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Arquivo : Marta Suplicy

Dos 7 ex-ministros de Dilma que disputaram a eleição, apenas 2 se elegeram
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Fernando Rodrigues

Edinho Silva (PT) e Edinho Araújo (PMDB) ganharam em municípios de SP

Marcelo Crivella (PRB), ex-ministro da Pesca, disputará o 2º turno no Rio 

Brizola Neto, Fernando Haddad, Pepe Vargas e Marta Suplicy fracassaram

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Edinho Araújo (PMDB) e Edinho Silva (PT) venceram em São José do Rio Preto (SP) e Araraquara (SP)

Sete ex-ministros de Dilma Rousseff tentaram a sorte nas urnas em 2016. Apenas 2 foram eleitos no 1º turno: Edinho Silva (PT), em Araraquara (SP), e Edinho Araújo (PMDB), em São José do Rio Preto (SP). Marcelo Crivella (PRB), ex-ministro da Pesca da petista, disputará o 2º turno no Rio. Os outros 4 fracassaram.

A apuração é dos repórteres do UOL Douglas Pereira e Luiz Felipe Barbiéri.

Edinho Silva (PT) foi ministro da Secretaria de Comunicação Social da Presidência de março de 2015 até maio de 2016, quando Dilma foi afastada do cargo por causa do processo de impeachment. O petista comandará pela 3ª vez a cidade de Araraquara (SP), governada por ele de 2001 a 2008.

Edinho venceu a eleição com 41,71% do total de votos válidos. Na 2ª colocação ficou sua ex-mulher, Edna Martins (PSDB), com 28,93%. Como o município de Araraquara possui menos de 200 mil eleitores, não haverá 2º turno.

Outro que conseguiu vencer no último domingo foi Edinho Araújo (PMDB), ministro da Secretaria de Portos no período de janeiro a outubro de 2015. O peemedebista obteve 52,26% na disputa para a prefeitura de São José do Rio Preto (SP).

Marcelo Crivella (PRB), ministro da Pesca do governo Dilma de março de 2012 a março de 2014, ficou em 1º lugar no Rio de Janeiro, com 27,78%. Disputará o 2º turno contra Marcelo Freixo (Psol), que teve a preferência de 18,26% dos eleitores.

QUEM PERDEU
Outros 4 ex-ministros de Dilma Rousseff tentaram se eleger, mas não conseguiram. São eles:

– Brizola Neto (PDT), ministro do Trabalho e Emprego de maio de 2012 a março de 2013, tentou a prefeitura de São Gonçalo (RJ).

– Fernando Haddad, ministro da Educação de julho de 2005 a janeiro de 2012, disputou a reeleição em São Paulo (SP).

– Marta Suplicy, ministra da Cultura de setembro de 2012 a novembro de 2014, também tentou a prefeitura de São Paulo (SP).

– Pepe Vargas, ministro do Desenvolvimento Agrário de março de 2012 a março de 2014, participou da corrida eleitoral em Caxias do Sul (RS).

Eis o desempenho de todos os ex-ministros de Dilma Rousseff que disputaram a eleição municipal:

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PT perde 87% de seus eleitores pobres em São Paulo
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Fernando Rodrigues

6% dos que têm baixa renda pretendem votar na sigla

Em 2008, partido tinha 46% desse eleitorado

Blog compara pesquisas em datas similares 

Melhor desempenho de Haddad é na classe média

Ex-presidente Lula e Fernando Haddad, prefeito de São Paulo

Ex-presidente Lula e Fernando Haddad, prefeito de São Paulo

A 13 dias do 1º turno das eleições municipais, o PT está em uma situação complicada na cidade de São Paulo. O prefeito Fernando Haddad, candidato à reeleição, tem apenas 9% das intenções de voto nas pesquisas eleitorais.

Entre os mais pobres, a situação de Haddad é ainda pior. De acordo com a última pesquisa Datafolha, o prefeito alcança apenas 6% da preferência das pessoas com renda familiar mensal de até 2 salários mínimos.

O resultado é 87% menor do que o registrado pela sigla em 2008, quando Marta Suplicy disputou a prefeitura pelo PT. Naquele ano, na mesma fase da campanha, Marta tinha 46% da preferência dos mais pobres.

As informações são do repórter do UOL Victor Fernandes.

A cerca de 20 dias da disputa, data em que as pesquisas foram divulgadas, nunca um candidato do partido teve números tão baixos entre os eleitores de baixa renda.

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Em 18 de setembro de 2008, 17 dias antes do 1º turno, 46% dos eleitores com renda mensal de até 2 salários mínimos votariam em Marta Suplicy. À época, Marta tinha nesse eleitorado o seu melhor desempenho. No geral, 37% diziam votar na candidata.

Em 2012, Fernando Haddad tinha 15% das intenções de voto. Entre os mais pobres, alcançava 16%. Neste ano, os números são ainda piores. Haddad tem 9% da preferência dos eleitores.

Entre os mais pobres, apenas 6%. O porcentual significa uma perda de 87% em relação a 2008 e de 63% em relação a 2012.

PT NAS ÚLTIMAS 3 ELEIÇÕES
A cerca de 20 dias da disputa, candidatos do PT estavam em situações diferentes em 2008, 2012 e 2016.

Marta Suplicy foi a que conseguiu a melhor colocação nesta etapa da campanha. Em 2008, liderou a disputa durante todo o 1º turno. Depois, porém, foi ultrapassada por Gilberto Kassab (DEM). Disputaram o 2º turno, que acabou vencido pelo demista (hoje, Kassab está no PSD).

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Em 2012, Fernando Haddad tinha 15% da preferência dos paulistanos a 18 dias do 1º turno. Seu desempenho era parecido nas famílias pobres e ricas. Oscilava de 13% a 18% de acordo com a classe social do eleitor.

