Blog do Fernando Rodrigues

Arquivo : eleições 2016

Candidatos com o maior tempo de TV vencem duas de cada 3 eleições
Comentários Comente

Fernando Rodrigues

Levantamento tem como base disputas nas capitais de SP, RJ, MG e RS

83% dos líderes em tempo de TV garantem, no mínimo, ida ao 2º turno

Horário eleitoral gratuito em TV e rádio começa nesta 6ª nos municípios

João Doria (PSDB) e Pedro Paulo (PMDB) lideram disputa por tempo de TV em SP e no RJ

Doria (PSDB) e Pedro Paulo (PMDB) são os candidatos com mais tempo de TV em São Paulo e no Rio

Candidatos a prefeito com mais tempo de propaganda eleitoral no rádio e na TV vencem duas a cada 3 eleições municipais em 4 das grandes capitais do país –São Paulo, Rio de Janeiro, Belo Horizonte e Porto Alegre.

Das últimas 12 disputas nessas cidades, 8 foram vencidas pelo candidato com mais tempo de propaganda.

Gilberto Kassab (2008), Eduardo Paes (2008 e 2012), Cesar Maia (2004), Marcio Lacerda (2008 e 2012), Jorge Fortunati (2012) e José Fogaça (2008) tinham mais tempo de publicidade gratuita e foram eleitos.

TempodeTV-vencedores

Nas últimas 3 eleições nas 4 capitais analisadas pelo Blog, apenas duas vezes o candidato com o maior tempo de propaganda na TV e no rádio não conseguiu chegar ao 2º turno. João Leite (PSB-MG), que hoje é o candidato do PSDB na disputa pela prefeitura de Belo Horizonte, e Onyx Lorenzoni (DEM-RS) saíram derrotados no 1º turno das eleições municipais de 2004.

Em 2008 e 2012, todos os candidatos com mais espaço nas propagandas eleitorais foram, no mínimo, ao 2º turno.

As informações são do repórter do UOL Victor Fernandes.

De acordo com a Lei Eleitoral, 90% do tempo de propaganda dos candidatos em veículos de comunicação é proporcional ao número de representantes dos partidos na Câmara dos Deputados. O restante é divido de forma igualitária.

Neste ano, o programa eleitoral obrigatório terá apenas 10 minutos. Até as últimas eleições, eram 30. O número de inserções publicitárias durante a programação normal, porém, aumentou. Eis a íntegra das mudanças aprovadas na minirreforma eleitoral votada no ano passado.

SÃO PAULO
Na maior cidade do país, com 8,9 milhões de eleitores, desde 1992 as eleições são decididas em 2 turnos. Nas últimas 3 disputas, o candidato com mais tempo em inserções publicitárias venceu apenas uma vez (Gilberto Kassab, que era do DEM, em 2008). Mas em todas a maior quantidade de tempo de propaganda no rádio e na TV garantiu participações no 2o turno.

O horário eleitoral gratuito começou nesta 6ª feira (26.ago) no rádio e na televisão. João Doria, candidato do PSDB, terá o maior espaço. Serão 3 minutos e 6 segundos dos 10 minutos disponíveis. Além deles, o tucano terá outros 13 minutos e 3 segundos que poderão ser usados nos intervalos comerciais das emissoras, por meio de inserções de 30 e 60 segundos.

Fernando Haddad (PT) terá o 2º maior tempo: 2 minutos e 35 segundos no programa eleitoral e 10 minutos e 54 segundos em peças publicitárias. O líder das pesquisas eleitorais, Celso Russomanno (PRB), tem apenas o 4º maior tempo. Ficou atrás de Marta Suplicy (PMDB).

TempodeTV-SP2016

RIO DE JANEIRO
Na capital fluminense, as últimas 3 eleições foram vencidas pelo candidato com mais tempo de TV. Duas delas no 1º turno (2004 e 2012). Em 2016, Pedro Paulo (PMDB), candidato do prefeito Eduardo Paes (PMDB), terá o maior tempo de propaganda. Serão 3 minutos e 30 segundos no programa partidário e 14 minutos e 43 segundos em inserções diárias durante a programação normal.

Jandira Feghali (PC do B), Índio da Costa (PSD), Carlos Osorio (PSDB) e Marcelo Crivella (PRB) terão tempos muito parecidos. De 1 minuto e 11 segundos a 1 minuto e 27 segundos nos programas eleitorais. De 4 minutos e 58 segundos a 6 minutos e 8 segundos em inserções publicitárias.

Os candidatos que estão empatados na 2ª colocação nas pesquisas, Marcelo Freixo (Psol) e Flávio Bolsonaro (PSC), terão menos tempo que os demais. Crivella lidera os levantamentos de intenção de voto.

TempodeTV-Rio2016

BELO HORIZONTE
Em BH, as últimas duas eleições foram vencidas pelo atual prefeito, Marcio Lacerda (PSB). Nas duas disputas, o pessebista foi o candidato com o maior tempo de propaganda no rádio e na televisão. Em 2004, o candidato do PSB foi João Leite, que hoje concorre pelo PSDB. Há 12 anos, com o maior tempo de propaganda, Leite perdeu a eleição no 1º turno para o atual governador de Minas, Fernando Pimentel (PT).

Neste ano, o tucano, líder das pesquisas, é mais uma vez o candidato com mais espaço na propaganda. Tem 2 minutos e 39 segundos dos 10 minutos do horário eleitoral gratuito. Ao todo, terá direito a 780 inserções publicitárias, o equivalente a 11 minutos e 9 segundos diários.

O 2º colocado nas pesquisas de intenção de voto, Alexandre Kalil (PHS), que é ex-presidente do Clube Atlético Mineiro, tem apenas 23 segundos no programa eleitoral obrigatório. Terá 1 minuto e 38 segundos por dia em inserções no rádio e na TV.

Délio Malheiros (PSD), nome apoiado pelo prefeito Marcio Lacerda, tem apenas o 4º maior tempo. Está atrás do tucano João Leite, do peemedebista Rodrigo Pacheco e do petista Reginaldo Lopes.

