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Arquivo : Copa do Mundo

Dilma mediou encontro entre Renan e ex-editor de Veja, diz Mário Rosa
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Fernando Rodrigues

3ª parte do “Glória e Vergonha” sai hoje (23.nov)

Consultor detalha “guerra” pelo Grupo Pão de Açúcar

Como Eduardo Campos conseguiu Recife na Copa de 2014

Outros casos: “rei” Roberto Carlos; Daslu; RBS e Beto Richa

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Dilma Rousseff e Renan Calheiros em fevereiro de 2016

A ex-presidente da República Dilma Rousseff foi a responsável por marcar um encontro entre o presidente do Senado, Renan Calheiros, e o então diretor da revista Veja, Eurípedes Alcântara, em um momento de desavença entre os 2. O caso se deu durante o 1º mandato da petista, quando ela mantinha bom diálogo com o editor.

O caso é emblemático do vai-e-vem da política. Poucos anos depois, a revista, ainda sob comando de Eurípedes, realizaria cobertura jornalística crítica durante a campanha de reeleição de Dilma em 2014.

A história é contada pelo consultor político e empresarial Mário Rosa em seu livro “Glória e Vergonha: memórias de um consultor de crises”. A obra está sendo publicada em capítulos no UOL. Eis a 3ª parte, que foi ao ar nesta 4ª feira (22.nov).

Esta resenha foi preparada pelo jornalista Mateus Netzel e está publicada também no Poder360.

A mediação da ex-presidente foi efetiva. O encontro resultante do gesto de Dilma ajudou a amenizar o conflito. Apenas 1 entre as muitos envolvendo Renan Calheiros que Mário Rosa vivenciou.

Em 2007, no episódio que culminou com renúncia de Renan à presidência do Senado, Mário Rosa foi observador privilegiado. O ato foi resultado de ampla articulação para que o senador não tivesse seu mandato cassado. Renan era acusado de bancar as despesas de uma filha fora do casamento com dinheiro recebido da empreiteira Mendes Junior. O inquérito tramita até hoje no Supremo Tribunal Federal.

No ápice da crise, com processo de cassação avançando no Senado, Mário Rosa presenciou os momentos mais soturnos de Renan. Em um jantar, o senador chegou a desmaiar à mesa. Grogue, aparentava ter tomado remédios para enfrentar a situação. Nas semanas seguintes, se recompôs e conseguiu negociar a salvação de seu mandato em troca da renúncia ao cargo de presidente do Senado.

DISPUTA PELO PÃO DE AÇÚCAR
Uma das maiores batalhas empresariais da história do país, a contenda pelo controle do Grupo Pão de Açúcar teve mais do que analogias com a guerra. Abilio Diniz chegou a contratar um especialista em negociações de guerra –de verdade– para assessorá-lo.

O empresário havia vendido em 2005 o controle da rede de supermercados ao grupo Casino, do investidor Jean-Charles Naouri. Em 2011, anunciou uma manobra para retomar o grupo e ainda abocanhar parte do Carrefour mundial. A estratégia envolvia a criação de uma nova empresa para obter recursos do BNDES e comprar participações no Pão de Açúcar e no Carrefour. Com a ajuda do governo –que fomentava a política dos “campeões nacionais”– Abilio pretendia montar uma gigante global do varejo.

A operação foi duramente criticada na imprensa e por Naouri, que teria o controle do Pão de Açúcar diluído se o plano se concretizasse. Com repercussão, o BNDES declarou que o fim das negociações.

Mário Rosa foi contatado pelos 2 lados da disputa e optou pelo Casino. Ficou com o francês. Acompanhou de dentro uma disputa jurídica e de comunicação em que os lados não economizaram recursos. Exércitos de assessores atuaram em cada frente pelos 2 anos que o imbróglio durou. No fim, a guerra, que envolveu pedidos negados de audiência de Naouri com a então presidente Dilma Rousseff, foi selada com um acordo.

FUTEBOL E PODER PÚBLICO
Nos capítulos da 3ª parte do livro publicado pelo UOL, Mário Rosa expande o conjunto de histórias do ex-presidente da CBF, Ricardo Teixeira, para além das regalias do mundo privado do futebol. Mostra como o escopo político da CBF entremeava decisões do poder público.

Após o título da Copa de 2002 e com a iminência da eleição de Lula para a Presidência pela 1ª vez, o cartola aproximou-se do futuro governo. Como 1º ato, promoveu a 1ª exposição do trófeu da Copa no Brasil em Campo Grande (MS), como gesto na direção de Delcidio do Amaral (político petista à época e agora sem partido, expulso do PT depois de ter sido preso num episódio da Lava Jato).

Ricardo Teixeira quando queria agradar não tinha muitos limites. Como Lula no poder, forjou-se uma aliança governo-CBF para realizar o “jogo da paz” –ideia de José Dirceu (outro hoje preso na Lava Jato)– da seleção brasileira em um Haiti devastado pelo terremoto de 2004.

Por fim, o maior projeto: a Copa do Mundo no Brasil. Durante as negociações para escolher as cidades-sede, o então governador de Pernambuco, Eduardo Campos (1965-2014), recorre a Teixeira para tentar garantir Recife como uma das cidades selecionadas. Os 2 eram desafetos desde que Campos, ainda deputado, trabalhara contra a CBF nas CPIs da Câmara. No momento conveniente, resolveram as pendências em um encontro regado a uísque no Palácio das Princesas, sede do Poder Executivo pernambucano. Nas palavras de Rosa, “saíram bêbados e aliados”

CASOS DO PODER
Como consultor de crises, Mário se especializou em socorrer personagens não só da política. Em meio à discussão sobre as biografias deverem ou não ser autorizadas pelo biografado, foi procurado pelo empresário do cantor Roberto Carlos, personagem central da polêmica, para uma consulta sobre a ideia de “o rei” dar entrevista ao Fantástico, programa da Rede Globo.

Também fora de Brasília, o consultor atendeu a dona da Daslu, loja de artigos de luxo investigada por sonegação de impostos; e o presidente da RBS, rede gaúcha de comunicação, Nelson Sirotsky, no caso em que um dos herdeiros do grupo empresarial era acusado de abuso sexual.

Ainda longe da capital, mas de volta à política, aconselhou o governador paranaense Beto Richa a aproveitar a derrocada na imagem do PT para dissipar a crise gerada por um confronto da polícia com professores em greve que deixou diversos manifestantes feridos.

Eis os PDFs da 1ª e da 2ª, e da 3ª parte do livro. A 4ª parte será publicada nesta 5ª feira (24.nov).

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Agora, Estados também querem adiar pagamento de R$ 2,4 bi em obras da Copa
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Fernando Rodrigues

Após acordo com a União, governadores mantêm negociações com BNDES

Estados também querem prazo sem pagar outros R$ 10 bilhões ao banco

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Arena da Amazônia, que captou R$ 400 milhões do BNDES, deu prejuízo de R$ 6,5 milhões em 2015

Depois de arrancar um prazo de 6 meses para não pagar suas dívidas com a União, agora 7 Estados querem outra facilidade: interromper os pagamentos dos empréstimos que tomaram do BNDES para fazer obras da Copa do Mundo de 2014.