Haddad chegou ao 2º turno. Na disputa, venceu José Serra (PSDB) e tornou-se prefeito de São Paulo.

Neste ano, o petista tenta a reeleição. Sua popularidade, porém, é muito baixa. O prefeito tem 46% de rejeição.

Seu melhor desempenho é entre as famílias de classe média (12%), especificamente as com renda mensal de 5 a 10 salários mínimos. Entre os que ganham de 2 a 5 salários e os mais ricos, 10% afirmam votar no candidato que tenta se reeleger.

RUSSOMANNO E MARTA
Os candidatos Celso Russomanno (PRB) e Marta Suplicy (PMDB) lideram com folga a preferência do eleitorado de baixa renda. Russomanno alcança 31% e Marta, 27%. João Doria (PSDB) atinge 9%. Fernando Haddad (PT) tem 6% e Luiza Erundina (PSOL) 5%.

O resultado é parecido entre os menos escolarizados. Russomanno é o preferido por 36% das pessoas que estudaram até o ensino fundamental. Nesse segmento, Marta atinge 26% das intenções de voto. Doria, com 8%, Haddad, com 7%, e Erundina, com 3%, completam a lista dos mais bem posicionados.

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Ex-ministros de Dilma não farão perguntas quando petista for ao Senado
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Fernando Rodrigues

9 ex-ministros da presidente afastada julgarão processo de impeachment

Desses, somente aliados (3) farão questionamentos à petista 

Presença de Dilma no plenário do Senado causa apreensão

Presidente afastada, Dilma Rousseff, será sabatinada por senadores

Presidente afastada, Dilma Rousseff, será sabatinada por senadores

A presidente afastada, Dilma Rousseff, afirmou nesta semana que vai ao julgamento final do processo de impeachment no Senado, em 29 de agosto. Ela explicou a decisão num vídeo de 50 segundos

Nenhum dos 6 senadores ex-ministros de Dilma que são favoráveis ao impeachment deve fazer perguntas à presidente afastada. 

Os senadores Eduardo Braga (PMDB-AM), Edison Lobão (PMDB-MA), Eduardo Lopes (PRB-RJ) e Garibaldi Alves Filho (PMDB-RN) confirmam que não irão questioná-la sobre a acusação de crime de responsabilidade. Fernando Bezerra Coelho (PSB-PE) decidirá na hora. O Blog não encontrou a senadora Marta Suplicy (PMDB-SP), mas soube que a peemedebista deve seguir os demais. 

As informações são do repórter do UOL Victor Fernandes.

Apenas 3 senadores que ocuparam ministérios durante os governos de Dilma votarão contra o impeachment. Gleisi Hoffmann (PT-PR) e Kátia Abreu (PMDB-TO) farão perguntas à petista. Armando Monteiro (PTB-PE) está indeciso.

Outros 3 senadores que estarão presentes no julgamento final  e votarão a favor do processo foram ministros do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Eunício Oliveira (PMDB-CE), Romero Jucá (PMDB-RR) e Cristovam Buarque (PPS-DF). Desses, é possível que somente Cristovam faça uma indagação à presidente afastada.

José Pimental (PT-CE) e Humberto Costa (PT-PE), também ex-ministros de Lula, farão como as colegas Gleisi Hoffmann e Kátia Abreu.

Senadores que ficarão em silêncio diante da ex-chefe querem evitar constrangimentos. Apesar de votarem pelo afastamento, consideram desnecessário o uso da palavra para questionar Dilma Rousseff.

Os que defendem a petista, porém, já preparam estratégias para tentar deixá-la mais à vontade. Serão formuladas perguntas que a presidente afastada tenha mais embasamento para responder.

IDA AO SENADO CAUSA APREENSÃO
A definição sobre a presença de Dilma Rousseff no Senado surpreendeu aliados de Michel Temer. Uma importante voz do presidente interino no Congresso chegou a duvidar da presença da petista no Senado: “Ela não vem. Ela tem de se preservar como cidadã”, disse.

Diante da confirmação, porém, senadores começaram a traçar estratégias sobre como se comportar no julgamento.

O senador Ricardo Ferraço (PSDB-ES) age nos bastidores. Começou na 4ª feira (17.ago) a procurar os colegas que costumam ser mais agressivos. Teme que um eventual bombardeio acabe dando a Dilma o papel de vítima do processo.

Na 3a feira que vem, senadores do PSDB se reunirão com congressistas aliados para traçar planos para o julgamento final. Tucanos defendem que o colegiado se comporte de maneira objetiva e respeitosa.

SEM VOTOS, O QUE IMPORTA É A IMAGEM
Nos bastidores, aliados da presidente Dilma Rousseff admitem que é impossível reverter o afastamento definitivo.

“Ela não vem como ré, vem como vítima”, admite a senadora Vanessa Grazziotin (PC do B-AM), uma das poucas defensoras da presidente afastada.

Dilma deve comparecer ao plenário do Senado em 29 de agosto (uma 2ª feira). Terá 30 minutos para fazer 1 pronunciamento. Poderá ser questionada por cada 1 dos senadores presentes. Terá 5 minutos para responder às indagações. O advogado da petista, José Eduardo Cardozo, afirma que todas as perguntas serão respondidas. “Ela não vai discursar e sair. Ela vai e responderá às perguntas”.

JULGAMENTO FINAL
O início do julgamento será em 25 de agosto (uma 5ª feira), às 9h. Há dúvida sobre quando acabará. O presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), acha que a votação pode acontecer já na noite de 2a feira (29.ago). O PT aposta em levar tudo até 4a feira (31.ago). Mas é possível que o veredicto saia na 3a feira (30.ago).