TempodeTV-BH2016

PORTO ALEGRE
Na capital gaúcha, as últimas duas eleições também foram vencidas pelo candidato com o maior tempo de rádio e TV. Jorge Fortunati (PDT) ganhou em 2012 e José Fogaça (PMDB), em 2008. Onyx Lorenzoni (DEM) tinha o maior tempo em 2004, mas ficou fora do 2º turno.

Neste ano, o candidato do PMDB, Sebastião Melo, terá quase 40% do tempo total de propaganda eleitoral. O peemedebista tem direito a 3 minutos e 50 segundos dos 10 minutos totais do programa obrigatório e 16 minutos e 08 segundos em inserções durante o dia.

Os líderes das pesquisas eleitorais, a candidata Luciana Genro (Psol) e Raul Pont (PT), terão espaços muito menores que seus principais concorrentes. A psolista tem direito a apenas 12 segundos do programa eleitoral e 51 segundos diários em inserções publicitárias. O petista terá 1 minuto e 30 segundos no horário eleitoral e 6 minutos e 21 segundos de inserções.

TempodeTV-PortoAlegre2016

O Blog está no Facebook, Twitter e Google+.

 


Com chapa própria, PMDB, PSDB e PT se enfrentam em 6 capitais
Comentários Comente

Fernando Rodrigues

Cada sigla lidera a disputa em ao menos uma capital

PTB, Psol e PRB estão na frente nas outras 3 cidades

Ex-aliados em Brasília, PT e PMDB se digladiam em 12 capitais

raul-pont-joao-leite-marta-suplicy

Raul Pont (PT), João Leite (PSDB) e Marta Suplicy (PMDB) são alguns dos candidatos

Os 3 maiores partidos do país serão adversários diretos em 6 das 26 capitais nas eleições de 2016.

PMDB, PSDB e PT lideram chapas na disputa pelas prefeituras de Belém (PA), Belo Horizonte (MG), Maceió (AL), Porto Velho (RO), São Paulo (SP) e Porto Alegre (RS).

Cada uma das 3 siglas está em posição competitiva, com chance de vitória, em ao menos uma dessas 6 capitais.

O tucano João Leite (PSDB) lidera as pesquisas em Belo Horizonte, com 21%.

Em Maceió, o ex-prefeito Cícero Almeida (PMDB) e o atual, Rui Palmeira (PSDB), estão empatados na 1ª colocação, com 31% cada.

Em Porto Alegre, o ex-prefeito Raul Pont (PT) está tecnicamente empatado na liderança com Luciana Genro (Psol), apesar de aparecer com 18% contra 23% da adversária. A margem de erro é de 4 pontos para mais ou para menos.

As informações são dos repórteres do UOL Gabriel Hirabahasi e Victor Gomes.

Eis as pesquisas mais recentes divulgadas nessas 6 capitais (clique na imagem para ampliar):

tabela-PT-PMDB-PSDB

 

Há outras 3 cidades nas quais os 3 maiores partidos concorrem entre si: Belém (PA), Porto Velho (RO) e São Paulo (SP). Nessas localidades, entretanto, as pesquisas indicam que PT, PMDB e PSDB não teriam chances de vitória se as disputas fossem hoje.

Em Belém, o deputado federal Edmilson Rodrigues (Psol) é quem lidera as pesquisas, com 36,1%. O atual prefeito de Porto Velho, Léo Moraes (PTB), é o 1º colocado na cidade, com 25,6%. Em São Paulo, o deputado federal Celso Russomanno (PRB) está na frente, com 33%.

Em 2012, as 3 legendas se enfrentaram diretamente em 7 capitais. Naquele ano, foram estas as cidades: Belém (PA), Campo Grande (MS), São Paulo (SP), Porto Velho (RO), Rio Branco (AC), João Pessoa (PB) e Natal (RN). O PT ganhou duas prefeituras (São Paulo e Rio Branco). O PSDB ficou com uma (Belém). O PMDB não foi vencedor em nenhuma daquelas 7 disputas de 2012.

CONCORRÊNCIA FRAGMENTADA
Antes aliados na esfera federal, PT e PMDB se enfrentarão diretamente em 12 capitais neste ano ante 8 em 2012. O número é maior que as disputas entre os rivais históricos PT e PSDB. Os petistas e os tucanos são concorrentes diretos em 10 capitais, menos que as 14 de 4 anos atrás. Já os neoaliados tucanos e peemedebistas se enfrentam em 8 capitais, o mesmo número da última eleição.

Eis um resumo do cenário eleitoral nas 6 capitais em que os 3 maiores partidos do país se enfrentam como líderes de chapa.

tabela-blog-capitais-v2 

BELO HORIZONTE
Na capital mineira, a disputa pela prefeitura é, para o senador Aécio Neves, um indicativo de sua força no Estado. O tucano governou Minas Gerais de 2003 a 2010, mas foi derrotado lá por Dilma Rousseff em 2014.

Seu candidato em BH para as eleições de 2016, o ex-jogador de futebol João Leite (PSDB), lidera as pesquisas de intenção de voto com 21%. Segundo levantamento do Ibope divulgado nesta semana, os deputados federais Reginaldo Lopes (PT) e Rodrigo Pacheco (PMDB) estão distantes, com 3% e 2% respectivamente.

PORTO VELHO
Na capital de Rondônia, quem lidera as pesquisas é o deputado estadual Léo Moraes (PTB), com 25,6%. Segundo pesquisa do instituto Phoenix de 9 de agosto, o ex-prefeito Roberto Sobrinho (PT) tem 13,9% e está na 3ª posição.

Sobrinho foi preso em 2013 na Operação Luminus por suspeita de desvio de verba pública. O político foi solto em seguida. Em abril deste ano, foi novamente denunciado pelo Ministério Público por irregularidades no esquema investigado pela operação.

Williames Pimentel (PMDB), ex-secretário de Saúde do governador Confúcio Moura (PMDB), tem 8,5% das intenções de voto. O empresário Hildon Chaves (PSDB) tem 4,9%.

SÃO PAULO
Na capital paulista, o atual prefeito, Fernando Haddad (PT), tem apenas 9% das intenções de voto, segundo pesquisa Ibope divulgada em 23 de agosto. O líder das pesquisas é o deputado Celso Russomanno (PRB), com 33%. A ex-petista Marta Suplicy (PMDB) ocupa a 2ª posição, com 17%. 