O valor total em negociação é de R$ 2,4 bilhões. Essa é a soma do que Rio de Janeiro, Paraná, Pernambuco, Ceará, Bahia, Mato Grosso e Amazonas receberam do BNDES desde 2010 para construir estádios e outras instalações que serviram para a Copa de 2014.

O Banco Nacional do Desenvolvimento Econômico e Social fez os empréstimos por meio da linha de crédito Procopa Arenas. Esse programa dava o dinheiro a juros baixíssimos na comparação com as taxas praticadas pelo mercado. Os governadores eram cobrados com base na Taxa de Juros de Longo Prazo –em 2010, apenas 6% ao ano.

A apuração é do repórter do UOL Guilherme Moraes.

Apesar de terem captado empréstimos a juros facilitados, os Estados hoje não querem mais pagar o que devem ao BNDES. Os governadores querem alongar essa dívida de R$ 2,4 bilhões e um prazo de carência para começar a pagar as parcelas.

Essas demandas dos Estados em relação ao que devem ao BNDES ficaram de fora do acordo anunciado na última 2ª feira (20.jun) pelo Palácio do Planalto.

Na negociação desta semana, os governadores já conseguiram arrancar do presidente interino, Michel Temer, condições facilitadas para alguns empréstimos tomados ao BNDES –mas não em relação ao dinheiro do Procopa Arenas.

Além da Procopa Arenas, os Estados querem renegociar os termos de dívidas contratadas por meio do programa BNDES Estados, criado para oferecer dinheiro para fins obscuros e indefinidos como “planejamento estratégico e de longo prazo, de caráter multissetorial, integrado e sustentável”.

Esse BNDES Estados já beneficiou 15 unidades da Federação, que contrataram R$ 10 bilhões desde 2010.

Apesar de também terem juros muito baixos com base na TJLP, os governadores querem parar de pagar por algum tempo e depois prazos mais longos para quitar a dívida.

ELEFANTES BRANCOS
Um dos estádios que mais captou empréstimos subsidiados do BNDES para obras na Copa (R$ 404,1 milhões), a Arena da Amazônia acumula prejuízo desde sua inauguração.

Durante o Mundial, recebeu apenas 4 jogos –todos na 1ª fase. Em todo o ano de 2015, foram apenas 10 partidas oficiais e R$ 511 mil de receitas –menos que as despesas mensais para manutenção. O resultado: prejuízo de R$ 6,5 milhões.

No Mato Grosso, o governo estadual passou a oferecer eventos gratuitos à população para dar uso à Arena Pantanal (que custou R$ 628 milhões, dos quais R$ 397 milhões vieram do BNDES). O estádio tem um custo de manutenção de R$ 300 mil por mês.

A Arena Pernambuco custou R$ 796 milhões e também teve R$ 404,1 milhões do banco de fomento. Foi construída numa parceria público-privada entre o governo estadual e a Odebrecht. Só deu prejuízo. O custo para o Estado aumentou dezenas de milhões ao ano além estabelecido pelo contrato.

Agora, em 2016, o governo de Pernambuco decidiu romper a parceria com a Odebrecht. O acordo inicial deveria vigorar por 3 décadas a partir do início da construção. Não durou 6 anos.

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Felipão deve ser mantido como técnico da seleção
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Fernando Rodrigues

Felipão, Del Nero (presidente eleito da CBF) e José Maria Marin (presidente da CBF) - foto: CBF/Divulgação

Felipão, Del Nero (presidente eleito da CBF) e José Maria Marin (presidente da CBF) – foto: CBF/Divulgação

O técnico da seleção brasileira de futebol, Luiz Felipe Scolari, deve ser mantido no cargo depois do final da Copa do Mundo.

O presidente da Confederação Brasileira de Futebol, José Maria Marin, tem evitado falar publicamente a respeito do assunto. Em conversas reservadas no âmbito da CBF, entretanto, tem dito que não costuma “abandonar ninguém na estrada”.

O anúncio oficial da permanência de Felipão à frente da seleção deve ser feito, possivelmente, até o final da semana que vem.

O Blog apurou também que é desejo de Felipão ficar como técnico.

Marin é um político e dirigente esportivo que gosta de trabalhar com um grupo próximo e fiel. Tem sido assim desde quando foi governador de São Paulo (1982-1983). Quando sente que é correspondido, tenta retribuir aos seus comandados. Sua avaliação é a de que Felipão se encaixa nessa descrição de colaborador e aliado. Por essa razão, não vê motivos para demitir o técnico, a quem admira pelos métodos e franqueza na forma de atuar.

Quem acompanhou Marin nos últimos dias tem dito: “Jogo todas as minhas fichas na permanência de Felipão”.

A decisão sobre a permanência de Felipão foi construída por Marin em comum acordo com Marco Polo Del Nero, presidente eleito da CBF e que assume o posto em abril de 2015. Ambos, Marin e Del Nero, têm atuado até agora de maneira consensual quando tratam do futuro da seleção.

Todas essas avaliações foram colhidas pelo Blog antes do jogo entre as equipes do Brasil e da Holanda, na disputa pelo 3º lugar da Copa do Mundo, no estádio Mané Garrincha, em Brasília, neste sábado (12.jul.2014). Um outro resultado desastroso da seleção mudaria a opinião de Marin a respeito da permanência de Felipão? “Ele está 99% decidido”, foi o que o Blog ouviu.

E Carlos Alberto Parreira? Nesse caso não há decisão tomada.

Confirmado na função, Felipão comandará a equipe brasileira nos jogos amistoso já contratados ainda para este ano. Serão 4 partidas. A primeira será em 5 de setembro, contra a Colômbia, em Miami, nos Estados Unidos –num possível reencontro de Neymar com Zuñiga, o colombiano que causou a contusão e deixou o brasileiro fora da Copa.

Os outros 3 confrontos amistosos já marcados pela CBF levarão a seleção brasileira a jogar contra o Equador (em 9 de setembro, em Nova Jersey, nos EUA, região que concentra muitos imigrantes do Brasil); contra a Argentina (em 11 de outubro, em Pequim, na China); e contra a Turquia (em 12 de novembro, em Istambul, na Turquia).

p.s.: Não é confortável a situação política do assessor de imprensa Rodrigo Paiva dentro da CBF.

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Derrotas em outras Copas tiveram impacto político-eleitoral nulo. E agora?
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Fernando Rodrigues

Desta vez, a Copa foi no Brasil e governo se engajou

Dilma associou-se à onda de euforia e surfou no otimismo

Dilma Rousseff faz gesto "é tóis", usado por Neymar.