Em reunião com senadores nesta semana, o presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Ricardo Lewandowski, definiu o rito do julgamento final. Eis o documento oficial com as regras da sessão que analisará o pedido de cassação de Dilma Rousseff.

Lewandowski atendeu a um pedido de peemedebistas e definiu que testemunhas serão ouvidas, se necessário, no sábado e no domingo (27 e 28 de agosto). Inicialmente contrário, o magistrado voltou atrás após forte pressão de aliados de Michel Temer.

A defesa terá 6 testemunhas. A acusação poderia ter igual número. Mas, para acelerar o andamento do processo, decidiu ficar só com 1 nome.

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Marta reage à absolvição de Russomanno: “[Eleição] ficou mais difícil”
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Fernando Rodrigues

Peemedebista lamenta efeito de STF ter livrado adversário

Avaliação foi feita na noite da votação do impeachment

Marta vê chance de crescer sobre eleitorado tucano de Doria

Poder econômico e de distribuição de cargos de rivais preocupam

Senadora Marta Suplicy (PMDB-SP) teme candidatura de Celso Russomanno (PRB-SP)

Senadora Marta Suplicy (PMDB-SP) teme candidatura de Celso Russomanno (PRB-SP)

A candidata do PMDB à Prefeitura de São Paulo, Marta Suplicy (PMDB-SP), tem lamentado a decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) de absolver o candidato Celso Russomanno (PRB-SP) da acusação de peculato.

Com o resultado, Russomanno não corre mais o risco de ter o registro de candidato cassado pela Justiça Eleitoral. Se fosse condenado, o deputado do PRB seria enquadrado na Lei da Ficha Limpa e não poderia disputar a eleição municipal.

A aliados, Marta Suplicy tem dito que a decisão do STF prejudica a sua candidatura. A um colega senador, durante a discussão da pronúncia do impeachment, na madrugada de ontem (10.ago), afirmou: “Agora ficou muito mais difícil [de vencer as eleições]”. Publicamente, a peemedebista prefere não fazer  uma avaliação tão negativa.

As informações são do repórter do UOL Victor Fernandes.

A condenação de Russomanno era dada como certa entre os aliados de Marta. O marido da senadora, Márcio Toledo, festejou quando o STF decidiu antecipar o julgamento do pré-candidato do PRB. 

Certo de que Russomanno seria condenado e não conseguiria o registro da candidatura, Toledo começou tratativas para se aproximar do eventual espólio eleitoral do PRB. Mandou mensagens via WhatsApp para integrantes da legenda: “Estamos prontos para conversar. Unidos seremos muito mais fortes”, escreveu Toledo. A estratégia desmoronou com a absolvição do candidato do PRB.

Assim que soube do resultado no STF, a senadora fazia a seguinte reflexão numa roda de colegas no Senado: “Um tem a prefeitura [Fernando Haddad]. Outro, o governo do Estado [João Doria].  Outro, a Igreja Universal [Russomanno é filiado ao PRB]. E eu?”. Ninguém respondeu.

Marta é do partido do presidente interino, Michel Temer, e de Paulo Skaf, o presidente da Fiesp.

Uma das reclamações de aliados da ex-petista foi o suposto uso de cargos na Prefeitura e no governo do Estado em troca de apoio partidário a Fernando Haddad (PT) e João Doria (PSDB). Os 2 candidatos serão os que terão os maiores tempos de propaganda no rádio e na TV. Russomanno é filiado ao PRB, partido que tem ligações com a igreja Universal.

Outra preocupação da ex-prefeita é o uso de dinheiro próprio na campanha. O candidato do PSDB, João Doria, já afirmou que usará recursos pessoais para financiar sua candidatura. O tucano declarou à Justiça Eleitoral um patrimônio de R$ 180 milhões. Marta ainda não informou ao TSE o valor de seus bens. Na última eleição que disputou, em 2010, a peemedebista declarou patrimônio de R$ 12 milhões.

META: PASSAR DOS 20%
A peemedebista quer chegar a esse percentual pois acha que assim garante sua ida ao 2º turno. De acordo com as últimas pesquisas, Marta está bem atrás do líder, Russomanno. No Ibope, 29% a 10% ou 30% a 13%, dependendo do cenário testado. Leia os resultados de todos os principais levantamentos de intenção de voto nas maiores cidades do país na página de pesquisas do Blog.

Marta acredita que precisa chegar a 20% para garantir sua passagem para o 2º turno. Acha também que Russomanno já garantiu a vaga na disputa final.

FOCO: JOÃO DORIA
Na avaliação da candidata do PMDB, o tucano João Doria tem forte potencial de crescimento. Além do tempo de propaganda e do uso de recursos pessoais, ela acredita que Doria herdará capital político de eleitores fiéis ao PSDB.

O tucano é “afilhado político” do governador Geraldo Alckmin (PSDB). Uma das razões da escolha do ex-tucano Andrea Matarazzo como vice em sua chapa foi tentar desidratar o eventual crescimento de João Doria.

Para a peemedebista, a situação de Fernando Haddad é complicada. Além da alta rejeição enfrentada pelo atual prefeito (na faixa de 45%), Marta acredita que o ex-presidente Lula e o PT não tenham mais tanta força na mobilização de eleitores na periferia.

A campanha eleitoral terá início na próxima 3ª feira (16.ago.2016). Candidatos poderão fazer campanha na internet, eventos e comícios. O horário eleitoral gratuito obrigatório no rádio e na televisão começa no dia 26.ago.2016.