O empresário João Doria (PSDB) tem os mesmos 9% de Haddad. Apoiado pelo governador Geraldo Alckmin (PSDB), venceu a disputa dentro do partido contra o vereador Andrea Mattarazzo, que migrou para o PSD e se tornou vice de Marta. A deputada federal Luiza Erundina (Psol) também tem 9%.

BELÉM
Na capital paraense, os candidatos do PT e do PMDB, Regina Barata e Carlos Maneschy, têm poucas chances de vencer a eleição. Ela foi deputada estadual até 2010 e ele nunca exerceu cargo público. Estão empatados com menos de 3% das intenções de voto. O nome tucano é o do atual prefeito Zenaldo Coutinho, que figura em 3º lugar nas pesquisas e sofre com uma rejeição de 42% dos eleitores.

São favoritos na disputa os deputados federais Edmílson Rodrigues (Psol), com 36,1% das intenções de voto, e Delegado Éder Mauro (PSD), com 24,9%.

MACEIÓ
A disputa mais acirrada é entre o atual prefeito Rui Palmeira (PSDB) e seu antecessor, Cícero Almeida (PMDB). Eles estão numericamente empatados, com 31% cada. O deputado federal Paulão (PT) registrou apenas 3% das intenções de voto na última pesquisa. 

A administração de Rui Palmeira tem aprovação de 52% dos eleitores, segundo pesquisa do Ibope divulgada nesta 2ª feira (22.ago.2016). Cícero Almeira já foi prefeito da cidade e conta com o apoio do presidente do Senado, Renan Calheiros, e de Renan Filho, governador do Estado. Desde o ano passado, é réu no STF por suspeita de envolvimento na chamada “Máfia do Lixo”, esquema de contratação irregular de serviços de limpeza urbana. 

PORTO ALEGRE
Luciana Genro (Psol) e Raul Pont (PT) estão tecnicamente empatados na liderança da corrida eleitoral na capital gaúcha. Luciana possui 23% das intenções de voto contra 18% do petista, mas a margem de erro é de 4 pontos percentuais para mais ou para menos.

Atrás, mas também empatados com Raul Pont na 2ª colocação, estão o tucano Nelson Marchezan Jr, com 12% das intenções de voto, e Sebastião Melo (PMDB), com 10%.

Candidata a presidente da República em 2014, Luciana Genro teve cerca de 1 milhão de votos. Ficou em 4º lugar. Pont foi vice-prefeito de Porto Alegre durante a administração do pai de Luciana, o ex-governador petista Tarso Genro. Nelson Marchezan Jr. (PSDB) é deputado federal.

Já Sebastião Melo (PMDB) é o atual vice-prefeito da cidade. Ele conta com o apoio do atual prefeito, José Fortunati (PDT) e do governador José Ivo Sartori, de seu partido.

O Blog está no Facebook, Twitter e Google+.


Marta reage à absolvição de Russomanno: “[Eleição] ficou mais difícil”
Comentários Comente

Fernando Rodrigues

Peemedebista lamenta efeito de STF ter livrado adversário

Avaliação foi feita na noite da votação do impeachment

Marta vê chance de crescer sobre eleitorado tucano de Doria

Poder econômico e de distribuição de cargos de rivais preocupam

Senadora Marta Suplicy (PMDB-SP) teme candidatura de Celso Russomanno (PRB-SP)

Senadora Marta Suplicy (PMDB-SP) teme candidatura de Celso Russomanno (PRB-SP)

A candidata do PMDB à Prefeitura de São Paulo, Marta Suplicy (PMDB-SP), tem lamentado a decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) de absolver o candidato Celso Russomanno (PRB-SP) da acusação de peculato.

Com o resultado, Russomanno não corre mais o risco de ter o registro de candidato cassado pela Justiça Eleitoral. Se fosse condenado, o deputado do PRB seria enquadrado na Lei da Ficha Limpa e não poderia disputar a eleição municipal.

A aliados, Marta Suplicy tem dito que a decisão do STF prejudica a sua candidatura. A um colega senador, durante a discussão da pronúncia do impeachment, na madrugada de ontem (10.ago), afirmou: “Agora ficou muito mais difícil [de vencer as eleições]”. Publicamente, a peemedebista prefere não fazer  uma avaliação tão negativa.

As informações são do repórter do UOL Victor Fernandes.

A condenação de Russomanno era dada como certa entre os aliados de Marta. O marido da senadora, Márcio Toledo, festejou quando o STF decidiu antecipar o julgamento do pré-candidato do PRB. 

Certo de que Russomanno seria condenado e não conseguiria o registro da candidatura, Toledo começou tratativas para se aproximar do eventual espólio eleitoral do PRB. Mandou mensagens via WhatsApp para integrantes da legenda: “Estamos prontos para conversar. Unidos seremos muito mais fortes”, escreveu Toledo. A estratégia desmoronou com a absolvição do candidato do PRB.

Assim que soube do resultado no STF, a senadora fazia a seguinte reflexão numa roda de colegas no Senado: “Um tem a prefeitura [Fernando Haddad]. Outro, o governo do Estado [João Doria].  Outro, a Igreja Universal [Russomanno é filiado ao PRB]. E eu?”. Ninguém respondeu.

Marta é do partido do presidente interino, Michel Temer, e de Paulo Skaf, o presidente da Fiesp.

Uma das reclamações de aliados da ex-petista foi o suposto uso de cargos na Prefeitura e no governo do Estado em troca de apoio partidário a Fernando Haddad (PT) e João Doria (PSDB). Os 2 candidatos serão os que terão os maiores tempos de propaganda no rádio e na TV. Russomanno é filiado ao PRB, partido que tem ligações com a igreja Universal.

Outra preocupação da ex-prefeita é o uso de dinheiro próprio na campanha. O candidato do PSDB, João Doria, já afirmou que usará recursos pessoais para financiar sua candidatura. O tucano declarou à Justiça Eleitoral um patrimônio de R$ 180 milhões. Marta ainda não informou ao TSE o valor de seus bens. Na última eleição que disputou, em 2010, a peemedebista declarou patrimônio de R$ 12 milhões.