Dilma Rousseff faz gesto “é tóis”, usado por Neymar.

A seleção brasileira de futebol perdeu para a alemã por 7 a 1 neste 8 de julho de 2014. Um vexame no campo esportivo. A maior humilhação de toda a história do time do Brasil em Copas do Mundo.

De volta ao mundo real, a pergunta é: essa traulitada sofrida pela equipe brasileira produzirá algum impacto político-eleitoral? A presidente Dilma Rousseff terá alguma dificuldade extra por causa desse infortúnio esportivo? Ninguém tem uma resposta científica para dar.

Sem juízo de valor, vale registrar: o efeito foi nulo nos dois exemplos históricos recentes em que presidentes tentavam a reeleição e o Brasil perdeu Copas do Mundo.

Em 1998, o Brasil passava por um momento dificílimo na economia. Setores da oposição diziam que o país estava falido, ancorado numa taxa de câmbio postiça, que mantinha a paridade insustentável de valor entre o real e o dólar dos Estados Unidos. Na Copa do Mundo na França, a seleção sofreu com o apagão do jogador Ronaldo, que entrou em campo e ficou em estado de torpor durante a partida final.

Mesmo com a economia perto do buraco e a derrota na Copa da França, em outubro de 1998 Fernando Henrique Cardoso (PSDB) foi reeleito no primeiro turno para ficar mais 4 anos no Palácio do Planalto.

Em 2006, as coisas não começaram bem para Luiz Inácio Lula da Silva (PT). O mensalão ainda reverberava. Ninguém sabia qual seria o efeito do escândalo nas urnas. Na metade do ano, a seleção brasileira sofreu na Copa da Alemanha com um novo baile tomado da equipe francesa –a imagem de Ronaldo levando um chapéu de Zidane no meio de campo ficou na parede da memória de todos que acompanham o esporte.

Só que em outubro de 2006 Lula acabou sendo reeleito para mais um mandato como presidente. Poderia até ter faturado no primeiro turno se não tivesse cometido alguns erros no final da campanha (como ter se recusado a ir a um debate com seus adversários).

O Brasil só teve, até hoje, a reeleição de dois presidentes da República –FHC e Lula. E ambos combinaram vitórias nas urnas com derrotas da seleção brasileira em Copas do Mundo.

Ou seja, é possível dizer que o impacto da derrota deste 8 de julho de 2014 terá relevância zero nas eleições deste ano? Há argumentos a favor e contra essa possibilidade.

Ei-los:

1) a tese de que haverá algum impacto
A Copa do Mundo não foi na França. Não foi na Alemanha. Agora, o torneio foi no Brasil. Instalou-se uma onda bem-vinda de bom humor e otimismo na sociedade.

O governo federal estava meio discreto no início. Depois, resolveu surfar nesse momento positivo: muita gente feliz nas ruas, estrangeiros zanzando pelas cidades, muita alegria. E dá-lhe propaganda estatal com esse slogan simplório de que esta é a “Copa das Copas” –uma expressão que não quer dizer absolutamente nada.

A presidente Dilma Rousseff mergulhou no clima ao publicar sua foto fazendo o “é tóis” do jogador Neymar.

Não houve, do governo, nenhuma palavra de “calma, gente” diante da euforia exacerbada. Nem quando alguns meios de comunicação chapa-branca chegaram ao paroxismo da patriotada tentando santificar Neymar e tornar o jogador Zuñiga o pior criminoso do planeta Terra –e jogando gasolina na fogueira da internet, onde protofascistas pediam a morte do colombiano.

Ao fazer a brincadeira com o “é tóis”, Dilma exalou simpatia, mas ficou, em certa medida, sócia dessa mania reducionista e infantilizada de achar que quando há uma Copa do Mundo de Futebol “é ‘nóis’ [Brasil] contra eles [o restante do mundo]”. O mundo é mais complexo do que isso.

E, convenhamos, o futebol é só um jogo.

Nesse contexto, é obviamente positivo para quem é governo (a presidente, os governadores) a sensação de bem-estar. Quando acaba esse clima, quem está no poder perde. As pessoas saem do seu estado de quase transe coletivo e passam a olhar a realidade do país de maneira mais plena.

Se a seleção brasileira de futebol tivesse vencido a da Alemanha e se também vencesse a final, no dia 13 de julho de 2014, o noticiário chapa-branca das TVs passaria mais 10 dias, no mínimo, entrevistando os jogadores e comissão técnica. Tudo exalando alegria e festa no clima de “é tóis”.

Agora, também haverá muitas entrevistas, mas com sentido oposto. Só sobre o fracasso da equipe nacional e a incapacidade de vencer “em casa”, uma espécie de fetiche perseguido há 64 anos, desde a derrota no Maracanã para o time do Uruguai, em 1950.

Na noite de 8 de julho de 2014, ônibus foram incendiados em São Paulo. Em Curitiba (PR), foram 15 ônibus apedrejados. Em Belo Horizonte, 12 pessoas feridas e 8 presas. E assim em outras capitais.

Se o clima de violência nas ruas voltar, certamente os governos (federal e estaduais) não se beneficiam em nada. Nesse cenário –que ainda não se sabe se vai virar realidade– será possível dizer que a derrota brasileira na Copa do Mundo terá algum efeito nas disputas eleitorais de outubro.

No meio dessa conjuntura, pode voltar a discussão sobre os bilhões de reais gastos para fazer a Copa e o retorno desses investimentos. Afinal há novos aeroportos e algumas obras de mobilidade urbana entregues, mas o país não está nem de longe com uma infraestrutura compatível com a demanda da população.

 

2) a tese de que não haverá algum impacto
O mau humor, com certeza, pode estar presente nos próximos dias entre milhões de fãs do futebol. Mas a via anda. Não há nas disputas recentes nenhum elemento que permita fazer a conexão entre o resultado da eleição presidencial (ou nas estaduais) com o desempenho da seleção em Copas do Mundo.

No Brasil, desde 1994, ano de eleição presidencial e de governadores é também ano de Copa do Mundo:

1994: FHC, candidato do governo ganhou a eleição e o Brasil foi tetracampeão nos Estados Unidos.

1998: FHC foi reeleito e o Brasil deu vexame na Copa da França.

2002: o Brasil foi pentacampeão na Copa do Japão e da Coréia do Sul. Meses antes da eleição, FHC recebeu os jogadores no Planalto e teve até cambalhota de Vampeta na rampa do palácio. Não adiantou nada. O candidato governista, José Serra, perdeu para Lula na disputa em outubro.

2006: Lula foi reeleito, apesar do mensalão e de o Brasil ter tomado um baile na Copa do Mundo da Alemanha.

2010: Lula, presidente, conseguiu eleger Dilma como sucessora. Na Copa da África do Sul o Brasil foi desclassificado pela Holanda.

Ou seja, quem enxergar relação direta entre Copas e eleições estará mentindo. Se houve um padrão até hoje foi o de não existir relação de causa e efeito entre o esporte e o resultado das urnas.