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Matarazzo, Marta e Kassab, de inimigos íntimos a aliados
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Fernando Rodrigues

Ex-tucano será vice na chapa da peemedebista

Matarazzo sobre gestão Marta: “tragédia” 

Marta sobre gestão Kassab: “medíocre”

Kassab sobre gestão Marta: “ineficiente”

Aliança tem conexão com as eleições de 2018

Matarazzo, Marta e Kassab fecham acordo para as eleições municipais em São Paulo

Matarazzo, Marta e Kassab fecham acordo para as eleições municipais em São Paulo

Andrea Matarazzo (PSD) fechou um acordo para ser o candidato a vice-prefeito na chapa da pré-candidata Marta Suplicy (PMDB) à Prefeitura de São Paulo. O ex-tucano não conseguiu viabilizar uma candidatura própria, desejo pessoal desde os tempos em que esteve filiado ao PSDB. Acabou sucumbindo ao pragmatismo político e se aliou a uma antiga adversária.

A aliança com Marta Suplicy é um desejo do presidente interino Michel Temer (PMDB), do ministro Gilberto Kassab (Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicação) e do chanceler José Serra (PSDB).

Na visão de aliados dos políticos, a união de Marta (PMDB) com Matarazzo (PSD) aumenta a chance de os 2 vencerem adversários de legendas mais tradicionais na cidade, como o PT e o PSDB.

Marta e Kassab já disputaram as eleições municipais paulistanas, em 2008. Acumularam em seus históricos uma série de críticas e ataques mútuos, inclusive no plano pessoal.

A formação da chapa de ex-adversários políticos tem relação direta com as disputas majoritárias de 2018. O resultado das eleições municipais em São Paulo influenciará os caminhos seguidos pelos partidos para a disputa pelo governo do Estado e pela Presidência da República, daqui a 2 anos.

As informações são do repórter do UOL Victor Fernandes.

Agora aliado a Marta Suplicy, o vereador Matarazzo já foi um crítico acerbo da 1administração da então petista na capital paulista, de 2001 a 2004. Chegou a classificar a gestão martista como uma “tragédia”. O vereador foi subsecretário de José Serra (PSDB) no governo que sucedeu Marta Suplicy, em 2005.

Matarazzo já foi pré-candidato do PSDB a prefeito de São Paulo duas vezes. Em 2012, abriu mão da candidatura para apoiar Serra. Agora, em 2016, desistiu de disputar o 2o turno das prévias tucanas por considerar o processo uma fraude. Ele e aliados acusaram João Doria Jr (PSDB), candidato preferido do governador Geraldo Alckmin (PSDB), de abuso de poder econômico e uso da máquina do governo do Estado.

MATARAZZO X MARTA
Em 2012, quando abandonou a disputa interna do PSDB pela 1a vez, Matarazzo afirmou que a administração do PT, sob o comando de Marta, foi uma “tragédia”.  Também  declarou que os adversários do seu partido gostariam de “repetir a gestão nefasta e destruidora que fizeram em São Paulo”. Na época, Marta Suplicy ainda era petista e acabara de desistir da sua candidatura para apoiar Fernando Haddad (PT), escolha pessoal do ex-presidente Lula (PT).

Matarazzo

Matarazzo chama gestão do PT em São Paulo de “tragédia”

Matarazzo já responsabilizou a gestão Marta por “consolidar” o consumo de crack no centro de São Paulo. A afirmação foi feita em um debate promovido pelo PSDB nas prévias da disputa pela prefeitura em 2012.

No mesmo ano, depois de conquistar uma vaga na Câmara Municipal da cidade, Matarazzo falou durante uma entrevista sobre como eram feitas as transições de governo. A respeito da passagem da gestão de Marta para a de Serra, da qual participou, afirmou:

“O PT criou dificuldades para ele mesmo. Foi acumulando problemas em 4 anos, que culminou na nossa vitória na eleição. Foi má gestão. (…) Os métodos de gestão do PT não são os ideais de boa governança”.

A íntegra  da entrevista com críticas ao governo Marta ainda por ser vista no site do pré-candidato a vice.

Entrevista que Andrea Matarazzo comenta dificuldades na transição do governo Marta Suplicy (nov.2012)

Entrevista que Andrea Matarazzo comenta dificuldades na transição do governo Marta (nov.2012)

MARTA X KASSAB
Marta Suplicy também já foi adversária política do presidente do PSD, Gilberto Kassab. Disputaram o 2º turno das eleições municipais em São Paulo, em 2008. A campanha ficou marcada por uma propaganda de Marta que abordava a vida pessoal do então candidato à reeleição e o questionava se era casado ou tinha filhos. Apenas depois de 2 anos, a ex-prefeita pediu desculpas pela propaganda que havia sido dirigida pelo marqueteiro João Santana (no momento, preso em Curitiba por causa de envolvimento na Lava Jato).

Abaixo, o polêmico comercial de 2008:

Em 2012, Marta criticou o seu partido por tentar buscar o apoio do PSD. “Ficamos flertando com o adversário”, escreveu em sua página no Twitter.

A ex-prefeita já classificou os anos da administração Gilberto Kassab como “medíocres”. Quando desistiu de ser candidata para apoiar Fernando Haddad (PT), afirmou: “O que me interessa agora é ver o PT de volta à prefeitura e levar minha cidade para um outro momento, longe de um governo medíocre que foi o governo Kassab”.

KASSAB X MARTA
O ministro Gilberto Kassab (Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicação) também foi um dos críticos da 1ª administração de Marta Suplicy na Prefeitura de São Paulo. Kassab foi o vice de José Serra (PSDB) na gestão que sucedeu a ex-petista, em 2005 e 2006. Como o tucano, atual ministro das Relações Exteriores, candidatou-se e ganhou a disputa pelo governo do Estado 2 anos após assumir a prefeitura, Kassab ocupou o cargo de forma definitiva até 2008. Venceu Marta no 2º turno das eleições daquele ano e administrou a cidade até 2012.

Sobre a gestão Marta Suplicy, afirmou: “Achamos que a administração do PT foi extremamente ineficiente para São Paulo”.