META: PASSAR DOS 20%
A peemedebista quer chegar a esse percentual pois acha que assim garante sua ida ao 2º turno. De acordo com as últimas pesquisas, Marta está bem atrás do líder, Russomanno. No Ibope, 29% a 10% ou 30% a 13%, dependendo do cenário testado. Leia os resultados de todos os principais levantamentos de intenção de voto nas maiores cidades do país na página de pesquisas do Blog.

Marta acredita que precisa chegar a 20% para garantir sua passagem para o 2º turno. Acha também que Russomanno já garantiu a vaga na disputa final.

FOCO: JOÃO DORIA
Na avaliação da candidata do PMDB, o tucano João Doria tem forte potencial de crescimento. Além do tempo de propaganda e do uso de recursos pessoais, ela acredita que Doria herdará capital político de eleitores fiéis ao PSDB.

O tucano é “afilhado político” do governador Geraldo Alckmin (PSDB). Uma das razões da escolha do ex-tucano Andrea Matarazzo como vice em sua chapa foi tentar desidratar o eventual crescimento de João Doria.

Para a peemedebista, a situação de Fernando Haddad é complicada. Além da alta rejeição enfrentada pelo atual prefeito (na faixa de 45%), Marta acredita que o ex-presidente Lula e o PT não tenham mais tanta força na mobilização de eleitores na periferia.

A campanha eleitoral terá início na próxima 3ª feira (16.ago.2016). Candidatos poderão fazer campanha na internet, eventos e comícios. O horário eleitoral gratuito obrigatório no rádio e na televisão começa no dia 26.ago.2016.

O Blog está no Facebook, Twitter e Google+.


Pedro Paulo empregou a própria mãe quando era funcionário de Paes na Câmara
Comentários Comente

Fernando Rodrigues

Eliana Teixeira passou a trabalhar no gabinete de Paes em 1999

Na mesma época, Pedro Paulo era chefe de gabinete de Paes

Prefeito do Rio era do PSDB e recém-eleito deputado federal

Lei proíbe subordinação entre familiares no serviço público

Eduardo Paes (atrás) e Pedro Paulo tiram selfie em frente ao VLT, no Rio

O candidato a prefeito do Rio pelo PMDB, Pedro Paulo, empregou a própria mãe no gabinete de seu padrinho político, Eduardo Paes, atual prefeito do Rio e então deputado federal pelo PSDB. Na época, Pedro Paulo era chefe de gabinete de Paes.

Em valores atualizados monetariamente pelo IPCA, Eliana Carvalho Teixeira recebeu R$ 459.305,88 de 1999 a 2006. Como o próprio peemedebista informa em seu perfil no LinkedIn, de 1999 a 2000, ele foi chefe de gabinete de Paes.

As informações são da repórter do UOL Gabriela Caesar.

A mãe de Pedro Paulo trabalhou ainda por 1 mês para o ex-deputado federal Márcio Fortes (PSDB-RJ). Em jan.2007, recebeu o equivalente a R$11.808,03 em valores atualizados.

Os dados foram conseguidos com base na Lei de Acesso à Informação. Leia os pedidos 1 e 2.

Atualmente, Eliana não trabalha na Câmara e está filiada ao PSDB. Seu filho disputa a prefeitura do Rio pelo PMDB.

A lei 8.112 de 1990 proíbe que o servidor público mantenha “sob sua chefia imediata, em cargo ou função de confiança, cônjuge, companheiro ou parente até o segundo grau civil”. A norma é reforçada pela súmula vinculante número 13 do STF.

A assessoria de comunicação da Câmara dos Deputados afirma que não há problema em nomear parentes para funções no mesmo gabinete. A exceção é se um deles for, por exemplo, chefe de gabinete.

O peemedebista foi perguntado se não enxergava conflito de interesses em ter sido chefe de gabinete de Paes na época em que sua mãe também trabalhava no gabinete. Por meio de sua assessoria, Pedro Paulo respondeu simplesmente que “não era deputado na época”.

“Pedro Paulo reitera que sempre prezou pelas boas práticas em todas as funções nas esferas de governo pelas quais passou, não tendo, portanto, qualquer ato ou processo durante a sua história de vida pública”, diz a nota.

Eis a tabela com valores recebidos por Eliana Carvalho Teixeira (clique na imagem para ampliar):

1-PedroPaulo-Paes-maeEis a tabela com valores recebidos por Pedro Paulo Carvalho Teixeira (clique na imagem para ampliar):

2-PedroPaulo-Paes-mae

Por enquanto, a coligação de Pedro Paulo reúne DEM, PP, PTB, PDT, PT do B, PTC e PEN

Eduardo Paes conhece Pedro Paulo, pelo menos, desde quando o atual candidato a prefeito tinha 23 anos, em 1995. Paes era subprefeito da Barra da Tijuca, na zona oeste do Rio, e escolheu o aliado para administrar as obras do autódromo de Jacarepaguá.

O prefeito do Rio nunca teve dúvidas de que escolheria Pedro Paulo para sucedê-lo no comando do município. Manteve o apadrinhado por perto e chegou a sair de cena em inaugurações para Pedro Paulo ganhar mais visibilidade.

O Blog está no Facebook, Twitter e Google+.


PMDB faliu o Rio de Janeiro, diz presidente nacional do PSB
Comentários Comente

Fernando Rodrigues

Carlos Siqueira trabalha por aliança com PSD e PSDB no Rio

PSB é aliado do governo Temer (PMDB) na política nacional

Partido deve anunciar até o fim da semana quem apoiará

carlos-siqueira-psb-andreshalders-uol-26jul2016

Carlos Siqueira na sede nacional do PSB, em Brasília, em entrevista ao UOL

Presidente nacional do PSB, Carlos Siqueira criticou duramente os governos do PMDB no Rio de Janeiro e a candidatura de Pedro Paulo (PMDB), que disputará a prefeitura fluminense. Na política nacional, o PSB é aliado do governo Michel Temer (PMDB).

“Nós precisamos criar um novo ciclo político. O Rio está falido, tanto o Estado quanto o município, e por isso não temos nenhum interesse em nos aliarmos ao PMDB. O PMDB precisa fechar um ciclo no Rio. O resultado é muito negativo. Está na hora da alternância natural da democracia”, disse Siqueira.

