 ocorreu no Rio Grande do Norte. Henrique Eduardo Alves (PMDB) venceu o 1º turno 5,3 pontos à frente de Robinson Faria (PSD). No último domingo (26), o peemedebista perdeu a eleição por 8,8 pontos de diferença. Alves atribuiu seu mau resultado a um vídeo no qual o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva declarava apoio a Faria, repetido à exaustão na campanha.

No Mato Grosso do Sul, onde também houve virada, Reinaldo Azambuja transformou um revés pequeno, de 3,8 pontos percentuais no 1º turno, em vantagem de 10,7 pontos no 2º turno.

No Pará, onde Simão Jatene (PSDB) bateu Helder Barbalho (PMDB), e na Paraíba, que deu a vitória a Ricardo Coutinho (PSB) sobre Cássio Cunha Lima (PSDB), ambos por virada, a diferença entre os candidatos no 1º turno era de apenas 1,4 percentual.

No Amazonas, o 1º turno terminou em um virtual empate: José Melo (Pros), vitorioso no 2º turno, ficou 0,1 ponto percentual atrás de Eduardo Braga (PMDB).

Na história recente das eleições brasileiras, a virada de maior magnitude ocorreu em Minas Gerais, em 1994. Hélio Costa, então filiado ao PP, venceu Eduardo Azeredo (PSDB) no 1º turno com vantagem de 21,1 pontos percentuais (48,3% contra 27,2% dos votos válidos). Durante as 3 semanas finais de campanha, Azeredo ganhou 31,4 pontos percentuais (foi a 58,6%) e tirou 7 de Hélio Costa (queda para 41,3%), vencendo no 2º turno com vantagem de 17,3 pontos.

Quatro anos depois, Azeredo tentou se reeleger e acabou derrotado por Itamar Franco (PMDB) em uma campanha que acabou por marcar a carreira do tucano. O “mensalão mineiro” teria ocorrido nessa disputa, com o empresário Marcos Valério à frente de um suposto esquema de desvio de recursos públicos e caixa dois para alimentar o comitê de Azeredo.

Na esfera nacional, nunca houve viradas em disputas presidenciais desde 1989. Aécio Neves (PSDB) foi o candidato que chegou mais perto disso. O tucano reduziu sua diferença para Dilma Rousseff (PT) de 8 pontos percentuais do 1º turno para 3,2 pontos no 2º turno.

A seguir, a tabela completa das viras nas eleições estaduais desde 1990 (clique na imagem para ampliar):

viradascompleto3

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Leia o resultado de todas as últimas pesquisas de 2014
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Fernando Rodrigues

Saiba como estão as 14 disputas de governador em 2º turno

Blog tem todas as pesquisas eleitorais desde o ano 2000

Como já virou uma tradição na cobertura de política na internet brasileira, este Blog apresenta aqui uma compilação de todas as pesquisas eleitorais disponíveis.

Neste domingo (26.out.2014), os brasileiros decidem em segundo turno quem será o próximo presidente e os governadores de 13 Estados e do Distrito Federal.

Como sempre, o PMDB, o PSDB e o PT lideram as pesquisas nos Estados e devem eleger o maior número de governadores.

Para ir diretamente às pesquisas sobre a disputa presidencial, clique aqui. Se quiser, acesse a página inicial da página de pesquisas do Blog.

E para conhecer as pesquisas nos 13 Estados e no Distrito Federal, clique no nome da unidade da Federação:

Acre
Amazonas
Amapá
Ceará
Distrito Federal
Goiás
Mato Grosso do Sul
Pará
Paraíba
Rio de Janeiro
Rio Grande do Norte
Rio Grande do Sul
Rondônia
Roraima

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Dilma e Aécio têm hoje percentuais iguais aos de Collor e Lula em 1989
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Fernando Rodrigues

Resultados no Datafolha a uma semana do 2º turno são idênticos nas disputas de 2014 e de 1989

Diferenças se dão nas regiões do país, pois agora o PT mudou seus redutos para regiões menos ricas

O Brasil pós-redemocratização conclui no domingo (26.out.2014) sua sétima eleição presidencial. Será a quinta disputada até o 2º turno.

A comparação dos percentuais de intenção de voto a uma semana do 2º turno indica que a eleição deste ano de 2014 tem uma grande coincidência –numérica, pelo menos– com a de 1989.