Gilberto Kassab acusou Marta de “ter deixado a cidade quebrada”. O ministro chegou a dizer, em 2008, que a gestão da ex-petista entregou a cidade com 92 obras paradas e dívidas.

ELEIÇÕES 2018
A corrida eleitoral paulistana é uma prévia das disputas majoritárias de 2018. Os resultados da pré-candidatura da chapa Marta/Matarazzo e dos tucanos João Doria/Bruno Covas servirão para demonstrar a força dos prováveis pré-presidenciáveis do PSDB no Estado.

Uma vitória de Marta fortalecerá as intenções do chanceler José Serra concorrer ao Palácio do Planalto pelo PSDB, em 2018. Já o governador Geraldo Alckmin aposta em João Doria, candidato que teve seu apoio durante as prévias internas do partido.

A vitória da chapa Marta-Matarazzo também interessa a Paulo Skaf, presidente da Fiesp e filiado ao PMDB. Skaf já foi candidato ao governo do Estado de São Paulo e tenta viabilizar nova candidatura.

Políticos próximos a Alckmin, como o vice-governador Marcio França (PSB) e o ministro Alexandre de Moraes (Justiça), também atuam nos bastidores para serem o sucessor do governador.

REJEIÇÃO A MARTA
Transferir votos dos eleitores simpáticos a Matarazzo deve ser uma das complicações da candidatura. Antes do anúncio da aliança, entre os eleitores que afirmaram votar em Matarazzo na última pesquisa Datafolha, 45% disseram que não votariam de jeito nenhum em Marta Suplicy no 1o turno.

A pré-candidata do PMDB é a 2a mais rejeitada entre os apoiadores do ex-tucano – empatada com Russomanno. Só Fernando Haddad (PT) tem rejeição maior (66%) nesse eleitorado.

As simulações de 2o turno também indicam que eleitores de Matarazzo preferem João Doria (58%) e Luiza Erundina (39%) a Marta Suplicy (24% e 32%, respectivamente). 66% dos que afirmaram votar em Marta disseram, à época, não conhecer Andrea Matarazzo.

SUPERAR A POLARIZAÇÃO
Em sua página do Facebook, Matarazzo afirmou que inicia-se “uma aliança que vai superar a polarização que tanto se fala por aqui. Chega dessa história de eleitores vermelhos de um lado, azuis de outro, centro expandido de um lado, bairros da periferia de outro. Para melhorar de verdade a cidade, precisamos caminhar juntos. E é isso que essa aliança significa”.

A pré-candidata peemedebista também usou a rede social para anunciar a formação da chapa. Disse estar confiante. “Demos um passo importante em favor da São Paulo que sonhamos”.

Marta e Matarazzo selam acordo para eleições 2016

Marta e Matarazzo selam acordo para eleições  (26.jul.2016)

A convenção que deve oficializar a chapa está marcada para o dia 30.jul (sáb), em São Paulo.

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Aprovação do novo Super Simples atrasa para governo reduzir perda fiscal
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Fernando Rodrigues

Proposta inicial estima queda na arrecadação de R$ 1,8 bilhão por ano

Emenda do líder do governo, Aloysio Nunes, diminuiria para R$ 800 mi

Senador também defende ‘Refis’ de 60 meses, ao invés de 10 anos

Votação foi adiada 2 vezes e está remarcada para 3ª feira (21.jun)

Comissão de Ciência, Tecnologia, Inovação, Comunicação e Informática (CCT) realiza reunião deliberativa com 27 itens. Entre eles, o PLS 259/2015, que estabelece diretrizes nacionais para o saneamento básico, para incentivar a dessalinização da água do mar e das águas salobras subterrâneas Em pronunciamento, senador Aloysio Nunes Ferreira (PSDB-SP) Foto: Pedro França/Agência Senado

O líder do governo no Senado, Aloysio Nunes (PSDB-SP), defende modificações no novo Super Simples

O governo Michel Temer pretende reduzir o impacto financeiro do novo Simples Nacional (ou Super Simples, como também é conhecido), regime de tributação facilitado para micro e pequenas empresas. Atualmente, tramita no Senado uma proposta que, se aprovada, diminuirá a arrecadação de impostos em R$ 1,8 bilhão por ano. O Planalto deseja cortar essa renúncia fiscal para R$ 800 milhões.

O líder do governo no Senado, Aloysio Nunes (PSDB-SP), apresentará 3 emendas ao projeto aprovado na CAE (Comissão de Assuntos Econômicos) do Senado. A principal delas aumenta as alíquotas de tributação em cada faixa de faturamento do Simples, aliviando o impacto projetado pela Receita.

A apuração é do repórter do UOL Guilherme Moraes.

Para as empresas do setor de comércio, o senador propõe a manutenção das taxas para os 3 primeiros grupos do Simples –com faturamento anual de até R$ 720 mil. Nas outras 3 faixas, haveria aumento na tributação. Na indústria e nos serviços, haveria ajustes semelhantes.

A essência do projeto, porém, permaneceria inalterada. O governo concorda com a suavização entre os grupos de enquadramento, permitindo que o empresário pague mais impostos apenas sobre o valor que exceder sua faixa atual.

Por exemplo, se um empresário faturar R$ 1 mil a mais do que o limite de determinada faixa, será tributado com uma alíquota maior apenas sobre esse excedente. Pela regra atual, a nova taxa é aplicada a todo o faturamento.

REFIS E VIGÊNCIA
Aloysio Nunes também defenderá um prazo de 60 meses para o refinanciamento das dívidas dos pequenos empresários. O projeto aprovado na CAE estipulava um “Refis” de 120 meses.

O governo, no entanto, permitirá o perdão total das multas e juros para microempreendedores individuais (MEIs). Já as pequenas e médias empresas teriam desconto de 50%. Esses dispositivos já estavam no projeto.