É implausível um cenário no qual um eleitor de Dilma Rousseff ou indeciso adote de maneira automática o seguinte raciocínio: “Hummm… O Brasil perdeu a chance de ganhar a Copa do Mundo aqui em casa. Perdemos de 7 a 1 pra a Alemanha. Um vexame. É culpa do governo. Por isso, vou votar na oposição”.

No final deste mês de julho de 2014, a derrota do Brasil para a Alemanha no Mineirão continuará sendo assunto em mesas redondas de futebol, mas as pessoas estarão interessadas em outros assuntos. Vida que segue.

Nesse cenário, sobram para os brasileiros alguns legados da Copa. Os estádios, por mais defeitos que possam ter, são muito melhores do que os antigos. E a partir de agora, o público do Campeonato Brasileiro (entradas a R$ 30 ou R$ 50) poderão usufruir das novas arenas.

O mesmo vale para vários aeroportos (alguns já prontos) que são mais modernos, obras de mobilidade urbana e estradas. Muitas obras ficaram pelo caminho, dezenas foram superfaturadas. Mas houve entregas e os cidadãos vão usar.

Em resumo, o quadro é incerto e será necessário muita temperança antes de dizer que tudo já está decidido nas eleições deste ano.

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De saída do STF, Joaquim Barbosa dá pitacos sobre a seleção
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Fernando Rodrigues

Eis sua sugestão de time: Luiz Gustavo, Fernandinho, Paulinho, Ramires (ou William); Hulk e Fred

Joaquim-Twitter

O ministro Joaquim Barbosa, que está de saída do Supremo Tribunal Federal, lançou um perfil no microblog Twitter e está fazendo postagens desde o dia 4.jul.2014.

A assessoria do STF confirma que o perfil @joaquimboficial é mesmo de Joaquim Barbosa, que já deu entrada no seu pedido de aposentadoria e deve deixar a Corte nos próximos dias.

Até agora, Barbosa fez 4 posts. O primeiro, bem direto: “Alívio, finalmente!”.

Os demais, sobre futebol. Torcedor do São Paulo Futebol Clube, o ministro Joaquim Barbosa é um amante do esporte, que praticou até ser impedido por um problema na coluna.

Nos seus posts, reclamou da demora dos técnicos em substituir jogadores durante as partidas: “Por que não fazer mudanças, colocar jogadores com frescor em campo? Com tantos jogadores bons no banco!!!”. E mais: “Substituição perigosa! Se houver prorrogação, Henrique será a opção de ataque?  Técnicos brasileiros substituem mal e tardiamente. Sempre!”.

Foi uma crítica ao fato de no jogo entre as seleções do Brasil e da Colômbia, no último dia 4.jul.2014, quando o técnico Felipão substituiu o atacante Neymar pelo zagueiro Henrique.

E qual o time ideal para a seleção brasileira na opinião do presidente do STF que comandou o julgamento do mensalão? Eis a opinião de escalação de Joaquim Barbosa: “Sugestão para terça [8.jul.2014] do meio pra frente: LGustavo, Fernandinho, Paulinho, Ramires ou William; Hulk, Fred. Bernard como arma p segundo tempo”.

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Poder e Política na semana – 7 a 13.jul.2014
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Fernando Rodrigues

Nesta semana, os candidatos começam a percorrer o país em campanha e o Maracanã sedia a final da Copa do Mundo.

Aécio Neves, candidato do PSDB a presidente, reúne-se nesta 2ª feira em São Paulo com os coordenadores da sua campanha. Na 5ª feira, encontra-se em Vitória com o tucano Cesar Colnago, vice na chapa de Paulo Hartung (PMDB) ao governo do Espírito Santo. À tarde, participa em Queimados, no Rio, de evento organizado pelo PMDB local.

Eduardo Campos, candidato do PSB a presidente, faz campanha nesta 2ª feira em Águas Lindas (GO), com Marina Silva, sua candidata a vice, e Rodrigo Rollemberg, candidato ao governo do Distrito Federal, de manhã. À tarde, reúne-se com os presidentes dos diretórios estaduais da sua legenda, em Brasília. À noite, em Recife, participa de ato da campanha de Paulo Câmara, candidato do PSB ao governo de Pernambuco. Ao longo da semana, faz campanha em cidades do Nordeste.

Na 3ª feira, a seleção brasileira de futebol enfrenta a alemã pelas semifinais da Copa do Mundo, no Mineirão, em Belo Horizonte. Domingo, acontece a final da Copa, no Maracanã, no Rio. A presidente Dilma Rousseff deve entregar pessoalmente a taça à seleção campeã. Cerca de 20 chefes de Estados são esperados na plateia, inclusive Vladimir Putin, presidente da Rússia.

Na 5ª feira, a Justiça Eleitoral publica lista de quem solicitou registro de candidatura. A partir desta data, o nome de todos que tenham solicitado registro devem constar das pesquisas eleitorais.

Brasília estará vazia, sem votações nos plenários da Câmara e do Senado e com o Supremo em recesso.

Eis, a seguir, o drive político da semana. Se tiver algum reparo a fazer ou evento a sugerir, escreva para frpolitica@gmail.com. Atenção: esta agenda é uma previsão. Os eventos podem ser cancelados ou alterados.

 

2ª feira (7.jul.2014)
Aécio em SP – Aécio Neves, candidato do PSDB a presidente, reúne-se com os coordenadores da sua campanha, em São Paulo.

Campos em Goiás, Brasília e Pernambuco – Eduardo Campos, candidato do PSB a presidente, faz campanha em Águas Lindas (GO), com Marina Silva, sua candidata a vice, e Rodrigo Rollemberg, candidato ao governo do Distrito Federal, de manhã. À tarde, Campos reúne-se com os presidentes dos diretórios estaduais da sua legenda, em Brasília. À noite, em Recife, participa de ato da campanha de Paulo Câmara, candidato do PSB ao governo de Pernambuco.

Luciana no Rio – Luciana Genro, candidata do PSOL a presidente, faz campanha na Avenida Rio Branco, no Rio, com os deputados Marcelo Freixo, Chico Alencar e Jean Wyllys. À tarde, na Praça Ariboia, em Niterói, caminha com Tarcísio Motta, candidato do PSOL a governador do Estado.

Custo de vida – Dieese divulga pesquisas sobre o preço da cesta básica e custo de vida na cidade de São Paulo.

Aposentadoria de Simon – senador Pedro Simon (PMDB-RS), 84 anos, é entrevistado no programa Roda Viva, da TV Cultura. Simon decidiu não disputar a reeleição.

 

3ª feira (8.jul.2014)
Campanha na TV – Justiça Eleitoral convoca partidos e emissoras de rádio e TV para definir o plano de mídia do horário eleitoral gratuito nestas eleições.

Brasil X Alemanha – seleção brasileira de futebol enfrenta a alemã pelas semifinais da Copa do Mundo. No Mineirão, em Belo Horizonte, às 17h.