As informações são dos repórteres do UOL André Shalders e Pablo Marques.

“Além disso, o PMDB sairá com um candidato que, segundo reiteradas denúncias, agrediu a ex-mulher. Não combina com os socialistas”, acrescentou, referindo-se ao deputado federal Pedro Paulo, candidato do PMDB no pleito.

Pedro Paulo nega as acusações e diz que o episódio citado por Siqueira não teve violência tal como relatada.

Segundo Siqueira, o PSB deve decidir até o fim desta semana quem apoiará na disputa pela prefeitura do Rio de Janeiro. Ao menos 4 partidos (PSDB, Rede, PSD e PRB) ofereceram aos socialistas a vaga de vice-prefeito em suas chapas.

Na opinião de Siqueira, o ideal seria formar uma chapa de oposição aos peemedebistas unindo os pré-candidatos Carlos Osório (PSDB), Indio da Costa (PSD) e, eventualmente, a Rede Sustentabilidade. A estratégia mira as eleições nacionais de 2018.

CONVERSAS COM MARINA E KASSAB
Ao longo do dia desta semana, Siqueira conversou por telefone com Marina Silva, porta-voz nacional da Rede, e com Gilberto Kassab, presidente licenciado do PSD e atual ministro de Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações.

A disputa no Rio foi o tema das conversas. A Kassab, pediu que considerasse a possibilidade de formar chapa com os tucanos. Na 5ª feira, Siqueira reúne-se com o pré-candidato tucano, Carlos Osório.

CRÍTICAS A CRIVELLA
Carlos Siqueira também criticou o pré-candidato do PRB à prefeitura do Rio, o senador Marcelo Crivella (PRB). Para Siqueira, trata-se de um político que possui mais apelo no interior do Estado e na baixada fluminense, com desempenho fraco na capital.

Além disso, Crivella tenderia a acabar a disputa sem um arco de alianças que o possibilitasse avançar na disputa. “Só se ele se aliar ao [ ex-governador Anthony] Garotinho [do PR]. Mas aí é um sanduíche de pão com pão”, diz.

CANDIDATO PRÓPRIO EM 14 CAPITAIS
O PSB terá candidatura própria em 14 das 26 capitais brasileiras, segundo Siqueira. No chamado G 93, grupo que reúne as capitais e cidades com mais de 200 mil habitantes, o partido disputará 55 prefeituras.

Ao todo, o PSB tem 1,6 mil pré-candidatos a prefeito e pelo menos 30 mil pré-candidatos a vereador.

Em Belo Horizonte (MG), o partido terá a cabeça de chapa com o economista Paulo Brant. Ele deverá contar com o apoio do PSD e também do PC do B, do qual o PSB é hoje adversário na política nacional.

O Blog está no Facebook, Twitter e Google+.


Programa de Haddad diz que rivais vão impor “valores retrógrados” em SP
Comentários Comente

Fernando Rodrigues

Ataque é contra Doria (PSDB), Russomanno (PRB) e Marta (PMDB)

Texto diz que adversários têm agenda racista, machista e homofóbica

Opositores são associados no documento a interesses privados

Eleitores decidirão entre “legalidade” e “golpe”, afirma programa

Eleito em 2012, Fernando Haddad (PT-SP) cumpre agenda como prefeito

O documento inicial que alinhava as diretrizes do programa de governo da campanha à reeleição do prefeito Fernando Haddad faz duras críticas a seus opositores. Diz que os adversários estão em “partidos de direita” e vão representar um “retrocesso” se vencerem a disputa de outubro. Membros dos 20 grupos de estudos que colaboraram com o documento terão até sábado (23.jul) para incluírem emendas com projetos e ideias que farão parte do programa finalizado, detalhando metas específicas.

As principais críticas estão na abertura do documento, que contém uma análise da conjuntura atual sob a ótica petista. O Blog teve acesso à íntegra do programa batizado de Construindo a cidade para além do nosso tempo. Em 46 páginas, são apresentadas as diretrizes para a eventual 2ª gestão de Haddad, de 2017 a 2020.

A candidatura do petista à reeleição será oficializada neste domingo (24.jul), na convenção municipal do PT paulistano. No momento, Haddad tem menos de 10% das intenções de voto. Sua gestão é aprovada por 14% dos paulistanos. São Paulo é a maior cidade do Brasil. Tem 11,9 milhões de habitantes e 8,8 milhões de eleitores. É vital para o PT manter a capital paulista sob seu comando para amenizar a crise pela qual passa a legenda depois das acusações de corrupção vindas da Operação Lava Jato e do impeachment da presidente Dilma Rousseff.

As informações são dos repórteres do UOL  Gabriela Caesar, Victor Fernandes e Victor Gomes.

O programa da candidatura de Haddad procura criar uma polarização política no plano municipal. De um lado, estariam o PT e outras forças políticas de esquerda defendendo direitos civis. De outro, todos os demais candidatos de viés conservador e representando interesses de “grupos econômicos privados”.

“A esta agenda [da oposição] somam-se os valores mais retrógrados, como o racismo, o machismo, a homofobia, a discriminação regional e a xenofobia”, continua.

Embora o documento não cite os adversários do PT na atual disputa paulistana, os principais rivais de são João Doria (PSDB), Celso Russomanno (PRB) e Marta Suplicy (PMDB).

O programa de governo para um eventual 2º mandato de Haddad afirma que os partidos de “direita” agem contra o “processo de mudança liderado pelo PT” para “eliminar conquistas sociais”, “arrochar salários e aposentadorias”, entre outros.

Capa do documento da candidatura do prefeito Fernando Haddad (PT-SP)

De acordo com o documento, a população vai escolher entre a “legalidade constitucional” e o “golpe” ou entre a “soberania do povo” e o “retorno do coronelismo urbano”. Ou entre a “inclusão das maiorias” e o “retrocesso liderado pelas oligarquias”.

Essa estratégia do “nós contra eles” funcionou em várias campanhas eleitorais recentes do PT, mas tudo antes de o partido entrar em crise por causa de várias acusações de corrupção.