Outra emenda a ser apresentada pelo senador adiará a aplicação das novas regras. Ao invés de jul.2017, Aloysio quer que a regra comece a valer em jan.2018. O refinanciamento das dívidas permaneceria válido já após a sanção da lei.

CATEGORIAS EXCLUÍDAS
O Planalto também apoiará uma emenda a ser protocolada por outro senador pedindo a retirada de novas categorias que poderiam aderir ao Simples. É o caso das microcervejarias.

O governo entende que isso poderia abrir uma brecha para grandes cervejarias comprarem pequenos negócios apenas para escapar do IPI (Imposto sobre Produtos Industrializados).

A votação do projeto e das emendas já foi adiada 2 vezes nesta semana. A nova previsão é de que a proposta seja analisada no plenário do Senado na 3ª feira (21.jun). Se for aprovada, retorna à Câmara para ser rediscutida pelos deputados.

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Receita estima perda de R$ 1,8 bilhão por ano com novo Super Simples
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Fernando Rodrigues

Senado deve votar projeto nesta semana com apoio do Planalto

4,9 milhões de micro e pequenas empresas serão beneficiadas

Limite máximo de receita vai de R$ 3,6 mi para R$ 4,8 mi

Haverá novo “Refis” para multas e juros de inadimplentes

Governadores ainda resistem, com medo de perder receita

Comissão Especial do Impeachment 2016 (CEI2016) realiza reunião para ouvir testemunhas de acusação. Em pronunciamento, senadora Marta Suplicy (PMDB-SP) Foto: Pedro França/Agência Senado

A senadora Marta Suplicy (PMDB-SP), relatora do projeto que deve ser votado nesta 3ª feira (14.jun)

O Senado deve votar nesta 3ª feira (14.jun), com apoio do Palácio do Planalto, o projeto que reestrutura o Simples Nacional, também conhecido como Super Simples. Esse sistema de tributação facilita o pagamento de impostos pelas micro e pequenas empresas. Com a aprovação da medida, a Receita Federal calcula arrecadar R$ 1,8 bilhão a menos por ano a partir de 2017.

O prejuízo, sustentam os defensores da proposta, será temporário. O Sebrae projeta que o impacto bilionário na arrecadação do governo será anulado caso o faturamento global das empresas beneficiadas cresça 4%.

As informações são do repórter do UOL Guilherme Moraes.

projeto de lei, já aprovado na Câmara, diminui o número de faixas de faturamento para uma empresa requerer o benefício do Simples Nacional. Hoje, há 20 faixas. Se a nova regra for implantada, caem para apenas 6. O teto de faturamento anual para optantes do regime de tributação será expandido de R$ 3,6 milhões para R$ 4,8 milhões.

Uma das principais mudanças, entretanto, será o fim de uma regra que funciona como uma punição para empresas que aumentam suas receitas. Hoje, um micro ou pequeno negócio cujo faturamento sobe além da faixa de tributação estipulada no Super Simples passa a recolher impostos de acordo com uma alíquota maior –é um baque que pode ocorrer de um mês para o outro, com o novo percentual sendo aplicado sobre tudo o que entrou no caixa do empreendimento.

Pela nova proposta, o empresário continuaria pagando o mesmo que antes –com a alíquota mais alta sendo aplicada apenas ao valor excedente.

Por exemplo, uma empresa que ultrapassar a receita máxima de sua faixa de tributação em R$ 1.000 só pagará o imposto com alíquota maior sobre essa diferença de R$ 1.000.

A aprovação do projeto beneficiará 4,9 milhões de optantes do Super Simples.

“A ideia é substituir escadas íngremes por rampas suaves”, diz o presidente do Sebrae e ex-ministro da Secretaria da Micro e Pequena Empresa, Guilherme Afif Domingos. “Medidas como essa elevam a confiança dos empresários e estimulam a retomada de contratações.”

REFIS
A Receita Federal não chama dessa forma, mas o projeto também estabelece a possibilidade de perdão de multas e juros sobre as dívidas tributárias de quem usa o Simples.

Os microempreendedores individuais (MEIs) terão perdão total das multas e juros sobre impostos não pagos –e um prazo de 120 meses para quitar os débitos.

As médias e pequenas empresas ganhariam desconto de 50% sobre multas e juros e o mesmo prazo para parcelar o valor devido.

O teto de faturamento anual dos MEIs também seria expandido de R$ 60 mil para R$ 72 mil anuais. Essa medida beneficiará os 6 milhões de empresários individuais no país.

NEGOCIAÇÃO
Desde que começou a tramitar no Congresso, o projeto enfrentou forte oposição da Receita Federal e de entidades sindicais. O Sebrae e outros defensores da revisão da Lei da Micro e Pequena Empresa queriam a elevação do faturamento máximo dos optantes do Simples para R$ 14,4 milhões (Indústria) e R$ 7,2 milhões (Comércio e Serviços).

O Fisco defendia um teto de R$ 4,5 milhões e um refinanciamento de, no máximo, 60 meses para as dívidas dos MEIs. Após ouvir os dois lados, a senadora Marta Suplicy (PMDB-SP), relatora do projeto, finalizou a proposta na semana passada. Nesta 2ª (13.jun.2016), governadores estaduais enviam as últimas observações e o texto deve ser levado ao plenário na 3ª feira.

Há um temor por parte dos governadores. Acham que a perda de arrecadação vai esvaziar ainda mais os cofres estaduais. A senadora Marta, por outro lado, afirma que os Estados passariam a recolher R$ 105 milhões de ICMS a mais por ano. Os municípios também arrecadariam R$ 54 milhões a mais de ISS. Apenas a União sairia perdendo.