Trabalho escravo – Comissão Mista do Congresso analisa emendas a projeto de lei que estabelece a expropriação de propriedades rurais e urbanas onde for constatada a prática de trabalho escravo.

Domésticas – Comissão Mista do Congresso analisa emenda a projeto de lei que regulamenta os direitos de empregados domésticos.

Leão – Receita Federal libera consulta ao segundo lote de restituição do Imposto de Renda de Pessoa Física de 2014. Serão R$ 1,6 bilhão para 1.060.473 contribuintes.

Inflação – FGV divulga o IGP-DI referente ao mês de junho. IBGE divulga o IPCA, índice oficial de inflação.

 

4ª feira (9.jul.2014)
Luciana no Rio Grande do Sul – Luciana Genro, candidata do PSOL a presidente, faz caminhada na rua dos Andradas, centro de Porto Alegre, com Roberto Robaina, candidato da legenda ao governo do Estado.

Petrobras – CPI do Senado sobre a Petrobras ouve José Maria Rangel, presidente do Sindicato dos Petroleiros do Norte Fluminense, sobre falhas de segurança em plataformas de exploração de óleo e gás da estatal, e Glauco Colepicolo Legati, gerente-geral de Implementação de Empreendimentos da empresa, sobre a construção da refinaria de Abreu e Lima, em Pernambuco.

Petrobras 2 – CPI mista sobre a Petrobras vota pedidos de quebra de sigilos fiscal e telefônico e de convocação para depoimentos. Congressistas analisam requerer os processos no Tribunal de Contas da União sobre a Petrobras no período de 2005 a 2014 e as atas das reuniões do Conselho de Administração da Petrobras no período de 2005 a 2013.

Indonésia vota – país asiático elege seu novo presidente.

Holanda X Argentina – seleções desses 2 países se enfrentam pelas semifinais da Copa do Mundo. No Itaquerão, em São Paulo, às 17h.

Agricultura – IBGE divulga o Levantamento Sistemático da Produção Agrícola.

 

5ª feira (10.jul.2014)
Aécio no Espírito Santo e Rio – Aécio Neves, candidato do PSDB a presidente, viaja a Vitória e reúne-se de manhã com o tucano Cesar Colnago, vice na chapa de Paulo Hartung (PMDB) ao governo do Estado. À tarde, Aécio participa em Queimados, no Rio, de evento organizado pelo PMDB local.

Luciana no Paraná – Luciana Genro, candidata do PSOL a presidente, faz campanha no centro de Curitiba e participa de lançamento da candidatura de Bernardo Pilotto ao governo do Estado.

Candidaturas – Justiça Eleitoral publica lista de quem solicitou o registro de candidatura. A partir desta data, o nome de todos que tenham solicitado registro devem constar das respectivas pesquisas eleitorais.

Indústria – IBGE divulga a produção física da indústria brasileira.

 

6ª feira (11.jul.2014)
Padilha e sindicalistas – Alexandre Padilha, candidato do PT ao governo do Estado, participa de ato de filiação de sindicalistas ao PT, em Santo André.

Marinho no Tribunal – Robson Marinho, conselheiro do TCE de SP, acusado de ter recebido propina da multinacional Alston, retorna à Corte após período de licença. O Ministério Público e o PT solicitaram o seu afastamento, ainda não decidido pela Justiça.

Emprego – IBGE apresenta resultados de sua Pesquisa Industrial Mensal: Emprego e Salário. FGV também divulga dados sobre emprego e desemprego.

Inflação – FGV divulga IPC-C1 referente ao mês de junho.

 

Sábado (12.jul.2014)
Copa do Mundo – Estádio Mané Garrincha, em Garrincha, recebe a partida “mais triste da Copa do Mundo”, como é conhecido esse confronto: os derrotados nas semifinais disputam para definir quem será o terceiro e quarto colocados do tornei.

 

Domingo (13.jul.2014)
Final da Copa – Maracanã (foto), no Rio, recebe a final da Copa do Mundo. A presidente Dilma Rousseff deve entregar a taça ao campeão. São esperados cerca de 20 chefes de Estado na plateia, inclusive Vladimir Putin, presidente da Rússia, que sedia a próxima edição do torneio. É possível que também compareçam Xi Jinping, presidente da China, e Jacob Zuma, da África do Sul.

Marcus Brandt/EFE - 4.jul.2014

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Desafio de Dilma é manter ganho eleitoral durante a “ressaca” do pós-Copa
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Fernando Rodrigues

A pesquisa Datafolha realizada nos dias 1 e 2 de julho trouxe boas notícias para Dilma Rousseff na corrida presidencial. Ela variou de 34% para 38% em um mês e foi a candidata com melhor desempenho nos últimos 30 dias (leia os números gerais no gráfico ao final deste post).

A petista parece ter se beneficiado do clima positivo que se instalou no país com a Copa do Mundo de Futebol da Fifa, uma megaevento inédito para o Brasil.

Mas a Copa do Mundo vai acabar. As propagandas estatais autolaudatórias também terão de sair do ar agora neste segundo semestre de 2014. Centenas de milhares de estrangeiros vão embora do Brasil daqui a duas semanas.

Haverá uma certa ressaca pós-Copa. Os estádios agora lotados serão frequentados por plateias mais minguadas. Por exemplo, quantos torcedores terá um confronto entre Internacional X Chapecoense no Beira-Rio durante a retomada do Campeonato Brasileiro? Ou Botafogo X Criciúma no Maracanã?

Embora a pesquisa Datafolha tenha mostrado uma melhora geral no humor dos brasileiros, basta olhar os indicadores econômicos para notar que não houve fatos relevantes que sustentem uma inversão total de expectativas.

Também é necessário lembrar que no período pré-Copa o mau humor geral que havia se instalado no país não derivava (como quer fazer crer o PT) apenas da mídia. O Brasil está, tudo indica, crescendo menos do que no ano passado.

A pergunta agora, portanto, é a seguinte: passado o fato gerador do atual clima positivo (a Copa), como será o desempenho de Dilma Rousseff? Até porque, neste mês de julho e até quase o final de agosto o governo não mais pode fazer propagandas para se autopromover –e ainda não estarão no ar os comerciais eleitorais.

Há um deserto de aproximadamente 30 dias a ser atravessado por Dilma Rousseff e pelos demais candidatos.

Se a presidente se mantiver no patamar em que está, o marketing poderá ajudar muito a partir do final de agosto. Mas até lá é quase só com ela.

O ponto de interrogação vale também para os candidatos de oposição: como vão fazer para aparecer e melhorar seus desempenhos, muito inferiores ao de Dilma? É um mistério.