Em 1989, na primeira disputa presidencial direta no Brasil pós-ditadura militar (1964-1985), Fernando Collor (então candidato pelo PRN e hoje senador pelo PTB de Alagoas) registrava 52% de intenções de votos válidos em pesquisa Datafolha realizada a uma semana da disputa. Seu adversário, Luiz Inácio Lula da Silva (PT), pontuava 48%.

Essa pesquisa de 1989 foi realizada pelo Datafolha em 8 de dezembro daquele ano, a 9 dias do segundo turno. É que naquela época as disputas eram em datas diferentes das atuais.

Essas taxas de intenção de voto de 1989 são exatamente as mesmas que têm hoje Dilma Rousseff (PT) e Aécio Neves (PSDB): 52% X 48% dos votos válidos, de acordo com o Datafolha de 2ª feira (20.out.2014).

Em 1989, ao longo da última semana do segundo turno, Collor cresceu um pouco e venceu com 53,03% dos votos válidos. Lula marcou 46,97% no dia da eleição e perdeu. O país, como se dizia à época, estava rachado ao meio. Como parece ser o cenário de hoje.

REGIÕES
As coincidências entre 1989 e 2014 terminam quando são analisadas as diferentes regiões do país.

Em 1989, a uma semana do pleito, Lula vencia Collor no Sudeste por 54% a 46% das intenções de votos válidos e perdia no Nordeste, de 45% a 55%. Hoje a situação é inversa para a petista Dilma Rousseff. Ela ganha de Aécio Neves (PSDB) no Nordeste de 70% a 30% e perde no Sudeste, de 44% a 56%.

Naquela época, parte da elite intelectual carioca e paulistana apoiava o candidato petista. Era “cool” votar no PT quando a legenda exalava um tom novidadeiro e parecia imune a desvios éticos ou corrupção. Por outro lado, o voto do Nordeste era mais ligado aos antigos coronéis locais, todos ligados à candidatura de Collor.

Agora, 25 anos depois, o PT passa calor para conseguir votos da população urbana do Sudeste, insatisfeita com a sequência de escândalos de desvios de verba e a péssima qualidade dos serviços públicos. A imagem do petismo de hoje guarda poucas semelhanças com a de 1989.

Já no Nordeste, beneficiado por políticas sociais bem-sucedidas do governo petista (o Bolsa Família, por exemplo), o voto em Dilma significa a continuidade de um projeto que reduziu a miséria extrema.

CURIOSIDADES
A disputa de 2º turno de 2014 é a primeira em que o candidato a presidente pelo PT, a uma semana do pleito, perde para seu adversário no Sudeste. Lula nesta época estava à frente de Collor, em 1989, de José Serra (PSDB), em 2002, e de Geraldo Alckmin (PSDB), em 2006. A própria Dilma também vencia Serra em 2010. Os dados estão na tabela a seguir (clique na imagem para ampliar):

2014-repete-1989-vale-este

Em 1994 e 1998, Lula nem chegou a ir ao 2º turno. Fernando Henrique Cardoso (PSDB) saiu-se vitorioso em turno único.

O Sul é a região do país onde o PT historicamente vai pior. Lula, a uma semana da eleição, vencia ali apenas em 2002. Nas outras oportunidades em que houve 2º turno, o candidato do PT cativava nesta época a minoria dos moradores de Rio Grande do Sul, Santa Catarina e Paraná.

Nota-se também que o PT mantém desde 2002 a mesma média de intenção de votos no Nordeste. Em 2002 e 2010, o percentual a esta altura da disputa era o mesmo do aferido pela última pesquisa Datafolha: 70% para o candidato petista e 30% para o nome tucano.

Não é possível comparar o atual desempenho eleitoral de Dilma Rousseff e de Aécio Neves nas regiões Centro-Oeste e Norte, pois até 2010 o Datafolha contabilizava os votos dessas 2 regiões em um mesmo lote.

CORREÇÃO: a tabela inserida no post foi corrigida às 14h30 de 21.out.2014. O partido de Fernando Collor era o PRN (e não o PRTB como estava inicialmente anotado no quadro). No texto, o PRN já estava mencionado como o partido de Collor em 1989.

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