PRINCIPAIS PROPOSTAS
Uma das principais diretrizes do documento “Construindo a cidade para além do nosso tempo” é a promessa de execuções de PPPs (Parcerias Público-Privada). Entre os projetos citados, estão as concessões da arena e do espaço Anhembi, a revitalização do estádio do Pacaembu e a transferência da sede da Ceagesp (Companhia de Entrepostos e Armazéns Gerais de São Paulo). O texto cita: “Garantir a realização da PPP de revitalização do centro de São Paulo, com investimentos previstos em habitação, serviços e obras urbanas”.

Para a educação, o programa trata da formação de profissionais com foco nas “relações étnico-raciais, e as questões de sexualidade, gênero e condições físicas”. O projeto cita o aprimoramento de ações voltadas para a inclusão de crianças, mulheres,  idosos, jovens, pessoas com deficiência, negros e LGBTs. Em um primeiro momento, porém, evita estipular metas concretas como a quantidade de escolas a serem construídas e vagas em creches, como ocorreu no plano de governo das eleições vencidas pelo petista, em 2012. Esse detalhamento deve ser feito ao longo da atual campanha.

A seguir, a tabela com as principais propostas do documento elaborado pela coordenação da pré-campanha de Fernando Haddad (clique na imagem para ampliar):

Programa-governo-Haddad-2016

O ARCO DO FUTURO SUMIU
O programa ignora o “Arco do Futuro”, principal projeto da campanha que elegeu o prefeito em 2012.

O plano previa a construção e reformas de vias próximas às marginais. Mas importantes obras foram canceladas durante o 1o mandato do petista. No documento que projeta ações para o eventual governo a partir de 2017, não há nenhuma menção às obras.

Em 2012, uma propaganda “hollywoodiana” feita pelo marqueteiro João Santana (no momento preso por causa da Lava Jato) chamou a atenção durante a campanha eleitoral. Fernando Haddad, auxiliado por efeitos especiais, tratava o projeto como grande vitrine do seu governo. Assista aqui ao vídeo do então candidato petista apresentando o “Arco do Futuro” 4 anos atrás.

Fernando Haddad

 

CICLOVIAS: “ELITE É CONTRA O AVANÇO”
Quando faz referência às ciclovias, marca da gestão Haddad, o programa de 2016 diz que as “elites paulistanas não são inimigas de bicicletas, mas de qualquer avanço na ocupação da cidade pelo povo trabalhador”.

Segundo a publicação, o país passa por um momento decisivo que pode colocar a perder os principais avanços adquiridos durante o governo petista. O texto associa o impeachment da presidente afastada Dilma Rousseff a uma eventual derrota de Haddad em outubro.

Apesar da menção ao processo de impeachment, não há nenhuma citação direta a Dilma Rousseff ou ao ex-presidente Lula. É uma grande diferença em relação ao programa de governo de Haddad de 2012. Há 4 anos, quando disputava pela primeira vez a Prefeitura de São Paulo, Haddad fez 5 citações ao ex-presidente e uma a Dilma.

Um dos temas mais em evidência nos últimos 2 anos, a Lava Jato, também não aparece na análise de conjuntura petista no programa eleitoral de Haddad.

Blog está no FacebookTwitter e Google+.


As 93 cidades mais importantes do país concentram 37,8% dos eleitores
Comentários Comente

Fernando Rodrigues

G93 tem 54,5 milhões dos 144,4 milhões de eleitores que votam neste ano

“Grupo dos 93” reúne capitais e cidades com mais de 200 mil eleitores

Em outubro, 5.568 municípios vão eleger seus prefeitos e vereadores

PRB domina nas pesquisas para as prefeituras de São Paulo e Rio

Blog tem o levantamento de pesquisas mais completo da web

Foto de divulgação, Waldemir Barreto/Agência Senado

Celso Russomanno (PRB) e Marcelo Crivella (PRB) lideram nas pesquisas em São Paulo e Rio

O grupo das 93 cidades mais importantes do país –o G93– reúne 37,7% de todos os eleitores, embora represente apenas 1,7% do universo total de municípios brasileiros.

As capitais e cidades com mais de 200 mil eleitores (o G93) têm um eleitorado total de 54,5 milhões. No Brasil inteiro, há 144,4 milhões de pessoas habilitadas a votar nas eleições municipais deste ano, em 2.out.

Em outubro, 5.568 municípios devem eleger prefeitos e vereadores.

O Brasil tem 5.570 cidades, mas 2 não terão eleições municipais. Brasília (capital federal), onde há 1,96 milhão de eleitores, não elege prefeito nem vereadores (há 1 governador e deputados distritais). Em Fernando de Noronha (PE) o caso é semelhante: o município é considerado um distrito do Estado de Pernambuco, não tem prefeito e um número pequeno de eleitores (pouco mais de 2.300).

Em 2013, o mapa dos municípios no Brasil foi alterado. Antigos distritos foram emancipados. São essas as novas cidades criadas depois das eleições de 2012: Pescaria Brava (SC), Balneário Rincão (SC), Mojuí dos Campos (PA), Pinto Bandeira (RS) e Paraíso das Águas (MS). Juntos, estes municípios somam 45.273 habitantes e 42.235 eleitores.

No G93, a maior cidade é São Paulo, com 8,889 milhões de eleitores. A menor é a capital Palmas (TO), única cidade nesse grupo com eleitorado inferior a 200 mil (tem 173 mil).

Apenas nas cidades com 200 mil ou mais eleitores é que pode ser realizado um 2º turno. Isso ocorre quando nenhum dos candidatos a prefeito obtém, pelo menos, 50% mais dos votos válidos (eis a explicação do TSE). A Constituição determina que o 1º turno seja sempre realizado no primeiro domingo de outubro do ano eleitoral. O 2º turno, quando houver, é no último domingo do mesmo mês.

Na tabela a seguir estão listados os eleitorados do G93. As informações são do repórter Victor Vicente.


g-93OS PARTIDOS NO G93
Em 2012, nas últimas eleições, 20 partidos conseguiram eleger prefeitos dentro do G93. Em 2000, apenas 13 legendas tiveram candidatos vitoriosos na disputa pelos Executivos municipais mais relevantes.

Siglas como PRB, PTN e PV vão aos poucos tomando o espaço que no passado foi de grandes siglas –PT e PMDB, principalmente.