Datafolha-1-2julho2014

TODAS AS PESQUISAS AQUI
E não se engane com os números das pesquisas eleitorais. Só aqui neste Blog você encontra a mais completa página de pesquisas eleitorais da internet brasileira, com levantamentos de todos os institutos desde o ano 2000. É possível consultar os cenários do 1º turno de 2014 para as disputas de presidente, governador e senador e do 2° turno de 2014 para presidente e governador.

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Poder e Política na semana – 9 a 15.jun.2014
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Fernando Rodrigues

Nesta semana começam a Copa do Mundo e a temporada das convenções partidárias.

Na 2ª feira, a presidente Dilma Rousseff inaugura, pela manhã, o novo aeroporto de Natal. À tarde, sanciona lei que estabelece cotas para negros no serviço público federal, no Palácio do Planalto. Na 3ª feira, Dilma deve participar das convenções nacionais do PDT e do PMDB que selarão o apoio à sua candidatura à reeleição.

Aécio Neves, pré-candidato do PSDB a presidente da República, participa na 3ª feira, em Belo Horizonte, da convenção que formaliza a candidatura de Pimenta da Veiga ao governo de Minas Gerais. No sábado, convenção nacional do PSDB, em SP, confirma sua candidatura ao Planalto.

Eduardo Campos, pré-candidato do PSB a presidente da República, apresenta na 3ª feira palestra na Câmara de Comércio Brasil-EUA em São Paulo. Na 4ª feira, Campos comanda reunião da Executiva Nacional do PSB sobre as coligações nos Estados. Na 5ª feira, reúne-se com o Conselho da CNBB, em Brasília. No sábado, participa de convenções estaduais do PSB em Salvador e Goiânia. No domingo, comanda as convenções do partido em Brasília e Pernambuco.

O Congresso terá 2 depoimentos sobre a Petrobrás nesta semana: Paulo Roberto Costa, ex-diretor de Abastecimento da empresa, vai ao Senado na 3ª feira, e Graça Foster, presidente da companhia, na 4ª feira.

Na 5ª feira, começa a Copa do Mundo, em São Paulo, com Brasil versus Croácia. Dilma e o presidente da Fifa, Joseph Blatter, estarão no Itaquerão acompanhados de autoridades de diversos países.

No sábado, o PSC confirma a candidatura de Pastor Everaldo a presidente da República e o PV o nome de Eduardo Jorge para o cargo, e o PMDB lança oficialmente a candidatura de Paulo Skaf ao governo paulista. No domingo, o PT formaliza a candidatura deAlexandre Padilha ao Palácio dos Bandeirantes.

Ainda nesta semana, o Supremo deve analisar ações que questionam a constitucionalidade da resolução do Tribunal Superior Eleitoral que alterou a composição das bancadas na Câmara.

Eis, a seguir, o drive político da semana. Se tiver algum reparo a fazer ou evento a sugerir, escreva para frpolitica@gmail.com. Atenção: esta agenda é uma previsão. Os eventos podem ser cancelados ou alterados.

 

2ª feira (9.jun.2014)
Dilma no RN – presidente Dilma Rousseff comanda, pela manhã, cerimônia de inauguração do Aeroporto Internacional Governador Aluizio Alves, em Natal. À tarde, sanciona lei que estabelece cotas para negros no serviço público federal, no Palácio do Planalto.

Marina em Belo Horizonte – Marina Silva, pré-candidata a vice-presidente pelo PSB e líder da Rede, participa de encontro com militantes da Rede na capital mineira e defende uma candidatura própria do PSB ao governo do Estado.

Steinbruch e Elias Rosa – Benjamin Steinbruch, da CSN, que assumiu a Presidência da Fiesp (Federação das Indústrias do Estado de SP) após a licença de Paulo Skaf, pré-candidato do PMDB ao governo paulista, participa de jantar em homenagem ao procurador-geral de Justiça do Estado de SP, Márcio Elias Rosa, em São Paulo.

Skaf em Ourinhos – Paulo Skaf, pré-candidato do PMDB a governador de SP, assiste à apresentação da Orquestra Bachiana do Sesi/SP, sob a regência do maestro João Carlos Martins, em Ourinhos, interior paulista.
Índice de satisfação – Organização para a Cooperação e o Desenvolvimento Econômico divulga Índice da Vida Melhor, que mede a satisfação das populações.

 

3ª feira (10.jun.2014)
Dilma com PDT e PMDB – presidente Dilma Rousseff deve participar das convenções nacionais do PDT e do PMDB que selarão o apoio à sua candidatura à reeleição. A convenção do PMDB ocorre no auditório Petrônio Portela, no Senado, e a do PDT na sede da legenda em Brasília.

Aécio em Minas – Aécio Neves, pré-candidato do PSDB a presidente da República, participa da convenção do diretório mineiro do partido que formaliza a candidatura de Pimenta da Veiga ao governo do Estado.

Convenções – a partir desta data, todos os partidos estão liberados para realizar as convenções que oficializam seus candidatos nas eleições de outubro.

Políticos no rádio e na TV – também a partir desta data as televisões e rádios estão proibidas de veicular programas apresentados ou comentados por candidatos, até o dia da eleição.

Eduardo e o comércio exterior – Eduardo Campos, pré-candidato do PSB a presidente da República, apresenta palestra na Câmara de Comércio Brasil-EUA em São Paulo.

Lula em SP  – ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva participa do LAC Global Summit, fórum de negócios na capital paulista.

Paulo Roberto Costa no Senado – ex-diretor de Abastecimento da Petrobras presta depoimento à CPI da Petrobras no Senado. Às 10h15.

CPI do Metrô de SP – Humberto Costa, líder do PT no Senado, tenta instalar a CPI Mista do Metrô de SP para investigar acusações de cartel e pagamento de propinas relacionadas à companhia.

Fifa reunida – organização realiza seu 64º Congresso, em São Paulo. Até 4ª feira (11.jun.2014).

Direito de resposta – plenário de Senado analisa projeto de lei que disciplina o direito de resposta às pessoas que se sentirem ofendidas por informações divulgadas pelos meios de comunicação.

Bruno Dantas no TCU – Câmara dos Deputados vota indicação de Bruno Dantas, consultor da Companhia Siderúrgica Nacional, para o cargo de ministro do Tribunal de Contas da União. A votação estava incialmente prevista para semana passada, mas foi adiada.

Paim na Câmara – José Henrique Paim, ministro da Educação, participa de mesa-redonda na Comissão do Esporte da Câmara sobre a presença do esporte na educação.

Campelo no CNJ – Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania do Senado sabatina Emmanoel Campelo de Souza Pereira e analisa sua recondução ao Conselho Nacional de Justiça.

Liberdade de culto – seguidores do Candomblé e da Umbanda realizam protesto na Praça dos Três Poderes, em Brasília, contra a “intolerância religiosa das emissoras de rádio evangélicas” e o “tratamento preconceituoso do Poder Judiciário”.

Assembleia da CET – agentes da CET na capital paulista realizam assembleia e podem decidir paralisar suas atividades.