Se aprovada, a proposta retorna à Câmara para nova análise dos deputados. O refinanciamento das dívidas entra em vigor assim que a lei for sancionada. As outras medidas seriam aplicadas a partir de 1º.jul.2017.

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Patrimônio de João Doria é 10 vezes maior que soma dos rivais
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Fernando Rodrigues

Empresário, Doria é o mais rico entre pré-candidatos a prefeito

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O pré-candidato do PSDB à prefeitura de São Paulo, João Doria

Por José Roberto de Toledo, Daniel Bramatti, Rodrigo Burgarelli, Guilherme Jardim Duarte e Pedro Venceslau

O patrimônio de João Doria Jr. supera R$ 170 milhões, segundo levantamento da reportagem. Se oficializado como candidato a prefeito de São Paulo pelo PSDB nas eleições de outubro, será o mais rico entre os principais nomes que se apresentam até agora.

Seus bens valem no mínimo dez vezes mais do que o patrimônio somado dos rivais conhecidos, levando-se em conta o que declararam à Justiça eleitoral: Fernando Haddad (PT), Marta Suplicy (PMDB), Andrea Matarazzo (PSD) e Luiza Erundina (PSOL).

Mesmo que Paulo Maluf (PP) se agregasse à disputa eleitoral paulistana, ainda assim Doria teria um patrimônio pelo menos quatro vezes maior do que a soma dos outros candidatos. Maluf declarou patrimônio de R$ 39 milhões na eleição de 2014.

Diante dos bens que possui no Brasil, a offshore de Doria nas Ilhas Virgens Britânicas e o apartamento em nome dela em Miami são trocado.

O empresário foi procurado pela reportagem. Leia aqui o que ele disse sobre a offshore e o apartamento em Miami.

Pelos valores de mercado atuais, o apart-hotel no Mutiny On The Bay está avaliado em cerca de R$ 2 milhões. Mas isso não se compara aos R$ 51 milhões da casa onde o pré-candidato tucano mora no Jardim Europa. Esse não é nem sequer o valor de mercado, mas o valor venal, sobre o qual incide o IPTU.

Apenas de imposto territorial, Doria tem que pagar anualmente R$ 285 mil para a Prefeitura que pretende comandar. Ele quitou o valor integralmente em 2016, em cota única. Os dados são públicos e estão disponíveis para pesquisa na internet.

A casa torna-se tão valiosa por sua localização, em um dos bairros mais caros de São Paulo, e por suas dimensões: são 3.304 metros quadrados de área construída, assentados em 7.883 metros quadrados de terreno.

Além de piscina e quadra de tênis, a área de lazer inclui um campo de futebol gramado e iluminado, com 36 metros de comprimento por 24 metros de lado. Se fosse possível vendê-lo separado, custaria R$ 5,5 milhões. Doria é tão adepto das peladas que o campo tem até placa de patrocinador.

O pré-candidato tem outro imóvel cuja conta do IPTU aparece em seu nome em São Paulo: um apartamento de 988 metros quadrados nos Jardins, cujo valor venal é de R$ 5,7 milhões. Em Campos de Jordão (SP), é dono da Villa Doria, onde aterrissa seu helicóptero Bell 429 para sete passageiros no heliponto registrado em seu nome.

Doria começou sua carreira ocupando cargos públicos nos anos 80 – primeiro como presidente da Paulistur, na gestão de Mario Covas como prefeito de São Paulo, e, em seguida, como presidente da Embratur, no governo Sarney, em Brasília.

Sua mais notória participação eleitoral até este ano foi na campanha presidencial de 1989, quando começou como um dos coordenadores do programa de governo de Covas (PSDB) e terminou, ainda no primeiro turno, como apoiador do vitorioso Fernando Collor (então no PRN).

Doria ganhou dinheiro como empresário de eventos e publicidade, entre outras atividades. A maior parte de seu patrimônio está em cotas de nove empresas, como a Doria Administração e Eventos (R$ 34,7 milhões), a D. Empreendimentos (R$ 37,4 milhões) e a D. Empreendimentos e Participações Ltda (R$ 30 milhões).

Todos os valores são estimados com base no capital social das empresas. Os valores de mercado podem ser muito maiores.

As empresas são as donas de outros bens valiosos usados pelo pré-candidato, como o helicóptero e um jatinho Legacy, da Embraer, cujo valor de mercado é estimado em US$ 16 milhões.

Participaram da série Panama Papers os repórteres Fernando Rodrigues, André Shalders, Mateus Netzel e Douglas Pereira (do UOL), Diego Vega e Mauro Tagliaferri (da RedeTV!) e José Roberto de Toledo, Daniel Bramatti, Rodrigo Burgarelli, Guilherme Jardim Duarte e Isabela Bonfim (de O Estado de S. Paulo).

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PMDB critica governo e anuncia ‘Plano Temer 2’ na TV
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Fernando Rodrigues

Programa partidário mantém tom crítico à situação econômica do País

Partido cita “mudança de ânimo” na Argentina com eleição de Macri

Michel Temer durante a propaganda partidária do PMDB de 25.fev.2016

Michel Temer durante a propaganda partidária do PMDB de 25.fev.2016

O PMDB anunciará nesta noite (25.fev.2016), no programa partidário que vai ao ar no rádio e na TV aberta, o que chamou de “Plano Temer 2”. Na inserção, o partido afirma que a atual crise econômica é resultado de “má gestão” e propõe uma “mudança de ânimo” no País, sinalizando um rompimento definitivo com o governo.

O chamado “Plano Temer 2” é anunciado no programa pelo deputado federal Rodrigo Pacheco (MG). O nome é uma referência ao documento “Uma ponte para o futuro”, apresentado pelo PMDB em outubro de 2015 com propostas na área econômica.