Quando se compara o número de prefeitos eleitos por partido em 2008 e 2012, essas siglas (PT e PMDB) foram as que experimentaram as maiores quedas. Em 2008, o Partido dos Trabalhadores elegeu 25 prefeitos no G93. Em 2012, caiu para 17.

O partido do presidente interino Michel Temer, o PMDB, elegeu 19 prefeitos em 2008 contra 10 em 2012 dentro do G93.

O quadro abaixo compara o desempenho dos partidos nas eleições de 2000 a 2012 com o atual cenário nas 26 capitais e nas 67 cidades com mais de 200 mil eleitores.

partidos-g-93-1

PESQUISAS ELEITORAIS
Nos últimos 2 meses e meio, 268 cidades tiveram pesquisas registradas no TSE. Dessas, 42 fazem parte do G93. Com exceção de Amapá e Roraima, todos os outros Estados já têm alguma pesquisa municipal divulgada ou, no mínimo, registrada.

No Brasil, a legislação exige que todos os levantamentos de intenção de voto sejam registrados na Justiça Eleitoral, informando a metodologia de maneira detalhada. Pesquisas que não são registradas podem ser realizadas, mas seus resultados não podem ser divulgados na mídia.

Abaixo estão os dados detalhados das pesquisas registradas:

pesquisas-g93
SÃO PAULO E RIO
Nas 2 maiores cidades do país, São Paulo (SP) e Rio de Janeiro (RJ), o PRB lidera, de acordo com pesquisas recentes disponíveis. Na capital paulista, comandada por Fernando Haddad (PT), o pré-candidato Celso Russomanno (PRB) está na frente na disputa.

Russomanno enfrenta processo por peculato e pode ser impedido de concorrer às eleições municipais.

Já na capital fluminense, quem lidera é o senador Marcelo Crivella (PRB). Leia aqui os resultados das pesquisas mais recentes para as eleições de 2016.

É necessário enfatizar que essas pesquisas refletem o cenário atual e devem mudar até outubro.

REELEIÇÃO
Nos municípios do G93, prefeitos de 69 cidades estão aptos a tentar uma reeleição. Mas, com a atual crise política e econômica no país, 4 já desistiram da disputa: Eduardo Leite (PSDB) em Pelotas (RS), Alexandre Kireeff (PSD) em Londrina (PR), Alceu Barbosa Velho (PDT) em Caxias do Sul (RS) e o prefeito de Florianópolis (SC), Cézar Souza Jr. (PDT).

Este Blog, a página de política em atividade mais antiga da internet brasileira, também disponibiliza o mais completo acervo de pesquisas eleitorais da web, contendo levantamentos realizados desde as eleições do ano 2000.

Blog está no FacebookTwitter e Google+.


Partido da Mulher Brasileira disputa R$ 6,14 mi do Fundo Partidário no TSE
Comentários Comente

Fernando Rodrigues

Dinheiro é relativo ao Fundo Partidário e está bloqueado

Hoje com 2 deputados, partido terá mais recursos que PPS

Tempo de TV também está em disputa na Justiça Eleitoral

sued-haidar-pmb

Suêd Haidar (dir.), de azul, presidente nacional do PMB

Hoje com apenas 2 deputados, o Partido da Mulher Brasileira pode entrar nas eleições de outubro com recursos do Fundo Partidário e tempo de rádio e TV equivalentes aos de legendas consolidadas –como PPS e PV. Só nos primeiros 5 meses de 2016, o valor bloqueado do Fundo chega a R$ 6,14 milhões.

O partido disputa no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) o direito de acesso aos recursos –que foram contabilizados por conta da filiação de deputados por um curto período, logo depois que o PMB obteve o registro, em set.2015.

As informações são do repórter do UOL André Shalders.

Pela lei brasileira, tanto o tempo de TV e de rádio quanto a maior parte do dinheiro do Fundo Partidário são distribuídos de acordo com o tamanho das bancadas na Câmara.

Os recursos do Fundo partidário tornaram-se ainda mais valiosos agora: nas eleições municipais deste ano estão proibidas as doações de empresas.

Se obtiver sucesso na sua ação cautelar proposta ao TSE, o PMB terá mais acesso a recursos que partidos como PPS (8 deputados) e o PV (6). O PMB moveu a ação contra outros 14 partidos (PT, PV, PRP, PMDB, PSDC, Pros, PTC, PMN, PSC, SD, PSL, PDT, PT do B e PTB).

Os maiores prejudicados com uma eventual vitória do PMB na justiça seriam o PT (menos R$ 200 mil mensais), o  PV (R$ 136 mil) e o PTB (R$ 115 mil). Esses valores dizem respeito somente à parcela fixa do Fundo, os chamados duodécimos.

Contexto: O Fundo Partidário é distribuído de 2 formas. Os duodécimos são parcelas fixas, pagas todo mês aos partidos, e equivalem ao total disponível para o Fundo dividido pelos 12 meses do ano. Já as multas variam conforme a arrecadação de cada mês. São provenientes de punições aplicadas pela Justiça Eleitoral a partidos e candidatos. A distribuição do Fundo obedece à seguinte regra: 5% do valor total disponível é dividido de forma igualitária entre todos os partidos, e 95% é distribuído de forma proporcional ao tamanho da bancada de cada legenda na Câmara. Em 2016, o Fundo distribuirá R$ 737,8 milhões em duodécimos aos partidos brasileiros, mais o valor arrecadado em multas. Clique para consultar a distribuição do Fundo Partidário neste ano, em duodécimos e em multas.

Em 21.jan.2016, o ministro do TSE Dias Toffoli deferiu um pedido de liminar do PMB para bloquear os valores relativos aos deputados. Leia aqui a íntegra da decisão.

Hoje, deputados que passaram pelo partido defendem que o PMB perca os recursos. A maior parte deles deixou a sigla em fevereiro e março deste ano, durante a chamada “janela partidária”.

O Blog está no Facebook, Twitter e Google+.


Longe dos holofotes, Marina viaja o país para apoiar pré-candidatos da Rede
Comentários Comente

Fernando Rodrigues

Resultado de outubro é considerado fundamental para 2018

Rede controla apenas 1 capital; foco é em BH, Rio e São Paulo

Marina-Foto-3jun2015-UOLDouglasPereira

Marina Silva em jun.2015

Porta-voz e principal figura pública da Rede Sustentabilidade, a ex-senadora Marina Silva tem viajado o país para participar de eventos com pré-candidatos do partido às eleições de outubro.