PSD na TV – legenda apresenta programa em rede nacional de rádio e televisão. No rádio, das 20h às 20h10, e na TV, das 20h30 às 20h40.

PT na TV – legenda tem 3 minutos de propaganda em rádio e televisão, divididos em inserções de 30 segundos ou 1 minuto.

Agronegócios – IBGE apresenta resultado do Levantamento Sistemático da Produção Agrícola.

Economia – IBGE apresenta sua Pesquisa de Estoques.

 

4ª feira (11.jun.2014)
Coligações do PSB – Eduardo Campos, pré-candidato do PSB a presidente da República, comanda reunião da Executiva Nacional do PSB, em SP, sobre as coligações nos Estados.

Graça Foster no Congresso – presidente da Petrobras presta depoimento à CPI Mista da Petrobras. Às 14h.

Repasse para municípios – Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania do Senado analisa proposta que aumenta em 2 pontos percentuais o repasse do IR e do IPI para o Fundo de Participação dos Municípios.

Inibidores de apetite – Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania do Senado analisa projeto de lei que suspende resolução da Agência Nacional de Vigilância Sanitária e libera a venda de inibidores de apetite.

Emprego – IBGE apresenta resultado da Pesquisa Industrial Mensal sobre Emprego e Salário. FGV também divulga o Indicador Antecedente de Emprego e o Indicador Coincidente de Desemprego.

Inflação – FGV apresenta resultado do IPC-C1.

Serviços – FGV divulga a Sondagem de Serviços.

Ideli na Suíça – Ideli Salvatti, ministra dos Direitos Humanos, participa em Genebra de reunião da Organização Internacional do Trabalho que aprova convenção sobre trabalho escravo.

Livro de Miriam – jornalista Miriam Leitão lança o romance “Tempos Extremos”, na Livraria Leitura, no Shopping Píer 21, em Brasília. Às 19h30.

 

5ª feira (12.jun.2014)
Abertura da Copa do Mundo – cerimônia de abertura da Copa do Mundo no Brasil, no Itaquerão, em São Paulo. Brasil enfrenta a Croácia às 17h. A presidente Dilma Rousseff e o presidente da Fifa, Jospeh Blatter, estarão no estádio acompanhados de autoridades de diversos países.

André Penner/AP - 1.jun.2014

Dilma e Bachelet – de manhã, antes de viajar para SP, a presidente Dilma Rousseff reúne-se com a presidente do Chile, Michelle Bachelet, em Brasília.

Expediente em órgãos públicos – Supremo Tribunal Federal, Senado Federa, Câmara dos Deputados e órgãos da administração federal trabalham em regime de meio-expediente, somente no período da manhã.

Feriado em SP – feriado municipal na capital paulista.

Campos e os bispos – Eduardo Campos, pré-candidato do PSB a presidente da República, reúne-se com o Conselho da CNBB (Conferência Nacional dos Bispos do Brasil), em Brasília.

Protestos na Copa – central sindical Conlutas organiza passeata com concentração às 10h na sede do Sindicato dos Metroviários de SP, no Tatuapé, capital paulista.

Funcionalismo – Confederação dos Trabalhadores do Serviço Público Federal planeja realizar atos por reajuste salarial.

Comércio – IBGE divulga resultado da Pesquisa Mensal de Comércio.

Indústria – FGV divulga a Sondagem da Indústria.

PR na TV – legenda tem 5 minutos de propaganda em rádio e televisão, divididos em inserções de 30 segundos ou 1 minuto.

 

6ª feira (13.jun.2014)
Dilma e Lula em Pernambuco – presidente Dilma Rousseff e o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva participam de ato político em Recife em apoio à candidatura de Armando Monteiro Neto (PTB) ao governo do Estado.

Lula no Piauí – ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva participa de convenção do PT do Piauí que lança a candidatura de Wellington Dias ao governo do Estado.

Bachelet no Mato Grosso – Michelle Bachelet, presidente do Chile, acompanha o jogo da seleção de seu país contra a Austrália, em Cuiabá.

 

Sábado (14.jun.2014)
Aécio, candidato – tucanos realizam convenção nacional que sela a candidatura de Aécio Neves a presidente da República. Há expectativa quanto à escolha do vice de Aécio.

Pastor Everaldo, candidato – partido realiza convenção nacional em SP para formalizar a candidatura de Pastor Everaldo Pereira a presidente da República.

Eduardo Jorge, candidato – partido realiza convenção nacional para formalizar a candidatura de Eduardo Jorge à Presidência da República. Na sede da legenda em Brasília.

Skaf, candidato – PMDB de SP realiza convenção estadual para formalizar a candidatura de Paulo Skaf ao governo paulista. No Expo Barra Funda, em SP.

Campos na Bahia e em Goiás – Eduardo Campos, pré-candidato do PSB a presidente da República, participa do Congresso Estadual do PSB em Salvador que formaliza a candidatura de Lídice da Mata ao governo e de Eliana Calmon ao Senado. Em seguida, participa do Congresso Estadual do PSB em Goiânia que sela a candidatura de Vanderlan Cardoso ao governo.

Marigoni, candidato – PSOL de SP realiza convenção que formaliza a candidatura de Gilberto Maringoni ao governo do Estado.

PR na TV – legenda tem 5 minutos de propaganda em rádio e televisão, divididos em inserções de 30 segundos ou 1 minuto.

Afeganistão vota – país elege seu novo presidente.

 

Domingo (15.jun.2014)
Campos no DF e em Pernambuco – Eduardo Campos, pré-candidato do PSB a presidente da República, participa, de manhã, do Congresso Estadual do PSB em Brasília. À tarde, segue para o congresso do PSB em Pernambuco.

Padilha, candidato – PT de SP realiza convenção estadual para formalizar a candidatura de Alexandre Padilha ao governo paulista. No Estádio da Portuguesa.

Colômbia vota – país realiza 2º turno das eleições presidenciais. Disputam o cargo o atual presidente, Juan Manuel Santos, e o opositor Óscar Zuluaga.

 

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Monumentos em verde e amarelo pela seleção em Brasília
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Fernando Rodrigues

Iluminação com as cores nacionais está nos principais prédios públicos da capital

Brasília está como seus principais edifícios e monumentos com iluminação em verde e amarelo por causa da Copa do Mundo. Todos esses locais já são iluminados à noite. Os holofotes foram apenas cobertos com um material nas cores nacionais.