À época, o documento peemedebista foi batizado por alguns integrantes do partido como “Plano Temer”. Agora, a nova proposta, segundo o programa partidário na TV, trará sugestões para manter e ampliar ganhos sociais.

O vídeo foi criado e produzido pela agência Pública Comunicação, com direção do publicitário Elsinho Mouco.

Na peça, de 10 minutos, o partido volta a usar um tom crítico ao falar da situação econômica do País. “É numa má gestão que as grandes crises têm origem”, diz Eliane Sinhasique (AC), pré-candidata à Prefeitura de Rio Branco. Para o senador Raimundo Lira (PB), o atual cenário exige “medidas concretas, viáveis e imediatas” para a retomada do crescimento.

No vídeo, o deputado federal Veneziano Vital do Rêgo (PB) afirma que o Brasil precisa da mesma “mudança de ânimo” da Argentina. Em novembro de 2015, a eleição do candidato de centro-direita, Mauricio Macri, pôs fim a 12 anos de kirchnerismo na presidência do país.

O vice-presidente da República, Michel Temer, é o último a fala no programa. Diz que o momento exige uma “união de verdade”, baseada no diálogo. Com uma das  falas mais longas na peça, o presidente da Câmara, Eduardo Cunha, defende o Estado de Direito –numa referência indireta aos recursos que ele tem usado para se defender de um processo de cassação.

Renan Calheiros, presidente do Senado, cita a chamada Agenda Brasil, sua proposta para a retomada do crescimento econômico do país.

O PMDB está se organizando para sua convenção nacional, marcada para 12.mar.2016. Presidente do partido há uma década e meia, Temer está em campanha para se reeleger.

Ao todo, 50 políticos do partido participam do vídeo, às vezes falando só 1 ou 2 segundos cada um. Ao longo do programa, 10 peemedebistas são apresentados como pré-candidatos a prefeito em capitais do país.

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PMDB volta a colocar Marta em destaque nos seus comerciais na TV
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Fernando Rodrigues

Pré-candidata a prefeita de São Paulo, senadora domina inserções

Ex-petista também terá exposição grande no programa de 5ª feira

Michel Temer prega “união” e “debate” em comercial do PMDB

Renan Calheiros defende lista de projetos que propôs em 2016

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Senadora Marta Suplicy (SP) em comercial do PMDB

A senadora Marta Suplicy (SP) dominará as inserções do PMDB  na TV aberta, que vão ao ar nesta 3ª e 5ª feiras e sábado (23, 25 e 27.fev.2016).

Pré-candidata à Prefeitura de São Paulo, Marta aparecerá em pelo menos 3 inserções do partido, uma nacional e duas que vão ao ar apenas em São Paulo. No programa nacional, a peemedebista critica o desemprego na cidade governada atualmente por Fernando Haddad (PT).

Nas peças locais, tenta se consolidar principal opositora na corrida paulistana. Em um dos comerciais, faz críticas à situação da saúde pública.  No outro, a senadora refere-se a São Paulo como uma “cidade de inovações” e cita a criação do Bilhete Único e dos CEUs (Centros Educacionais Unificados), projetos implementados em seu mandato como prefeita da capital, de 2001 a 2004.

Presidente nacional do partido e em campanha pela reeleição na convenção nacional da legenda, em março, Michel Temer também aparece nas inserções. O vice-presidente da República diz ser preciso renovar o PMDB –embora ele próprio esteja à frente da legenda há uma década e meia. Fala que o partido pode  “mudar o estado em que as coisas estão” e cita que o diálogo deve ser realizado com o intuito de “manter e ampliar as conquistas sociais”.

Em sua aparição, o presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), defende a Agenda Brasil, um conjunto de projetos de lei patrocinados por ele em 2015, como forma de o país reativar a economia. A agenda é apresentada como uma iniciativa para “retomar o crescimento e promover uma ampla convergência em relação ao futuro do país”.

Eis os vídeos, cuja criação e produção são da agência Pública Comunicação, com direção do publicitário Elsinho Mouco:

SUJEITO OCULTO
O presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), não gravou nenhum comercial exclusivo de 30 segundos como Marta, Temer e Renan. Ele aparecerá somente no programa mais longo, de 10 minutos, que será veiculado em rede nacional pelo PMDB nesta 5ª feira, às 20h30.

A peça deve apresentar de 10 a 12 pré-candidatos peemedebistas a prefeituras importantes. Quem voltará a figurar com destaque é Marta Suplicy. Ela será a penúltima a falar, antes de Michel Temer encerrar o programa.

AS FACÇÕES DO PMDB
Os comerciais partidários servem no Brasil como sinalização sobre quem está mandando num determinado partido. No caso do PMDB, as inserções de 30 segundos e o programa longo, de 10 minutos, indicam que a legenda tem hoje 2 vértices principais de poder.

De um lado, ao centro e sempre flertando com a oposição ao governo, está o vice-presidente da República, Michel Temer. Do outro, também ancorado no centro, mas sempre pendendo mais para o lado do Palácio do Planalto, está Renan Calheiros.

Marta Suplicy aparece em meio a essas duas facções, de maneira híbrida, pois tem boa relação política tanto com Temer como com Renan. Ela, uma ex-petista, incorpora uma estratégia do PMDB para se reapresentar como partido com alguma aspiração de chegar ao poder sozinho.

O PMDB (antes MDB) ajudou o Brasil a sair da ditadura militar (1964-1985), mas nunca chegou à Presidência da República numa eleição direta.

Por fim, os comerciais do PMDB na TV e no rádio nesta semana também são a comprovação de como o presidente da Câmara, Eduardo Cunha, perdeu poder dentro da legenda. Afinal, ele ocupa o 3º cargo na hierarquia da República –mas ficará sem destaque nas propagandas partidárias.

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