Nas últimas semanas, a ex-senadora visitou os Estados do Rio de Janeiro e do Espírito Santo. No sábado (18.jun.2016), esteve em Belo Horizonte (MG). Antes, em maio, Marina já tinha viajado para Belém (PA), onde participou de um evento com pré-candidatos a vereadores e prefeitos.

As informações são do repórter do UOL André Shalders.

O sucesso nas eleições de outubro é considerado fundamental por dirigentes da Rede para pavimentar o caminho de Marina Silva nas eleições de 2018.

Hoje, o partido controla a prefeitura de apenas uma capital, Macapá (AP), com Clécio Luis. Ele foi eleito pelo Psol em 2012, mas ingressou no partido de Marina Silva em 24.mar.2016.

A Rede priorizará as eleições nas capitais e em cidades com mais de 200 mil habitantes. São consideradas estratégicas as candidaturas de Alessandro Molon (Rio de Janeiro), Ricardo Young (São Paulo) e Paulo Lamac (Belo Horizonte).

Nas pesquisas eleitorais já divulgadas até agora, o candidato mais competitivo da Rede é Audifax Barcelos, atual prefeito de Serra (ES) e candidato à reeleição. Ele aparece em 2º lugar, com 21,3% dos votos, em uma pesquisa divulgada em maio. A cidade tem cerca de 400 mil habitantes e fica na zona metropolitana da capital, Vitória.

A Rede também decidiu que não vetará alianças com nenhuma legenda específica nas cidades. Será analisado, porém, o programa e o histórico dos possíveis aliados.

“A orientação é tentar construir alianças programáticas. E também com aliados cuja trajetória não contrarie o nosso programa ou as nossas bandeiras”, diz Basileu Margarido, dirigente da Rede.

O Blog está no FacebookTwitter e Google+.


Movimentos pró-impeachment redefinem agenda após saída de Dilma
Comentários Comente

Fernando Rodrigues

MBL quer “adotar” 160 candidatos a prefeituras nas eleições de outubro

Vem Pra Rua defenderá o fim das coligações partidárias e da reeleição

Movimento Endireita Brasil protestará contra o imposto sindical

manifestantes-impeachment-13-mar-2016

Manifestantes pró-impeachment na Avenida Paulista durante protestos do dia 13.mar

Com o afastamento de Dilma Rousseff, os movimentos populares que militaram pelo impeachment estão refazendo suas agendas. Esses grupos cresceram e se consolidaram durante os protestos contra a presidente afastada. Agora, com o objetivo alcançado, tomam rumos diferentes.

O Vem Pra Rua, por exemplo, continuará a monitorar ações do governo. Liderados pelo empresário Rogério Chequer, o grupo pretende ir às ruas em defesa do voto distrital e proporcional misto e o fim da reeleição e das coligações partidárias.

Contexto: hoje, vereadores, deputados estaduais e federais são eleitos pelo chamado voto proporcional (todos os votos são contados, seja em candidatos ou nas legendas; ao final, divide-se o número de cadeiras em disputa de maneira proporcional ao apoio que cada sigla ou coligação teve nas urnas). O voto distrital e proporcional misto divide parte das vagas: algumas continuam sendo preenchidas pelo sistema proporcional (o atual) e outras são definidas em distritos (regiões delimitadas nas quais é eleito apenas o candidato mais votado).

“Esse monitoramento [do governo Temer] é tão necessário quanto antes. Nós só esperamos que a quantidade de problemas desse governo seja menor do que o de antes”, afirma Chequer.

O movimento reeditará o modelo do “Mapa do Impeachment” em dias de votações importantes no Congresso. O grupo pretende analisar as posições de deputados e senadores durante a apreciação de matérias polêmicas, como a reforma da Previdência e a possível criação de novos impostos.

As informações são do repórteres do UOL Luiz Felipe Barbiéri e André Shalders.

Depois da queda de Dilma, o MBL (Movimento Brasil Livre) terá como foco a defesa da agenda econômica liberal no governo Temer. O grupo defenderá cortes na máquina pública e vai se opor a qualquer iniciativa de aumento de impostos.

O MBL também mira as eleições de outubro: uma espécie de “convenção” será realizada em agosto, para chancelar os nomes de candidatos a prefeito e vereador. O movimento calcula apresentar 160 candidatos filiados a várias legendas, especialmente as que fizeram oposição aos governos do PT.

Na prática, o MBL vai “adotar” políticos de várias legendas. É que para ser candidato a cargo público no Brasil uma pessoa precisa estar filiada formalmente a uma das 35 siglas com registro no TSE. Como o MBL não é um partido, não pode lançar candidatos oficialmente.

Em Curitiba, o grupo tentará eleger Paulo Eduardo Martins, abrigado no PSDB. Na capital paulista, o pré-candidato é Fernando Holiday. O estudante de apenas 19 anos concorrerá a uma vaga na Câmara Municipal pelo DEM.

“Quem concorrer pelo MBL terá de assinar uma ‘carta compromisso’ se comprometendo com o nosso programa. Acima, inclusive, do programa do partido em que estiver abrigado. Um vereador do MBL nunca votará, por exemplo, no aumento de taxa ou imposto municipal”, diz Holiday. Ele é um dos dirigentes nacionais do grupo.

O Movimento Endireita Brasil apoiará candidatos de direita nas eleições municipais de outubro.

Também defenderá pautas no Legislativo, como o fim do imposto sindical obrigatório e a Escola Sem Partido, que luta pela “descontaminação e desmonopolização política e ideológica das escolas”.

“O movimento não surgiu por conta da Dilma ou do Lula. Surgiu para fortalecer a direita política no Brasil”, diz Patrícia Bueno, diretora do movimento.

O Endireita Brasil dará um voto de confiança a Michel Temer. Promete, entretanto, fazer oposição ferrenha ao governo interino caso o peemedebista patrocine agendas que aumentem a carga tributária e o tamanho do Estado na economia.

Blog está no FacebookTwitter e Google+.