O titular deste Blog fotografou neste sábado (7.jun.2014) à noite alguns locais e compartilha o resultado aqui:

Cúpula da Câmara em verde; a do Senado, em amarelo - 7.jun.2014 - foto: Fernando Rodrigues

Cúpula da Câmara em verde; a do Senado, em amarelo – 7.jun.2014 – foto: Fernando Rodrigues

Cúpula da Câmara em verde; a do Senado, em amarelo

Cúpula da Câmara em verde; a do Senado, em amarelo – 7.jun.2014 – foto: Fernando Rodrigues

 

Supremo Tribunal Federal - 7.jun.2014 - foto: Fernando Rodrigues

Supremo Tribunal Federal – 7.jun.2014 – foto: Fernando Rodrigues

Supremo Tribunal Federal - 7.jun.2014 - foto: Fernando Rodrigues

Supremo Tribunal Federal – 7.jun.2014 – foto: Fernando Rodrigues

 

Palácio do Planalto - 7.jun.2014 - foto: Fernando Rodrigues

Palácio do Planalto – 7.jun.2014 – foto: Fernando Rodrigues

Palácio do Planalto - 7.jun.2014 - foto: Fernando Rodrigues

Palácio do Planalto – 7.jun.2014 – foto: Fernando Rodrigues

Catedral de Brasília - 7.jun.2014 - foto: Fernando Rodrigues

Catedral de Brasília – 7.jun.2014 – foto: Fernando Rodrigues

Catedral de Brasília - 7.jun.2014 - foto: Fernando Rodrigues

Catedral de Brasília – 7.jun.2014 – foto: Fernando Rodrigues

Memorial JK - 7.jun.2014 - foto: Fernando Rodrigues

Memorial JK – 7.jun.2014 – foto: Fernando Rodrigues

Memorial JK - 7.jun.2014 - foto: Fernando Rodrigues

Memorial JK – 7.jun.2014 – foto: Fernando Rodrigues

Esplanada dos Ministérios - 7.jun.2014 - foto: Fernando Rodrigues

Esplanada dos Ministérios – 7.jun.2014 – foto: Fernando Rodrigues

Esplanada dos Ministérios - 7.jun.2014 - foto: Fernando Rodrigues

Esplanada dos Ministérios – 7.jun.2014 – foto: Fernando Rodrigues

 

Ponte JK - 7.jun.2014 - foto: Fernando Rodrigues

Ponte JK – 7.jun.2014 – foto: Fernando Rodrigues

Ponte JK - 7.jun.2014 - foto: Fernando Rodrigues

Ponte JK – 7.jun.2014 – foto: Fernando Rodrigues

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Bom Senso F.C. passou do limite e Dilma erra ao recebê-los, diz Andrés
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Fernando Rodrigues

O ex-presidente do Corinthians e maior esperança do PT como puxador de votos na eleição para deputado federal neste ano, Andrés Sanchez, diz que foi um erro a presidente Dilma Rousseff ter recebido recentemente o movimento Bom Senso F.C., que pede mudanças na gestão do futebol no Brasil.

“Quem faz o futebol são os clubes, atleta e torcedor”, declara Andrés em entrevista ao programa Poder e Política, do UOL e da “Folha”. Ele afirma que o Bom Senso F.C. foi “pelo caminho errado” e seus representantes “exageraram”. Preferiria que tivessem atuado pelos “sindicatos em seus Estados”.

E se os dirigentes sindicais não ajudam? “Vai lá e tire eles”, responde o pré-candidato a deputado federal. “É muito bonito pegar oito, nove jogadores consagrados e ficar falando”, afirma. “O jogador tem que participar das reuniões, dos debates. Agora, eu acho que eles passaram um pouco do limite”.

Ao receber o Bom Senso F.C., Dilma Rousseff deu ao grupo um espaço “que não concede aos clubes, que não concede ao sindicato, que não concede a ninguém”, reclama Andrés. Ela errou? “Lógico, totalmente”.

Aos 50 anos, o descendente de espanhóis acredita que terá de 160 mil a 200 mil votos na eleição para deputado federal. Dentro do PT, a expectativa é maior. Ele teria potencial para chegar a 500 mil votos, suprindo uma deficiência do partido. Encrencados com a Justiça ou com escândalos diversos, vários petistas campeões eleitorais não disputam nada neste ano –como José Dirceu, João Paulo Cunha e José Genoino, todos presos por causa do mensalão.

Amigo pessoal de Luiz Inácio Lula da Silva, o ex-presidente do Corinthians fala com algumas ressalvas sobre Dilma Rousseff, embora a descreva como “pessoa muito bem-intencionada”. Qual a diferença entre ela e Lula? “O Lula tem mais paciência para ouvir muita gente, prós e contras”. E ela não? “Talvez, ela não. E o Lula tem uma coisa que poucos têm: a sabedoria de lidar com os diferentes, isso é uma arte”.

Espontâneo, Andrés diz ter ficado “muito triste” pelo fato de Dilma Rousseff ter se referido ao novo estádio do Corinthians como “Itaquerão” numa entrevista à TV Bandeirantes, nesta semana. “Vou mandar uma carta oficial para o Palácio [do Planalto] dizendo que isso é um absurdo, não pode chamar. Lá é Arena Corinthians, não é Itaquerão”, diz o cartola.

Ao pronunciar “Itaquerão”, Dilma cometeu uma “gafe” ou um “equívoco”, diz. “Para ser bonzinho”, pois acha que a presidente “foi mal informada. Infelizmente, a assessoria dela falhou. E falhou feio”. Andrés aproveita também para reclamar da mídia. “Ela deve ler a *Folha* ou o UOL (…), que insistem em chamar de Itaquerão”.

A expectativa de Andrés é negociar o direito de uso do nome do estádio do Corinthians até dezembro. Estima uma renda anual de R$ 20 milhões. Nega que a arena vá drenar recursos do time. Apresenta um cálculo de receita de até R$ 35 milhões por ano com o aluguel para eventos –não os megashows musicais, pois esse tipo de atividade tem um concorrente “imbatível”: o novo estádio do Palmeiras, o rival corintiano histórico.

No ano passado e início do atual, Andrés tentou montar uma chapa de oposição para comandar a Confederação Brasileira de Futebol. Não deu certo. Tentará de novo em 2018, quando terminar o mandato do próximo presidente da CBF, Marco Polo Del Nero.

Com Del Nero à frente da CBF, o futebol ficará igual “ou pior” nos próximos anos, avalia Andrés. Ele acha que o ex-presidente da entidade, Ricardo Teixeira foi bom dirigente. Só errou “talvez” ao ter ficado muito tempo no cargo.

O corintiano é contra a reeleição em qualquer instância ou entidade. Se for eleito deputado, defenderá o fim da renovação de mandatos em todos os cargos, inclusive no caso de vereadores, deputados e senadores.

Outra ideia sua é acabar com a proibição de venda de bebidas alcoólicas em estádios de futebol. “Essa é a coisa mais ridícula que existe nesse país. O cara fica bebendo a meio metro do estádio, na porta do estádio. E aí, cinco minutos [depois], entra aquele bando, na última hora, tudo já ‘tomado’… É um absurdo. Se vende bebida no Carnaval, no show, no teatro, em todo lugar, só no futebol que não?”.

A campanha para chegar à Câmara dos Deputados deve custar até R$ 3 milhões. Quem banca? “Minha família e eu. Já pensou se a Odebrecht me doa dinheiro?”, pergunta.

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